quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Meteorito de Marte pode ter evidência de vida extraterrestre

Um pequeno pedaço do meteorito Tissint, que pousou na Terra em julho de 2011

O meteorito Tissint, que pousou no deserto de Guelmim-Es Semara, no Marrocos, em 18 de julho de 2011, possuía evidências de vida extraterrestre. As informações são do CNET.
O Tissint foi lançado da superfície de Marte por conta de uma colisão de asteroides cerca de 700 mil anos atrás.
A pedra de cerca de 11 kg mostrava evidências de água: estava cheia de pequenas fissuras nas quais havia material depositado na água.
Este material, na análise, acabou por ser um composto de carbono orgânico de origem biológica.
Ele não é o único meteorito em que foi encontrado o carbono orgânico, mas o debate sempre foi centrado no fato de o carbono ter sido depositado antes ou depois de o meteorito em questão cair na Terra – se é terrestre ou de origem extraterrestre.
De acordo com um estudo feito por pesquisadores que estudaram as fissuras de Tissint, o carbono orgânico não é do planeta Terra.
Segundo eles, existem vários pontos de elementos que provam isso. Primeiramente, houve um tempo relativamente curto entre o momento em que observaram o meteorito cair na Terra e quando ele foi recolhido.
O outro ponto é que as fissuras microscópicas na rocha teriam de ter sido produzida por um calor repentino elevado – tais como, por exemplo, o calor da entrada na atmosfera.
Este choque e as temperaturas necessárias para abrir as fissuras não poderiam ter vindo do deserto marroquino Outra evidência é que alguns dos grãos de carbono dentro do Tissint tinham endurecido e virado diamantes.
Não há condições conhecidas sob as quais isso poderia ter ocorrido na superfície do deserto marroquino – e certamente não no tempo que levou entre a queda e a descoberta do meteorito.
Por fim, o carbono contém uma elevada quantidade de deutério, hidrogênio pesado que contém um próton e um nêutron em seu núcleo – coerente com a composição geológica de Marte.
"Essa enorme concentração de deutério é a típica 'impressão digital' de rochas marcianas, como já descobrimos em medições anteriores" disse o Professor Ahmed El Goresy, da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, e coautor do estudo.
No entanto, de acordo com Yangting Lin, autor sênior do estudo e professor do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências em Pequim, seria um erro já considerar as evidências conclusivas.
"Nós não podemos e não queremos excluir totalmente a possibilidade de que o carbono orgânico dentro do Tissint pode ser de origem abiótica", escreveu Lin, que quis dizer que o carbono poderia ser físico na origem – desprovido de vida – e não orgânico.
"É possível que o carbono orgânico tenha sido originado a partir dos impactos de meteoritos condritos carbonáceos. No entanto, não é fácil conceber por qual processo o carbono poderia ter sido seletivamente extraído do impacto dos condritos carbonáceos, seletivamente removido do solo e depois impregnado nas veias extremamente finas da rocha”, afirmou Lin.
Exame.com

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