segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cientistas dizem que estes camarões azuis podem guardar o segredo para a vida alienígena

Camarões da espécie Rimicaris hybisiae em fontes termais

Camarões da espécie Rimicaris hybisiae

De acordo com exobiólogos da NASA, estes camarões misteriosos e suas bactérias simbióticas podem conter pistas “sobre como poderia ser a vida em outros planetas“. Estas formas de vida seriam semelhantes, em um nível básico, ao que deve estar escondido nos oceanos da Europa, uma das luas que orbitam Júpiter.
Max Coleman, pesquisador sênior do JPL-NASA (Jet Propulsion Laboratory), diz que sua equipe se concentrou “em um ecossistema misterioso no Caribe para obter pistas sobre como poderia ser a vida em outros planetas, como na Europa – lua congelada de Júpiter – que tem um oceano subterrâneo”.
Esse ecossistema está a 2.300 m de profundidade no Mar do Caribe, ao sul das ilhas Cayman. Os camarões da espécie Rimicaris hybisiae vivem próximos a fontes termais que chegam a 400°C, mas a água gelada do oceano permite a eles sobreviver.
Os pesquisadores dizem:
Em dois terços da história da Terra, a vida existiu apenas na forma microbiana. Na lua Europa, a maior chance de encontrar vida é na forma de micróbios. (…) O objetivo geral de nossa pesquisa é ver o quanto a vida ou a biomassa pode ser sustentada por fontes termais de água subterrânea. (…) É um sistema simbiótico notável.
A pesquisa deles é baseada em espécimes coletados em fontes hidrotermais do Caribe, descobertos pela primeira vez em 2009 e revisitados em 2012. O estudo mostra como esses seres sobrevivem em tais condições extremas.
Basicamente, os camarões se alimentam de carboidratos produzidos por bactérias que ingerem sulfeto de hidrogênio. Por isso, eles vivem entre a água sulfurosa das fontes termais (que alimenta as bactérias) e a água oxigenada do oceano (para respirarem).
De acordo com Emma Versteegh, pós-doutora trabalhando no JPL, “a existência de um animal como este na Europa depende muito da quantidade real de energia que é lançada lá através de fontes hidrotermais”.
Para saber mais sobre isso, é preciso enviar uma missão submarina para essa lua de Júpiter. Adam Steltzner e seus colegas do JPL sonham com isso há tempos, e ela deveria acontecer o quanto antes. [NASA]

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