quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Poeira do Saara viaja até a Amazônia, mostra Nasa

Vídeo da NASA mostra poeira transportada do deserto do Saara para a floresta amazônica

Um vídeo criado pela NASA mostra que, apesar dos mais de 2.500 quilômetros de distância, o deserto do Saara e a floresta amazônica estão mais ligados do que parece.
A agência espacial americana coletou dados entre 2007 e 2013 que mostram a relação entre o deserto, que ocupa um terço do território africano, e a maior floresta tropical do mundo.
O estudo mostra que cerca de 182 milhões de toneladas de poeira atravessam o oceano Atlântico todos os anos, saindo do Saara para o continente americano. É a primeira vez que a NASA consegue quantificar quanta poeira faz essa viagem.
Do total, 27,7 milhões de toneladas caem na floresta, trazendo diversos nutrientes, como o fósforo.
A região amazônica recebe em média 22 mil toneladas de fósforo, que funciona como um fertilizante e é fundamental para o crescimento das plantas, compensando as perdas desse nutriente durante as chuvas e inundações.
O estudo também mostra que a quantidade de poeira transportada depende das chuvas que ocorrem no Sahel, região ao sul do Saara. Quando as chuvas aumentam, a quantidade de poeira transportada no ano seguinte para a floresta é menor.
A descoberta faz parte de uma pesquisa que visa compreender o papel da poeira e outros agentes no meio ambiente e no clima local e global.
Veja a viagem que a poeira do Saara faz em direção ao continente americano, até depositar seus nutrientes na floresta amazônica, recriada pela NASA em 3D:

 
Exame.com
 
 

Um mistério brilhante no planeta anão, Ceres

A espaçonave Dawn, da Nasa, está prestes a chegar ao planeta anão Ceres, maior objeto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. E um misterioso ponto brilhante detectado pela sonda, ainda sem explicação concreta do que possa ser, intriga os cientistas.
 
Na verdade, não um. À distância, parecia um só. Mas, conforme a sonda se aproximou mais do astro e obteve novas fotos, ficou claro que são de fato pelo menos dois focos brilhantes, ambos no interior de uma mesma cratera.
“O ponto mais brilhante continua a ser muito pequeno para detalharmos com nossa câmera, mas, apesar de seu tamanho, ele brilha mais que qualquer outra coisa em Ceres. Isso é realmente inesperado e ainda um mistério para nós”, disse Andreas Nathues, pesquisador-chefe da câmera de enquadramento da sonda e cientista do Instituto Max
Planck para Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha. O que será?
De início, imaginava-se que pudessem ser crateras recentes, com gelo exposto em seu interior. Agora, outra hipótese começa a emergir — vulcanismo. Mas não como o da Terra, com magma derretido, mas criovulcanismo, que envolve vulcões que expelem água!
Imagem de Ceres obtida pela Dawn a 46 mil km do planeta anão revela dois misteriosos pontos brilhantes na superfície. (Crédito: Nasa)

Imagem de Ceres obtida pela Dawn a 46 mil km do planeta anão, divulgada ontem, revela dois misteriosos pontos brilhantes na superfície do planeta anão. (Crédito: Nasa)
Sabemos que Ceres tem grandes quantidades de gelo no subsolo, e o Observatório Espacial Herschel chegou a detectar plumas de vapor d’água emanando do pequeno planeta anão, com cerca de 950 km de diâmetro. Se bobear, o astro pode até ter condições para a existência de vida, se houver fontes de calor capazes de manter a água em estado líquido no subsolo — o que o criovulcanismo, se for confirmado, parece sugerir.
Contudo, ainda é cedo para fazer quaisquer afirmações. Logo saberemos do que se trata, conforme a sonda chegar ainda mais perto — ela está no momento a cerca de 39 mil km de seu destino, o que equivale a apenas um décimo da distância que separa a Terra da Lua.
O empolgante mistério é uma boa medida do quanto estamos entrando em território inexplorado com esta missão. A expectativa é grande para a inserção orbital da Dawn em órbita de Ceres, o que vai acontecer no próximo dia 6.
Ceres, por outros dois ângulos, a 46 mil km de distância, fotografado em 19 de fevereiro (Crédito: Nasa)
Ceres, por outros dois ângulos, a 46 mil km de distância, fotografado em 19 de fevereiro (Crédito: Nasa)
Fique ligado, pois a primeira grande aventura do ano dos planetas anões está apenas começando. E, em julho, teremos Plutão!
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Pesquisas investigam possibilidade de viagens no tempo

Foto: Arquivo/BBC
 
Quando se fala em viagens no tempo muitos pensam logo no DeLorean prateado, o carro que serviu como máquina do tempo na série de filmes De Volta para o Futuro. Ou até mesmo na Tardis, a nave espacial - que também é uma máquina do tempo - usada pelo personagem Dr. Who, da série britânica de mesmo nome, para viajar no tempo e espaço.
Mas a questão mais comum é se estes feitos da ficção poderiam ser repetir na vida real, se é mesmo possível viajar no tempo.
A possibilidade das viagens no tempo está sendo investigada por pesquisadores na Universidade de Birmingham, na Grã-Bretanha. Esta equipe faz parte de um projeto maior, um programa de pesquisa sobre a natureza do tempo que envolve universidades na Austrália, Estados Unidos, Alemanha, Holanda e Turquia.
Até o momento, o que se pode afirmar é decepcionante: a equipe da Universidade de Birmingham não está construindo uma máquina do tempo em segredo.
Mas eles estão analisando algumas grandes ideias, levantando questões não apenas sobre física, mas também sobre filosofia e a natureza da realidade.
Nikk Effingham, chefe do departamento de filosofia em Birmingham, está liderando o projeto com Alastair Wilson, especialista, entre outras coisas, em filosofia da física.
E, de acordo com Effingham, a possibilidade de viagens no tempo é "infinitesimal", mas não é impossível.

'Paradoxo do avô'

Até algumas ideias que parecem incompreensíveis têm aplicações diretas. O objetivo é compreender mais sobre um sentido do tempo e sequenciamento, uma grande questão que também pode ser ligada às doenças degenerativas humanas.
O projeto de Birmingham também vai tratar de alguns argumentos clássicos contra as viagens no tempo, como o "paradoxo do avô". Segundo este paradoxo, se alguém pudesse voltar no tempo, esta pessoa poderia matar os próprios avós e, com isso, tornar impossível o nascimento do viajante no tempo.
E, se o viajante no tempo nunca nasceu, ele nunca poderia voltar. Com isso, a viagem no tempo se transforma em uma impossibilidade.
No entanto, filósofos têm um outro argumento segundo o qual, para evitar este processo de acabar com a possibilidade da própria existência, qualquer viajante no tempo seria sempre impedido de matar os avós: a arma iria emperrar ou então eles acertariam a pessoa errada.
Isto aconteceria para que a linha do tempo não fosse interrompida.
 
Foto: Arquivo/BBC
 
Outra teoria é que mudanças feitas por uma viajante no tempo poderiam criar uma cadeia de eventos em outro universo paralelo, ao invés de alterar o mundo original de onde o viajante saiu.
Isto está relacionado à teoria dos "muitos mundos" que sugere que nós ocupamos apenas uma versão da realidade e que um número infinito de outras possibilidades estão ocorrendo em universos paralelos.
O viajante no tempo pode fazer mudanças que vão desencadear novas sequências de eventos nestes mundos diferentes, sem interromper a linha do tempo original.

Física fundamental

Para Alastair Wilson, que participa do estudo na Universidade de Birmingham, a análise da viagem no tempo é uma forma de analisar questões sobre física fundamental.
Isto significa que a pesquisa é uma forma de pensar sobre o tempo não como uma maneira de medir as horas e dias, mas como uma dimensão mais parecida com o espaço.
Wilson afirma que, se uma pessoa pudesse viajar dentro destes conceito de tempo, ela entraria em uma espécie de portal, loops temporais, onde uma pessoa pode ir e então voltar ao mesmo lugar - algo descrito pela física como "curvas temporais fechadas" (CTC, na sigla em inglês para "closed timelike curve").
Mas, quando questionado se isto algum dia poderia acontecer, o pesquisador prefere ser mais realista.
"Nossa física mais avançada no momento deixa em aberto. Se acontecesse, poderia ser em alguma região exótica do universo, (...) algum lugar perto de um buraco negro com altas concentrações de energia. Não é (preciso) inventar uma máquina do tempo, (mas sim) descobrir um lugar", afirmou.
Bradford Skow, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) afirma que, "mesmo se a viagem no tempo seja coerente com as leis da física", ainda não significa que pessoas vão entrar em máquinas do tempo.
Skow publicou recentemente um livro a respeito dos conceitos de tempo, Objective Becoming, que rejeita a ideia de que o tempo "passa" ou que esteja, de alguma forma, em movimento. Ele afirma que momentos ou experiências do passado são tão reais como as do presente, mas são inacessíveis em qualquer outra parte do tempo.

