quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Rato no alto de monte amazônico intriga cientistas: como ele chegou lá?


O ratinho redescoberto por um trio de pesquisadores no topo das montanhas em forma de mesa na Amazônia não é tão espetacular quanto os habitantes dessa área alimentados pela ficção, como dinossauros e aves gigantes. mas é igualmente fascinante do ponto de vista evolutivo.
É que, a rigor, o Podoxymys  roraimay não 'deveria' estar ali.
Uma análise de DNA confirmou que o bicho pertence a uma linhagem completamente diferente das dos roedores amazônicos.
Seus parentes mais próximos (que nem são tão próximos assim) estão no serrado, a milhares de quilômetros dali. A separação entre eles teria se dado a 3 há cerca de 3 milhões de anos, quando os ancestrais do homem ainda não passavam de macacos bípedos.  

Descoberto local onde os nazistas desenvolviam bomba atômica

 
No início no século, os búnquers ou casamatas eram muito comuns. Tratam-se de instalações militares fortificadas usadas para o desenvolvimento bélico. No fim do ano passado, arqueólogos encontraram uma arquitetura parecida em St. Georgen an der Gusen, na Áustria, que pode ter sido usada pelos nazistas.
O búnquer está localizado em um labirinto subterrâneo gigante de 300 mil m², que pode ter sido usado também como campo de concentração. O curioso é que o alto nível de radiação do local indica possíveis desenvolvimentos de armar nucleares e até de uma bomba atômica. Andreas Sulzer, arqueólogo e documentarista, acredita que o local pertenceu aos nazistas por ter encontrado capacetes e equipamentos pertencentes a SS, divisão militar dos homens de Adolf Hitler.
Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), soviéticos e americanos fizeram uma espécie de corrida nuclear. Muitas pesquisas do físico alemão Albert Einstein foram usadas durante esse período. Agora os cientistas tentam ligar o fato do búnquer nazista aos posteriores desenvolvimento nuclear da Rússia e Estados Unidos.
Galileu.com

Bill Gates: mundo deve se preparar para pandemia

 Bill Gates, fundador da Microsoft

O bilionário Bill Gates acredita que o mundo deve aprender com a batalha contra o vírus ebola para se preparar para uma guerra contra uma possível doença fatal e global, utilizando, para isso, a ajuda das novas tecnologias. O americano, que participou em Berlim de uma conferência de doadores da organização Gavi, a Aliança Global para Vacinas e Imunização, considera que seria imprudente não se preparar para o risco de uma pandemia mundial.
"Um patógeno ainda mais difícil (que o ebola) poderia surgir: uma forma de gripe, de sars ou um tipo de vírus nunca antes visto", declarou em entrevista. "Nós não sabemos se isso vai acontecer, mas o risco é significativo o suficiente, e uma coisa que deveríamos aprender com o ebola é perguntar-nos: Estamos prontos o suficiente? É como quando estamos nos preparando para a guerra, temos aviões e precisamos treinar", continuou ele.
Segundo ele, se preparar pode significar recrutar voluntários para serem treinados para responder rapidamente às emergências de saúde, à imagem dos planos desenvolvidos nos países mais atingidos pelo ebola  Guiné, Libéria e Serra Leoa , que registraram quase 8.700 mortos, segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vacinação infantil — Bill Gates, classificado pela revista Forbes como o homem mais rico do mundo, com uma fortuna de cerca de 80 bilhões de dólares, explicou que a fundação que dirige com sua esposa Melinda tem distribuído em torno de 4 bilhões de dólares por ano para ajudar os mais pobres do mundo. A fundação também é um dos principais contribuintes da organização Gavi, que arrecadou promessas de doação de 7,5 bilhões de dólares para prosseguir com sua campanha de vacinação infantil de 2016 a 2020.
As vacinas são "os maiores salva-vidas de vidas humanas", de acordo com o americano de 59 anos de idade, que comemora o fato de a chanceler alemã Angela Merkel ter recebido esta conferência de doadores em Berlim e feito da vacinação no mundo uma das prioridades do G7 presidido pela Alemanha este ano. Ele também expressou sua preocupação com a ascensão de uma corrente antivacinação nos países ocidentais, ligada a um medo exagerado dos riscos associados às vacinas.
"Nós nos concentramos em crianças pobres. Milhões delas morrem de doenças que poderiam ser evitadas por meio de vacinas", acrescenta. "É uma pena não haver uma taxa de 100% (de vacinação) nos países ricos. Eles escolhem infectar potencialmente pessoas que não podem se proteger", considera Gates, observando que doenças como sarampo e a coqueluche podem voltar a se espalhar.
O cofundador da empresa de software Microsoft também salienta a importância da tecnologia na realização de campanhas de vacinação. "Nós usamos fotos de satélite para determinar onde as pessoas vivem, usamos o GPS com telefones móveis para ver se as equipes de vacinação estão indo em todos os lugares que precisam ir, fazemos uma análise estatística para ver se alguma criança não foi atendida", explica.
"As novas tecnologias inovadoras vão nos permitir ver o que está acontecendo, a um custo muito mais baixo", disse ele. Bill Gates também diz estar orgulhoso de ter incentivado outros bilionários americanos, como Warren Buffett, a dedicar uma parcela significativa de sua riqueza à caridade. Ele diz que quer levar esta mensagem para a Europa, Índia e China, "onde quer que eu vá, eu digo às pessoas o quanto eu me deleito na filantropia e eu encorajo outros a se envolver."
Veja.com

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

8 itens que podem ser reciclados (e você nem imaginava)

Papel, plástico, metal e vidro. Hoje em dia não sobram muitas desculpas para não separarmos o lixo que geramos em casa. Apesar de ainda faltar muito para que a coleta seletiva e a reciclagem funcionem com máxima eficiência nas cidades brasileiras, está bem mais fácil fazer a nossa parte. O problema é quando nos deparamos com tipos de lixos que não se encaixam em nenhuma das lixeiras coloridas e também não são materiais orgânicos. Acontece que vários desses materiais podem ser reciclados, se forem descartados do jeito certo e passarem pelo tratamento adequado. Dá uma olhada na lista a seguir e repense o jeito como você joga as coisas fora:

1. Óleo de cozinha
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Jogar no ralo não rola, não importa se é só um pouquinho. O óleo pode entupir canos, romper redes de coleta, prejudicar o funcionamento das estações de tratamento de água, comprometer o equilíbrio ambiental e impermeabilizar o solo. Basicamente, todo o óleo que você descartar na pia terá que ser separado quimicamente depois para que o problema não fique pior. Por que não reciclar, então? Óleo de cozinha pode ser usado para fazer tinta, sabão, detergente e biodiesel. Em alguns países até têm orientações oficiais para ajudar a população na hora de descartar o óleo que sobrou das frituras.
Dá para armazenar o óleo em garrafas e depois levar a um posto de coleta. O site da Ecóleo (Associação Brasileira para sensibilização, coleta e reciclagem de resíduos de óleo comestível) mostra alguns pontos de coleta por todo o Brasil. Se você estiver em São Paulo, pode procurar onde descartar nessa lista da ONG TREVO, especializada nesse tipo de resíduo.
 
2. Chapas de raio-x
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As chapas são compostas de acetato, plástico que leva mais de 100 anos para se decompor, e prata, um metal pesado que pode contaminar água e solo. Então, jogar no lixo comum aqueles exames antigos guardados na gaveta por anos está fora de cogitação. Melhor reciclar. A separação dos grãos de prata acontece por meio de um processo que utiliza altas temperaturas e dá origem a “escamas” do metal – usados na fabricação de joias e talheres. O plástico que sobra (o suporte das chapas) pode ser reaproveitado em embalagens de presente, capas de caderno e fichários.
Em São Paulo, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP mantém um posto de coleta de chapa de raio X. O laboratório Fleury faz coleta das chapas para quem é cliente. As unidades ficam em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
 
3. Absorventes e fraldas descartáveis sujas
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Não precisa sentir nojo. Reciclar fraldas descartáveis vai evitar que esses materiais se acumulem nos aterros sanitários pelos próximos 500 anos. Se um bebê usa umas 6 mil fraldas ao longo da infância, imagina quantas já não estão aí na natureza. O problema é que a reciclagem do material absorvente usado ainda não é muito comum mundo afora. Mas que tem jeito, tem. Uma empresa canadense desenvolveu uma solução interessante e inaugurou, no Reino Unido, uma usina de reciclagem de fraldas, absorventes femininos e geriátricos. A sujeira é separada e transformada em gás para a geração de energia. Aí as fraldas passam por um tratamento. O material é comprimido, triturado e pode dar origem a madeira plástica, telhas ou outros materiais absorventes.
 

