sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Frase

Foto

Capela Sistina ganha nova iluminação



Novo sistema destaca afrescos e economiza 60% de energia. Cerca de seis milhões de pessoas visitam o espaço todos os anos

A Capela Sistina, no Vaticano, recebe desde hoje um novo sistema de iluminação, ventilação e ar condicionado especialmente desenhado para proteger o espaço contra a deterioração e as consequências das cerca de seis milhões de visitas anuais.A intervenção teve um custo de mais de 3 milhões de euros, suportado por duas companhias internacionais que ofereceram os seus serviços à Santa Sé.Entre hoje e amanhã, o Vaticano vai promover um congresso internacional em Roma para apresentar a intervenção.

 
Antonio Paolucci, diretor dos Museus do Vaticano, explica que a iniciativa acontece 20 anos depois da inauguração, por São João Paulo II, do restauro da Capela Sistina dirigido por Fabrizio Mancinelli e realizado por Gianluigi Colalucci, “cientificamente exemplar e tecnicamente impecável”.O novo sistema garante garantindo maior eficiência energética e limitação de ruído e deslocação do ar em volta dos frescos da capela, com recurso à tecnologia LED azul.
 
 
A Academia Real de Ciências da Suécia concedeu eeste ano o Prémio Nobel de Física a Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura pela invenção de diodos de luz azul, que proporcionaram uma fonte económica de luz branca. A Capela Sistina deve o seu nome a Sisto IV, Papa entre 1471 e 1484, que promoveu as obras de restauro da antiga Capela Magna a partir de 1477.A decoração do espaço de 1100 metros quadrados foi confiada em 1508 a Miguel Ângelo por Júlio II, Papa entre 1503 e 1513.
 
 
NOVA TECNOLOGIA

Os afrescos de Michelangelo adquiriram uma nova beleza com o sistema de iluminação instalado na Capela Sistina. Graças à nova tecnologia que faz uso de LEDs, se economiza 60% em energia e emissões, além de diminuir o envelhecimento dos afrescos em relação ao sistema precedente.O novo sistema de diodos luminosos - chamado ‘Led4 Art’. -, é financiado por um projeto de pesquisa da União Européia e instalou 7 mil diodos no ambiente. Um comunicado da Comissão da EU responsável pela instalação indica que os afrescos podem ser admirados de uma maneira “sem precedentes”. “Alguns detalhes podem agora ser vistos pela primeira vez em três dimensões por uma pessoa em pé e os outros podem ser vistos com maior detalhe”.
 

 

    



 
 
 



 



 



 

 
 



 
 

 

China muda combustíveis em 2005 para reduzir poluição

 
 
A China vai reformular os combustíveis de automóveis a partir de 2015, como parte de uma série de medidas para tentar diminuir a intensa poluição atmosférica que afeta as principais cidades. As autoridades do país vão promover o uso de veículos elétricos e híbridos e continuar com a eliminação dos veículos antigos que não cumprem os limites de emissão. As medidas foram divulgadas na noite dessa quinta-feira (30) e publicadas hoje (31) na imprensa oficial.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma anunciou que as principais cidades do país devem adotar os novos combustíveis, mais limpos, no fim de 2015. O novo padrão deve se estender ao restante do país até o fim de 2017.
O governo deve estimular o uso de veículos elétricos ou híbridos, que deverão representar pelo menos 30% das novas unidades compradas até 2016.

Estudo relaciona seca do sudeste a desmatamento da Amazônia

De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo
 
Uma nova pesquisa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) relaciona a seca que atinge o Sudeste, especialmente São Paulo, com o desmatamento da Amazônia. Realizada pelo biogeoquímico Antônio Nobre, a revisão de literatura sobre o assunto mostra que a redução da quantidade de árvores no local afeta os "rios aéreos" de vapor, responsáveis pelo transporte da água que cai com as chuvas nas regiões brasileiras mais distantes. De acordo com o relatório, intitulado O Futuro Climático da Amazônia, esta é “a razão de a porção meridional da América do Sul, a leste dos Andes, não ser desértica, como nas áreas de mesma latitude a oeste e em outros continentes”. 
De acordo com o relatório, um total de 762.979 quilômetros quadrados de desmatamento foram acumulados na Amazônia – mais do que a soma das áreas de três estados de São Paulo. "Já foram destruídas pelo menos 42 bilhões de árvores na Amazônia. Em 40 anos, foram cerca de 2 mil árvores por minuto. Os danos dessa devastação já são sentidos, tanto no clima da Amazônia – que tem sua estação seca aumentando a cada ano – quanto a milhares de quilômetros dali", disse Nobre.
Segundo ele, a floresta mantém úmido o ar em movimento, levando chuvas para regiões internas do continente. "O ar úmido é exportado para o Sudeste, o Centro-Oeste e o Sul do Brasil, por rios aéreos de vapor, mais caudalosos do que o Rio Amazonas. Sem isso, o clima nessas regiões se tornará quase desértico. Atividades humanas como a agricultura entrarão em colapso", declarou.
Nobre explicou que a Amazônia regula o clima do continente graças à capacidade da floresta de transferir 20 trilhões de litros d’água por dia para a atmosfera. Segundo ele, a transpiração das árvores, combinada à condensação vigorosa na formação de nuvens de chuva, rebaixa a pressão atmosférica sobre a floresta. Com isso, ela "suga" o ar úmido do oceano para o continente, mantendo as chuvas em qualquer circunstância. "Isso explica por que não temos desertos nem furacões a leste dos Andes. Pelo menos até agora, porque se continuarmos derrubando a floresta, o fluxo se inverterá: o oceano é que sugará a umidade da Amazônia. Assim, poderemos ter no continente um cenário semelhante ao da Austrália, com grandes desertos e uma franja úmida próxima do mar", afirma o pesquisador. 
Esforços – De acordo com Nobre, o esforço para zerar o desmatamento é insuficiente, já que é preciso também confrontar o desmatamento acumulado e dar início a um processo de recuperação do que já foi destruído. “É preciso plantar árvores em todos os lugares, e não só na Amazônia”, ressaltou, lembrando que não podem ser plantados somente eucaliptos, como ocorre atualmente, já que esta não é a espécie mais indicada para trazer chuva.
Para ele, o governo tem uma grande tarefa a realizar e esse trabalho deve ser feito em conjunto com o Ministério Público, a Justiça, as organizações não governamentais (ONGs) e, principalmente, os cientistas, repetindo algo que foi feito após 2004, quando o Brasil alcançou o pico de área desmatada (27,7 mil km²) “É possível fazer acordos e todos os setores serem beneficiados”, afirmou.
Apesar de o desmatamento ter caído nos últimos anos, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, afirmou Cláudio Amarante, da ONG WWF Brasil. “Pelos dados que temos hoje, por tudo o que reduziu, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, embora dependa de como isso é medido. O Brasil tem dez anos de redução de desmatamento, mas os países andino-amazônicos vêm em processo contrário: há um crescimento do desmatamento. Após o Brasil, vêm a Bolívia, o Peru, a Colômbia, a Venezuela e o Equador.”
De acordo com Amarante, o controle do desmatamento no Brasil está entrando agora em sua fase mais difícil: a de combate às pequenas manchas de desmatamento, pouco visíveis por satélites. “Até agora, foi possível conter o desmatamento mais flagrantemente ilegal, das áreas maiores e de maior detecção. Agora vamos ter que combater as pequenas manchas de desmatamento e as feitas por pequenas propriedades ou assentamentos”, afirmou.
Veja.com

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Amazônia acumula 762 mil km de desmatamento