Foto: Arquivo/BBCTempo e experiência humana

 
A fascinação com o tempo também reflete como ele é intrínseco à experiência humana e de todas as criaturas vivas.
O tempo está entrelaçado com os ritmos naturais do dia e noite, nascimento e morte, o batimento do coração e até às menores unidades da natureza e à origem do universo.
"Nossos melhores relógios usam a vibração de um átomo para medir o tempo, átomos que estão vibrando desde que foram criados há milhões de anos", disse Wilson.
Mas há outro argumento contra a ideia de que a viagem no tempo possa se tornar possível em um futuro distante, quando a tecnologia progredir.
Se isto acontecer realmente no futuro, como ainda não encontramos os humanos do futuro, que voltaram para nos visitar aqui no passado?
Mesmo que a perspectiva de trombar com um viajante no tempo seja remota, Wilson afirma que estas viagens intelectuais rumo ao desconhecido têm valor.
"As pessoas se dividem entre aquelas que perguntam: 'existe uma possibilidade prática de acontecer durante a minha vida?' e quando você responde 'não', elas não se interessam mais."
"E também há muitas pessoas que estão interessadas nestas questões (...) pois elas levam a algumas questões fundamentais sobre a humanidade", disse.
BBCBrasil

8 tipos de indústrias que podem desaparecer até 2020




Há pelo menos duas décadas, os computadores roubaram o espaço das máquinas de escrever – o último modelo foi fabricado em 2011.
Assim como esse tipo de indústria, outros negócios podem desaparecer até 2020, segundo pesquisa realizada com membros do Young Entrepreneur Council (YEC), nos Estados Unidos. O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,cientistas-fazem-1-observacao-direta-do-efeito-estufa-causado-por-emissoes-de-co2,1639508
O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,cientistas-fazem-1-observacao-direta-do-efeito-estufa-causado-por-emissoes-de-co2,1639508
Assim como esse tipo de indústria, outros negócios podem desaparecer até 2020, segundo pesquisa realizada com membros do Young Entrepreneur Council (YEC), nos Estados Unidos.

Máquina de escrever

Empresas de táxis

Aplicativos que localizam, chamam ou agendam um táxi podem fazer com que as empresas administradoras de frotas desapareçam nos próximos anos, segundo membros do YEC. 
De acordo com o levantamento, apps como Uber e Lyft  já começaram a desintegrar esses serviços nos Estados Unidos.
 
Os taxis de Nova York - os yellow cabs - ganham roupa nova

Telefones residenciais

Ter um telefone fixo em casa pode se tornar obsoleto antes mesmo de 2020 e a razão está por toda parte: os telefones móveis. Nos Estados Unidos, o número de smartphones já ultrapassou os telefones fixos.

Telefone de escritório

Cartões de Crédito

Outra indústria que pode estar com os dias de contados é a de cartões de plástico. Isso porque, de acordo com o YEC, cedo ou tarde, eles deverão ser substituídos por meios de pagamentos móveis.
 
Mãos usando cartão de crédito no computador

Cinemas

Para os membros do YEC, os cinemas também tendem a desaparecer até 2020. Hoje, tecnologias como HDTV e sistemas de som têm feito com que muita gente prefira ver filmes em casa.

Sala de cinema vazia

CDs, DVDs, cartões de memória e outros

Com o aumento da presença de armazenamento em nuvem e serviços de streaming, muitas formas de guardar informações por meio de cartões de memória ou DVDs também devem sumir até 2020.

Vários CDs

TV a cabo

Para os membros da YEC, a Internet tem mudando a maneira como assistimos vídeos. De acordo com a pesquisa, como a Internet de alta velocidade atinge muitos lugares, não haverá daqui a algum tempo necessidade de pagar por um serviço a cabo. 
 
TV a cabo

Carteiras

Assim como os cartões de plástico, as carteiras de couro, que normalmente acomodam os cartões, também devem se tornar acessórios dispensáveis nos próximos anos. Em um futuro próximo, as pessoas terão tudo que precisam para pagar uma conta em seus smartphones.
 
Pessoa entregando a carteira

Atendentes de fast food

Para os membros do YEC, os atendentes de redes como McDonald’s e Burger King também podem desaparecer nos próximos anos. De acordo com o levantamento, os clientes não estão interessados na maneira como eles são atendidos, mas sim em conseguir o lanche que desejam com rapidez.

Funcionária do McDonald's servindo uma batata frita em um restaurante da rede

Cientistas descobrem buraco negro 12 bilhões de vezes maior que o Sol

Esta ilustração mostra o tamanho imenso do buraco negro descoberto na galáxia NGC 3842, que aparece na imagem ao fundo. Trata-se da galáxima mais brilhante em um aglomerado de galáxias. O buraco negro está no centro e é cercado por estrelas. A dimensão do buraco negro é sete vezes mais do que a óbrita de Plutão. Nosso sistema solar é pequeno, em comparação
 
Esta ilustração mostra o tamanho imenso do buraco negro descoberto na galáxia NGC 3842, que aparece na imagem ao fundo. Trata-se da galáxima mais brilhante em um aglomerado de galáxias. O buraco negro está no centro e é cercado por estrelas. A dimensão do buraco negro é sete vezes mais do que a óbrita de Plutão. Nosso sistema solar é pequeno, em comparação
Um grupo de cientistas descobriu um buraco negro com uma massa aproximadamente 12 bilhões de vezes maior que a do Sol, segundo publicou nesta quarta-feira (25) a revista britânica "Nature".
 A equipe detectou um quasar que contém um buraco negro supermassivo em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo tinha menos de 1 bilhão de anos.
 Esta descoberta poderia questionar em profundidade determinadas teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
 O buraco negro de grande massa está localizado no coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
 Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
 A descoberta e o estudo posterior foram realizados por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
 Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em dois micrometros do céu completo).
 Além disso, os astrônomos também utilizaram dados do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que "descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é algo estranho".
 Apesar da rareza desta descoberta, Venemans especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas de milhões de anos depois do Big Bang".
 Segundo a cosmologia atual, a origem do universo se remonta à grande explosão de um ponto de densidade infinita que gerou a matéria, o espaço e o tempo.

 

Astronautas fizeram caminhada espacial nesta quarta-feira

Estação Espacial Internacional
 
Os astronautas americanos Barry "Butch" Wilmore e Terry Virts flutuaram do lado de fora da Estação Espacial Internacional (ISS) nesta quarta-feira. A missão foi a segunda de três caminhadas espaciais que têm como objetivo instalar novas estações para acoplar cápsulas comerciais que estão sendo desenvolvidas pelas empresas privadas Boeing e Space X.
A caminhada começou às 9h da manhã (horário de Brasília), durou cerca de seis horas e meia e foi transmitida pela Nasa Television. Seus objetivos principais foram remover a cobertura das vagas, lubrificar o dispositivo elétrico preso no braço robótico no fim da estação e instalar dois cabos de energia e de dados.
No sábado, os astronautas instalaram 104 metros de cabos para dar suporte ao novo sistema de ancoragem. Estão previstas pela Nasa mais quatro caminhadas espaciais em 2015 para realizar as modificações.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Drone varrerá Amazônia em busca de civilizações antigas

Projeto Geglifos - Cnpq
 
Cientistas britânicos vão usar um drone para fazer varreduras na Amazônia brasileira e procurar vestígios de civilizações antigas.  
O avião não-tripulado que será enviado para a região é equipado com um laser que analisa e procura por áreas onde podem ter existido construções há milhares de anos.
O objetivo do projeto é determinar qual era o tamanho destas comunidades milenares e até que ponto elas alteraram a paisagem local.
Os pesquisadores anunciaram a iniciativa durante a reunião anual da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), na cidade de San Jose, na Califórnia.
O projeto, uma parceria entre agências e instituições do Brasil e Europa, já conseguiu uma verba de US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 5,3 milhões) do Conselho Europeu de Pesquisa.
Dependendo dos dados obtidos, eles também podem ser usados para a elaboração de políticas de uso sustentável da floresta.
Mas a questão mais importante é tentar compreender a escala e as atividades das populações que viveram na Amazônia no final do período antes da chegada dos europeus à América, ou seja, os últimos 3 mil anos antes de 1490.