4. Sofá
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“Como assim? Por que eu ia querer reciclar um sofá?” Porque chega um ponto em que o sofá velho está tão destruído que não adianta vender nem doar para o Exército da Salvação. Mas ele ainda tem serventia. As borrachas, que são tecnicamente conhecidas como percintas, passam por processo de industrialização e se transformam em manta asfáltica, solas de sandálias ou tubos para a canalização de água pluvial. A espuma do sofá pode ser transformada em colchonete de academia, recheio de almofadas ou dar origem a outros sofás. A madeira das vigas do sofá pode ser triturada e usada na fabricação de placas aglomeradas que são utilizadas por indústrias de imóveis e fabricantes de caixas e embalagens. Ou então virar matéria-prima em fábricas de papel e celulose.

5. Vaso sanitário
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Sobrou uma privada velha na obra da sua casa? Avise o pessoal da Ecoassist e eles encaminham a porcelana para o descarte correto. Esse material pode ser usado para fabricação de pias e outros vasos. Também dá para triturá-la e transformá-la em material para cascalho, estradas ou drenagem.
 
6. Entulho e restos de obras
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Reformou a casa? Provavelmente sobraram entulhos e outros restos de materiais de construção. Também tem jeito de dar um destino sustentável para esses resíduos. 95% dos resíduos provenientes de obras em residências podem passar por processos de usinas de britagem e classificação. Segundo a Ecoassist, o entulho pode se transformar em brita, pedrisco e areia, que são reutilizados como base e sub-base em obras de pavimentação.


7. Caminhões
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Tem um caminhão que não presta pra mais nada encostado aí? As chances parecem pequenas, mas mais de 1000 veículos do tipo são reciclados todos os anos. A primeira empresa a fazer o processo no Brasil foi a JR Diesel, fundada em 1985. Eles são referência no segmento de reciclagem automotiva, com foco em caminhões. Do caminhão desmontado, 85% das peças são encaminhadas para reutilização, 10% para reciclagem (resíduos como óleo, bateria e pneus) e apenas 5% é descartado. A operação possibilita uma redução no volume de CO² que seria emitido na produção de peças novas. A maioria das peças é utilizada em outros caminhões, mas algumas também são reaproveitadas por diferentes setores, como mineração, marinha e agricultura. Há ainda o benefício ambiental com o descarte correto e reaproveitamento das autopeças.
 
8. Aviões
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Ok, se as chances já eram pequenas com os caminhões, imagina com os aviões! Mas também é possível reciclá-los. A Boeing tem um programa para reaproveitar as ligas de alumínio dos aviões para fabricar outras peças para novos veículos. Uma das vantagens é que o material não perde suas características quando reciclado. Assim, dá para produzir peças que formam a asa e a fuselagem de aviões sem desperdiçar nada. Em julho de 2013, quando o programa começou, a Boeing tinha a expectativa de reciclar 3,5 mil toneladas de alumínio por ano.
Superinteressante.com

Documentos revelam duas décadas de buscas por óvnis nos EUA

Thinkstock
 
O historiador amador John Greenewald passou quase duas décadas solicitando informações consideradas não confidenciais do governo dos Estados Unidos sobre objetos voadores não identificados (óvnis).
Veja abaixo cinco entre os principais pontos dos arquivos abertos pelo chamado Projeto Livro Azul. As revelações podem ser lidas no site http://projectbluebook.theblackvault.com.

1. O Projeto Livro Azul foi um projeto ambicioso

As origens do ambicioso projeto datam de junho de 1947, disse à BBC o pesquisador sobre óvnis Alejandro Rojas.
O editor da revista Open Minds disse que um respeitado empresário e piloto, Kenneth Arnold, estava sobrevoando sobre o Estado de Washington quando testemunhou vários objetos voadores não identificados.
Mais tarde, Arnold descreveu que os objetos "saltavam como pires". A imprensa adotou o termo, e passou a chamá-los de discos voadores.
Este incidente - e vários outros, incluindo o possível pouso de um óvni em Roswell, no Novo México, no mesmo ano - levou a Força Aérea a lançar um órgão de investigação específico sobre o tema.
Nomeado Projeto Livro Azul e sediado na Base Aérea de Wright-Patterson, em Ohio, a ideia era que o programa fosse formado por apenas alguns funcionários. No entanto, o grupo investigou 12.618 registros de óvnis num período de duas décadas.

2. Projeto respondeu a um mal-estar público

Criado nos anos imediatamente seguintes à Segunda Guerra Mundial, o Projeto Livro Azul tinha a intenção de interromper a disseminação do mal-estar público diante do número crescente de relatos de visualizações de óvnis, incluindo sobre locais importantes como a Casa Branca e o Capitólio.
"Havia muita histeria do público, e para os militares e o governo na época, era uma grande ameaça", diz Greenewald. "Não importa se os óvnis eram alienígenas ou não, eles estavam causando pânico, então [o governo] tinha de controlar os nervos de todo mundo."
Embora sejam vistas com sarcasmo hoje, as ocorrências de avistamento de óvnis teriam sido discutidas por altos integrantes do governo americano nos anos 1940 e 1950.
 "A questão foi levada muito a sério naquela época", disse Rojas. Chefes da CIA, a agência de inteligência americana, à época afirmavam publicamente que se tratava de um fenômeno real.
Em 1966, outra comissão da Força Aérea foi criada para analisar a fundo alguns dos casos do Projeto Livro Azul. Mais tarde, esse grupo divulgou um relatório que afirmou não ter encontrado evidências de óvnis.
O Livro Azul foi oficialmente encerrado em 1969.

3. Muitos dos casos não deram em nada

Apesar de muitas fontes confiáves - de almirantes da Marinha a pilotos militares e civis - terem relatado avistamento de óvnis, a maioria dos casos investigados pelo Projeto Livro Azul acabou envolvendo balões meteorológicos, gases de pântano, eventos meteorológicos e até mesmo inversões de temperatura.
Em Seattle, no Estado de Washington, em abril de 1956, uma testemunha descreveu ter visto um "objeto redondo, branco... [que] dava voltas e voltas", de acordo com os documentos. Posteriormente, os investigadores concluíram que se tratava de um meteoro e encerraram o caso.
Em janeiro de 1961, em Newark, New Jersey, uma testemunha relatou ter visto um objeto cinza escuro "do tamanho de um jato sem asas". Esse objeto, mais tarde, foi identificado como um avião.

4. Outros casos não são tão facilmente explicados

De acordo com Greenewald e Rojas, mais de 700 casos do Livro Azul não puderam ser explicados pelos investigadores. Muitos desses casos citaram dados ou provas insuficientes.
Mas mesmo alguns dos casos encerrados levantam mais perguntas do que respostas para os ufólogos. Em um deles, em 1964, um policial em Socorro, no Novo México, interrompeu uma perseguição a um suspeito após avistar uma aeronave estranha.
 Ele seguiu o objeto - descrito como tendo uma insígnia vermelha estranha - e o viu aterrissar. Dois seres do tamanho de crianças saíram. O objeto, então, decolou, deixando queimaduras e vestígios no terreno.
"O Livro Azul rotulou [o caso] como inexplicável e, mesmo depois de todas estas décadas, ainda não conseguem explicá-lo", diz Greenewald.

5. Há ainda informações a serem descobertas sobre óvnis

Embora Greenewald tenha acumulado um arsenal de documentos do governo, ele diz haver muitos outros a que nem ele nem o público tiveram acesso.
Um pedido feito à Agência de Segurança Nacional rendeu centenas de páginas - mas as revelações estavam tão editadas que apenas algumas palavras apareciam em cada página, diz.
Outras entidades do governo americano - incluindo a CIA e a agência de inteligência de defesa - também realizaram investigações sobre óvnis que não foram divulgadas, diz Greenewald.
"Eu acho que o Projeto Livro Azul é apenas a ponta do iceberg", diz ele, acrescentando que vai continuar a pedir mais informações ao governo dos EUA.
BBC Brasil

Astrônomos encontram planeta com anéis maiores que Saturno

Esta imagem mostra como o sistema seria visível na Terra caso estivesse no lugar de Saturno (Foto: N. Kenworthy/Leiden/BBC)
 