Até o ano passado, o desmatamento acumulado na Floresta Amazônica, em 40 anos de análise, somou 762.979 quilômetros quadrados (km²), o que corresponde a três estados de São Paulo ou a 184 milhões de campos de futebol. É o que revela o relatório O Futuro Climático da Amazônia, coordenado pelo pesquisador Antonio Donato Nobre, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O relatório, divulgado na tarde desta quinta-feira (30)  na Sala Crisantempo, na zona oeste de São Paulo, reúne várias estudos feitos sobre a região e é destinado à população leiga. O objetivo é universalizar o acesso a mais de 200 estudos e artigos científicos e diminuir o que o pesquisador chama de “ignorância” sobre os problemas ambientais.
Nobre calcula que a ocupação da Amazônia já destruiu 42 bilhões de árvores, ou seja, mais de 2 mil árvores por minuto, de forma ininterrupta, nos últimos 40 anos. Somando-se o desmatamento e a degradação (que considera áreas verdes, mas inutilizadas) da floresta, a destruição da Amazônia alcança mais de 2, 062 milhões de km².De acordo com o relatório, o desmatamento pode pôr em risco a capacidade da floresta de rebaixar a pressão atmosférica, exportar sua umidade para outras regiões pelos chamados “rios voadores” e regular o clima, induzindo à seca. Os efeitos sobre a Região Sudeste, mais especificamente no estado de São Paulo, que enfrenta uma grande seca, ainda estão sendo estudados, mas Nobre acredita que parte disso seja reflexo do desmatamento da Mata Atlântica e do aquecimento climático.
“Estamos na UTI climática”, afirmou o pesquisador, comparando o problema do clima ao de um paciente internado em um hospital. Segundo Nobre, é difícil prever se o “paciente” – no caso, a Amazônia – vai reagir, embora ainda exista uma solução para o problema.“Quando se está no processo de UTI no hospital, o médico vai dizer a que horas você vai morrer? Não vai. Depende do seu organismo e de muitos fatores, e o que o médico pode fazer é o que está ao alcance dele: informar. O que estou fazendo é informando [sobre o problema ambiental na Amazônia]. E acho que tem uma solução: desmatamento zero para anteontem e replantar em esforço de guerra. Mas, antes disso, um esforço de guerra real é acabar com a ignorância”, enfatizou.
De acordo com Nobre, o esforço para zerar o desmatamento é insuficiente, já que é preciso também confrontar o passivo do desmatamento acumulado e dar início a um processo de recuperação do que já foi destruído. “É preciso plantar árvores em todos os lugares, e não só na Amazônia”, ressaltou o pesquisador, lembrando que não podem ser plantados somente eucaliptos, como ocorre atualmente, já que esta não é a espécie mais indicada para trazer chuva.
Para ele, o governo tem uma grande tarefa a realizar e esse trabalho deve ser feito em conjunto com o Ministério Público, a Justiça, as organizações não governamentais (ONGs) e, principalmente, os cientistas, repetindo algo que foi feito após 2004, quando o Brasil alcançou o pico de área desmatada ([27,7 mil km²) “É possível fazer acordos e todos os setores serem beneficiados”, airmou.
Apesar de o desmatamento estar se reduzindo nos últimos anos, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, afirmou Cláudio Amarante, da ONG WWF Brasil. “Pelos dados que temos hoje, por tudo o que reduziu, o Brasil ainda é o maior desmatador do mundo, embora dependa de como isso é medido. O Brasil tem dez anos de redução de desmatamento, mas os países andino-amazônicos vêm em processo contrário: há um crescimento do desmatamento. Após o Brasil, vêm a Bolívia, o Peru, a Colômbia, a Venezuela e o Equador, do ponto de vista absoluto [de área desmatada].”
De acordo com Amarante, o controle do desmatamento no Brasil está entrando agora em sua fase mais difícil: a de combate às pequenas manchas de desmatamento, pouco visíveis por satélites. “Até agora, o que foi possível foi conter o desmatamento que era mais fácil, o mais flagrantemente ilegal, das áreas maiores e de maior detecção. Agora vamos ter que combater as pequenas manchas de desmatamento e as feitas por pequenas propriedades ou assentamentos”, afirmou.
 

A ciência perdida na explosão do foguete Antares

 

A explosão do foguete Antares, acontecida nessa terça-feira, chamou a atenção por seu vídeo impressionante. Mas um terço da carga que a cápsula Cygnus (a passageira do foguete) levava era dedicada a experimentos científicos a serem realizados na Estação Espacial Internacional.
"Perdemos uma boa quantidade de material de pesquisa", afirmou Mike Suffredini, gerente da EEI. Ele garantiu que os experimentos perdidos na explosão ainda serão realizados, apesar de serem adiados. "Tudo pode ser substituído com o tempo".
Confira aqui quais experimentos foram adiados devido ao acidente:
1. Experimento estudantil sobre o cultivo de comida no espaço
Estudantes da Academia Duchesne, em Houston, prepararam o experimento que analisaria o cultivo de ervilhas na EEI. Se elas conseguissem crescer no espaço, seriam uma boa opção de comida fresca para astronautas - que, normalmente, não têm acesso a tal regalia.
 2. Instrumento de observação de meteoros
Também estava a bordo um instrumento capaz de determinar a composição de meteoros. Com uma câmera de alta resolução ele registraria o tamanho e a densidade de rochas espaciais, podendo indicar os elementos químicos presentes nelas. A ideia era que essa compreensão maior dos meteoros nos ajudasse a prever possíveis chuvas de meteoros futuras.
3. Colar cervical para astronautas
Astronautas usariam o equipamento para que seu fluxo sanguíneo fosse analisado em tempo real. Com isso, eles conseguiriam compreender e tratar problemas de saúde que apresentam na EEI, como enxaquecas e problemas neurológicos. Na Terra, o mesmo aparelho tem potencial para monitorar pacientes com problemas cardíacos e cerebrais.
4. Outros 18 experimentos científicos estudantis
Esses experimentos teriam sido selecionados em um concurso, dentre 1,487 propostas. Incluíam pesquisas sobre o desenvolvimento de mosquitos no espaço e o apodrecimento de alimentos, como leite.
 

A Terra NÃO vai passar seis dias na escuridão

A Terra ficará 6 dias na escuridão devido a uma forte tempestade solar! Verdade ou farsa? (foto: Reprodução/Facebook)
 
Nos últimos dias, um boato (sim, é boato) se espalhou por aí afirmando que durante o mês de dezembro o planeta Terra vai passar por seis dias de completa escuridão. O responsável pela hoax foi o site Huzlers.com, que soltou uma nota dizendo: “Segundo Charles Bolden, administrador da Nasa, a poeira das explosões solares irá bloquear a luz do Sol na Terra por seis dias”. E não deu outra: o Twitter pirou e a mensagem viralizou.
O pior de tudo é que a notícia vinha acompanhada de um vídeo da Nasa. No clipe, Bolden dava dicas e recomendações sobre cenários apocalípticos e isso só reforçou a “veracidade” da matéria. Mas o vídeo editado era um antigo passo-a-passo para quem passa por situações como terremotos, furacões e coisas do tipo.

Por enquanto, a Nasa não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O pior de tudo é que essa não é a primeira vez que o Huzlers faz uma dessas: o caso das vítimas de ebola que ressuscitavam foi criado por eles; e que Tupac Shakur estaria mandando mensagens dos mortos também. Então fique tranquilo e tire suas férias de dezembro na praia sem maiores problemas. #VaiTerSol.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Frase

Foto de José Júnior.

Presidente do painel científico da ONU pede esperança no combate às mudanças climáticas


O presidente do painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU (Organização das Nações Unidas) pediu nesta segunda-feira (27) que as lideranças políticas não percam a esperança diante do enorme desafio de enfrentar as mudanças climáticas.
"Não é impossível", lançou Rajendra Pachauri na abertura de um encontro de cinco dias da organização em Copenhague, na Dinamarca, com o objetivo de concluir um importante relatório.
Os líderes políticos deveriam "evitar ser superados pela aparente desesperança ao lidar com as mudanças climáticas", afirmou o chefe da organização premiada com o Nobel da Paz.

Durante a reunião, deve ser aprovada a síntese de um relatório, composto por três grandes volumes divulgados nos últimos 13 meses no Quinto Relatório de Avaliação do IPCC sobre a ciência climática disponível atualmente.

Reunidos a portas fechadas, cientistas e representantes de governos devem bater o martelo sobre um "sumário para desenvolvedores de políticas" e aprovar, na sexta-feira (31), o documento principal, que será publicado no domingo (2).

Estudo diz que grande erupção vulcânica poderá destruir o Japão


Cerca de 120 milhões de pessoas, quase toda a população japonesa, poderá morrer se ocorrer uma grande erupção vulcânica, como a que aconteceu há milhares de anos no arquipélago, alerta um estudo de dois vulcanólogos japoneses.
 De acordo com trechos do trabalho de Yoshiyuki Tatsumi e Keiko Suzuki, cuja versão completa será publicada em novembro, o risco de ocorrência deste cenário catastrófico é de 1% durante o próximo século.
 "Não seria absurdo dizer que uma grande erupção possa acontecer algum dia em alguma parte do arquipélago", insistem os pesquisadores, que alertam para a morte de 120 dos 127 milhões de habitantes do país do Sol Nascente, caso isso aconteça.
 "O Japão concentra 7% dos vulcões ativos do mundo e geralmente enfrenta catástrofes, como a recente erupção do Monte Ontake (que deixou mais de 50 mortos no centro do país). Os olhares se concentram agora no Monte Fuji, onde existe o risco de uma erupção", escrevem.
Os especialistas baseiam seus trabalhos no estudo dos ciclos e do impacto das maiores erupções do Japão, em especial a partir do caso da Caldeira Aira, uma vasta caldeira vulcânica criada há 28.000 anos na região de Kagoshima (ilha de Kyushu, sudoeste) pelo afundamento do cume de um vulcão depois de uma terrível erupção.
 Se ocorrer um fenômeno similar na região, sete milhões de pessoas poderão morrer em apenas duas horas em consequência das lavas e das rochas.
 As cinzas se expandirão por todo o país, exceto a ilha de Hokkaido (nordeste), e ameaçarão infraestruturas, ao mesmo tempo em que colocará em perigo a vida de 120 milhões de habitantes.
 O Japão, situado no Cinturão do Fogo e onde confluem quatro placas tectônicas, conta com 110 vulcões ativos.