Padrões no solo

A equipe internacional vai tentar encontrar na Amazônia os chamados geoglifos, que são desenhos geométricos grandes feitos no chão.
Foto: Xmobots
 
Mais de 450 destes geoglifos, em vários formatos geométricos, foram encontrados em locais onde ocorreu desmatamento.
Mas até hoje ninguém sabe exatamente o que estes círculos, quadrados e linhas representam - há indícios de que fossem centros cerimoniais.
No entanto, o que se sabe é que eles são provas de um comportamento coletivo.
"É um debate acalorado agora na arqueologia do Novo Mundo", afirmou José Iriarte, da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha.
"Enquanto alguns pesquisadores acreditam que a Amazônia foi habitada por pequenos grupos de caçadores-coletores ou então por pequenos grupos de cultivavam apenas para a subsistência, que tiveram um impacto mínimo no meio ambiente, e que a floresta que vemos hoje foi intocada por milhares de anos, há cada vez mais provas mostrando que este pode não ser o caso."
"Estas provas sugerem que a Amazônia pode ter sido habitada por sociedades grandes, numerosas, complexas e hierárquicas que tiveram um grande impacto no meio ambiente; o que nos chamamos de 'hipótese do parque cultural'", disse o cientista à BBC.

Drone e satélite

O projeto de Iriarte prevê o sobrevoo do drone por algumas áreas da floresta que servirão de amostra.
O laser acoplado ao drone vai procurar geoglifos estão escondidos em regiões ainda não desmatadas.
Parte da luz deste laser, chamado de "lidar" ("light-activated radar", ou radar ativado pela luz, em tradução livre) consegue ultrapassar a barreira das folhas das árvores.
Serão feitas várias inspeções e, se a existência dos geoglifos for confirmada, os cientistas vão tentar determinar mudanças específicas que foram deixadas no solo e na vegetação pelos antigos habitantes.
Estas "impressões digitais" poderão ser buscadas por imagens de satélites, possibilitando uma busca em uma área muito maior da Amazônia, maior do que com o pequeno drone.
PPS/Embrapa/US Forest Service
 
E, a partir deste projeto será possível avaliar como a Amazônia pode ser gerenciada de forma sustentável. Segundo Iriarte, não é possível especular quais seriam as mudanças futuras aceitáveis na Amazônia se não existir uma compreensão completa de como a floresta foi alterada no passado.
"Queremos ver qual é a pegada humana na floresta e então formar uma política (de uso), pois pode ser o caso de que a biodiversidade que queremos preservar seja o resultado de uma manipulação no passado desta floresta", explicou.
Foto: José Iriarte
BBC Brasil

Por que fevereiro tem só 28 dias?

a culpa é dos romanos (Foto: wikimedia commons)
 
Sério, qual é o problema de fevereiro? Por que ele não pode ter 30 ou 31 dias como um mês comum? A história explica. Dizem por aí que Rômulo, o fundador de Roma (que talvez seja só uma lenda), precisava de uma maneira para organizar os inúmeros festivais e atividades de sua república. Daí surgiu a ideia de criar um calendário, baseado nesses eventos, que desse conta dessas necessidades.
Os astrônomos antigos já tinham uma noção de equinócios e solstícios - logo, das estações. Os primeiros são em dezembro e em junho, marcando o início do verão e do inverno, respectivamente. É quando Sol em seu movimento aparente atinge a maior declinação a partir da linha do equador, fazendo com que a noite seja maior que o dia no inverno e o inverso no verão. Os equinócios acontecem no outono e primavera, quando estamos no meio termo e o dia e a noite tem durações mais próximas. O ciclo completo dura 365,242 dias - lembra algum período para você?
Além disso, astrônomos observavam as fases da Lua: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. Cada uma durava pouco mais de 7 dias e o ciclo completo dura 29,5 dias.
Os romanos criaram um calendário lunar, com dez meses com duração de 30 ou 31 dias, começando em Março e terminando em Dezembro. Mas esse ano não contemplava o calendário Solar, marcado pelas estações - e muito importante para a agricultura. Basicamente, eles pulavam o inverno que, no Hemisfério Norte, começa a partir de dezembro e dura os primeiros meses do ano. E isso começou a ficar confuso.
Foi então que Numa Pompilius, segundo rei de Roma, teve uma ideia. Como números pares eram considerados de mau agouro na Roma antiga, ele removeu um dia de todos os meses com 30 dias. Ou seja - abril, junho, sextilis (o agosto), setembro e novembro ficaram com 29 dias. Ele queria que o calendário cobrisse 12 ciclos da Lua, chegando ao número de 354 dias. Mas 354 é um número par - ops! Então ele arredondou o número para 355 dias, ganhando 57 dias extras. Ele dividiu esse número em dois novos meses e os colocou no fim do calendário. Sim, janeiro (de 29 dias) e fevereiro (de 28) já foram organizados depois de dezembro em um calendário anual.
Fevereiro ganhou 28 dias. Sim, é um número par - mas os romanos deixaram esse passar. Por que? Fevereiro, na época o último mês, era considerado um período de má-sorte. Então eles queriam que ele acabasse o quanto antes. Logo, não se importaram em deixar esses dias a menos.
Ainda assim, o calendário de Numa Pompilius não coincidia com as estações. Depois de alguns anos, as estações não estavam em sincronia com seus meses e uma nova reforma se fez necessária. Aí fevereiro foi dividido em dois: 23 dias - e o resto. Aí para evitar a falta de sincronia entre o calendário e as estações, ano sim ano não esse 'resto' de cinco dias recebia um acréscimo de 27 dias. Se você odeia o ano bissexto esse esquema parece ainda mais confuso, certo? Dessa forma a cada quatro anos os 1465 dias passados poderiam ser divididos em quatro partes de 366,25, que se aproxima mais do ciclo solar.
Se o calendário fosse organizado dessa forma as estações estariam mais próximas da realidade. Mas aí entra a política: pessoas incumbidas de cargos na república romana queriam estender seus mandatos, ou expulsar concorrentes. Então esses dias extras acabavam sendo adicionados mais por pressões da sociedade do que pelas estações, como no plano normal, e tudo voltou a ser confuso.
Quando Júlio César chegou ao poder em 49 a.C. as coisas já estavam completamente fora de sincronia. Por sorte ele havia passado um tempo no Egito, onde os calendários de 365 dias eram populares. E então em 46 a.C. ele fez uma nova reforma no calendário romano. Moveu janeiro e fevereiro para o começo do ano e adicionou 10 dias ao ano para chegar ao total de 365 dias. O mês Quintilis passou a se chamar Julius (Julho) e ganhou um dia extra, 31, em homenagem ao então imperador. Fevereiro ficou com 29 dias. Três décadas mais tarde, em 8 a.C, o nome do oitavo mês, Sextilis, foi trocado para Augustus, para homenagear o importador César Augusto. Mas Augustus tinha só 30 dias enquanto Julho tinha 31. O imperador da época determinou então que seu mês tivesse 31 dias, para ficar em pé de igualdade com césar. Setembro ficou com 30 dias depois dessa mudança.
E, como o ano é um pouco maior do que esse número redondo (0,242 dia, para sermos exatos) ele também adicionou um dia extra a cada 4 anos. No entanto, eles o adicionaram entre os dias 23 e 24 de fevereiro. Muito tempo depois uma nova reforma teria sido feita para oficializar o dia extra no fim de fevereiro - dia 29 nos anos bissextos.
Galileu.com
 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Achado arqueológico: Uma nova espécie humana?