Astrônomos holandeses e americanos afirmam ter descoberto um planeta com um sistema de anéis gigantesco, 200 vezes maior do que os anéis de Saturno.
Segundo os pesquisadores, esta é a primeira estrutura deste tipo detectada em volta de um planeta fora do Sistema Solar.
Os cientistas afirmam que o sistema provavelmente tem mais de 30 anéis, cada um medindo dezenas de milhões de quilômetros de diâmetro.
Espaços detectados no sistema de anéis também sugerem que parte do material em volta do planeta pode estar se unindo para formar luas - um fenômeno que pode ser observado nos anéis de Saturno.
"Você pode pensar nisto (neste sistema) como um tipo de super-Saturno", disse o professor Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.
Exoplanetas
Os anéis foram encontrados graças a dados levantados pelo observatório SuperWASP, que pode detectar exoplanetas quando estes cruzam em frente às estrelas em volta das quais orbitam - provocando um enfraquecimento da luz emanada por estas.
Neste caso, os astrônomos observaram uma série complexa de eclipses profundos que durou 56 dias. Eles acreditam que este fenômeno foi causado por um planeta com um sistema de anéis gigante que bloqueou a luz enquanto passava em frente da estrela J1407.
"A curvatura da luz, de ponta a ponta, levou cerca de dois meses, mas podíamos ver mudanças rápidas no espaço de uma noite", disse à BBC o líder da pesquisa Matthew Kenworthy, da Universidade de Leiden, na Holanda.
"Durante o período entre meia e uma hora, a (luz da) estrela podia diminuir entre 30 ou 40%", acrescentou.
Se os anéis de Saturno fossem do mesmo tamanho dos observados neste planeta, eles seriam visíveis da Terra durante a noite e muito maiores do que a Lua cheia.
No ano passado os astrônomos tentaram encontrar o planeta, olhar diretamente para o corpo celeste e não apenas para os eclipses, mas não conseguiram.
Mesmo assim, Kenworthy acredita que a única coisa que poderia manter estes anéis unidos "é um planeta".
A equipe de pesquisadores acredita que o planeta provavelmente é um gigante de gás, como Júpiter, mas entre dez e 40 vezes maior.
Amadores
O planeta distante, batizado de J1407b, também poderá dar pistas sobre o processo que levou à formação de luas em volta de gigantes gasosos em nosso Sistema Solar.
"A comunidade de ciência planetária cria teorias há décadas, (especulando) se Júpiter e Saturno teriam, em um estágio inicial, discos em volta deles que levaram à formação de satélites, disse Eric Mamajek.
Os astrônomos encontraram pelo menos uma falha na estrutura dos anéis.
"Uma explicação óbvia (para esta falha) é que um satélite se formou e abriu esta falha. A massa do satélite poderia ser algo entre a Terra e Marte", disse Kenworthy.
Os pesquisadores estão incentivando astronônomos amadores a co-monitorar o sistema da estrela J1407, para ajudar a detectar o próximo eclipse dos anéis.
As observações da J1407 podem ser relatadas à Associação Americana de Observadores de Variações de Estrelas (AAVSO, na sigla em inglês).

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

As nevascas dos EUA podem ser consequencia do aquecimento global

Nevasca nos Estados Unidos (Foto: NOAA/Divulgação)
 
A nevasca que atingiu o nordeste dos Estados Unidos, principalmente Nova York, têm relação com as mudanças climáticas. Acredite. O aquecimento global provocado pelos gases emitidos pela humanidade faz mais do que apenas aumentar as temperaturas. Também gera mais umidade, que gera as grandes nevascas.
O planeta vem esquentando. O ano passado foi o mais quente já registrado, segundo o índice que mede as temperaturas médias da atmosfera. Além disso, a temperatura do oceano vem esquentando sem parar. Isso é ainda mais importante. Embora a gente olhe mais para o que ocorre na atmosfera, o verdadeiro motor do clima do planeta são os oceanos. Eles guardam 90% do calor do planeta. O gráfico abaixo mostra o aumento de calor nos oceanos.
 
  Com os oceanos mais quentes, há mais umidade do ar. E mais umidade gera mais neve, segundo o climatologista Kevin Trenberth, ex chefe do Centro de Análise Climática do Centro Nacional para Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos. Diz ele: "A primeira causa para isso (a nevasca) é que é inverno. No inverno, é frio no continente. Mas é quente sobre os oceanos. E o contraste entre o frio do continente e o calor da Corrente do Golfo (ao longo do Atlântico Norte) está aumentando. No momento, as temperaturas da superfície do mar estão mais de 2 graus Fahrenheit acima do considerado normal na costa dos EUA. O vapor na atmosfera está 10% maior. Cerca de metade isso pode ser atribuído às mudanças climáticas".
O gráfico da NOAA, agência de atmosfera e oceanos dos EUA, mostra como a quantidade de calor armazenada nos oceanos vem crescendo desde os anos 1960 (Foto: NOAA/Divulgação)
Isso significa que num mundo de aquecimento global devemos esperar menos neve, já que será mais quente. Nas regiões onde a ocorrência de neve começa, serão menos eventos com nevasca, já que os invernos tendem a ser mais amenos. Mas, quando a neve cair, ela virá em maior volume, por causa da umidade elevada. Nas regiões tradicionalmente frias, podemos esperar nevascas mais intensas.
Um estudo do Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA mostrou que existem de 71% a 90% mais chances de tempestades de neve nos anos com janeiro e fevereiro mais quentes no território americano.
Isso tudo mostra que as mudanças climáticas são mais complexas do que se imagina. Há indícios que elas estão ligadas a ondas de frio recentes na Europa. Aparentemente, o derretimento do Ártico está mudando todo o clima do Hemisfério Norte.
Veja.com

Cientistas estudam meteorito encontrado em Porongaba

Meteorito encontrado em Porangaba, de aproximadamente 400 gramas
 
Um meteorito que cruzou o céu de São Paulo no último dia 9 e colidiu com a Terra no município de Porangaba, região de Sorocaba, está sendo estudado por cientistas do Museu Nacional do Rio de Janeiro. O fragmento de rocha espacial com cerca de dez centímetros de diâmetro, pesando 400 gramas, pode ter mais de 4 bilhões de anos e remonta aos primeiros momentos da formação do Sistema Solar.
Mais que a composição da pedra, interessa aos pesquisadores a viagem do objeto pelo espaço, até a colisão. Não é comum no Brasil um astrônomo estabelecer com precisão, em tempo real, o local da queda de um meteorito, como nesse caso.
Ao entrar na atmosfera e explodir, espalhando fragmentos, a rocha espacial pesava cerca de cem quilos e se deslocava a 180 000 quilômetros por hora. A partir da explosão, o astrônomo amador Carlos Eduardo di Pietro, que acompanhava o meteorito de Goiânia (GO), onde mora, conseguiu estabelecer a rota e o ponto quase exato em que o pedaço de rocha caiu.
Ele passou essas informações a um colega paulista, Renato Cássio Poltronieri, que localizou a pedra no último dia 18, em Porangaba. Os dois astrônomos amadores fazem parte do Brazilian Meteor Observation Netowork (Bramon), uma rede mundial de investigadores voluntários desse tipo de fenômeno.
Poltronieri foi à cidade paulista na companhia da pesquisadora Maria Elizabeth Zucolotto, cientista do Museu Nacional. A eles, o caseiro da propriedade relatou ter visto uma explosão no céu e o barulho de dois objetos caindo. Um deles caiu a três metros da casa e causou uma perfuração de 25 cm no solo.
O próprio caseiro resgatou a pedra, da qual os cientistas retiraram amostras para pesquisas na universidade do Rio. O outro fragmento relatado pelo caseiro continuou sendo procurado, mas os pesquisadores interrompem a busca nesta terça-feira. O destino do meteorito ainda não foi decidido.
Veja.com

Boeing será primeira empresa comercial a levar astronautas à ISS

O astronauta Garret Reisman, durante uma caminhada espacial. A Terra e a Estação Espacial Internacional se refletem em seu visor
 
A Boeing será a primeira empresa privada a levar astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), por meio de um contrato comercial com a Nasa, informou nesta segunda-feira a agência espacial americana.
A escolha é parte do Commercial Crew Program, da Nasa, que tem como objetivo lançar astronautas ao espaço a partir de solo americano pela primeira vez em anos, e conseguir a independência da Roscosmos, agência espacial Russa, atualmente responsável pelo transporte de passageiros à ISS, por meio das naves Soyuz. 
Em setembro passado, a Nasa elegeu Boeing e SpaceX para construir as duas primeiras naves espaciais privadas capazes de transportar astronautas à ISS. Nesta segunda-feira, Kathy Lueders, que chefia o programa de voos tripulados comerciais da Nasa, afirmou em coletiva de imprensa que a primeira missão comercial tripulada à ISS será da Boeing.
A Boeing já venceu duas etapas chaves de seu contrato, enquanto a SpaceX superou uma", disse a Lueders. Ela citou também as diferenças no desenvolvimento dos programas espaciais das duas empresas e a necessidade de começar a enviar estas missões no fim de 2017 ou no começo de 2018. O contrato com a Nasa, de  6,8 bilhões de dólares, cobre no total seis missões tripuladas para a ISS para cada uma das empresas.
John Elbon, encarregado da Boeing Space Exploration, filial das atividades espaciais do grupo aeroespacial americano, afirmou na mesma coletiva que o primeiro voo de teste não tripulado da cápsula CST-100 está programado para abril de 2017, seguido, em julho, de uma missão com dois passageiros.
O primeiro voo no âmbito do contrato com a Nasa com astronautas a bordo deve ocorrer em dezembro de 2017, acrescentou.
Veja.com

