quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Poluição atmosférica pode matar 6,6 milhões por ano até 2050, diz estudo

Camada de poluição que encobre a cidade de São Paulo é vista do bairro de Santana, na zona norte da capital. O tempo seco dificulta a dispersão dos poluentes na atmosfera

Se nada for feito para melhorar a qualidade do ar, a poluição poderá causar a morte prematura de cerca de 6,6 milhões de pessoas por ano até 2050. De acordo com estudo publicado nesta quinta-feira (17) na revista Nature, a poluição atmosférica já mata 3,3 milhões de pessoas por ano em todo o mundo - e o número só tende a aumentar.
Segundo os cientistas do Instituto de Química Max Planck, na Alemanha, e da Universidade Harvard, nos Estados, Unidos, a maioria das mortes atuais acontece na Ásia, onde a emissão de energia das residências, como de aquecimento e das cozinhas, tem um grande impacto.
A análise coloca a China na primeira posição entre os países que possuem mais mortes por ano causadas pela poluição atmosférica: cerca de 1,4 milhão. Em segundo e terceiro lugar, respectivamente, estão a Índia, com 645 000 mortes anuais, e o Paquistão, onde o número é de 110 000.
"Este é um número atordoante", disse o biólogo Jos Lelieveld, do Instituto de Química Max Planck, na Alemanha, que liderou a pesquisa. "Em alguns países a poluição do ar é uma das principais causas de mortes e, em muitos países, é um problema grave; mata mais que HIV e malária juntas".
Problemas de saúde - Para o estudo, a equipe de Lelieveld combinou um modelo químico atmosférico global com dados populacionais e estatísticas de saúde para estimar a contribuição relativa de diferentes tipos de poluição atmosférica, sobretudo das chamadas partículas finas, às mortes prematuras.
Doenças cardíacas, derrames, doença pulmonar obstrutiva (COPD, na sigla em inglês), câncer de pulmão e infecções respiratórias agudas são as causas de morte mais comuns que podem ocorrer devido à poluição atmosférica.
Veja.com

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