quarta-feira, 22 de abril de 2015

Primeira chuva de meteoros do ano será na madrugada desta quinta-feira

Chuva de meteoros Orionídeas de 2011, vista do Observatório Astronômico Municipal de Mercedes, em Buenos Aires, Argentina

Na madrugada desta quinta-feira acontece o apogeu das Lirídeas, a primeira boa chuva de meteoros de 2015. O fenômeno, que no Hemisfério Sul atinge seu ápice a partir das 3h, poderá ser observado com mais clareza nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Para tanto, basta olhar para a direção Norte, a olho nu, para ver entre 15 e 20 meteoros por hora, de acordo com estimativa dos astrônomos.
Este ano, a visualização é favorecida pelo céu escuro. "A Lua está em sua fase crescente e irá se pôr às 21h. Por isso, sua luminosidade não irá atrapalhar a observação do fenômeno", explica Rundsthen Vasques de Nader, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e astrônomo do Observatório do Valongo, na UFRJ.
Pedaços de cometa - Os meteoros das Lirídeas são pedaços de gelo e poeira do cometa C/1861 Thatcher. Seus destroços entram na atmosfera a cerca de 50 quilômetros por segundo e se desintegram, tornando-se brilhantes. É uma das chuvas de meteoros mais antigas do planeta, famosa por, em 687 a. C. e em 1803, ter causado uma tempestade de cerca de 700 meteoros por hora. Atualmente, o fenômeno é visto todos os anos no final de abril, quando a Terra passa pela "cauda" do cometa, proporcionando a visão de menos de 100 meteoros por hora.
Os destroços do cometa parecem despencar da constelação Lira (daí seu nome). Essa constelação nasce às 0h desta quinta-feira para Estados do Sudeste, como o Rio de Janeiro, e fica próxima ao horizonte. Quanto mais ao Sul, mais difícil é enxergá-la. Por isso, quem está em São Paulo, Paraná, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul não poderá ver essa chuva. Em 2015, ela começou em 16 de abril e vai até o dia 23.
Para quem quiser ver o fenômeno, o melhor é observá-lo longe de ambientes urbanos. "A poluição atmosférica, tanto a de poeira quanto a luminosa, influencia fortemente na observação do fenômeno", diz Nader.
Para quem não conseguir observar o fenômeno diretamente, uma opção é acessar o site do observatório internacional Slooh, que vai transmitir a chuva de meteoros ao vivo.

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