Cientistas descobrem o mais antigo sistema de planetas do tamanho da Terra

Representação artística da estrela Kepler-444 e seus cinco planetas
 
Um sistema com cinco planetas do tamanho da Terra foi encontrado por pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra. O estudo foi publicado nesta terça-feira, no periódico Astrophysical Journal
Com dados do telescópio Kepler, da Nasa, os pesquisadores encontraram uma estrela semelhante ao Sol, Kepler-444, com cinco planetas ao seu redor, com tamanhos que variam entre Mercúrio e Vênus.
Essa estrela se formou há 11,2 bilhões de anos, quando o Universo tinha menos de 20% de sua idade atual. Este é, então, o sistema planetário com planetas de tamanho semelhante ao da Terra mais antigo conhecido até hoje.
Técnica — A equipe utilizou asterossismologia para realizar a descoberta, uma técnica que consiste em estudar as ressonâncias naturais da estrela hospedeira. Essas oscilações levam a minúsculas mudanças ou pulsações em seu brilho, que permitem aos pesquisadores medir seu diâmetro, massa e idade. 
Os planetas foram detectados por meio da oscilação da luz que ocorre quando eles atravessam a estrela. Essa pequena diminuição do brilho permite aos cientistas medir o tamanho dos planetas.
“Agora nós sabemos que planetas do tamanho da Terra se formaram durante a maior parte dos 13,8 bilhões de anos do Universo, o que possibilita a existência de vida anterior na galáxia”, afirma Tiago Campante, pesquisador da Universidade de Birmingham e principal autor do estudo. “Quando a Terra se formou, os planetas desse sistema já eram mais velhos do que o nosso planeta é hoje. Essa descoberta pode apontar o início do que nós podemos chamar de ‘a era da formação dos planetas’.”
Veja.com

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Como é a vida nas cidades mais ecológicas do mundo

 
A CIDADE DO CABO é uma das menos agressivas ao meio ambiente
 
Cidade do Cabo
 
Da oferta de ciclovias e mercados de produtos orgânicos ao monitoramento da qualidade do ar, os esforços ecológicos de uma cidade beneficiam seus moradores e ajudam o planeta.
O Siemens Green City Index, um projeto de análises da Economist Intelligence Unit, da Grã-Bretanha, organiza um ranking de cidades mais 'verdes' do mundo, atribuindo pontos nos quesitos de emissões de gases poluentes, alternativas de transporte, gerenciamento de recursos hídricos e do lixo, e políticas ambientais.
A BBC Travel conversou com os moradores das cidades no topo da lista para saber como é viver nelas.
Os três bairros são populares entre ciclistas, por causa de sua topografia plana.
"Cada um tem sua própria vibe", define Jarie Bolander, ex-presidente da Associação de Moradores de NoPa. "Nosso bairro tem uma maioria de jovens profissionais liberais, enquanto Haight abriga uma mistura de hipsters com antigos hippies."
 
Copenhague, Dinamarca
 
Copenhague vista de uma bicicleta
 
Apesar de ser seguida de perto pelas capitais escandinavas Oslo e Estocolmo, Copenhague tem mantido a posição de cidade mais ecológica da Europa.
Quase todos os seus moradores vivem a 350 metros do transporte público, e mais de 50% se locomovem de bicicleta. Como resultado, Copenhague apresenta emissões de poluentes extremamente baixas para uma cidade de seu tamanho (cerca de 1,2 milhão de habitantes).
Os bairros de Norrebrø, no noroeste, e Frederiksberg, no oeste, são especialmente comprometidos com o ciclismo, como conta Mia Kristine Jessen Petersen, que nasceu e mora na capital dinamarquesa.
"Foi investido muito dinheiro na criação da 'Via Verde', uma faixa de nove quilômetros para pedestres e ciclistas. Ela serve para ajudar as pessoas a circular pela cidade rapidamente e em um cenário lindo. Não se trata apenas de uma ciclovia, mas sim de um caminho cheio de parques, playgrounds e bancos para contemplarmos a paisagem", descreve.
Além de adorar pedalar, os residentes de Copenhague são apaixonados por reciclagem e fabricação de adubo orgânico, e são conhecidos por inventar maneiras de economizar eletricidade e calor.
"Nós, dinamarqueses, enxergamos a natureza como um porto sagrado. Fazemos todo o possível para tomar conta da natureza que temos nas cidades", explica Petersen.
 
Vancouver, Canadá
 
Vancouver
Comparada com outras cidades do mesmo tamanho (pouco mais de 600 mil habitantes), Vancouver ganhou muitos pontos do Siemens Index no que se refere a emissões de gás carbônico e qualidade do ar, em parte por causa da ênfase local no incentivo ao uso de energias limpas.
A cidade prometeu reduzir suas emissões em 33% até 2020. O compromisso não surpreendeu o morador Lorne Craig, que se mudou para lá em 1985 e escreve o blog Green Briefs.
"Vancouver tem abrigado uma profunda contracultura ecológica desde os anos 60 e é reconhecida em todo o mundo por ser o berço do Greenpeace", diz Craig. "A própria paisagem da cidade, cercada por montanhas, nos faz lembrar que somos parte de algo muito maior e mais bonito."
Enquanto outras cidades do Canadá continuaram abrindo avenidas para melhorar o trânsito de veículos, Vancouver se manteve comprometida com a qualidade de vida de seus cidadãos. É o que mostra o desenvolvimento da Granville Island, uma península essencialmente pedestre onde os moradores frequentam mercados e estúdios de arte.
Muitos outros bairros de Vancouver também são ecológicos. Um extensa rede de ciclovias facilita o tráfego de bicicletas pela cidade, especialmente a West 10th Avenue, onde as pessoas circulam com bicicletas, mobiletes e até monociclos.
 
Curitiba, Brasil
 
Jardim Botânico de Curitiba
 
De todas as cidades latino-americanas listadas no Siemens Index, apenas Curitiba aparece com uma contagem de pontos acima da média. Depois de ter construído um dos primeiros grandes sistemas de corredores de ônibus do mundo, nos anos 60, e ter desenvolvido um programa de reciclagem pioneiro nos anos 80, a capital paranaense continua a pensar no meio ambiente.
O uso em massa do transporte público faz de Curitiba uma das cidades com os melhores índices de qualidade do ar do ranking.
Curitiba, no entanto, parece estar carente de revitalização, segundo o britânico Stephen Green, que mora na cidade há 15 anos e escreve o blog Head of the Heard.
Estão nos planos a construção de um metrô e mais 300 quilômetros de ciclovias, mas os projetos são caros e a cidade precisa de mais verbas para colocar tudo em pé.
Green mora nas Mercês, um tradicional bairro do centro. "Temos uma ótima feira aos domingos, uma boa conexão de transportes e estamos perto do maior parque da cidade", elogia.
 

Cidade do Cabo, África do Sul

A segunda cidade mais populosa da África do Sul está na dianteira do movimento ambiental no continente africano, pressionando por uma maior economia de energia e um uso maior de recursos renováveis.
Em 2008, a Cidade do Cabo começou a usar energia da primeira estação eólica privada do país. Agora tem o objetivo de obter 10% de sua energia de fontes renováveis até 2020.
Esses esforços estão transformando a vida na cidade. "Temos cada vez mais ciclovias e feiras livres. E os restaurantes valorizam ingredientes produzidos localmente", diz Sarah Khan, uma nova-iorquina que adotou a cidade africana em 2013, e que escreve o blog The SouthAfriKhan.
Ainda assim, ela acredita que a cidade ainda poderia fazer mais para melhorar o transporte público e evitar os constantes cortes de energia elétrica.
Os moradores têm uma "natureza exploradora" e não têm medo de circular de bicicleta. "As melhores áreas para pedalar na cidade são o Sea Point e o Green Point", conta Leonie Mervis, fundadora e diretora da campanha Bicycle Cape Town.
Apesar de o centro da cidade não ter muitas ciclovias, as bicicletas podem ser levadas a bordo dos ônibus, o que torna mais fácil a circulação sem carro.
Mervis mora em Hout Bay, um bairro 20 quilômetros ao sul do centro que abriga muitos artistas e moradores com consciência ecológica.
"Muita gente aqui usa sistemas de aquecimento por painel solar e produzem seus próprios legumes e verduras", diz Mervis. "Também temos uma comissão de meio ambiente que apoia iniciativas ecológicas e cuida dos espaços ao ar livre."
BBC Brasil

Como fazer um mapa 3D do Universo?

