segunda-feira, 28 de março de 2016

Japão perde contato com satélite que buscava informações sobre buracos e negros e galáxias

Satélite japonês Astro-H ou “Hitomi”

O Japão perdeu contato com seu satélite astronômico Astro-H, lançado em 17 de fevereiro para observar buracos negros e agrupamentos de galáxias. Um porta-voz da Agência de Exploração Espacial Japonesa (Jaxa, sigla em inglês) confirmou as informações nesta segunda-feira. De acordo com comunicado da Jaxa, o contato com o aparelho falhou desde o início de suas operações, programadas para o último sábado às 4h40 (horário de Brasília).
A causa da falha de comunicação está sendo investigada e a agência está tentando recuperar o contato após ter recebido um breve sinal do satélite. Mesmo assim, Jaxa reconheceu que ainda não é capaz de estabelecer qual é o estado do equipamento.
Problemas - O Centro Conjunto de Operações Espaciais dos Estados Unidos (JSpOC, sigla em inglês), que rastreia objetos artificiais em órbita ao redor da Terra, informou através do Twitter que observou cinco objetos perto da posição do satélite japonês, o que sugere que o aparelho pode ter sofrido várias "rupturas". No entanto, o astronauta do Centro de Astrofísica de Harvard-Smithsonian, Jonathan McDowell, comentou através das redes sociais que a presença de "destroços" não significa que o aparelho "tenha se despedaçado", mas que pequenas peças tenham se desprendido dele e que o satélite "poderia estar, basicamente, intacto".
Astro-H tem cerca de 14 metros de comprimento e 2,7 toneladas, sendo o satélite mais pesado lançado até agora pelo Japão. O dispositivo, fabricado pela Jaxa e pela Nasa, em conjunto com outras instituições, tinha o objetivo de orbitar a cerca de 580 quilômetros de distância da superfície terrestre para observar buracos negros e galáxias distantes através de seus detectores de raios gama e quatro telescópios de raios X. O satélite foi lançado a bordo de um foguete H-2A da estação espacial situada na ilha de Tanegashima, na província de Kagoshima, no sudoeste do Japão.
Veja.com

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