Cargueiro espacial russo chega com suprimentos à ISS

Cargueiro russo Progress M-25M
 
A nave espacial Progress M-25M, com mais de 2,5 toneladas de carga, se acoplou com sucesso nesta quarta-feira à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos (CCV) da Rússia. Com sua ajuda, a explosão do foguete Antares, na noite desta terça-feira, terá pouco impactos no suprimento de alimentos e combustível para a estação espacial.
O cargueiro russo foi lançado da base de Baikonur, no Cazaquistão, horas depois do acidente que inutilizou a cápsula espacial Cygnus — ela reabasteceria a ISS com toneladas de materiais de experimentos científicos, hardware para experimentos, alimentos e outros bens essenciais. Não houve registro de feridos e a Nasa afirmou em comunicado que a tripulação da ISS não corre perigo de ficar sem comida ou outros bens essenciais. Autoridades da agência espacial americana e da empresa Orbital Sciences Corporation começaram a investigação das causas do acidente nesta quarta-feira.  
O cargueiro automático russo leva 1,4 tonelada de componentes do combustível que a ISS usa para manter a elevação de sua órbita, 420 quilos de alimentos, água, oxigênio, além de equipamentos científicos e material de manutenção.
Poucos acidentes — A Orbital Sciences Corporation tem desde 2008 um contrato com a agência espacial americana para fazer as entregas de carga na ISS. Este foi o primeiro lançamento malsucedido da companhia e o primeiro lançamento noturno do foguete Antares. A missão, conhecida como CRS-3, era a quarta viagem da Orbital para a ISS, contando com o voo de demonstração.
Nesta manhã, a agência espacial russa ofereceu ajuda aos Estados Unidos para o abastecimento da Estação Espacial Internacional. Atualmente, a tripulação da ISS é integrada por seis membros: os russos Maxim Surayev, Aleksandr Samokutiayev e Yelena Serova; os americanos Barry Wilmore e Gregory Wiseman; e o alemão Alexander Gerst.
Veja.com

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Governo britânico investirá R$ 388 milhões em previsão do tempo

Meteorologia: Grã-Bretanha investirá milhões em projeto que visa aperfeiçoar previsão do tempo
 
O governo britânico vai investir 97 milhões de libras (ou 388 milhões de reais) no desenvolvimento de um supercomputador capaz de melhorar a previsão do tempo. O anúncio do financiamento foi feito nesta terça-feira pela agência meteorológica Met Office, que será responsável pelo projeto.
Espera-se que a tecnologia, que se chamará High Performance Computer (HPC), consolide a Grã-Bretanha como líder mundial nessa área. “O projeto nos proporcionará a capacidade de colaborar na previsão do tempo com outras agências meteorológicas de todo o mundo”, disse o diretor da Met, Rob Varley.
Segundo a empresa, o computador permitirá que a previsão seja atualizada a cada hora, oferecendo mais detalhes sobre o clima e ajudando a prever eventos meteorológicos destrutivos como inundações, fortes nevascas, ventos ou nevoeiros. O equipamento será 13 vezes mais potente do que o sistema atual da Met, terá 120 000 vezes mais memória do que um smartphone e pesará 140 toneladas. Além disso, terá a capacidade de realizar mais de 16 quatrilhões de operações matemática por segundo.
O governo britânico espera que o investimento no computador seja revertido em um benefício socioeconômico de 2 bilhões de libras, uma vez que as previsões permitirão a elaboração de planos de contingência, antes da ocorrência de fenômenos meteorológicos, para proteger casas e empresas.
O projeto será desenvolvido em Exester e a previsão é a de que ele tenha início em setembro do ano que vem. A tecnologia deverá ser colocada em prática somente em 2017.
Veja.com

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Frase

Foto

Janelas de aviões podem ganhar novas funções no futuro

Janelas de aviões podem ganhar novas funções no futuro, diz Centre for Process Innovation (CPI)

A empresa britânica Centre for Process Innovation (CPI) pretende dar uma nova função às janelas de aviões.
Na verdade, a companhia pretende substituí-las por telas OLEDs com diferentes funções.
O exterior do avião ainda seria visto, mas por meio de câmeras acopladas do lado de fora da aeronave.
As "janelas" possibilitariam ao passageiro solicitar, por exemplo, o serviço de bordo por meio de toques, além de poder observar objetos e localidades do lado de fora com informações que indicam do que se trata (uma estação espacial, por exemplo, ganha um círculo em volta e uma espécie de resumo da Wikipedia que a descreve).
Ainda segundo a CPI, remover as janelas da aeronave irá reduzir o seu peso e, portanto, também diminuirá o custo para o passageiro e para a companhia aérea.
Ao The Guardian, o Dr. Jon Helliwell, um dos responsáveis pelo projeto, diz que muitos na indústria da aviação ressaltam que os aviões no futuro precisam perder peso.
Segundo o doutor, os aviões com as super janelas podem virar realidade em dez anos.
Exame.com

Surge a maior mancha solar dos últimos 24 anos

Mancha solar registrada em outubro de 2014

A NASA registrou, na região do Sol que os astrônomos chamam de AR 12192, a maior mancha dos últimos 24 anos. A mancha também é a maior do atual ciclo solar.
As manchas solares são áreas menos quentes na superfície do Sol provocadas por mudanças repentinas em seu campo magnético. A cada 11 anos, o Sol completa um ciclo solar. Em cada um deles, o astro passa por um período no qual atinge um pico de atividades, o chamado máximo solar.
Durante o máximo, a ocorrência de manchas solares é mais comum. Entretanto, o ciclo atual tem se caracterizado pela pouca ocorrência de manchas.
"O tamanho previsto e observado no ciclo solar atual indica que ele é o com menos manchas desde 14º ciclo", afirma a NASA em seu site. O 14º ciclo aconteceu entre 1902 e 1913. O atual ciclo solar é o 24º. A contagem dos ciclos foi iniciada em 1755.
Erupções solares
O máximo solar também é um período caracterizado pela maior ocorrência de erupções solares.
Entre os dias 19 e 26 de outubro, seis erupções solares foram registradas. Cinco delas foram da Classe X, categoria que reúne as ocorrências de nível mais intenso desse tipo de fenômeno.
Segundo os astrônomos, as erupções ou tempestades solares são caracterizadas pela emissão de rajadas de radiação no espaço pelo Sol. Esse tipo de fenômeno gera interferências que podem afetar as comunicações por rádio ou via satélite.
Exame.com

Sonda lunar chinesa prepara viagem de retorno à Terra

China lança sua primeira sonda espacial de ida e volta à Lua

A sonda chinesa lançada no dia 24 de outubro chegou nesta segunda-feira ao campo gravitacional da Lua e já prepara o retorno à Terra, informou a imprensa estatal.
Sem nome oficial, o veículo experimental deve demorar cerca de 32 horas para iniciar a viagem de retorno. A sonda, que realizará meia volta ao redor da Lua e retornará à Terra no sábado, é a primeira desenvolvida pela China projetada para voltar ao planeta.
O objetivo da missão é testar as tecnologias de retorno, como o controle da navegação ou o escudo de proteção contra o calor gerado pela reentrada na atmosfera.
Os resultados obtidos serão empregados no desenvolvimento da sonda Chang'e 5, prevista para 2017, que deve aterrissar na Lua, pegar amostras e retornar à Terra.
As sondas Chang'e 1 e 2, lançadas respectivamente em 2007 e 2010, realizaram voltas ao redor da Lua, enquanto a Chang'e 3 aterrissou na superfície lunar em dezembro de 2013.
A sonda Chang'e 4 foi desenvolvida como veículo de reserva da Chang'e 3 e é utilizada para experimentação.
O desenvolvimento de tecnologias de retorno pode visar uma missão tripulada à Lua. Entre 2003 e 2013, e astronautas chineses fizeram cinco missões ao espaço a bordo de naves 'Shenzhou'.
A China lançou nesta segunda-feira um satélite para a realização de experimentos científicos. O satélite Shijian-11-08 foi enviado ao espaço por um foguete Longa Marcha 2C.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