 
É uma tarefa de magnitude quase inimaginável: fazer um mapa em três dimensões das bilhões de galáxias que formam o universo.
Cientistas planejam fazer isso usando um novo telescópio chamado Square Kilometre Array (SKA), nome dado graças à área combinada ocupada pelas antenas de satélite usadas pelo projeto na Austrália e na África do Sul.
Mas o SKA não monitora emissões de luz como os telescópios convencionais. Ele reúne a fraca radiação emitida pelo hidrogênio, o elemento químico mais comum do universo.
É por isso que cientistas dizem que o telescópio será capaz de "enxergar" qualquer local do cosmos, fornecendo um retrato da forma do universo que nunca foi feito antes.
"Você poderia percorrê-lo e ver as galáxias conforme passa por elas, entender como o gás é distribuído em seus interiores e aprender como se formam as estrelas, sobre o efeito de buracos negros e entender como funciona a energia e a matéria escuras", disse o astrofísico Matt Jarvis, da Universidade de Oxford, na Grã-Betanha, ao programa Today, da BBC.

Leis da física

Especialistas dizem que o mapa também os ajudará a testar as leis fundamentais da física, inclusive modelos como a Teoria da Relatividade de Einstein ou até mesmo a buscar vida extraterrestre.
A vantagem do SKA sobre telescópios convencionais é a velocidade com que ele rastreia os céus.
Isso permite que cientistas monitorem as datas de emissões de radiação, o que fornece não apenas a posição de um corpo celeste, mas também sua distância.
 A desvantagem é que ele gera uma imagem com resolução bem menor do que as produzidas com a técnica baseada nas emissões de luz.
"Ao observar um bilhão de galáxias em duas datas diferentes, com dez anos de diferença, o SKA poderá medir diretamente a expansão do universo", diz Hans-Rainer Klöckner, do Instituto Max-Planck, na Alemanha.
Como a expansão cósmica ocorre numa escala de tempo bem mais lenta se comparada com o tempo de duração de uma vida humana, ser capaz de medi-la seria considerado um "grande feito técnico", diz Klöckner.
O projeto internacional deve ser completado em 2030, com a primeira fase a ser concluída em 2023.
 
AFP
BBC.com
 

Sonda New Horizons começa fotografar Plutão

 
Após nove anos viajando pelo espaço, a sonda New Horizons, da Nasa, começa a fotografar Plutão. As melhores imagens que temos desse planeta anão foram feitas pelo telescópio Hubble. Nunca o vimos de perto. Corpos celestes assim podem indicar como se deu a formação de planetas como o nosso.
Como a sonda ainda está a 210 milhões de quilômetros do planeta, as imagens, feitas a partir do último domingo, ainda não serão nítidas. "Plutão e sua principal Lua, Caronte, ainda aparecem como pontos sobre um fundo de estrelas. Esperamos o retorno das primeiras imagens à Terra na semana que vem, quando serão publicadas", afirma Mike Buckley, da Universidade Johns Hopkins, que trabalha em parceria com a Nasa.
A maior aproximação com o planeta ocorrerá em julho deste ano, quando serão feitas as primeiras fotos in loco de Plutão e de Charon, sua maior lua.
Em seguida, a New Horizons viajará para uma região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper, que se estende de Netuno até depois de Plutão. Nesse Cinturão existem diversos planetas anões, mas a área foi até hoje pouco explorada por missões espaciais. Esses pequenos planetas são importantes por tratar-se de relíquias de mais de 4 bilhões de anos. A viagem ao Cinturão de Kuiper, no entanto, está prevista para o período entre 2016 e 2020.
Plutão ainda não havia sido reclassificado como planeta anão quando a sonda New Horizons (Novos Horizontes, em tradução livre) foi lançada pela Nasa, em 19 de janeiro de 2006, para estudá-lo. A New Horizons chegará ao seu destino em julho e fará as primeiras fotos in loco de Plutão e de Charon, a maior lua desse planeta anão. Esse objeto é tão grande em comparação com Plutão (tem cerca de metade de seu tamanho), que alguns pesquisadores preferem considerá-los como um sistema planetário duplo.
 
"A resolução das imagens da New Horizons serão melhores que as melhores fotos tiradas pelo telescópio Hubble. No momento da maior aproximação, as imagens da New Horizons terão a resolução de uma aproximação de cerca de 100 metros. Assim, objetos do tamanho de uma bola de futebol serão vistos. Pela primeira vez, Plutão e seus satélites serão mostrados em toda a sua complexidade e diversidade e deixarão de ser apenas pontos de luz, que é a forma como os telescópios os veem", diz  o astrônomo Hal Weaver, cientista responsável pela missão New Horizons e pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.  
 
Em seguida, a New Horizons viajará para uma região do Sistema Solar conhecida como Cinturão de Kuiper, que se estende de Netuno até depois de Plutão. Nesse Cinturão existem diversos planetas anões, mas a área foi até hoje pouco explorada por missões espaciais. Esses pequenos planetas são importantes por tratar-se de relíquias de mais de 4 bilhões de anos. A viagem ao Cinturão de Kuiper, no entanto, está prevista para o período entre 2016 e 2020.
Veja.com

Asteroide gigante, conforme já foi anunciado, passa 'perto' da Terra, nesta noite

Outro asteroide como esse só passará tão perto da Terra em 2027, de acordo com a Nasa
 
Um asteroide com cerca 500 metros de diâmetro vai passar perto da Terra na noite desta segunda-feira, de acordo com a Nasa. A agência espacial americana informou que o asteroide, batizado de 2004 BL86, não tem qualquer risco de colisão com nosso planeta.
Ele passará a cerca de 1,2 milhão de quilômetros da Terra, cerca de três vezes mais distante do que a Lua (a distância lunar é de 384.401 quilômetros). Outro astro como esse só passará tão perto da superfície da terrestre em 2027. A passagem será mais visível entre 23 horas desta segunda e 4 horas da madrugada de terça (no horário de Brasília) nas Américas, Europa e África. No entanto, será preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para observar sua trajetória.
"Embora não represente uma ameaça para a Terra num futuro próximo, trata-se de uma passagem relativamente próxima de um asteroide relativamente grande, o que nos proporciona uma oportunidade única para observar e aprender mais", disse em comunicado o astrônomo Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, nos Estados Unidos.
Descobertas — Os cientistas planejam mapear a superfície do asteroide com radares durante o sobrevoo, na esperança de aprender mais sobre o seu tamanho, a forma, a velocidade de rotação e outras características. "No momento, não sabemos quase nada sobre ele, portanto, é provável que haja surpresas”, declarou ao site SpaceWeather.com o astrônomo Lance Benner, do Laboratório de Propulsão a Jato.
O asteroide, que orbita o Sol a cada 1,84 ano, foi descoberto em 2004 pelo telescópio Linear (sigla em inglês para Lincoln Near-Earth Asteroid Research), localizado no Estado do Novo México, nos Estados Unidos.
Impacto — Atualmente, a Nasa rastreia mais de 11 000 asteroides em órbitas que passam relativamente perto da Terra. A agência espacial americana diz ter localizado mais de 95% dos maiores asteroides, aqueles com diâmetro de 900 metros ou mais, com órbitas próximas da Terra.
Um objeto desse tamanho atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos no que hoje é a península de Yucatán, no México, provocando uma mudança climática global que se acredita tenha sido responsável pela extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida na Terra.
Dois anos atrás, um meteorito (pedaços de asteroides que eventualmente atingem a superfície da Terra) relativamente pequeno explodiu na atmosfera sobre a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, deixando mais de 1 500 pessoas feridas por estilhaços de vidro e destroços voando.
 Nesse mesmo dia, um outro asteroide não relacionado com ele passou a apenas 28.000 quilômetros da Terra, mais perto do que as redes de satélites de comunicação que cercam o planeta.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Frase

Foto de Frase Seleta.

