quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Cientistas descobrem imenso oceano em lua de Saturno


Um oceano global está escondido sob a camada de gelo que recobre a superfície de Encélado, a sexta maior lua de Saturno. Com dados capturados pela sonda Cassini, pesquisadores da Nasa perceberam a magnitude do satélite ligeiramente oscilante, o que só poderia ser explicado pela presença de um interior não sólido, o que indica a presença de vastos mares.
A descoberta também explica que o spray de vapor d’água, com partículas de gelo e moléculas orgânicas, observado sendo expelido de fraturas perto no polo sul, está sendo alimentado por esse imenso reservatório de água. O estudo foi publicado esta semana na revista acadêmica “Icarus”.
Análises anteriores sugeriam a presença de um corpo d’água em formato de lente, ou um mar, sob a superfície congelada na região do polo sul. Entretanto, dados gravitacionais coletados durante voos rasantes da espaçonave suportam a possibilidade de o mar ser global. Os novos resultados, derivados da análise de imagens da Cassini, confirmam essa hipótese.

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— Era um problema difícil que requeria anos de observações e cálculos envolvendo uma diversa coleção de disciplinas, mas estamos confiantes que finalmente acertamos — disse Peter Thomas, pesquisador do projeto Cassini na Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York.

Os pesquisadores analisaram imagens de Encélado captadas durante mais de sete anos pela sonda Cassini, que orbita Saturno desde 2004. Eles mapearam o posicionamento de pontos característicos no satélite, em sua maioria crateras, em milhares de fotografias, para medir as mudanças na rotação da lua com extrema precisão.
Como resultado, eles descobriram que Encélado tem uma pequena, mas mensurável oscilação ao orbitar Saturno. Como a lua de gelo não é perfeitamente esférica, e sua velocidade não é linear ao longo da órbita, o planeta gigante gentilmente repele e atrai Encélado enquanto ela se rotaciona.
Contudo, o mecanismo que previne o oceano de Encélado de congelar continua um mistério. Os pesquisadores sugerem algumas ideias para futuros estudos que podem resolver a questão incluindo a possibilidade de as forças das marés provocadas pela gravidade de Saturno estarem gerando mais calor do que se imaginava.



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