EUA e China podem fazer a diferença - para melhor - no balanço do clima

Estados Unidos e China, os maiores emissores de gases causadores do efeito estufa, poderiam diminuir em quase um quarto a meta de redução de emissões até 2020, exigida para conter o aquecimento global - afirmaram cientistas nesta terça-feira (21).
 Se mudarem rapidamente suas práticas para efetuar cortes profundos nas emissões de combustíveis ricos em carbono, como o carvão e o petróleo, os dois países reduziriam suas emissões em 2,8 gigatoneladas de carbono equivalente (GtCO2e) com base nas projeções atuais para 2020, revelou uma análise da ONG Climate Action Tracker (CAT).
 Isso significa que os dois países, sozinhos, poderiam "preencher 23% da lacuna de emissões", de cerca de 12 GtCO2e, projetada para 2020.
 Regularmente atualizada por cientistas da CAT, a lacuna de emissões é a diferença entre os cortes necessários para alcançar a meta das Nações Unidas de limitar o aquecimento global a 2ºC, com base nos níveis anteriores à Revolução Industrial, e o que tem sido alcançado nas atuais políticas nacionais.
Em 2030, as reduções coletivas de Estados Unidos e China poderiam ser de até 6,7 GtCO2e, acrescentou o CAT em seu informe, divulgado enquanto negociadores se reuniam em Bonn, na Alemanha, para negociar um novo pacto climático internacional. A expectativa é de que seja assinado em 2015.
 A análise se baseou em um cenário da "melhor prática global", que prevê reduções muito maiores do que as contempladas tanto pela China quanto pelos Estados Unidos em seus planos nacionais.
 "China e Estados Unidos discutem atualmente suas pretendidas 'contribuições nacionais determinadas' para um acordo climático internacional em 2015", destacou o informe.
 "Ao determiná-las, eles estarão olhando de perto a proposta da outra parte. Como os maiores emissores de gases de efeito estufa, ambos poderiam se orientar para melhorar significativamente sua ação na direção da melhor prática global", prosseguiu.
Contudo, a expectativa é de que a utilização de carvão pelos dois países no futuro é compatível com a meta de 2ºC - acrescentou o documento.
 "As políticas atuais, segundo as quais os Estados Unidos reduzem o (uso do) carvão em cerca de 20%, e a China estabiliza o uso de carvão até 2030, estão longe das reduções profundas indicadas", continuou.
 As negociações em Bonn devem criar as bases para as negociações em nível ministerial previstas para acontecer em dezembro em Lima.
 Já a cúpula peruana deve abrir o caminho para a assinatura de um pacto em Paris em 2015 e que deve reunir, pela primeira vez, 195 países, ricos e pobres, na mesma arena de compromissos a partir de 2020.

Energia solar é pior do que outras fontes renováveis, diz União Européia

Energia Solar

A energia solar está bem estabelecida e em constante evolução. Mas, de acordo com um novo relatório da União Europeia, seu impacto econômico é incrivelmente custoso e muito pior do que energia eólica ou hidroelétrica.
O relatório considerou não apenas os custos operacionais e de capital das usinas, mas também seus impactos econômicos em termos de mudança climática, poluição e esgotamento de recursos. Pode parecer duro, mas há muitos dados por aí para fundamentar os cálculos.
Os autores do relatório calcularam custos nivelados – o custo econômico estimado por megawatt-hora de eletricidade gerada por cada tecnologia. E as coisas não ficaram bonitas para a energia solar. De acordo com a análise, usinas novas de carvão e gás natural custam cerca de US$ 64 megawatts-hora, eólica US$ 102, energia nuclear US$ 115 e energias solares em escala utilitária US$ 127.
Por quê? Parece, de acordo com o Technology Review, que é por causa da fabricação de células solares. A maior parte delas é feita na China, e lá, a eletricidade é extremamente intensiva em carbono. Junte a isso o fato das células usarem recursos importantes de metal e o impacto econômico geral não é bom.
Vale ressaltar que o relatório foi feito com base em dados de 2012 – esse tipo de estudo demora esse tempo para ser concluído. Então é capaz de as coisas terem mudado nos últimos dois anos – porém, provavelmente não mudaram muito.
 

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Frase

Foto

Arqueólogos encontram cabeça de esfinge em mausoléu grego

A cabeça de uma esfinge é vista no sítio de uma escavação arqueológica na cidade de Amphipolis, na Grécia
 
Uma cabeça de esfinge em mármore, bem preservada, foi encontrada em um mausoléu na antiga cidade grega de Anfípolis, na região da Macedônia, informou nesta terça-feira o Ministério da Cultura do país. A peça pertence a uma das imagens achadas na entrada do mausoléu, no nordeste da Grécia. É mais um achado que pode ajudar a desvendar o mistério que cerca o mausoléu: encontrado em 2012, ainda não se sabe quem foi enterrado ali.
O túmulo suntuoso foi considerado pelos pesquisadores um dos principais achados do período de Alexandre, o Grande, e pode ser o maior já descoberto no país. A cabeça de mármore tem 60 centímetros de altura, o nariz levemente danificado e apresenta "restos de coloração vermelha", segundo o comunicado. No mesmo local foram encontrados fragmentos das asas da esfinge.
Mistério – As escavações tiveram início em 2012, e os arqueólogos ainda discutem de quem seria a tumba: Roxane, mulher persa de Alexandre; Olímpia, a mãe do rei; ou um de seus companheiros ou generais. A possibilidade de o próprio Alexandre estar enterrado na tumba é praticamente nula. Após sua morte, aos 32 anos, na Babilônia, seus restos mortais foram levados para Alexandria, Egito.
Desde agosto passado foram encontradas neste mausoléu da época helenística duas imponentes esfinges, um mosaico de piso, colunas esculpidas, dois ornamentos em forma de mulher de mais de dois metros de altura e um importante mosaico que representa o rapto de Perséfone por Plutão.
Os pesquisadores esperam poder elucidar o segredo do mausoléu de Anfípolis até o final de outubro. De acordo com o Ministério da Cultura, o monumento data de 300 a 323 A.C..
Veja.com

China prepara envio de sonda à Lua com missão ida-e-volta

A China lançará nos próximos dias uma sonda espacial que deve ficar durante algum tempo na órbita da Lua e retornar à Terra, informou a imprensa estatal chinesa nesta quarta-feira. O lançamento da sonda, que ainda não tem nome oficial, será realizado entre a sexta-feira e o domingo, de acordo com a agência Xinhua.
Os cientistas chineses tentarão trazer de volta à Terra o módulo orbital, projetado para resistir às altíssimas temperaturas provocadas pela fricção durante sua reentrada na atmosfera. O objetivo é testar tecnologias que serão usadas mais adiante na missão Chang'e-5 (nome da deusa da Lua na mitologia chinesa), destinada a coletar amostras de solo lunar.
Missão chinesa — Meio século depois do programa Apolo, dos Estados Unidos, a China quer se tornar a segunda nação a enviar um homem para o satélite da Terra, provavelmente depois de 2025.
O país lançou sua primeira missão lunar, Chang'e 1, em outubro de 2007, e a segunda no mesmo mês de 2010. A terceira, Chang'e 3 foi enviada em 2013 e pousou com sucesso na Lua — ela fez do país o terceiro, após Estados Unidos e União Soviética, a conseguir pousar na Lua em operação controlada. Os planos futuros incluem o envio da sonda nos próximos dias e de outra, em 2017, que deve completar a terceira fase do programa.
Veja.com

'Autópsia' indica que Tutancâmon não morreu em acidente

Máscara funerária de Tutancâmon
 
A primeira "autópsia virtual" feita na múmia do mítico faraó egípcio Tutancâmon revela que ele não morreu em acidente de biga, como se pensava. A análise indica que ele provavelmente morreu por complicações derivadas de problemas de saúde congênitos. O programa Tutankhamun: The Truth Uncovered (Tutancâmon: a verdade revelada, tradução livre), que será exibido pela emissora BBC britânica no próximo domingo, documenta os exames realizados por vários especialistas, que investigaram que o jovem faraó, que governou no século XIV a.C., tinha um pé torto e, por ter sido fruto de um provável incesto, sofria com vários problemas de saúde congênitos.
 A "autópsia" consistiu na análise de 2.000 imagens digitais – como ressonâncias, tomografias e exames de raio-x – e testes de DNA, que indicam que o rei egípcio, que ocupou o trono dos 9 aos 19 anos (1.332 a.C. - 1.323 a.C.), nasceu do incesto entre irmãos, de quem herdou uma doença nos ossos. Além disso, as imagens da cabeça e do corpo revelam que Tutancâmon tinha uma morfologia peculiar, com o lábio superior proeminente e quadris quase femininos, além da deformidade no pé.
As análises indicam que, por causa desse problema – que o impedia de caminhar sem a ajuda de uma bengala –, Tutancâmon não estava capacitado para conduzir bigas, e por isso se descartou que sua morte tenha ocorrido em um acidente com esse veículo.
 A perícia concluiu que o buraco em seu crânio, que anteriormente foi atribuído a um golpe que poderia tê-lo matado, foi feito depois de sua morte, para introduzir resina durante o ritual de seu embalsamamento. "Era importante comprovar sua capacidade para montar em uma biga e concluímos que isso não teria sido possível, especialmente por seu pé, pois ele não era capaz de ficar de pé sem ajuda", declarou ao jornal The Independent Albert Zink, diretor do Instituto de Múmias da Itália.

