quinta-feira, 19 de maio de 2016

Trem na Argentina faz viagem a 4.200 metros sobre o nível do mar



Longe de todos os velhos estereótipos, o noroeste da Argentina segue em outro ritmo.
As altas montanhas dos Andes envolvem pequenos povoados que (nem de longe) lembram a agitação de outros destinos argentinos como Buenos Aires e Bariloche; sua geografia árida é cenário de roteiros turísticos (e aventureiros) únicos no continente; e a gastronomia e música locais flertam com a cultura indígena dos incas.

Trem das Nuvens , na Argentina (foto: Nicolás Mendoza/Flickr-Creative Commons)
 
O Tren a las Nubes faz um vertiginoso roteiro ferroviário circular que cruza pontes e túneis, a mais de 4 mil metros acima do nível do mar, sobre a Cordilheira dos Andes.
Trem das Nuvens , na Argentina (foto: Nicolás Mendoza/Flickr-Creative Commons)
Em 2016, a empresa responsável pela viagem conta com dois roteiros.
O primeiro, que inclui trajetos de ônibus e trem, tem saída da cidade de Salta, passando por locais como Campo Quijano, Gobernador Solá e El Alfarcito, onde os passageiros são recebidos com um café da manhã rural.
A viagem segue até San Antonio de los Cobres, onde é feito o embarque no trem, até o clássico Viaducto la Polvorilla. Esse último trajeto tem duração de uma hora.
A outra opção é a viagem apenas de trem, cujo trajeto vai da Estación de Trenes de San Antonio de los Cobres até o Viaducto la Polvorilla, a 4.200 metros sobre o nível do mar.

foto: Divulgação
 
Sobre o trem
Desenhado nos anos 20 pelo engenheiro norte-americano Ricardo Fontaine Maury, essa obra foi criada para conectar Salta e o Chile, através da cordilheira dos Andes, de modo que fosse possível fazer o transporte de minerais da chilena Antofagasta.
O primeiro trajeto transandino do norte começou a ser construído no dia 20 de fevereiro de 1921, mas só seria concluído em 1948, unindo as vias chilenas e argentinas, em Socompa.
Esse complexo sistema de zigue-zagues, viadutos e túneis é uma das viagens de trem mais impressionantes de todo o mundo e é quase como tocar o céu daquele isolado território argentino com fortes influências indígenas.
 
foto: Carlos Albertoni/Divulgação
 

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