Um achado arqueológico pode colocar uma nova peça no quadro da evolução do gênero Homo, do qual os homens modernos fazem parte. Em um recente estudo publicado no “American Journal of Physical Anthropology”, pesquisadores do Centro Nacional de Investigação da Evolução Humana, na Espanha, e do Instituto de Paleoantropologia de Pequim, na China, sugerem a existência de um ancestral humano até agora desconhecido. A descoberta é resultado da análise de fósseis, que incluem dentes e fragmentos de crânios de quatro indivíduos, encontrados em uma caverna na província chinesa de Xujiayao, em 1976. “Depois de estudar e comparar os itens achados com mais de cinco mil dentes de outros hominídeos, chegamos à conclusão de que as características dos fósseis em questão não batem com nenhuma espécie que tenha habitado o planeta durante o Pleistoceno superior (de 126 mil a 11 mil anos atrás)”, disse à ISTOÉ María Martinón-Torres, que liderou a pesquisa.
 
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Até agora era sabido que, durante esta idade geológica, pelo menos três tipos de humanos primitivos habitavam a Terra. Enquanto o Homo sapiens surgia na África, há cerca de 200 mil anos, os neandertais dominavam a Europa. Entre 400 mil e 50 mil anos atrás, na Ásia e atual Rússia, viviam os denisovanos e na Indonésia, de 95 mil a 17 mil anos atrás, o Homo floresiensis, cuja descoberta só foi confirmada em 2004. O novo ancestral teria ocupado o atual norte da China entre 120 mil e 60 mil anos atrás e poderia ser uma nova espécie ou o resultado do cruzamento entre duas das espécies conhecidas. Segundo María, os dentes analisados teriam algumas características parecidas com as dos Homo erectus (hominídeo que viveu entre 1,8 milhão e 300 mil anos atrás) e outras semelhantes às dos Neandertais. “Eles mostram uma mistura até então inédita”, diz a pesquisadora. “Porém, para afirmar com certeza que se trata de uma nova espécie precisamos de mais fósseis”, afirma. Outra possibilidade é que os dentes e fragmentos de crânio encontrados sejam de indivíduos denisovanos. Esta espécie foi identificada pela primeira vez em 2010, através de uma análise de DNA realizada em dois dentes e uma falange descobertos na caverna de Denisova, na Sibéria. Apesar de terem convivido e procriado com o Homo sapiens, pouco se sabe sobre esse grupo, e, especialmente, sobre sua morfologia. “Por isso não podemos confirmar nem descartar que os indivíduos de Xujiayao sejam denisovanos”, diz María. “Nossa esperança é que mais fósseis sejam descobertos na Ásia.”
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IstoÉ.com

Cidades na Terra evoluem da mesma forma que galáxias no espaço

 (Foto: NASA)

Existem certas leis familiares aos sociólogos que explicam de um jeito
inacreditavelmente preciso a forma como vivemos em nossas cidades. Uma delas é a lei de Zipf: ela determina que, por exemplo, se a maior cidade de um país possui 10 milhões de habitantes, a segunda da lista tem 10 milhões dividido por dois, a terceira 10 milhões dividido por três, e assim por diante. Outros exemplos das chamadas leis de escala ou de potência são aquelas que calculam com precisão o alastramento de doenças ou então a probabilidade de duas pessoas serem amigas em uma cidade grande. Apesar de funcionarem muito bem, até então ninguém sabia explicar o porquê e nem de onde elas vinham. Uma dupla de astrofísicos acredita que acabou de descobrir nas estrelas a resposta para o enigma.
Henry Lin e Abraham Loeb, do Harvard-Smithsonian Centre for Astrophysics, descreveram uma teoria unificada para as leis de escala de populações humanas – algo que até então ninguém havia feito. Para isso eles utilizaram modelos cosmológicos que mostram a evolução das galáxias com base na densidade de matéria que elas abrigaram ao longo do tempo. “Nós tratamos a densidade populacional como a quantidade fundamental, pensando nas cidades como objetos que se formam quando a densidade populacional excede um limiar crítico”, escreveram no artigo. “A situação é, portanto, conceitualmente e matematicamente análoga à formação de galáxias no universo”, afirmaram.
Depois de chegarem a esta conclusão, os pesquisadores simplificaram a abordagem para verificar até onde ela podia chegar. Eles descobriram que o sistema era extremamente abrangente. “Nós derivamos um modelo estatístico simples que explica todas estas leis de escala em apenas um princípio unificado envolvendo o crescimento espacial aleatório de aglomerados de pessoas em todas as escalas”, escreveram. Em outras palavras, além de terem sintetizado uma teoria geral da evolução urbana, os astrofísicos ainda conseguiram determinar que as mesmas leis ocultas que regem comportamentos humanos consideravelmente complexos comandaram também a formação da própria galáxia em que vivemos – e de todas as outras no universo.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Esfera de metal vinda do espaço expele material biológico e intriga cientistas

 Esfera de titânio e vanádio tem diâmetro de um cabelo humano (Foto: Reprodução)

A ideia de uma civilização extraterrestre avançada enviar ao nosso planeta uma cápsula contendo material biológico parece pura ficção científica, certo? Pois saiba que o cenário é levado a sério por pesquisadores das universidades de Birmingham e de Sheffield, na Inglaterra, depois de uma descoberta recente e completamente extraordinária.
Ao enviar balões a uma altitude de 27 quilômetros para coletar partículas na estratosfera, o grupo de astrobiólogos acabou capturando uma minúscula esfera metálica. Para a surpresa de todos, o interior estava repleto de um líquido biológico viscoso, que possivelmente continha material genético e jorrava para fora através de um orifício. Ao que tudo indica, nunca algo parecido foi encontrado na Terra.
Os cientistas têm certeza de que a estrutura veio do espaço pois provocou um impacto considerável ao se chocar com o balão, algo que não teria ocorrido se não fosse a alta velocidade de reentrada atmosférica.
“É uma bola de diâmetro comparável ao de um cabelo humano, que tem vida filamentosa na parte externa e um material biológico espesso escorrendo de seu centro”, resumiu o líder do estudo Milton Wainwright, do Centro de Astrobiologia da Universidade de Birmingham, ao jornal britânico Express.
A equipe ficou ainda mais perplexa quando análises de raios X revelaram a composição da esfera: titânio, com traços de vanádio. Diversas hipóteses foram levantadas a respeito da origem do estranho objeto, sendo que a mais provável para os pesquisadores sugere que ele tenha chegado até a Terra por meio de um cometa. O que já é uma enorme descoberta.
Outras possibilidades, no entanto, vão mais além. “Uma teoria é de que a esfera tenha sido enviada por alguma civilização desconhecida para continuar semeando o planeta com vida”, especula Wainwright. E esta vida, inclusive, poderia representar graves riscos à espécie humana, como a propagação de doenças mortais.
A ideia de que a vida na Terra tenha surgido a partir de cometas ou de outras formas semelhantes é chamada de panspermia, e apesar de ainda encontrar resistência no meio científico, foi amplamente defendida por cientistas como Francis Crick, um dos descobridores da estrutura do DNA, e também pelo astrônomo Carl Sagan.
Pesquisas recentes apontam cada vez mais para a existência de um intercâmbio de matéria entre a atmosfera terrestre e o cosmos, e também para o fato de que material genético e também certos tipos de organismos, como bactérias e vírus, são capazes de sobreviver às adversidades do espaço.
Galileu.com

Microscópio mais potente do mundo é desenvolvido no Japão

Aparelho é capaz de realizar observações em nível atômico
 
O empresa japonesa Hitachi desenvolveu o microscópio com maior resolução do mundo, capaz de realizar observações em nível atômico, informou a empresa. Após quase cinco anos de pesquisa, o microscópio eletrônico de transmissão (MET) foi terminado esta semana. Ele é capaz de oferecer uma resolução de 43 picometros (unidade que equivale à bilionésima parte de um metro), ou seja, menos da metade do raio da maioria dos átomos.
Em lugar de utilizar a luz, como é o caso dos telescópios ópticos, este tipo de aparelho utiliza um feixe de elétrons (partículas com carga elétrica negativa que orbitam o núcleo de um átomo), que atrasseva o objeto observado e interage com ele, formando assim a imagem que pode ser vista no microscópio. Ocupando um quarto inteiro, o novo aparelho alcança esta resolução recorde graças à grande concentração de seu feixe de elétrons através de cabos e circuitos especialmente desenhados para esta tarefa.
Outras inovações destacadas são o uso de materiais de amortecimento acústico na base do microscópio para reduzir o impacto das vibrações, assim como a instalação de barreiras magnéticas em torno do aparelho. Deste modo, foi possível reduzir o efeito de fatores externos que prejudicam sua resolução e são a principal limitação deste tipo de microscópio, explicou a companhia.
O novo dispositivo permitirá a observação óptica das posições dos átomos, o que segundo Hitachi poderia contribuir para o desenvolvimento de novos materiais com diversas aplicações.
Veja.com
 