Incerteza —Zink acredita que a causa mais provável da morte do faraó foi algum problema de saúde congênito, apesar de ter lembrado que o jovem rei teve malária, "por isso é difícil dizer se isso foi um fator importante em sua morte". O especialista advertiu, no entanto, que são necessárias mais análises genéticas, com amostras de seus antepassados, para estabelecer até que ponto os problemas de saúde de Tutancâmon contribuíram para a sua morte.
 Em todo caso, a análise feita na múmia do faraó de mais de 3.000 anos revela que a única lesão anterior ao seu óbito foi no joelho, o que respaldaria a tese de morte natural. Essa fratura aconteceu "pouco antes de sua morte e antes de ser embalsamado", confirmou o radiologista egípcio Ashraf Selim, que também participou do programa da BBC.
 Desde o descobrimento da tumba de Tutancâmon no Vale dos Reis em 1922 pelo britânico Howard Carter, a figura do jovem faraó despertou grande fascínio, apesar da importância relativamente pequena do rei na história egípcia. A análise da múmia permitiu conhecer melhor a antiga cultura egípcia, especialmente os ritos funerários da realeza, e também propiciou várias hipóteses sobre a possível causa de sua morte.
O assassinato cometido por um sucessor ambicioso e complicações derivadas de uma lesão sofrida em um acidente de biga, assim como os efeitos da malária, foram algumas das teorias que mais prevaleceram, e que agora estão sendo refutadas por esta nova explicação que ressalta os problemas de saúde hereditários.
Veja.com

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Chuva de meteoros do cometa Halley poderá ser vista a olho nu na noite de hoje

Confira abaixo mais informações sobre a chuva deste fim de semana (Foto: nate2b/flickr/creative commons)

O cometa Halley passa pelos céus terrestres em média a cada 75 anos, mas o nosso contato com ele é bem mais frequente do que isso: anualmente, nos meses de maio e outubro, a Terra atravessa regiões do espaço repletas de detritos que se desprenderam do núcleo do astro. Quando cruzamos com estes rastros do Halley, os fragmentos se incineram na nossa atmosfera e o resultado são belas chuvas de meteoro, como a que terá seu pico de atividade nas noites desta segunda-feira (20/10) e terça-feira (21/10).
As Orionídeas poderão ser vistas a olho nu de todo o país, se as condições climáticas de sua cidade colaborarem e se o local não apresentar muita poluição luminosa. O horário ideal para a observação começa na noite de hoje, às 23h, e se estende até pouco antes do amanhecer desta terça-feira. Segundo a NASA, a madrugada oferecerá as melhores oportunidades de visualização dos meteoros, que podem aparecer a uma taxa de 20 a 30 por hora. O fenômeno deve continuar nas próximas noites, só que com uma intensidade cada vez menor.
Para apreciar este tipo de evento, não é necessário nenhum tipo de equipamento astronômico, como binóculos ou telescópios: por cruzarem o céu muito rapidamente, as estrelas cadentes devem ser vistas a olho nu. Uma boa notícia é que a lua não atrapalhará as Orionídeas deste ano, já que se encontra em quarto minguante, quase atingindo a fase nova, quando não reflete luz e, portanto, não compromete a visibilidade do céu noturno.
Quem quiser observar o fenômeno deve olhar para a direção leste e encontrar a constelação de Órion, onde estará localizado o radiante da chuva – ponto do qual os meteoros parecem se originar. Uma boa referência são as populares Três Marias, que na verdade são o cinturão de Órion, estrelas que ficam próximas ao radiante.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Frase

Foto

Em evento raro, a passagem do cometa 'raspando em Marte', foi neste domingo

O cometa Siding Spring "passou raspando" por Marte neste domingo, em um encontro raro, que acontece apenas uma vez a cada um milhão de anos. Descoberto pelos cientistas em janeiro de 2013, o corpo celeste também conhecido como C/2013 A1 ficou a uma distância de 139.500 quilômetros do planeta vermelho – menos da metade da distância entre a Terra e a Lua. Além disso, a aproximação é dez vezes menor do que a de qualquer cometa já identificado que tenha passado pela Terra.

Imagens divulgadas pela Nasa da passagem do cometa Siding Spring
 
Astrônomos celebraram a passagem do cometa como uma chance única de estudar a sua influência na atmosfera marciana. "É uma ótima oportunidade de aprendizado", comemorou Nick Schneider, da missão da sonda Maven em Marte. Segundo o pesquisador Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São Carlos, a passagem do Siding Spring pode ajudar a testar a hipótese de que material orgânico, ingrediente básico para o surgimento da vida, tenha surgido em regiões muito afastadas do Sistema Solar e chegado à Terra na carona de cometas e asteroides.

O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório australiano Siding Spring e acredita-se que ele tenha se originado bilhões de anos atrás, na Nuvem de Oort, uma região distante do espaço de onde partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do Sistema Solar", segundo a Nasa. O cometa viajou mais de 1 milhão de anos para fazer esta primeira parada em Marte, e só irá retornar dentro de outro milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do Sol.

Precaução – Por medida de segurança, antes de o cometa entrar na órbita do planeta vermelho, a Nasa reposicionou os satélites MRO, Odyssey e Maven, situados na órbita de Marte, para evitar danos causados pelos resíduos do Siding Spring.
Veja.com

Desmate na Amazônia cresce 290% em setembro

Amazônia: desmatamento chegou a 402 quilômetros quadrados em setembro de 2014
 
O desmatamento na Amazônia Legal chegou a 402 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2014, um aumento de 290% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram desmatados 103 km². O monitoramento foi feito pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), da organização de pesquisa Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em Belém, Pará.
De acordo com o boletim do órgão, divulgado neste domingo, a perda florestal acumulada no período de agosto a setembro deste ano, que corresponde aos dois primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, chegou a 838 km². O aumento foi de 191% em relação ao período de agosto a setembro de 2013, quando foram desmatados 288 km².
Em setembro de 2014, o monitoramento foi realizado em 93% do território da Amazônia Legal. Por causa da cobertura de nuvens, no mesmo mês do ano anterior o monitoramento abrangia 79% do território.
Ainda segundo boletim, 59% do desmatamento detectado no mês passado foi registrado em áreas privadas. O restante ocorreu em assentamentos de reforma agrária (20%), Unidades de Conservação (19%) e terras indígenas (2%).
Regiões — Rondônia foi o Estado mais afetado pelo desmatamento, com o registro de um terço de toda a derrubada de árvores apontada pelo Imazon. O restante se distribuiu entre Pará (23%), Mato Grosso (18%), Amazonas (12%), Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%). Os municípios que mais desmataram foram Nova Mamoré (RO), Novo Progresso (PA) e Colniza (MT), respectivamente com 53,1 km², 30,1 km² e 25,5km² de floresta derrubada.
Além dos dados sobre corte raso na mata, o Imazon divulgou também números sobre a degradação florestal — áreas onde a floresta não foi inteiramente suprimida, mas foi intensamente explorada ou atingida por queimadas. Em setembro, as florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 624 km². Isso representa um aumento de 3 797% em relação a setembro do ano passado, quando a degradação florestal somou apenas 16 km².
Sistemas paralelos — O SAD emprega imagens dos mesmos sensor e satélite utilizados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que fornece ao governo federal informações sobre novas áreas de desmatamento na Amazônia. Entretanto, as metodologias usadas pelo Imazon e pelo Inpe são diferentes. Os dados de desmatamento do Deter para setembro ainda não foram divulgados pelo governo federal.
Veja.com
 

domingo, 19 de outubro de 2014

Arqueólogos descobrem esfinge de 'Os dez mandamentos', 91 anos depois

Uma das esfinges feitas pela equipe de 'Os dez mandamentos', em 1923 Foto: History Center of San Luis Obispo County / Divulgação
 
Não é normal encontrar arqueólogos encontrarem uma esfinge nos Estados Unidos — a não ser que eles estejam em Hollywood. De acordo com o portal LiveScience, um grupo buscava em um deserto na Califórnia vestígios do set abandonado de "Os dez mandamentos", de 1923, quando encontrou a obra de gesso de quase 5 metros de altura.
Além da esfinge encontrada, a produção do clássico de Cecil B. DeMille produziu outras 20, que acredita-se terem sido destruídas. As gravações do épico bíblico aconteceram em um deserto próximo a Guadalupe (na região de Santa Barbara).
Para fazer o longa, DeMille e a equipe precisaram montar todo o cenário, já que seria impossível reproduzir o ambiente com a tecnologia da época. Ao final, após destruir boa parte do set, abandonaram o local, que acabou sendo coberto pelas dunas.



Agora, com a descoberta da peça de 91 anos quase intacta, ela será restaurada e exposta em um museu local no ano que vem. Ela se juntará a outros objetos do longa encontrados, como a cabeça de outra esfinge, desenterrada em 2012.
Com Theodore Roberts, Charles de Rochefort e Estelle Taylor, "Os dez mandamentos" é um dos filmes clássicos de DeMille, um dos diretores mais importantes da geração do cinema mudo. Trinta e três anos mais tarde, em 1956, ele recriou a obra, com Charlton Heston no papel de Moisés.