Temas da sucessão saudita que interessam ao mundo

 
Poucas horas após ascender ao trono da Arábia Saudita, nesta sexta-feira, o novo rei do país, Salman, prometeu continuidade e mandou uma mensagem pelo Twitter pedindo a Deus que o ajude a "manter a segurança e estabilidade" e "proteja o reino de todos os males".
Ele sucede seu meio-irmão, o rei Abdullah, que morreu na véspera, aos 90 anos, de infecção pulmonar. Seguindo a tradição do wahabismo ─ forma ultraconservadora do islã sunita praticada no reino ─, ele foi sepultado em um túmulo simples após as preces de sexta-feira.
Salman, de 78 anos, rapidamente nomeou ocupantes de cargos de alto escalão, em aparente tentativa de evitar vácuos de poder num momento em que a Arábia Saudita está cercada de desafios internos e externos. Eis alguns deles, e os motivos pelos quais eles interessam ao resto do mundo:

Estabilidade

E o primeiro desses desafios é garantir que a sucessão ocorra sem turbulências ou rachas na família real.
"Com o Oriente Médio em um estado de turbulência sem precedentes, a necessidade de uma transferência de poder ordeira na Arábia Saudita se torna mais crucial do que nunca - mas quem herdará o trono nos próximos anos é uma questão espinhosa", explica Gerard Butt, analista de Oriente Médio da Oxford Analytica e da Petroleum Policy Intelligence, em artigo à BBC News.
 "A Arábia Saudita é um país grande e influente. Guardiã dos dois lugares mais sagrados do islã (Meca e Medina), se enxerga como líder da comunidade sunita no mundo. E é uma peça-chave nas tentativas sunitas de bloquear a influência xiita vinda do Irã na região. Além disso, é o maior produtor de petróleo do mundo."
Por tudo isso, explica Butt, o processo de sucessão é arranjado entre os príncipes mais velhos da família real Al Saud.
Abdullah, Salman e Muqrin (o próximo na linha sucessória) são filhos do fundador da Arábia Saudita, rei Abdulaziz (conhecido como Ibn Saud), que morreu em 1953. Mas teme-se que as futuras sucessões ao trono não ocorram em clima de concordância e consenso, o que pode levar à instabilidade regional.

Segurança

A segurança do reino deve ser a prioridade número um de Salman, explica Butt.
"Centenas de jovens sauditas foram lutar ao lado do (grupo autodenominado) 'Estado Islâmico' e estão voltando para casa inspirados pela ideologia jihadista", relata o analista.
Butt acredita que o rei estará menos inclinado que seu antecessor em intervir nos assuntos mais polêmicos da região.
"Ainda que o reino vá continuar a apoiar a oposição síria, por exemplo, deverá olhar mais favoravelmente para soluções (que incluam governos) de transição que mantenham no poder alguns membros do regime (do presidente sírio) Bashar al-Assad. Da mesma forma, no Iraque o rei deve continuar comprometido com a coalizão anti-Estado Islâmico (liderada pelos EUA), mas manterá a recusa em enviar tropas."
É possível, porém, que o país envie tropas a sua fronteira com o Iêmen, outro país que enfrenta turbulências internas. A recente (e rápida) expansão de grupos rebeldes que supostamente contam com o apoio do Irã são uma crescente preocupação ao reino saudita. Além disso, o Iêmen abriga um ativo braço da Al-Qaeda, fonte de temor ao Ocidente.
"Continua havendo (na Arábia Saudita) a ameaça provocada por jihadistas, tanto internamente quanto nas fronteiras", explica o analista de segurança da BBC, Frank Gardner.
"O país está no meio do agressivo 'Estado Islâmico', ao norte, e a Al-Qaeda no Iêmen, ao sul. Aviões sauditas ajudaram a coalizão comandada pelos EUA em ataques aéreos contra o EI, mas isso é altamente impopular entre muitos sauditas."

Petróleo

O processo sucessório desperta uma questão crucial ao mundo: haverá mudanças na política petrolífera do reino?
O maior produtor mundial de petróleo tem sido, até o momento, resistente em cortar a produção do combustível (o que ajudaria a aumentar os preços, que caíram pela metade desde junho). Acredita-se que essa política se manterá no reinado de Salman, relata Andrew Walker, repórter de economia do Serviço Mundial da BBC.
Ainda assim, houve leve alta no preço do barril nos mercados internacionais nesta sexta.
Alguns membros da Opep (grupo que reúne os principais países exportadores do petróleo), em especial Irã e Venezuela, queriam um freio coordenado na produção mundial, com a esperança de elevar os preços.
Mas acredita-se que a Arábia Saudita tema perder sua fatia de mercado para países não membros da Opep e tenha reservas monetárias suficientes para suportar por mais algum tempo a baixa nos preços.
Isso não muda, porém, o fato de que o petróleo barato tem um forte impacto nas contas do país.

Reformas e direitos civis

O país enfrenta muitos desafios internos, como o aumento do desemprego entre jovens, o regresso de jihadistas no Iraque e na Síria e crescentes críticas à família real nas redes sociais.
 Em meio a isso, os governantes evitarão demonstrar qualquer racha na cúpula de poder e devem manter a linha dura contra manifestantes e opositores.
Gardner lembra que a Arábia Saudita é o país menos democrático no Oriente Médio e extremamente resistente a avanços em direitos civis, em especial os femininos.
"Muitos pensam que os governantes atrasam o país em termos de reformas, mas Abdullah pressionou por avanços no papel das mulheres. Só que os conservadores religiosos não querem ver mulheres dirigindo (carros, o que são proibidas de fazer) ou tendo papéis políticos. Eles temem mudanças drásticas", explica o analista.
O temor a mudanças se refletiu também no rigor contra manifestações ocorridas na época da Primavera Árabe.
Para Gerard Butt, essas políticas devem mudar pouco sob o novo rei. "Acredita-se que Salman seja ainda menos favorável que seu antecessor a reformas políticas e sociais. Seria uma grande surpresa se as mulheres obtivessem o direito de dirigir durante o reinado."
Fortemente criticada por organizações de direitos humanos, a Arábia Saudita tampouco deve avançar nesse aspecto.
"O rei não vai estar interessado em arriscar disputas com o poderoso establishment religioso ou tentar persuadi-lo a amenizar a lei islâmica", diz o analista.
BBC Brasil

A desigualdade global em sete bolas de neve

 
"Metade da população global vive entre a bicicleta e o carro", explica o professor sueco Hans Rosling, especialista em desigualdade do Instituto Karolinska.
Em uma entrevista à BBC na reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, o professor juntou sete bolas de neve para explicar a distância entre ricos e pobres no mundo.
Rosling diz que a situação mundial melhorou, que muitas pessoas vivem hoje nas bolas de neve "do meio" - bolas que não existiam no passado, quando só havia um mundo desenvolvido e o mundo em desenvolvimento.
Ele cita o Brasil como exemplo de um país emergente com uma numerosa classe média, que conquistou poder de consumo - e se encontra "nas bolas do meio".
"A desigualdade no mundo está diminuindo, mas nos países (está) aumentando. É um pouco complicado", explica Rosling.
"A distância entre os pobres em paises em desenvolvimento e os ricos do mundo desenvolvido está diminuindo. Então, a desigualdade no mundo cai."
"Porém, dentro dos países em desenvolvimento, apesar de os pobres terem melhorado, os ricos ficaram ainda mais ricos, o problema está dentro dos países. Isso é o que chateia as pessoas, a falta de dinheiro e principalmente o estigma social diante da falta de condições básicas."
BBC Brasil
 

Avião movido a energia solar prepara volta ao mundo


 
Um avião movido apenas a energia solar tentará dar a volta ao mundo nas próximas semanas, contando com baterias e motores supereficientes que permitam que a aeronave voe durante a noite.
O Solar Impulse 2 vai decolar de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, entre o final de fevereiro e o início de março, fazendo diversas paradas em países como Estados Unidos e Índia.
Ele tem a largura de um Boeing 747, mas o peso parecido com o de um carro. Isso porque é feito de peças leves, de forma a reduzir o consumo de energia.
O objetivo é que as tecnologias do Solar Impulse ajudem a tornar a aviação mais ecologicamente correta, mas também inspirar melhorias em outros setores - uma das peças do cockpit, por exemplo, foi adotada para melhorar a eficiência de geladeiras.
"Toda a tecnologia que permite que o avião voe noite ou dia, sem combustível, pode ser usada em qualquer lugar do mundo para mobilidade, construção, iluminação e processos industriais, para (termos) um mundo mais limpo", diz à BBC o suíço Bertrand Piccard, piloto do Solar Impulse 2.
A aeronave antecessora, a Solar Impulse 1, conseguiu atravessar o continente americano voando e armazenou bateria o suficiente para voar durante a noite.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

6 descobertas que desafiam a Física

O Sol é o único objeto no universo que contraria as leis da termodinâmica  (Foto: wikimedia commons)