Cientistas encontram múmia de mil anos dentro de estátua de Buda

Buddha
 
Cientistas encontraram restos mumificados de um monge dentro de uma estátua de Buda que data do século XI ou XII. A descoberta foi feita quando o objeto passou por uma tomografia no museu Drents, na Holanda.
O holandês Erik Brujin, especialista em budismo, liderou o estudo do material e determinou que os restos são de um mestre budista chamado Liuquan, que pertenceu à Escola Chinesa de Meditação e viveu por volta do ano 1100.
Antes da tomografia, os cientistas do Drents sabiam que havia um corpo dentro da estátua, mas o procedimento revelou que os órgãos de Liuquan foram retirados e substituídos por pedaços de papel com escritos em chinês. Além dessa descoberta, foi possível retirar DNA da múmia para a realização de testes. Alguns budistas acreditam que o mestre Liuquan não está morto, mas em um estado avançado de meditação.
O Buda em questão ficará exposto no Museu de História da Natural da Hungria até maio.
Veja.com

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

No futuro, o ar condicionado vai seguir você

  (Foto: divulgação MIT)

O calor está tão intenso que sair para as ruas e ficar longe de ventiladores e do ar condicionado é um desafio para a força de vontade. E, ao ficarmos dentro de casa ou nas próprias empresas, a conta da energia vai lá para o alto, por conta dos aparelhos que usamos para nos refrescar.
Mas o MIT parece ter criado uma solução. O laboratório Senseable City da instituição está desenvolvendo um protótipo que gera uma espécie de 'nuvem' de ar fresquinho ao nosso redor. O princípio é simples: para que gastar mais energia para refrescar o ar de um edifício inteiro se é possível refrescar uma área menor ao redor dos humanos?
O protótipo, chamado de Cloud Cast, é formado por uma série de cilindros de alumínio que possuem sensores ultrassônicos capazes de apontar a localização e a movimentação de humanos. Com essa informação, nebulizadores jogam uma 'nuvem' de ar fresco e umidade nas pessoas - tudo para combater os efeitos de climas desérticos.
Galileu.com

Caminhe no Sol sem se queimar (em uma exposição da Nasa)




Uma exibição da NASA chamada "Solaryum" permite que você chegue mais perto do Sol - sem se queimar, claro. Usando imagens doSolar Dynamics Observatory (SDO), da agência espacial, que monitora a nossa estrela 24h por dia, a exposição apresenta filmagens em uma resolução até oito vezes maior do que nossas TVs.
O SDO tira uma foto do Sol a cada minuto - e as filmagens foram feitas 'costurando' essas imagens. 
O objetivo do observatório é monitorar erupções, explosões, emissões de raios UV e raios-X. Ele não 'fotografa' o Sol em si, mas traduz a visão em um código binário que é decodificado por computadores em forma de imagens em preto e branco. Depois, essas imagens são coloridas para terem o máximo de realismo possível.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Uma bactéria modificada transforma energia do Sol em combustível líquido


O armazenamento da inesgotável energia do Sol, submetida aos vaivéns das nuvens e do dia e da noite, está mais próximo de se tornar realidade. Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, criaram um sofisticado sistema que utiliza uma bactéria geneticamente modificada para transformar a energia solar em combustível líquido. A fórmula, caso sua eficácia seja comprovada, ajudaria a enfrentar o desafio energético e lutar contra as mudanças climáticas.
Os pesquisadores, liderados pelo químico norte-americano Daniel Nocera, utilizaram a energia do Sol para obter hidrogênio da água (formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio). Com esse hidrogênio, a bactéria modificada, da espécie Ralstonia eutropha, é capaz de transformar o CO2, o principal gás responsável pelo aquecimento global, em álcool combustível, o isopropanol. Ao ser líquido, poderia ser transportado com a infraestrutura atual, destacam os autores.
Nocera está há anos sonhando com uma revolução energética planetária. Em 2009, foi considerado uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, pelo reconhecimento de seus estudos sobre combustíveis inspirados na fotossíntese das plantas.
“As células fotovoltaicas têm um considerável potencial para satisfazer as futuras necessidades de energia renovável, mas são necessários métodos eficientes e escaláveis para armazenar a eletricidade intermitente que produzem e poder implantar a energia solar em grande escala”, explicam os autores na revista científica PNAS. Seu sistema poderia ser esse desejado depósito de energia solar.
Outras equipes de cientistas descobriram métodos semelhantes, mas precisaram acelerar as reações químicas com metais como a platina e o índio, disparando os custos. A equipe de Nocera emprega como catalisadores metais abundantes na Terra, como o cobalto, conseguindo o triplo do rendimento obtido pelos melhores combustíveis bioeletroquímicos existentes, resultantes de sistemas parecidos. Para os autores, é “uma importante prova de conceito”.
“Ainda não vamos utilizar esse sistema em nossos carros. Por enquanto, é apenas uma descoberta científica. Agora temos que corrigir as ineficiências para ser viabilizado comercialmente, embora já sejamos tão eficientes, ou mais, do que a fotossíntese natural”, diz Nocera.
Nenhuma empresa se interessou ainda pelo sistema. No ano passado, a multinacional norte-americana Lockheed Martin, uma gigante da indústria aeroespacial e militar, comprou um dos produtos anteriores do laboratório de Nocera: uma espécie de folha artificial que utiliza a energia solar para separar o hidrogênio e o oxigênio da água. O hidrogênio também pode ser empregado como combustível, embora exista pouca infraestrutura para facilitar seu uso.
Há dois anos, cientistas da Universidade de Exeter, no Reino Unido, e da petrolífera Shell modificaram os genes de outra bactéria, a Escherichia coli, para que fabricasse diesel a partir de ácidos graxos. O biocombustível, promissor, também enfrenta agora desafios para sua comercialização como, por exemplo, a redução de custos. Em 2013, a produção de um litro custava milhares de euros.
El País.com

O Big Bang não existiu?

 A nebulosa helix (Foto: wikimedia commons)

A teoria mais aceita hoje é que o Universo teve um início : o Big Bang, a explosão de um ponto infinitamente denso, uma singularidade. A partir dessa explosão, teria havido uma expansão e o resultado seria o Universo atual. Essa teoria é baseada na relatividade geral, proposta por Einstein.
No entanto um novo modelo, que mistura correções quânticas na teoria de Einstein, sugere que não houve Big Bang. E que, na verdade, o Universo não começou: ele sempre existiu.
"A singularidade do Big Bang é um problema para a relatividade, porque as leis da física já não fazem sentido pra ela", afirma Ahmed Farag Ali, pesquisador da Universidade Benha, no Egito. Ele e o coautor Saurya Das, da Universidade de Lethbridge, em Alberta, no Canadá, mostraram que esse problema pode ser resolvido se acreditarmos em um novo modelo, no qual o Universo não teve começo - e não terá fim.
Os físicos esclarecem que o que eles fizeram não foi simplesmente eliminar a singularidade do Big Bang. Eles se basearam no trabalho de David Bohm, físico que, nos anos 1950, explorou o que acontecia se substituíssemos a trajetória mais curta entre dois pontos numa superfície curva por trajetórias quânticas. No seu estudo, Ali e Das aplicaram as trajetórias Bohminanas a uma equação que explica a expansão do universo dentro do contexto da relatividade geral. Com isso o modelo contém elementos da teoria quântica e da relatividade geral. Os pesquisadores esperam, com isso, que seu modelo se mantenha mesmo quando uma teoria completa da gravitação quântica for formulada.
Mas então o Universo não teve nem começo e nem fim? Com o modelo, os físicos estabelecem que o Universo tem um tamanho finito - e, com isso, podem dar a ele idade infinita, o que combina com nossas medições de constantes cosmológicas e de densidade.
O modelo descreve o Universo como preenchido com fluido quântico, que seria composto de gravitons, partículas hipotéticas que mediam a força da gravidade. Se eles existem, eles teriam um papel essencial na teoria da gravitação quântica. Agora os físicos pretendem analisar perturbações anistrópicas no Universo, elevando emc onsideração a matéria escura e a energia escura, mas eles acreditam que os próximos cálculos não afetarão os resultados atuais. "É satisfatório saber que essas correções podem resolver tantos problemas de uma vez", afirmou Das.
Galileu.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Terra está cercada por material invisível que intriga cientistas