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Frase

Foto

Mistério de lua que 'balança' intriga cientistas

Mimas, lua de Saturno
 
Famosa por causa do formato parecido com a "Estrela da Morte" do filme Guerra nas Estrelas, o satélite apresenta uma espécie de tremor, um movimento oscilante que, segundo astrônomos, é duas vezes maior que o esperado para uma lua com estrutura regular e sólida.
Para os especialistas há duas explicações para o fenômeno de oscilação de Mimas: ou a lua tem um imenso oceano subterrâneo ou tem um núcleo rochoso em formato de bola de rúgbi.
O estudo sobre Mimas foi publicado por um grupo de astrônomos dos Estados Unidos, França e Bélgica na revista Science Magazine.
A existência de água é tida por astrônomos como um dos principais requisitos para a existência de vida em outros planetas.
Os astrônomos basearam seus cálculos em fotos de alta resolução de Mimas enviadas pela sonda espacial Cassini.
A sonda foi enviada ao planeta dos anéis em 1997 e uma de suas principais descobertas foi justamente que Saturno tinha muito mais luas que se supunha - no ano de seu lançamento, astrônomos acreditavam que apenas 18 satélites orbitavam o segundo maior planeta do sistema solar.
Além de construir um modelo em 3-D de Mimas com o auxílio de centenas de imagens de diversos ângulos, os astrônomos mapearam diversos pontos da superfície da lua.
"Depois de examinar a superfície de Mimas, encontramos diversos tremores nos polos", explicou um dos autores do estudo, Radwan Tajeddine, da Universidade de Cornell (EUA).
Tremores não são incomuns em luas: a Lua terrestre, por exemplo, também passa por pequeno balanços que a fazem mostrar diferentes ângulos de sua superfície com o passar do tempo.
Mas Tajeddine e seus colegas descobriram que o vaivém pendular de Mimas é de 6 km, o dobro do que se pode esperar de uma lua com o tamanho e a órbita de Mimas.
A descoberta surpreendeu os astrônomos, para quem Mimas era apenas uma rocha congelada.
BBC.com

Cientistas dão limite para alta do nível do mar pelo clima

 
O clima esquenta, as geleiras derretem e os níveis do mar sobem. Mas quanto?
Pesquisadores agora conseguiram prever o nível do mar nos piores cenários: 80cm é o mais provável, chegar a 1,80m tem chance de 5% e a mais de 2m é improvável.
Estes números, publicados na Environmental Research Letters, estabelecem um patamar para um dos mais importantes pontos de incerteza sobre a mudança do clima.
O Painel Intergovernamental da Mudança do Clima (IPCC) realizou estimativas baseadas nas melhores projeções de elevação futura dos níveis do mar em centenas de cenários climáticos, mas não apontaram o limite máximo.
Agora, pesquisadores do Instituto Niels Bohr calcularam o risco do pior cenário. E apontam para três contribuintes em suas conclusões: o derretimento do gelo de terra, a água de subsolo e a expansão térmica do oceano.
O derretimento do gelo de terra é associado em sua maior parte com as duas grandes e quilométricas coberturas de gelo da Groenlândia e da Antártica, mas também às geleiras de montanhas.
Além disso, grandes quantidades de água de subsolo, bombeadas para beber e uso agrícola em muitas partes do mundo, leva de volta o recurso ao solo e ele flui para o oceano.
Finalmente, quando o clima esquenta, o oceano aquece e a água se expande e ocupa mais espaço.
As conclusões do estudo podem ajudar cidades e comunidades costeiras a se prepararem e fazerem as adaptações necessárias para enfrentar as mudanças climáticas em curso.
Exame.com

Cometa que passará próximo a Marte permitirá estudo inédito da Nasa

Concepção artística do cometa Siding Spring (C/2013 A1) seguindo em direção a Marte
 
Todos os equipamentos da Nasa que orbitam em Marte acompanharão a passagem do cometa C/2013 A1, também conhecido como Siding Spring. Ele passará a uma distância de 139,5 quilômetros do planeta vermelho no dia 19 de outubro, o que significa menos da metade da distância entre a Terra e a Lua, e menos de um décimo da distância entre o nosso planeta e qualquer outro cometa que já passou por ele.
O núcleo do cometa ficará mais próximo de Marte, às 4h27, horário de Brasília, a uma velocidade de 56 quilômetros por segundo. Essa proximidade dará aos pesquisadores a oportunidade, sem precedentes, de reunir dados sobre o cometa e seus efeitos na atmosfera marciana.
"Este cometa em particular nunca entrou no sistema solar, por isso vai proporcionar uma nova fonte de pistas sobre os primórdios do nosso sistema", diz John Grunsfeld, astronauta e administrador associado da Missão Ciência Nasa, em Washington.
O cometa Siding Spring vem da Nuvem de Oort, uma região esférica do espaço que fica em volta do sol e ocupa uma distância entre 5.000 e 100 mil unidades astronômicas. De acordo com estudos, a Nuvem de Oort reuniria objetos congelados que seriam "sobras" de materiais resultantes da formação do sistema solar.
Ele será o primeiro cometa da Nuvem de Oort a ser estudado de perto por espaçonaves, o que dará aos cientistas a oportunidade de estudar mais sobre esses materiais, incluindo compostos de água e carbono.
Para evitar que equipamentos que orbitam em Marte sejam danificados pela passagem do cometa, devido ao risco de impacto de partículas de poeira em alta velocidade saídas do Siding Spring, a Nasa está posicionando o Odyssey Orbiter Marte, o MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) e o Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution) de forma a evitar danos. A atmosfera de Marte, apesar de ser mais fina que a da Terra, também oferecerá proteção para as sondas Opportunity e Curiosity, caso a poeira atinja o planeta. As duas sondas também estão programadas para fazerem observações sobre o Siding Spring.
Telescópios terrestres e espaciais, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA, também estarão em posição para observar esse objeto celeste.
 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Cresce a radiação nos aquíferos de Fukushima, após passagem de tufão no Japão

Vista aérea de Fukushima I (Foto: Wikimedia Commons)

O nível de radiação detectado na água subterrânea próxima à usina nuclear de Fukushima, no Japão, disparou após as fortes chuvas causadas por um tufão na semana passada, informou a Tóquio Eletric Power Company (Tepco).
O nível de césio radioativo na água de um poço situado no litoral e próximo à central da usina subiu para 251 mil becquerels por litro, o mais alto observado até agora nesse ponto, segundo as amostras coletadas nos últimos dias 8 e 9. A presença do isótopo radioativo é três vezes superior a registrada quatro dias antes. O aumento, segundo os técnicos da Tecpo, ocorreu devido as chuvas constantes provocadas pela passagem do tufão Phanfone no último dia 6. A água da chuva se infiltra no subsolo e acaba entrando em contato com o líquido contaminado dos reatores danificados.
Os responsáveis pela usina disseram que vão coletar novas amostras com maior frequência para acompanhar a evolução dos níveis de radiação, afirmou a "NHK".
Por enquanto, medidas de segurança adicionais são descartadas porque não se sabe a profundidade e o alcance da água poluída. A Tepco tem tentado conter o problema com o bombeamento da água subterrânea e a construção de muros de contenção.
Impedir que grandes quantidades do líquido contaminado cheguem ao oceano Pacífico é um dos principais desafios a ser vencido na usina nuclear, parcialmente destruída por um terremoto e um tsunami em 2011.
O acidente em Fukushima, o pior desde Chernobyl (Ucrânia) em 1986, ainda mantém afastadas várias pessoas que viviam ao redor da usina. A radiação também afetou a agricultura, a pecuária e a pesca.
Galileu.com

Ebola: existem pessoas imunes?

  (Foto: European Commission / Flickr/ creative commons)

De acordo com um relatório publicado pela The Lancet, alguns indivíduos podem ter desenvolvido imunidade ao ebola - serem expostos ao vírus mas sem sucumbir aos seus efeitos e sem mostrar sintomas da infecção. Se existem pessoas que desenvolveram imunidade ao ebola, as estratégias para frear a doença podem ser reconsideradas.
Um estudo mostra que 71% de pessoas que tiveram contato próximo com pacientes com ebola e cujos exames mostraram a presença do vírus não ficaram doentes. Outra pesquisa revela que 46% das pessoas que mantiveram contato com doentes não tinham nem sinais de infecção ou desenvolveram a doença.
"Se essas pessoas estão protegidas de infecções futuras, isso significa novas oportunidades para controlar a doença", afirmou Juliet Pulliam, professora da Universidade da Flórida. Como? Indivíduos assintomáticos poderiam impedir que a doença se espalhasse ao trabalhar em comunidades de alto risco de infecção, por exemplo. Como não pegariam a doença, eles impediriam que outros enfermeiros não imunes fossem infectados. Além disso, eles podem doar sangue.
"Se conseguirmos identificar essas pessoas, elas poderiam nos ajudar a prevenir a exposição de indivíduos que não são imunes, reduzindo o alcance da epidemia - até mesmo antes que uma vacina seja desenvolvida", afirma Pulliam.
Galileu.com

Rosetta: definido local exato de pouso em cometa

Detalhe da superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A imagem, do dia 6 de agosto, foi feita pela sonda Rosetta a 130 quilômetros de distância
 