Velocidades maiores do que a da luz? Matéria desaparecendo no ar? Partículas que se comportam de forma diferente quando observadas? Isso não é coisa de ficção científica – tudo isso acontece bem aqui, em nosso Universo. Saiba quais são os fenômenos que a ciência ainda não consegue explicar:
1. O Sol pode emitir ondas mais quentes que ele mesmo
De acordo com as leis da termodinâmica, o calor viaja sempre do corpo mais quente para o corpo mais frio. É isso que te faz ficar pertinho do fogão aproveitando o calor em dias frios. É uma lei universal. Ou quase. Ao que tudo indica, o Sol consegue emitir ondas de calor mais quentes do que ele mesmo.
A superfície da estrela tem, em média, 5500° Celsius de temperatura. Já a camada que fica a centenas de quilômetros do Sol, conhecida como “corona”, tem uma temperatura média de um milhão de graus Celsius. Segundo a física, a fonte de calor (o Sol) deveria ser mais quente do que sua emissão. Até agora, este é o único caso do fenômeno conhecido no Universo.
2. A gravidade não faz tanto sentido assim
A gravidade está envolvida em tudo o que fazemos – afinal é ela que nos mantém presos na Terra. Mas e se a lei da gravidade não fosse uma lei? E se ela não fizer sentido? Pois saiba que em menor escala, ela não faz sentido algum. Basta esfregar o tubo de uma caneta do tipo “Bic” em seus cabelos e passa-la por cima de uma pilha de pedaços de papel. O papel é instantaneamente atraído pela eletricidade estática da caneta e gruda nela, contrariando as leis da física.
Esse fenômeno é chamado de “problema da hierarquia de Higgs”. Quando pequenas partículas são analisadas, a gravidade torna-se muito fraca – ela segue as leis de Newton apenas em objetos maiores. Isso significa que, quanto menor for a escala do objeto analisado, maiores são as possibilidades da gravidade desaparecer completamente. Ou seja: agradeça por estarmos em um planeta grande, que gera força gravitacional suficiente para nos manter no chão (e por termos massa suficiente para “corresponder” a essa força).
3. Naves espaciais aceleram sem razão aparente
Imagine que você está brincando em uma cadeira de balanço. Você impulsiona seu corpo até atingir a velocidade desejada e, quando atinge seu limite, espera o brinquedo desacelerar para começar a se impulsionar novamente. Agora imagine que, ao parar de tocar os pés no chão, você acelera em vez de parar, voando cada vez mais alto.
Se você lembrar bem das aulas de física, sabe que a lei da conservação de energia diz que esse tipo de situação é impossível. A não ser que você empurre mais o balanço com seus pés, você não irá acelerar, certo? Nem sempre.
Na década de 1980, as naves Pioneer 10 e Pioneer 11, da Nasa, passaram a acelerar depois de uma enorme distância da Terra, em vez de simplesmente terem sua velocidade reduzida. Desde então, cientistas estão tentando descobrir o que aconteceu com as Pioneers e com a nave NEAR e com a sonda Galileo, que passaram pela mesma situação.
4. A lei da conservação de energia não funciona o tempo todo
Se você rasgar uma folha de papel nos menores pedaços que conseguir, terá a mesma quantidade de papel de sempre, só que em um formato diferente, correto? E o papel simplesmente desaparecesse enquanto você o rasga? Se você é um bom aluno de física sabe que isso não pode acontecer porque nenhum tipo de matéria consegue ser completamente aniquilado – da mesma forma que não conseguimos criar alguma coisa do nada.
Agora suponha que a Terra seja consumida por um buraco negro. A massa dele aumenta, da mesma forma que a sua massa aumenta após as refeições. Afinal, tudo o que você comeu ainda está lá dentro. Só que, algumas vezes, os buracos negros desaparecem completamente – levando tudo o que engoliram junto com eles.
Segundo a física, ao desaparecer eles deveriam emitir uma onda de radiação proporcional a tudo o que consumiram. Mas, de acordo com Stephen Hawking, tudo o que eles fazem é lançar ondas aleatórias de energia. De forma simples: se algum dia a Terra for realmente engolida por um Buraco Negro, não só o planeta deixará de existir, mas também qualquer sinal de que um dia ele existiu.
5. Partículas se comportam de forma diferente só por que alguém está observando
Lembra daquele amigo que parece até outra pessoa quando está conversando com um grupo de estranhos? Pois existem partículas que se comportam da mesma forma. Durante um dia todo, cientistas pesquisaram o urânio. Sabe-se que esse elemento, quando está instável, passa por um processo de enfraquecimento radioativo depois de certo tempo. E quando os cientistas não estavam olhando, o urânio fazia exatamente o que era esperado dele – enfraquecia.
Mas ao olhar diretamente para o material, os pesquisadores perceberam que havia partículas que nunca enfraqueciam. Ou seja, você pode parar o tempo para o urânio simplesmente olhando para ele. O problema é que, em nossa vida comum, olhar para um pacote de leite para impedir que ele estrague não faz sentido nenhum.
6. A Teoria da Relatividade de Einstein pode estar errada
Segundo Albert Einstein, o limite da velocidade de tudo o que existe em nosso universo é 299,792,458 metros por segundo – a conhecida velocidade da luz. É nessa regra que se baseia a teoria da relatividade do físico que, desde os anos 1940, quando foi lançada, é aceita pela comunidade científica.
Foi em 2011, quando cientistas do CERN (Organização Européia de Pesquisa Nuclear, localizado na Suíça) dispararam um raio de partículas por 730 km, que a veracidade da teoria foi questionada. O problema é que o raio chegou em seu destino, na Itália, 60 nano segundos antes do que era esperado, o que mostra que o disparo superou a velocidade da luz.
A comunidade científica ficou estarrecida e o teste foi refeito várias vezes – todos os experimentos apresentaram o mesmo resultado: as partículas viajaram mais rápido do que a luz. Isso quer dizer que a viagem em velocidade de dobra de Star Trek é possível, mas, por enquanto, apenas para neutrinos. E, se toda a teoria da relatividade foi derrubada, até a viagem através do tempo será possível.
Galileu.com

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

'Relógio do Apocalípse' é adiantado para 23h57m e humanidade fica mais perto da extinção

Integrantes do Boletim dos Cientistas Atômicos durante coletiva de imprensa sobre ajuste do relógio do fim do mundo Foto: WIN MCNAMEE / AFP

O fim do mundo está próximo! A depender do alerta emitido nesta quinta-feira pelo Boletim de Cientistas Atômicos (BAS, na sigla em inglês) ao adiantar em dois minutos o “Relógio do Apocalipse”, que agora marca três para meia-noite, vivemos uma situação tão perigosa quanto a da Guerra Fria. A última vez em que a situação esteve tão crítica foi em 1984, num momento em que o recrudescimento das hostilidades entre os EUA e a então União Soviética ameaçavam a humanidade com uma guerra nuclear. Desta vez, a principal ameaça vem do clima.
— Isto é sobre o fim da civilização como nós a conhecemos — disse Kennette Benedict, diretora-executiva do BAS. — A probabilidade de uma catástrofe global é muito alta, e as ações necessárias para reduzir os riscos são urgentes. As condições são tão ameaçadoras que estamos adiantando o relógio em dois minutos. Agora faltam três para a meia-noite.
A emissão de dióxido de carbono e outros gases está transformando o clima do planeta de forma perigosa, alertou Kennette, o que deixa milhões de pessoas vulneráveis ao aumento do nível do mar e a tragédias climáticas. Em comunicado, o BAS faz duras críticas aos líderes globais, que “falharam em agir na velocidade ou escala requerida para proteger os cidadãos de uma potencial catástrofe”.
O consultor e ambientalista Fabio Feldmann considera o alerta “bastante razoável” e destaca a falta de mobilização de governos e sociedades como o principal entrave.
— Se há um ano eu falasse sobre os riscos da crise hídrica em São Paulo, seria tachado de apocalíptico, mas veja a situação agora — disse Feldmann. — A realidade está superando as previsões científicas, mas não está colocando o tema na agenda. Esse é o drama.

ARMAS NUCLEARES AINDA ASSUSTAM
Além da questão climática, o BAS alerta sobre a modernização dos arsenais nucleares, principalmente nos EUA e na Rússia, quando o movimento ideal seria o de redução no número de ogivas. Estimativas mostram a existência de 16.300 armas atômicas no mundo, sendo que apenas cem seriam suficientes para causar danos de longo prazo na atmosfera do planeta.
“O processo de desarmamento chegou a um impasse, com os EUA e a Rússia aplicando programas de modernização das ogivas — minando os tratados de armas nucleares — e outros detentores se unindo nesta loucura cara e perigosa”, informou o BAS.
A organização pede que lideranças globais assumam o compromisso de limitar o aquecimento global a dois graus Celsius acima dos níveis pré-
industriais e de reduzir os gastos com armamentos nucleares.
— Não estamos dizendo que é muito tarde, mas a janela para ações está se fechando rapidamente — alertou Kennette. — O mundo precisa acordar da atual letargia. acreditamos que adiantar o relógio pode inspirar mudanças que ajudem nesse processo.