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 A matéria escura foi originalmente descoberta pelo efeito gravitacional que provocava em estrelas nas bordas das galáxias. Mas agora um trio de cientistas encontrou evidências de que esta também existe em quantidade apreciável na região interna da Via Láctea, a nossa galáxia.
A descoberta pode dar novas pistas do que é e de como detectar essa misteriosa substância, que aparentemente só interage com a matéria normal através da gravidade.
É essa baixa interactividade que lhe rendeu o apelido de matéria escura - e também é o que explica a dificuldade em identifica-la.
As primeiras sugestões de que algo estava errado com a descrição tradicional da composição do Universo na década de 1930 aconteceu quando investigadores começaram a estudar o movimento de aglomerados de galáxias.
Mas a evidência só se tornou contundente quando no fim da década de 1960 a astrofísica Vera Rubin fez a descoberta crucial: notou que as estrelas na periferia nas galáxias orbitavam em torno do centro galáctico mais rápido do que deveriam.
Isso pode significar que havia um halo de matéria em torno da galáxia, além das últimas estrelas. Mas, ao observar essas regiões, não havia nada lá. Nada detectável, pelo menos. Era matéria escura.
Agora, o que dizer da presença dessa misteriosa substância no interior das galáxias, o que inclui a Terra?
O novo estudo, liderado pelo italiano Fabio Iocoo, astrofísico do Instituto Sul-Americano de Pesquisa Fundamental e do Instituto de Física Teórica da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em São Paulo, explica essa questão.
O que os cientistas fizeram foi comparar as observações reais sobre o movimento das estrelas com o que se esperava delas tendo em mente somente a influência gravitacional da matéria visível ao seu redor.
A diferença entre a trajectória esperada e real pode ser atribuída à influência da matéria escura. A conclusão é inescapável: também deve haver matéria escura neste pedaço do Universo, inclusive na região do nosso planeta.
Folha.com

Pesquisa revela núcleo desconhecido da Terra com cristais de ferro

Foto: SPL

Uma pesquisa realizada em conjunto pela China e Estados Unidos, publicada na revista Nature Geoscience, sugere que o núcleo central do planeta tem outro núcleo interior, de composição diferente.
A equipe de cientistas acredita que a estrutura de cristais de ferro nesta região mais central é diferente das camadas exteriores do núcleo da Terra.

Duas partes

De acordo com Song e outros cientistas na China, estes dados sugerem que o núcleo interno da Terra, uma região sólida aproximadamente do tamanho da Lua, é feito de duas partes.
Os dados da onda sísmica sugerem que os cristais no interior do núcleo interno estão alinhados na direção leste para oeste, se o observador estiver olhando para baixo, a partir do Polo Norte.
 Os cristais que estão no "exterior do núcleo interno" estão alinhados de norte a sul; na vertical se o observador estiver olhando do Polo Norte.

Lachina Publishing Services
 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

"O aquecimento global não é o vilão da crise hídrica de são Paulo", diz especialista

O meteorologista Augusto José Pereira Filho

A crise hídrica que afeta o Sudeste levou a uma busca por explicações para a ausência das chuvas. A hipótese mais forte, segundo meteorologistas e ativistas, é que o aquecimento global seja a razão por trás do calor e seca sem precedentes. O planeta estaria sofrendo as consequências das emissões do CO2 causadas pelo homem: temperaturas extremas, desequilíbrio ambiental, falta d’água. Na última quinta-feira, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que a estiagem e a crise hídrica de vários países, provocadas pelas mudanças climáticas, pode levar a conflitos entre as nações. Para Augusto José Pereira Filho, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo e um dos maiores especialistas do Brasil em recursos hídricos e previsões climáticas, a explicação é outra.
Com sua experiência de meteorologista com títulos e qualificações em instituições como a Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês), Pereira Filho desmente as relações entre a estiagem que vivemos e o desmatamento da Amazônia ou o acúmulo de CO₂. Em seu gabinete da universidade, rodeado por dados de radares, satélites e dados dos milímetros de chuva que caem na região metropolitana de São Paulo, prevê com a precisão que a ciência atual é capaz de oferecer que essa crise se tornará rotina: a próxima deve atingir o Sudeste entre 2019 e 2024.
Esse fenômeno é causado por fatores como a era geológica em que vivemos e o movimento atmosférico natural do planeta. Trata-se de um ciclo que tem ocorrido a cada cinco ou dez anos”, afirma.
Ação do homem — O cientista também questiona a certeza de que o homem está por trás do aquecimento global. Nosso impacto, diz Pereira Filho, é determinante apenas localmente. Para o planeta, somos um dos inúmeros e complexos fatores a influir em suas condições meteorológicas — e estamos longe de ser os mais fortes.
Nesta entrevista, Pereira Filho afirma que ainda existem incertezas sobre o funcionamento de mecanismos climáticos e meteorológicos básicos, como o ciclo da água ou das nuvens. Nessa área, a ciência esbarra em limitações que tornam impossível afirmar que há apenas uma causa para explicar nevascas, secas ou tempestades inesperadas. São conjuntos de fatores que, unidos, trabalham para gerar as temperaturas e eventos que conhecemos. E, às vezes, eles surpreendem.
 

Avião desaparecido há 54 anos é encontrado por alpinistas

Avião Douglas DC-3, modelo que caiu nos Andes com o time chileno Green Cross em 3 de abril de 1961

Um avião desaparecido há 54 anos, que transportava metade do time chileno Green Cross, foi encontrado por alpinistas a 3,2 mil metros de altitude, nos Andes, a cerca de 350 quilômetros ao sul da capital Santiago.
O avião Douglas DC-3 teve imagens divulgadas pela televisão local nesta segunda-feira.
De acordo com a mídia local, partes da aeronave estão intactas e ossos humanos podem ser encontrados ao redor dos destroços.
"Uma grande parte da fuselagem ainda está intacta e há muito material, como ossos humanos, espalhados em torno do local do acidente", afirmou Leonardo Albornoz, um dos alpinistas que encontrou os destroços.
Albornoz e os demais alpinistas não revelaram o local exato do acidente. "Não queremos que este lugar seja explorado pelas pessoas e que destroços sejam retirados do local como troféus. Temos que lembrar a todos que pessoas morreram aqui e suas famílias merecem respeito", declarou.
O acidente aconteceu em 3 de abril de 1961, quando a delegação do Green Cross voltava para casa após disputar uma partida fora, no sul do país.
O time empatara com o Osorno por 1 a 1 no jogo de ida. Na volta, o grupo foi dividido em dois voos. Somente um deles chegou ao destino. Metade da equipe e parte da comissão técnica morreu no acidente. Foram ao todo 24 mortos, sendo oito jogadores e o treinador.
O avião destruído e os corpos não foram encontrados na época mesmo após semanas de buscas realizadas pelas equipes de resgate.
Sem sucesso, as autoridades realizaram funerais simbólicos, que mobilizaram milhares de pessoas, muitos deles torcedores do Green Cross.
Apesar da tragédia, a equipe se recompôs para jogar a partida da volta. Com a derrota por 1 a 0, foi eliminado da competição nacional. Depois do acidente, a equipe perdeu rendimento e chegou a cair para a segunda divisão.
Em 1965, o time se fundiu ao Deportes Temuco, tornando-se o Green Cross Temuco. A equipe, uma das fundadoras do futebol profissional do Chile, acabou fechando as portas em 1984.
Exame.com