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) definiu nesta quarta-feira que a sonda Rosetta vai enviar o módulo Philae para a primeira opção de pouso analisada pelos cientistas. O local, conhecido como “ponto J”, fica na parte menor do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, que parece ser composto por dois corpos interligados. A missão tem conduzido diversas análises científicas do cometa, considerado um vestígio das fases iniciais do Sistema Solar. Com uma aproximação maior ocorrida nos últimos dias, foi possível realizar uma análise mais detalhada das opções de pouso para o Philae, o que levou à escolha anunciada nesta quarta-feira.
A sonda Rosetta vai liberar o módulo às 5h35 (horário de Brasília) do dia 12 de novembro, a uma distância de aproximadamente 22,5 quilômetros do centro do cometa. O pouso deve ocorrer sete horas mais tarde. Como as mensagens da Rosetta demoram 28 minutos para chegar à Terra, a confirmação deve acontecer às 13h. Está será a primeira tentativa de pouso em cometa já realizada. “Agora que nós sabemos definitivamente no que estamos mirando, estamos um importante passo mais perto de realizar essa excitante — mas arriscada — operação. Ainda há, no entanto, um grande número de passos a serem completados antes que possamos dar a confirmação final para o pouso”, afirma Fred Jansen, diretor da missão Rosetta na ESA.
Confirmação final — Cerca de duas horas antes da separação do módulo Philae, a Rosetta precisará fazer uma manobra para poder liberar o módulo na trajetória correta para chegar ao cometa. A confirmação final por parte da ESA deve ocorrer logo após essa manobra. Depois da separação, Rosetta vai se mover para cima, afastando-se do cometa. Durante as sete horas até o momento do pouso, Philae vai realizar fotografias e experimentos científicos, coletando amostras de poeira, gás e plasma no ambiente próximo ao cometa. Uma vez na superfície, o módulo vai fazer um panorama de seu redor, que só deve chegar à Terra horas depois. A primeira sequência de experimentos na superfície do cometa deve começar uma hora após o pouso e terá duração de 64 horas.
Espera-se que em março de 2015, com o cometa se aproximando do Sol, as temperaturas se elevem muito, fazendo com que Philae deixe de operar. A missão da Rosetta, porém, vai continuar, acompanhando o aumento de atividade no 67P/Churyumov–Gerasimenko até sua aproximação máxima do Sol, em agosto do ano que vem.
Dez anos de Rosetta — Lançada em 2 de março de 2004, a bordo do foguete Ariane 5, do Centro Espacial Europeu de Kourou, na Guiana Francesa, Rosetta tem previsão de funcionar até 31 de dezembro de 2015. Após seu lançamento, a missão, que tem um custo estimado em 1 bilhão de euros (cerca de 3 bilhões de reais), realizou três voltas ao redor da Terra, para ganhar impulso, e uma ao redor de Marte. Rosetta também foi o primeiro objeto a se aproximar de Júpiter, usando seus painéis solares como principal fonte de energia.
Em 20 de janeiro, a sonda foi reativada, depois de 957 dias "hibernando" no espaço. Com a entrada na órbita do 67P/Churyumov-Gerasimenko, em agosto, Rosetta tem acompanhado o cometa em sua viagem em direção ao Sol, para monitorar as mudanças que acontecerão no corpo celeste durante este trajeto, até que ele atinja o ponto mais próximo à estrela. Por serem "sobras" da formação do nosso Sistema Solar, a composição dos cometas pode dar pistas importantes sobre o surgimento da vida na Terra e a evolução do Universo.
Veja.com

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Frase

Foto

A vertiginosa perda de biodiversidade em escala global

Gorila na África. A espécie de primata é uma das mais ameaçadas (Foto: Divulgação )
 
Dois relatórios internacionais chamaram a atenção para a vertiginosa perda de biodiversidade em escala global. Primeiro, o Relatório Planeta Vivo 2014. Produzido pelo WWF, esse documento bianual envolve um dos maiores esforços científicos ao redor do globo. E desta vez, a mensagem é impactante. Perdoem-me ser repetitiva, uma vez que imprensa mundial deu muito foco a esses números, mas é fundamental revisitá-los para que não sejam esquecidos.
É importante citar que centenas de pesquisadores das mais respeitadas instituições internacionais agregaram seus dados para estabelecer o índice, que leva o nome do relatório (Living Planet Index, em inglês). O índice é calculado a partir das tendências observadas em 10.380 populações de mais de três mil espécies de vertebrados – mamíferos, pássaros, répteis, anfíbios e peixes.
Nos últimos 40 anos (de 1970 a 2010), os estudiosos notaram um crescente declínio dessas populações. Esse declínio atinge mais da metade (52%) do número de indivíduos das populações de muitos dos vertebrados existentes na face da Terra ou no fundo das águas.
Cerca de 45% das espécies estudadas foram vítimas da perda ou alteração profunda dos seus habitats (florestas, rios, mares, áreas úmidas). E as causas dessa brutal descaracterização da natureza são atividades corriqueiras, como agricultura, crescimento urbano e produção de energia. Portanto, têm relação direta com a tendência mundial de aumento do consumo de recursos naturais.
Caça e pesca desenfreada foram responsáveis pelo declínio de 37% das populações de vertebrados, conforme o estudo. E o maior estrago foi nos ambientes de água doce, com o qual se relacionam as populações estudadas de peixes, anfíbios, mamíferos e aves – diminuíram em 76%: coleta de água, represas, alterações de curso e poluição são as principais ameaças. Nos mares, 39% das espécies estudadas estão em risco. Isso inclui de sardinhas a baleias. 
E, sabemos também que, a cada ano, esgotamos mais cedo o que o planeta é capaz de produzir e de recuperar em 365 dias, o que nos remete para o crescimento e consumo vertiginosos da classe média global, como se vê na Índia, China e Brasil.
Na América Latina, os cientistas do Planeta Vivo encontraram dados estarrecedores. O número de indivíduos das populações de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis na região decresceu 83% em quatro décadas.
A nova edição do relatório faz ainda um ranking por países e regiões e aponta que a nossa Pegada Ecológica – medida da demanda da humanidade sobre a natureza – continua a aumentar. A conclusão nada animadora é que a combinação de perda de biodiversidade e Pegada Ecológica insustentável ameaçam os sistemas naturais e o bem-estar humano no mundo todo.
Em outras palavras, isso significa que estamos rifando a capacidade da Terra de produzir alimentos, água doce e ar puro para que possamos sobreviver independentemente da região do mundo onde estivermos. Não custa lembrar do que nos informam os cientistas ao dizer que a biodiversidade é o que sustenta a teia de vida no planeta.
Basta olhar para o estado em que a biodiversidade se encontra para que tenhamos um bom indicador de como caminha a humanidade, ou melhor, para onde caminha a humanidade.
E o indicativo é ruim. É o que diz a quarta edição do Panorama Global da Biodiversidade, o mais novo estudo sobre o status de proteção da biodiversidade no mundo. Ele foi estrategicamente divulgado no dia 6, na abertura da reunião da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em Pyeongchang, na Coreia do Sul, que vai até o dia 17.  O relatório mostra que são necessárias vontade, metas e ações concretas por parte dos países para reduzir as pressões sobre os ambientes naturais e prevenir o declínio contínuo da biodiversidade do planeta.
No caso do Brasil, devemos retomar o ritmo de criação de áreas protegidas e cuidar muito melhor das existentes, ratificar o Protocolo de Nagoya (que regula o acesso a patrimônio genético da biodiversidade), integrar o valor dos serviços ambientais nas contas e políticas nacionais e criar urgentes incentivos econômicos para quem conserva.
Mais que tudo: temos de zerar o desmatamento no Brasil, pois a destruição dos ambientes naturais como as florestas, por exemplo, é uma das principais causas da perda de biodiversidade no País. Mas acabamos de perder uma ótima oportunidade de nos aliar a um movimento internacional em defesa das florestas. O Brasil não assinou a Declaração de Nova Yorque, que propõe reduzir pela metade o corte de florestas até 2020 e zerá-lo na década seguinte. Felizmente ainda há tempo. E o governo brasileiro pode – e deve – voltar atrás, assinando o documento.
Está, ou já deveria estar claro que o senso de urgência precisa guiar as decisões dos países durante os próximos dias na Coreia do Sul. Posteriormente, esta urgência deve guiar a implantação dos acordos no âmbito nacional, integrando as metas de biodiversidade aos esforços de erradicação da pobreza, segurança alimentar, hídrica e energética.
O principal alerta é que estamos chegando a um ponto sem volta. Não sabemos até que ponto Gaia vai tolerar tanto descaso.
Época.com

