quinta-feira, 13 de outubro de 2016

1 bilhão de árvores derrubadas na Amazônia para pastos hoje estão abandonadas

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Um dos argumentos mais fortes para acabar com o desmatamento no Brasil é a existência de terra em abundância já desmatada e desperdiçada. Para ter uma ideia, o que há de área já desmatada e abandonada no Brasil é o equivalente aos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina somados. Ou seja, temos um território do tamanho do Sul do país já aberto e não usado. A maior parte disso virou pasto abandonado. São os chamados pastos sujos.
O último levantamento da Embrapa e do Inpe aponta para a existência de 10 milhões de hectares desses pastos abandonados na Amazônia. O pesquisador Paulo Barreto fez um levantamento do quanto essa área significa em prejuízo ambiental. Segundo ele, o pasto abandonado da Amazônia representou a queima de 1 bilhão de árvores. Isso jogou na atmosfera gás carbônico equivalente a 36 anos de emissões de todos os carros do Brasil – usando a frota de 50 milhões de carros de 2015 como referência.
Um outro jeito de pensar nesse pasto abandonado é que, se ele for recuperado e regenerado com plantio de árvores, mesmo que para produção de papel ou madeira, o carbono tirado da atmosfera compensaria esses 36 anos de carros rodando no país.
Os pastos desperdiçados também custaram o hábitat para a sobrevivência de 179 milhões de aves e 5,8 milhões de primatas (não humanos, é claro). 
Essas comparações fazem parte de uma apresentação bem didática de Barreto sobre desafios do combate ao desmatamento.
 
Depois que o fazendeiro desmata (geralmente de forma ilegal, usando o fogo) e esgota o solo com os bois, deixa para trás a terra abandonada. As gramíneas crescem, surge um ou outro arbusto. Mas a floresta não volta fácil porque a área é muito vulnerável ao fogo acidental. Depois de décadas sem grandes incêndios, a floresta pode voltar a crescer, mas com menor riqueza biológica do que a vegetação anterior. Segundo estudo do Museu Goeldi,  são 66 anos em média para recuperar 90% da biomassa e 70 anos para recuperar 35% das espécies de árvores nativas.

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Época.com

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