Poluição reduz chuvas na América Central, mostra estudo

Poluição

A poluição do ar relacionada à industrialização no hemisfério norte foi quase certamente a responsável pela redução das chuvas sobre a América Central, em mais uma evidência de que a atividade humana pode influenciar o clima, sugeriu um novo estudo divulgado nesta segunda-feira.
"Identificamos uma tendência de seca sem precedentes a partir de 1850", escreveram os cientistas na revista Nature Geoscience, após estudarem o ritmo de crescimento desde 1550 de uma estalagmite encontrada numa caverna de Belize.
Estalagmites são rochas pontiagudas formadas pelo gotejamento de água rica em minerais a partir do teto de uma caverna.
Especialistas de Grã-Bretanha, Estados Unidos, Suíça e Alemanha disseram que a seca em Belize "coincide com o crescimento nas emissões de aerossol no hemisfério norte", à medida que a Revolução Industrial impulsionava o uso de combustíveis fósseis.
As descobertas indicam que o crescimento da poluição do ar em países como China e Índia podem causar ainda mais distúrbios, especialmente na Ásia, sobre uma zona de chuvas tropicais que circula o globo na altura da linha do Equador e que é vital para a agricultura.
Os cientistas ligaram as secas à poluição capaz de recobrir os raios solares ao examinarem como nove grandes erupções vulcânicas ocorridas no hemisfério norte desde 1550, quando as cinzas despejadas na atmosfera cobriram o sol, também foram registradas como períodos secos no processo de crescimento da estalagmite.
Exame.com

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Missão Rosetta: nave não mudará trajetória para procurar módulo que pousou no cometa

Local escolhido pelos cientistas da Missão Internacional Rosetta para o pouso no cometa foi chamado inicialmente de "ponto J" e rebatizado de Agilkia, em um concurso popular
 
A posição atual do módulo espacial Philae, que pousou com sucesso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 12 de novembro do ano passado, ainda não foi determinada. Apesar dos esforços dos cientistas da missão, que tentaram localizar o pequeno robô com a câmera Osiris, instalada na sonda Rosetta, o mistério permanece.
Ao tocar a superfície do cometa, Philae quicou e se afastou do local cuidadosamente escolhido pelos cientistas. O robô está atualmente em modo de hibernação, desde que sua bateria solar acabou. Só deve despertar entre maio e junho deste ano, quando receber luz do Sol suficiente, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), responsável pela missão. Descobrir sua localização, porém, é essencial para a interpretação dos dados que ele enviou à Terra antes de sua bateria ter acabado.
“Nós estamos procurando, a olho, um conjunto de três pontos que corresponde ao módulo. O problema é que formações assim são muito comuns em toda a superfície do cometa”, afirma Holger Sierks, principal pesquisador da equipa da câmera Osíris.
No dia 14 de fevereiro, Rosetta está programada para chegar bem próxima ao cometa, mas não na região onde Philae pode estar. “O apertado cronograma da Rosetta foi planejado com meses de antecedência, então a busca pelo Philae não estava nos planos”, afirma Matt Taylor, cientista da equipe da Rosetta. “Não vamos mudar a trajetória da Rosetta para passar pelo local onde o módulo pode estar, mas podemos direcioná-la para apontar nessa direção e fazer imagens, se ela estiver próxima da região [onde Philae deve estar] e as operações científicas permitirem”, completa.
“Nós nunca imaginamos que perderíamos o Philae e acabaríamos tendo que procurar por ele”, disse Fred Jansen, gerente da missão Rosetta, ao jornal The Guardian. De acordo com ele, no último mês houve uma proposta de aproximar a Rosetta do 67P mais uma vez, a fim de procurar o módulo, mas os cientistas acabaram dando preferência para outro movimento, que daria mais detalhes sobre a superfície do cometa
Jansen acrescenta que provavelmente só será possível voltar a buscar Philae após 13 de agosto, data da aproximação máxima do cometa com o Sol. Diante disso, os controladores apostam que o Philae, sozinho, pode alertar sobre sua posição, se receber luz solar o suficiente para, de fato, despertar nos próximos meses.
 

Todas as pessoas com olhos azuis descenderiam de um único ser humano

 (Foto: peppered jane/flickr/creative commons)

As pessoas que compõem o seleto grupo de seres humanos que possuem olhos azuis podem começar a se identificar ainda mais entre si – uma pesquisa feita com DNA mitocondrial revelou que todas elas possuem um certo grau de parentesco, mesmo que muito distante.
A conclusão surgiu de um extenso levantamento realizado pelo geneticista dinamarquês Hans Eiberg, no qual percorreu países como Turquia, Jordânia e Dinamarca estudando os genes de pessoas com olho azul. Ele descobriu que uma única mutação genética deu origem à pigmentação, e ainda foi capaz de localizar o evento no espaço e no tempo.
De acordo com o estudo, o primeiro ser humano da história a adquirir esta coloração específica na íris viveu próximo ao mar Negro, por volta de sete milênios atrás, e foi passando a característica adquirida de geração em geração. Talvez isto explique a grande concentração de olhos azuis na Europa e, em especial, no leste europeu. “Uma mutação genética afetando o gene OCA2 em nossos cromossomos resultou na criação de um ‘interruptor’, que literalmente ‘desligou’ a habilidade de produzir olhos castanhos”, explica o pesquisador.
O gene controla nossa produção de melanina, pigmento que regula cores como as da pele, dos cabelos e dos olhos de mamíferos. O “interruptor” não bloqueou por completo a criação de melanina (o que levaria ao albinismo), limitando sua presença a pequenas quantidades e dando origem aos olhos azuis. Já as variações em indivíduos com olhos verdes ou avelã ocorreram de forma mais aleatória, o que impossibilita rastrear uma ocorrência única.
Não existe nenhuma evidência que sugira qualquer relação entre a coloração da íris e a saúde de alguém ou sua capacidade de sobrevivência. Originalmente, antes da mutação no gene OCA2, a humanidade toda tinha olhos castanhos. Qual não deve ter sido a surpresa de nossos ancestrais ao admirar, pela primeira vez, a beleza de um olhar azul.
Galileu.com

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Humanos não voltarão de Marte, diz dono da Mars One na Campus Party

 Bas Landscorp, um dos fundadores da Mars One, empresa que quer levar humanos a Marte, fala na Campus Party (Foto: G1)
 
"É impossível fazer um humano voltar de Marte", afirmou neste sábado (7) Bas Lansdorp, um dos fundadores da Mars One, empresa que pretende ser a responsável por fazer os primeiros humanos chegarem ao planeta vermelho daqui a dez anos. O plano é claro: permitir que homens pisem pela primeira vez em outro planeta, do qual não voltarão. A apresentação durante a Campus Party foi a primeira aparição de Lansdorp no Brasil.
"Os humanos ficarão em Marte, por isso não precisamos de todos os equipamentos que a Nasa desenvolve", diz Lansdorp, acrescentando que com a tecnologia atual já poderia fazer isso. "Uma missão permanente é menos arriscada que uma que prevê uma volta".
Não há lançamentos de foguetes e o processo de deterioração pelo qual passam os humanos durante a viagem, diz. Lansdorp diz que A Nasa estuda como levar humanos ao planeta vermelho há 20 anos, mas a agência espacial norte-americana analisa como providenciar a  viagem de volta.
A Mars One já estabeleceu o cronograma. Uma missão exploratória será lançada em 2018. Dois anos depois, vão levar um "hoover", um veículo espacial, a Marte para estudar as condições do planeta, se há água e a composição do solo.
Em 2022, a Mars One vai levar equipamentos, como Painéis solares. A saída de humanos da Terra está marcada para 2024. Devem chegar em 2025, considerando uma viagem de 7 meses. "Esse será um momento muito excitante", diz Lansdorp. "Será a primeira vez que os humanos pisarão em outro planeta, porque, como vocês sabem, a Lua não é um planeta."
A missão tripulada será formada por duas equipes. A primeira montará os equipamentos que já estiverem em Marte, como os painéis solares e as estufas. A segunda levará mais bagagem.
A Tripulação de quatro pessoas vai viver dois anos até que o segundo grupo chegue. "Imagine viver em um planeta inteiro com apenas quatro pessoa." Segundo ele, mais de 200 mil pessoas se candidataram, dos quais Cerca de 10 mil são brasileiras.
O custo da empreitada é de US$ 6 bilhões, diz  Lansdorp, para quem o valor para a humanidade ir a Marte é superior ao que eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas produzem. É como são gastos bilhões de dólares com essas competições, a missão é viável.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Paquistão adota tratamento de água com energia solar


De acordo com um novo estudo, a piora da seca tornou mais de 80% dos recursos hídricos do distrito Tharparkar, no sul do Paquistão, inadequados para o consumo.

Isso levou o governo da província de Sindh a planejar um investimento de 5,4 bilhões de rupias paquistanesas (US$53 milhões) na instalação de 750 usinas de purificação hídrica de osmose reversa ao longo do grande distrito deserto. Isso deve ajudar a levar água potável para os mais de 1,5 milhão de habitantes da região.

