quarta-feira, 9 de março de 2016

Misto de avião, helicóptero e dirigível, maior aeronave do mundo está pronta para testes

Em uma questão de semanas, o Airlander 10, a maior aeronave do mundo, fará seu primeiro voo de teste.
Uma estranha mistura de dirigível, helicóptero e avião, o veículo decolará de Cardington, um vilarejo 70 km ao norte de Londres. O Airlander 10 tem 92 m de comprimento, 18 a mais que os maiores "gigantes" da aviação comercial, o Airbus 380 e o Boeing 747-8.
Baseado originalmente em um projeto militar americano, o Airlander 10 saiu do papel graças à empresa Hybrid Air Vehicles, que adaptou os planos para desenvolver o que chama de uma nova geração de aeronaves silenciosas, energeticamente eficientes e que não afetam o meio ambiente.

Autonomia

Segundo a empresa, a aeronave é 70% mais "verde" que um típico avião de carga, mas a grande vantagem é a versatilidade: o Airlander 10, além de decolar verticalmente, pode pousar da mesma maneira em uma série de superfícies, inclusive a água.
Isso poderia fazer dele um veículo bastante útil para transportar cargas para locais de difícil acesso, como zonas de desastres sem pistas de pouso. De acordo com o fabricante, o Airlander é capaz de suportar ventos de mais de 120 km/h quando está ancorado no solo Um dos lugares onde foi possível observar o eclipse total foi Palu, na região central das Célebes, para onde se deslocou uma equipe de astrônomos liderada pelo espanhol Miquel Serra-Ricart, do Instituto de Astrofísica das Canárias.
O astrônomo explicou à agência Efe, por telefone, que inicialmente era um eclipse “complicado”, de “reduzido interesse”, devido à instabilidade atmosférica habitual, mas que depois a visibilidade do dia o converteu em um dos melhores.
“Foi impressionante. Não me recordo, desde o de 2008 na Rússia, de um eclipse tão límpido, sem nuvens, com um ar tão transparente”, disse Serra-Ricart.
Uma equipe da Nasa (a agência espacial norte-americana) também viajou para a Indonésia a fim de observar o fenômeno, que  despertou a curiosidade não só de cientistas mas de milhares de turistas.
Os eclipses do sol ocorrem quando, a partir da perspectiva da Terra, a Lua passa à frente do sol, ocultando-o. Dependendo do ponto do planeta onde se encontra o observador, o fenômeno pode ser total, anular ou parcial.
O eclipse é total quando toda a superfície do sol fica coberta pela lua; anular quando a lua – um pouco mais afastada da Terra – não chega a cobrir totalmente a superfície do sol e deixa visível um anel solar; e parcial quando apenas uma parte do sol fica ocultada pela lua.
Com capacidade para transportar até 10 toneladas de carga e 48 passageiros, o Airlander promete também autonomia maior que a concorrência. Pode voar continuamente por até cinco dias a uma velocidade de 148 km/h e pode ser controlado por controle remoto.
A aeronave contra com quatro motores movidos a diesel e uma estrutura inflada com gás hélio, o que resulta em um peso de 20 toneladas, menos de 10% de um Airbus 380, por exemplo. E seus custos também são uma fração em comparação com a concorrência: cerca de US$ 11 milhões - a maior parte deste valor veio de financiamentos do governo britânico e da União Europeia, mas uma campanha de financiamento coletivo arrecadou mais de US$ 3,3 milhões.
O Airlander conta com um charme especial por ter sido construído no Hangar 1, em Cardington, as mesmas instalações em que foi produzido o primeiro dirigível do mundo, em 1918. Agora, a Hybrid Air Vehicles quer fabricar até 2021, pelo menos 10 unidades por ano.
E isso inclui desafiar o que especialistas em transporte aéreo classificam como um tabu da indústria: em 1937, o mais famoso dirigível da época, o Hindenburg, incendiou-se enquanto aterrissava em Nova Jersey, matando 35 pessoas.
"O desastre matou a indústria", escreveu o historiador John Swinfield.
O Airlander, porém, é inflado com hélio, um gás não inflamável, ao contrário do hidrogênio, que era usado pelo dirigíveis como o Hindenburg.

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