BAS foi fundado em 1945 por cientistas da Universidade de Chicago (EUA) que participaram no desenvolvimento da primeira arma atômica, dentro do Projeto Manhattan. Dois anos depois, eles decidiram criar a iniciativa do relógio, para “prever” quão perto a humanidade estaria da aniquilação. Na época, a principal preocupação era com o holocausto nuclear, mas, a partir de 2007, a questão climática passou a ser considerada pelo grupo. As decisões de ajustar ou não o relógio são tomadas com base em consultas a especialistas, incluindo 18 vencedores do Prêmio Nobel.
Desde a criação, o “Relógio do Apocalipse” foi ajustado apenas 22 vezes. O momento mais crítico aconteceu em 1953, com o horário marcando 23h58m, por causa dos testes soviéticos e americanos com a bomba de hidrogênio. A assinatura do Tratado de Redução de Armas Estratégicas, em 1991, fez o relógio marcar 17 minutos para a meia-noite, a situação mais confortável até hoje.

O último ajuste do relógio aconteceu em 2012, para 23h55m, com o BAS alertando sobre os riscos do uso de armas nucleares nos conflitos do Oriente Médio e o aumento na incidência de tragédias naturais.
O Globo.com



 
 

Lado escuro da Lua poderá ser habitado futuramente

O lado mais claro do satélite parece ter alguns recursos abundantes - um assunto que vem sendo discutido entre os cientistas Foto: Daily Mail / Reprodução
 
O lado escuro da Lua (e o mais distante da Terra) poderá ser habitado futuramente, segundo acredita a Agência Espacial Europeia (ESA). Em um vídeo divulgado pela agência, chamado “Destino: Lua”, são revelados os planos para fazer do local hostil, um possível lar para robôs e humanos no futuro. As informações são do Daily Mail.
“A Lua poderá se tornar o lugar onde as nações do mundo poderão estar juntas no entendimento de nossas origens comuns, na construção de um futuro, e no compartilhamento da jornada para além”, diz o vídeo.
O lado mais claro do satélite parece ter alguns recursos abundantes, como no local onde fica o “homem da lua”, que, na verdade, podem ser rastros de basalto – um assunto que vem sendo discutido entre os cientistas. Já no lado escuro, não parece haver tal reserva. Apesar disso, a ESA aposta na possível presença de água em solo lunar, que tornaria possível, inclusive, a exploração de oxigênio e hidrogênio para a fabricação de combustível para foguetes.
“Isso poderia impulsionar-nos ainda mais para o sistema solar e para o próximo destino de nossa jornada para o cosmos. As missões futuras também poderiam usar o lado mais distante da Lua como um escudo contra os sinais de rádio vindo da Terra, a fim de olhar mais longe no espaço”, revela a agência.
Nesta área lunar, mais distante da Terra, há uma enorme cratera (que ocupa um quarto da área do satélite natural) que “vive no escuro”. Porém, nos picos desse buraco de milhares de quilômetros, existem espécies de montanhas, que poderiam ser usados para a moradia de robôs e humanos, devido à luz solar que bate ali e, também, à vista incrível.

Para explorar Marte, NASA usará realidade aumentada

GIF marte
 
Na demonstração da Microsoft do seu fascinante capacete holográfico, o HoloLens, a empresa mencionou brevemente uma das coisas mais legais que ele já faz: desenvolver software com o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla original) da NASA que permitirá aos cientistas explorar e trabalhar em Marte remotamente.
Na metade do vídeo promocional do HoloLens, a Microsoft mostrou um trecho de um cientista usando o capacete enquanto ele aponta para uma área de interesse na superfície do planeta vermelho. O HoloLens, explica o vídeo, será usado por cientistas da NASA para trabalhar “em” Marte a partir de julho deste ano. Intrigado pela breve menção, fomos atrás da NASA para pedir mais informações e em uma declaração acompanhada de um vídeo, a agência explicou o projeto.
Ao longo do último ano, o JPL e a Microsoft vêm trabalhando em um software chamado OnSight que foi projetado para permitir que os cientistas conduzam seus trabalhos mesmo estando aqui na Terra. Usando o HoloLens, claro.
Imagine ser capaz de colocar um capacete e andar por outro planeta. Ou controlar um módulo como se você estivesse sentado nele. Ou dar uma olhada da beirada de um precipício em um cânion marciano. Esses cenários são exatamente o que o OnSight faz usando dados e imagens extraídos de Marte.
De acordo com o JPL, é a coisa mais próxima de estar lá – recriar a experiência de que geólogos terrestres se beneficiam ao usar a realidade aumentada. Isso inclui não apenas a inspeção da paisagem, mas a comunicação com outros cientistas ao redor do mundo através de um local de reuniões virtual – sem falar em tomar notas e criar pontos de interesse que outras equipes podem explorar e comentar depois.
“Construindo ferramentas que fazem com que nos sintamos mais conectados àqueles robôs e ambientes que estamos explorando, podemos mudar nossa experiência de exploração de uma forma fundamental e empolgante,” disse Jeff Norris, gerente de projeto do OnSight, em um vídeo publicado no YouTube. “Não porque é um artifício e não por ser divertido, mas porque ele nos ajudará a chegar a conclusões científicas mais rapidamente e com mais confiança do que se confiarmos apenas em imagens numa tela, como fazemos hoje.”
Eles também conseguirão programar de verdade o módulo Curiosity através do ambiente do HoloLens, como explica o JPL em uma declaração:
Eles podem passear pela superfície rochosa ou se abaixarem para examinar conjuntos de pedras de diferentes ângulos. A ferramenta dá acesso a cientistas e engenheiros que queiram interagir com Marte de uma forma mais natural, mais humana.
ferramenta OnSight também será útil para planejar as operações do módulo. Por exemplo, cientistas podem programar atividades para vários dos instrumentos do Curiosity olhando para um alvo e usando gestos para selecionar os comandos em um menu.
Eles podem passear pela superfície rochosa ou se abaixarem para examinar conjuntos de pedras de diferentes ângulos. A ferramenta dá acesso a cientistas e engenheiros que queiram interagir com Marte de uma forma mais natural, mais humana.
A ferramenta OnSight também será útil para planejar as operações do módulo. Por exemplo, cientistas podem programar atividades para vários dos instrumentos do Curiosity olhando para um alvo e usando gestos para selecionar os comandos em um menu.
Nos últimos anos ouvimos algumas conversas sobre o envio de cientistas humanos para Marte. O HoloLens não oblitera os motivos que temos para visitar o planeta por nós mesmos, mas ele definitivamente expande as maneiras que temos de fazer isso. Na medida em que os veículos e módulos ficam mais complexos e sensíveis, pode ser que seja possível explorar planetas distantes usando proxies de realidade aumentada como esse – soluções muito mais duráveis na exploração do nosso cada vez maior espaço.
 

Essa é a rota do avião que dará a volta na Terra usando apenas painéis solares

Ano passado, a equipe por trás do Solar Impulse 2 revelou o design de um avião que, eles esperavam, seria capaz de dar a volta ao mundo sem precisar reabastecer. Agora, foi revelada a rota que ele fará quando decolar em sua missão – que, se tudo der certo, começa em março.
O tour mundial começará em Abu Dhabi, fará paradas ao longo da Ásia, América do Norte sul da Europa e norte da África. Por que tantas interrupções? Porque embora o avião de 2,5 toneladas e 72 metros de envergadura de asas não precise parar para reabastecer, a tripulação composta por seres humanos ainda não pode se dar a esse luxo.
 
avião energia solar mapa
 
Os 17 mil painéis solares do avião recarregam uma bateria de lítio que pesa 940 kg, o que lhe concede uma velocidade de cruzeiro de 141 km/h. Para manter o peso total baixo, a tripulação precisa descer em terra firme a cada poucos dias para pegar suprimentos e largar dejetos. A essa velocidade e com todas as paradas programadas, a equipe espera estar de volta a Abu Dhabi no começo de agosto – uma viagem de aproximadamente cinco meses.
Aliás, imagine como serão esses meses para a tripulação da Solar Impulse 2: eles voarão por dias em uma cabine despressurizada e sem aquecimento. Definitivamente, não vai ser fácil.