sexta-feira, 15 de julho de 2016

EUA publicam relatório sobre a Arábia Saudita no 11/9

Avião pilotado por terroristas, explode após atingir torre do World Trade Center, na Ilha de Manhattan, em Nova York (EUA) - 11/09/2001
 
O Congresso dos Estados Unidos tornou público nesta sexta-feira o relatório confidencial sobre as investigações dos atentados de 11 de setembro de 2001 que aborda o papel que o governo da Arábia Saudita pode ter desempenhado nos ataques. O relatório detalha, por exemplo, a descoberta de um número de telefone pertencente a uma empresa em Colorado ligada a um príncipe saudita, então embaixador em Washington, encontrado em uma agenda telefônica de terroristas do grupo Al Qaeda, reportou o jornal New York Times.
O documento, de 28 páginas, foi divulgado após meses de investigação por parte do governo americano e depois de muita pressão para que seu conteúdo fosse tornado público. O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes votou a favor de revelar as 28 páginas, que são parte de uma investigação mais ampla do que a feita em 2002 sobre os ataques.
Congressistas democratas e republicanos tinham pedido a publicação do documento, mas o governo do presidente Barack Obama disse que o faria após uma cuidadosa revisão. A Casa Branca minimizou a importância do relatório, alegando que a comissão para investigar o 11/9 criada pelo Congresso examinou o assunto profundamente e não encontrou evidência de um vínculo entre as autoridades sauditas e os sequestradores que realizaram os ataques contra Nova York e Washington.
Em entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, descartou nesta sexta a possibilidade de que o conteúdo do documento possa comprometer os sauditas, já que o relatório tornado público descartava essa hipótese.
O governo americano temia que a publicação do documento afetasse as relações diplomáticas com um de seus principais aliados no Oriente Médio. No entanto, em comunicado, o embaixador saudita em Washington, Abdullah Al Saud, comemorou a divulgação do relatório.
“Esperamos que a publicação dessas páginas encerre, de uma vez por todas, as persistentes perguntas ou suspeitas sobre as ações, intenções ou a longa amizade da Arábia Saudita com os EUA”, ressaltou o embaixador do país na capital americana.
 (Com EFE) ~Veja.com

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