Novo México tem grande vazamento de metano

Pesquisadores apontaram a bacia de San Juan como uma das grandes fontes de vazamento de metano do país, com base em dados de satélites.
A região, conhecida como Four Corners*, produziu 10% por cento de todas as emissões de metano provenientes do setor americano de produção de gás natural, de acordo com um estudo publicado dia 9 em Geophysical Research Letters. [O nome Four Corners, ou “Quatro Cantos”, é uma referência ao ponto de convergência que une os cantos sudoeste do Colorado, noroeste do Novo México, nordeste do Arizona e sudeste de Utah.]
Se as indústrias de gás, mineração de carvão e extração de petróleo forem somadas, a bacia San Juan foi responsável por 5% das emissões.
De acordo com o estudo, a região produziu 0,59 milhão de tonelada de metano por ano entre 2003 e 2009. Esse volume é três vezes superior ao valor relatado no Banco de Dados de Emissões da Comunidade Europeia (EDGAR, na sigla em inglês); e 1,8 vezes maior que a quantidade informada no chamado Programa de Relatórios de Gases de Efeito Estufa, da Agência de Proteção Ambiental americana (GHGRP, EPA, em inglês).
Essas altas emissões foram registradas em 2003, antes do advento da fratura hidráulica, ou fracking, uma técnica usada para extrair petróleo e gás dos reservatórios de xisto betuminoso. Mas de acordo com Eric Kort, professor assistente na University of Michigan e principal autor do estudo, partes do sistema de produção de gás e petróleo já vazavam antes do fracking.
“Há uma grande fixação no fraturamento hidráulico massivo”, criticou Kort. “O ‘x’ da questão, no caso, é que já observamos isso [vazamentos de metano] em um período anterior na bacia San Juan, o que é indicativo de que não podemos simplesmente nos fixar em uma parte; temos que considerar a indústria como um todo”.
Os resultados são semelhantes aos de uma análise que a ClimateWire fez de dados do GHGRP, que só aponta a bacia San Juan como a maior fonte poluidora de metano quando apenas as maiores empresas, que emitem mais de 25 mil toneladas de gases de efeito estufa, são levadas em consideração.
Essa análise ligou grande parte das emissões de San Juan a poços de metano [localizados] em leitos de carvão da ConocoPhillips, a maior operadora na bacia. (Ver ClimateWire, 6 de outubro, em inglês).
O estudo de Kort se baseou em observações espaciais e terrestres.
Ele e seus colegas usaram imagens de metano registradas por um satélite e viram claramente que a região na interseção dos estados de Arizona, Novo México, Colorado e Utah, tinha altas concentrações do gás.

Resultados validados por observações em solo

Eles verificaram suas observações em terra utilizando um dispositivo que aponta para o Sol e mede o volume total de gás de efeito estufa na atmosfera. Essas medições ajudaram a validar as imagens espaciais.
Kort considera a hipótese de que as emissões derivam da extração de metano de leitos de carvão.
A bacia San Juan é a maior produtora de gás natural a partir de leitos de carvão, e atualmente não está claro se esses poços de metano emitem mais gás que poços convencionais ou não-convencionais de gás natural.
Kort argumenta que a região pode estar aparecendo como um hotspot em imagens de satélites devido aos seus padrões geográficos e eólicos.
De acordo com ele, outras bacias, como a formação de xisto betuminoso Barnett Shale, que produzem muito mais gás natural de reservatórios convencionais e não-convencionais, podem simplesmente não aparecer [nas imagens] porque o vento dispersa o metano emitido. Mas ele também observou que, em termos gerais, seu estudo requer uma verificação mais atenta das emissões da bacia San Juan.
Essa é a primeira vez que cientistas usaram satélites para mapear emissões de gases de efeito estufa em solo.
O estudo demonstra claramente o poder de observações espaciais, salientou Christian Frankenberg, um pesquisador do Laboratório de Jatopropulsão da Nasa e co-autor do estudo, em um comunicado.
“Dados de satélites não podem ser tão precisos quanto estimativas baseadas em terra, mas em observações feitas lá do espaço não há onde se esconder”, resumiu.
Scientific American Brasil

Plantas captam mais gás carbônico do que se imaginava, diz estudo

Entre 1901 e 2010 os cientistas subestimaram a capacidade dos vegetais em absorver CO2
As plantas absorvem 16% mais gás carbônico do que se imaginava, ajudando de maneira ainda melhor na diminuição de poluentes na atmosfera. Um estudo, publicado nesta segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), com novos cálculos mostrando como se dá o ciclo do CO2 nas folhas, mostra que durante dois séculos os cientistas subestimaram a capacidade das plantas em captar a substância.
Analisando a lenta dispersão do carbono nos tecidos vegetais das plantas, os pesquisadores concluíram que mais gás é usado pelas plantas do que os modelos anteriores previam. Entre 1901 e 2010, as plantas captaram não 915 bilhões de toneladas de CO2, mas 1.057 bilhões de toneladas, um aumento de 16%. Isso explicaria por que as contas entre a quantidade de dióxido de carbono emitido pelos continentes e o volume presente na atmosfera costumam ser tão diferentes, mesmo descontada a absorção das plantas — os cientistas subestimavam sua capacidade de "puxar" os poluentes do ar.
Menos gás carbônico no ar — Cerca de metade do CO2 produzido é absorvido pelos oceanos ou vegetais e, por isso, é importante estimar corretamente as taxas de captação de cada organismo. “Essa descoberta mostra que a biosfera terrestre contemporânea tem menos CO2 do que imaginávamos”, afirmam os pesquisadores no estudo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Mit: missão para colonizar Marte acabaria em 68 dias

Imagens de simulação do projeto Mars-One que pretende levar pessoas para morar em Marte pelo resto de suas vidas
 
Um grupo de doutorandos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) analisou o projeto da fundação privada Mars One, que pretende enviar uma missão tripulada – e sem volta – ao planeta vermelho em 2025, e concluiu que o sucesso da expedição dependerá de avanços dramáticos na tecnologia utilizada, caso contrário os colonizadores morrerão rapidamente. A pesquisa foi apresentada este mês no 65º Congresso Astronômico Internacional, em Toronto, Canadá.
Ar irrespirável – Os problemas descobertos surpreenderam os cientistas. A fundação planeja enviar entre 25 e 40 pessoas para viver em Marte, cultivando alimento e utilizando os recursos do planeta. As plantações seriam feitas em um ambiente fechado, junto ao complexo habitacional, mas os pesquisadores alertam que isso faria o nível de oxigênio do ar subir para níveis tóxicos. Para resolver o problema, seriam necessários equipamentos para eliminar o excesso de oxigênio sem provocar perda do nitrogênio, necessário para manter a pressão do ar adequada. Porém, a tecnologia necessária para manter o oxigênio sob controle nunca foi testada fora do nosso planeta, e aqueles testados na Terra têm grandes chances de parar de funcionar depois da decolagem. Sem um equipamento que resolva este problema, os pesquisadores estimam que a tripulação morreria por sufocamento em torno de 68 dias após o início da missão.
Falta d'água — A missão também sofreria com a falta d'água. Um sistema de reciclagem que transforma urina em água potável foi instalado na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em 2009. Apesar de funcionar com 90% de eficiência nos testes da Nasa, ele quebrou à bordo da ISS. No espaço, os astronautas perdem massa óssea, devido à ausência de gravidade, e expelem cálcio na urina. Depósitos dessa substância interromperam o funcionamento do sistema de reciclagem. O sistema voltou a funcionar, mas com apenas 70% da capacidade. Tendo em vista uma viagem sem previsão de retorno, um problema como seria fatal.
O projeto — O CEO da Mars One, Bas Lansdorp, disse ao site Popular Science que os estudantes utilizaram informações incorretas no estudo. “Eu conversei com especialistas [...] que me disseram que essas tecnologias estarão funcionando”, afirma. Quanto ao risco causado pelo excesso de oxigênio, ele afirma que equipamentos similares, usados para retirar o dióxido de carbono da atmosfera, têm sido utilizados no espaço há anos. Lansdorp admitiu, porém, que o maior desafio da missão colonizadora de Marte será manter todos os equipamentos funcionando – e ter peças de reposição disponíveis para isso. Os estudantes usaram a ISS como base para estimar quantas peças precisariam ser trocadas em dois anos, quando deve ser enviada a primeira missão de suprimentos.
Quando foi anunciado, no início deste ano, o Mars One tinha como objetivo iniciar a colonização do planeta vermelho no ano 2027, quando a primeira equipe formada por quatro pessoas chegaria a Marte. Nesta terça-feira, porém, Bas Landsdorp afirmou que o primeiro grupo deve pousar já em 2025. A ideia é que a cada dois anos uma nova equipe seja enviada, e que todos participem de um "reality show" que deverá mostrar a vida fora da Terra.
O Mars One tem Gerard’t Hooft, holandês ganhador do Prêmio Nobel, como um de seus apoiadores. Apesar do ceticismo com que o projeto foi recebido — até agora, as agências espaciais ao redor do mundo só conseguiram enviar sondas robóticas a Marte —, mais de 200 000 pessoas já se inscreveram para tentar pisar em solo marciano. Para tanto, elas precisarão passar por um processo de seleção dividido em quatro etapas.
Veja.com