terça-feira, 16 de setembro de 2014

Por que os últimos 5 anos da sua vida passaram voando?

  (Foto: Freaktography / Flickr/ Creative Commons)

Cinco minutos são sempre cinco minutos, né? E cinco anos são sempre cinco anos. Afinal, o tempo é feito de segundos, uma unidade fixa, caracterizada pelo tempo que o sol a pino leva pra percorrer a distância de 1/86400 da circunferência terrestre, e esse tempo é sempre igual. Lembra nas aulas de geometria e dos ângulos medidos em segundos?
Só que, apesar do senso comum dizer que um segundo é sempre um segundo, o mundo é o que percebemos deles, e certamente nosso cérebro percebe alguns segundos muito mais longos do que outros. Há estudos que comprovam que, de acordo com a nossa percepção humana, o tempo "passa mais rápido" a medida em que envelhecemos.
Na vida adulta, gravamos menos memórias. É que na adolescência, toda aquela mistura de hormônios também é responsável por estimular o crescimento de neurônios responsáveis por registrar as memórias de todas as coisas novas que fazemos durante a adolescência. E nos lembramos tão claramente da adolescência porque memórias relacionadas com sentimentos parecem mais vivas - portanto, mais recentes e próximas - do que memórias do cotidiano.
Além disso, cientistas têm outros palpites sobre por que o tempo parece passar mais rápido na vida adulta. Mudanças de metabolismo e da produção de substâncias que controlam o relógio interno a medida em que envelhecemos podem ter um papel nisso. E uma das teorias mais aceitas é que, a medida em que envelhecemos, fazemos menos coisas novas. E quando você olha pra trás em um período que fez coisas novas, vai notar que o cérebro percebe aquele bloco de tempo como mais longo do que ele realmente foi. É por isso que nossa infância e adolescência parecem ter durado muito mais.
Essa hipótese é interessante porque ela á manipulável: ou seja, dá pra viver a vida de modo que, quando a gente olhe para o que fez, pareça que tivemos mais tempo.
Galileu.com

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