sábado, 2 de abril de 2016

Governo japonês pretende construir muralha de gelo subterrânea

 A imagem é meramente ilustrativa, já que a 'muralha de gelo' será subterrânea (Foto: Reprodução)
O governo japonês quer construir uma 'muralha de gelo' subterrânea. Parece enredo de filme sci-fi, mas é verdade. O plano é um dos últimos recursos para evitar que a água contaminada por resíduos nucleares do acidente de Fukushima, que completaram cinco anos neste mês, chegue ao Oceano Pacífico.
Esta estratégia já estava na mira do governo do Japão, mas ainda havia esperanças de que pequenos robôs enviados para reparar canos de combustível tivessem sucesso na tarefa, o que resumiria o restante do trabalho a limpar a água já contaminada. Mas, em fevereiro, os robôs não resistiram à radiação e deixaram de funcionar. Com isso, os reatores e canos de combustível precisam ser resfriados incessantemente, contaminando a água necessária nesta tarefa.
 Então, para evitar que esta água contaminada saia das propriedades da Usina Nuclear de Fukushima, a ideia é construir um paredão de 1,5 quilômetros, cheio de canos resfriadores, que endurecerão o solo e evitaram que a água corre rumo ao oceano.
A preocupação é urgente, já que até o governo dos Estados Unidos já registrou traços de resíduos nucleares nas águas de sua costa oeste. Fazendeiros da região de Fukushima receberam do governo japonês uma espécie de solo em poliéster, para evitar que plantem diretamente no chão, que pode estar contaminado.
Quando perguntado se o plano realmente dará certo, Toshihiro Imai, um dos responsáveis pelo plano de contingência dos danos causados pelo terremoto e pelo tsunami que destruíram um dos reatores da usina, disse que “o efeito da medida é desconhecido, porque todos os nossos testes são baseados em simulações”.
Estratégias semelhantes são usadas para evitar que a água contamine túneis de metrô e galerias de saneamento básico, mas nenhuma delas tem um tamanho sequer próximo ao enorme paredão que os japoneses querem construir. Além disso, esses canos resfriadores tem, em média, vida útil de cinco anos. Logo, esse mais de um bilhão de reais que será gasto pelo Japão pode servir apenas como paliativo.
Dedos cruzados para que tudo dê certo por lá!
Galileu.com
 

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