De acordo com o governo, espera-se que todas as instalações estejam prontas e em funcionamento até junho deste ano.

Residentes que moram perto da primeira usina, inaugurada em janeiro na área Misri Shah de Mithi, a sede do distrito de Tharparkar, declaram que a instalação está transformando a vida nessa região ressecada, onde o desaparecimento da chuva e a secagem dos suprimentos de água do solo significam que a maior parte da água atualmente disponível é salobra ou tem flúor demais.

Pouco menos que um milagre

“É realmente pouco menos que um milagre podermos beber água doce e limpa, pela primeira vez em minha vida inteira”, declara Rekha Meghwar, 45, de Mithi, enquanto abre a torneira da usina para encher seu jarro.
Considerada a ‘maior usina de purificação movida a energia solar da Ásia (por capacidade)’, a instalação tratará três milhões de galões de água dirariamente, o suficiente para atender as necessidades hidrícas de 300 mil pessoas em Mithi e em 80 vilas adjacentes, de acordo com oficiais do escritório municipal da cidade de Mithi.
Construída a um custo de 400 milhões de rupias paquistanesas, ou US$4 milhões, a usina deve beneficiar especialmente as mulheres, as maiores responsáveis por buscar água em poços distantes cavados à mão.
Sunita Bheel, uma mulher esperando na fila pela água da nova usina de Mithi, declarou que mulheres da área frequentemente caminham dois quilômetros por dia para buscar água em um poço cavado à mão na propriedade de um senhor de terras fora da vila.

Efeitos sobre a migração

Moradores locais apontam que ter água disponível para si mesmos, e para suas criações, pode provocar mais ondas de migração na área.
Anil Kumar, que vive na vila Morrey-Jee-Waand, declara que 80% das pessoas de sua vila e de sete outras vilas ao redor migraram, em setembro último, para outras áreas da região que têm suprimentos de água de represas em uma tentativa de encontrar água potável para si mesmos e suas criações, e para procurar emprego após o fracasso das safras.
“Mas agora eles estão gradualmente retornando para suas vilas após ficarem sabendo da usina de água potável”, declara o fazendeiro de guar, com 65 anos, que cuida da propriedade e das posses de vizinhos que migraram.
Hoje, Kumar conta que cavalga frequentemente em sua mula, carregada com dois galões vazios de 30 litros, até a planta de filtragem para buscar água.
O acesso à água utilizável é um problema fundamental em Tharparkar. De acordo com um estudo da Dow University of Health Sciences (DUHS) e do Conselho Paquistanês de Pesquisa Científica e Industrial (PCSIR), menos de 5% da população tem acesso à água potável limpa e livre de doenças,
Uma das razões disso foi a piora na contaminação por flúor de fontes subterrâneas de água conforme menos água recarrega o sistema seco. O estudo descobriu que o flúor de muitos locais em Tharparkar está em níveis perigosos de mais de 13mg/litro se comparado ao 1mg/litro considerado normal.
O consumo excessivo de flúor, em fontes com mais de 1.5mg/litro da substância na água, pode provocar problemas como deformação de ossos, problemas dentários, e danos aos rins e à tiroide.

Sem chuvas, sem rio

Tharparkar depende muito da água subterrânea que é alimentada por chuvas, já que o distrito não tem rios. A pluviosidade anual média da região fica entre 200 e 300 milímetros, e 80% disso ocorre durante a temporada de monções de verão, que vai de julho a setembro. A chuva recarrega a água do solo, que precisa durar mais três quartos de ano.
Desde 2011, porém, a pluviosidade média anual ficou 50% abaixo do normal, piorando a situação dos recursos hidrícos já escassos, de acordo com o Departamento Meteorológico do Paquistão.
“Dado o terrível estado atual de escassez hídrica, estabelecer usinas de purificação de água é uma medida muito bem-vinda”, declara Abdul Hafeez, administrador nacional do WaterAid – UK, uma organização global de auxílio hídrico.
Mas a falta de água na área poderia ser resolvida de maneira ainda mais eficaz com a triplicação da coleta de água que ocorre no distrito, conclui.
Scientific American Brasil 

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência

  (Foto: flickr / creative commons)
 
Uma pesquisa feita em 2013 mostrou que jovens adultos (com idades entre 18 e 34 anos) têm mais dificuldade do que pessoas com mais de 55 anos de lembrar de datas (15% vs. 7%), onde guardam as chaves (14% vs 8%), de fazer o almoço (9% vs 3%) e até de tomar banho (6% vs 2%).
Você acha que se encaixaria nessas estatísticas? Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na ciência, para recuperar o controle sobre sua memória:
1. Associe suas memórias com objetos físicos
Você já deve ter passado por esse problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as costas, você já esqueceu o nome dela. Acontece - mas é extremamente embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava próxima de uma janela, pense nela como a Giovana da Janela. Parece um truque estúpido, mas funciona. E, claro, não só para nomes de pessoas, mas para qualquer coisa: relatórios, documentos, marcas. Associando conceitos a objetos fica mais fácil de lembrar. E, claro, quanto mais absurdas forem as associações mais fácil é lembrar delas.
2. Não memorize apenas por repetição
Ao ver ou participar de apresentações você deve ter sentido isso - é muito claro quando alguém apenas decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro ou um 'branco' para que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até impedir que você entenda o que está expondo.
3. Rabisque!
Estudos indicam que rabiscar enquanto 'ingerimos' informações não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória. Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma lista de nomes lembravam 29% a mais dos nomes ditos. Da próxima vez que for a uma palestra, leve uma caneta e bloquinho e rabisque!
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Tempestades devem ficar mais intensas com aquecimento global, preveem especialistas

 (Foto: Kuster & Wildhaber Photography/flickr/creative commons)
 
O aquecimento global não provocaria um crescimento generalizado na quantidade de chuvas no planeta – a hipótese é um tanto lógica, se levarmos em conta que o montante de vapor d’água acumulado na atmosfera será maior. O aumento de temperatura fará com que cresça também a evaporação nos oceanos. Mas pesquisadores do departamento de física da Universidade de Toronto descobriram recentemente que não haverá mudanças substanciais no nível de água das precipitações, mas sim em sua natureza e intensidade. Segundo os cientistas, as grandes tempestades tendem a ganhar ainda mais força e a ocorrer cada vez mais, enquanto as chuvas mais fracas devem minguar e se tornar menos frequentes.
“Em poucas palavras, tempestades poderosas serão fortalecidas à custa das mais fracas”, explicou em um comunicado Frederic Laliberte, autor principal do estudo publicado semana passada na revista Science. A mudança deverá ocorrer devido a uma perda de eficiência na circulação atmosférica, processo natural análogo a um mecanismo gerador de calor que funciona da seguinte maneira: na medida em que vão esquentando, as massas de ar se movem em direção ao equador terrestre, e quanto mais quentes, mais úmidas se tornam. Ao chegar, começam a ganhar altitude e esfriar, provocando a condensação e a liberação de calor e, com isso, subindo ainda mais e puxando mais ar junto delas. O resultado, além de enormes tempestades, é a redistribuição de calor e umidade do equador em direção
aos polos.
Os físicos criaram um modelo baseado nas leis da termodinâmica para analisar os efeitos do aquecimento global na circulação atmosférica, mais especificamente das mudanças que o aumento de vapor d’água deve provocar no ciclo. Com técnicas emprestadas da oceanografia, eles puderam simular cenários climáticos mais quentes e observar os impactos na circulação de ar pela atmosfera. “Nós desenvolvemos uma técnica melhorada para descrever minuciosamente como as massas de ar mudam conforme se movem do equador para os polos e vice-versa, o que nos permitiu atribuir um número à eficiência energética do mecanismo atmosférico gerador de calor e medir seus produtos”, explicou Laliberté.
A conclusão dos cientistas foi que a maior evaporação de água em um ar que ainda não está totalmente saturado de vapor torna o processo menos eficiente, limitando de forma irregular a circulação atmosférica. O resultado é que as massas que conseguirem atingir o topo acabam fortalecidas, enquanto aquelas que não conseguirem ficam mais fracas. “Nós acreditamos que a circulação atmosférica irá se adaptar a esta forma menos eficiente de transferência de calor e nós veremos ou menos tempestades como um todo, ou ao menos um enfraquecimento das tempestades mais comuns e mais fracas”, afirma Laliberté.
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