terça-feira, 30 de setembro de 2014

Frase

"Página virada, vida nova. Acabou o livro? Escreva uma nova história". (M.C.)

Animais selvagens foram reduzidos pela metade desde 1970, diz WWF

Tartarugas estão entre os animais mais afetados, com queda de 80%
 
As populações mundiais de peixes, pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis diminuíram 52% entre 1970 e 2010, muito mais rápido do que se pensava anteriormente, afirmou o Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) na segunda-feira. O Relatório Planeta Vivo, publicado pela entidade conservacionista a cada dois anos, informou que as exigências da humanidade são atualmente 50% maiores do que a natureza suporta, e a derrubada de árvores, o bombeamento de água do subsolo e a emissão de dióxido de carbono ocorrem mais rápido que a capacidade de recuperação da Terra.
"Este dano não é inevitável, mas uma consequência da maneira que escolhemos para viver", disse Ken Norris, diretor de ciência da Sociedade Zoológica de Londres, em comunicado. Mas ainda há esperança, se políticos e empresários adotarem a ação certa para proteger a natureza, pontuou o relatório. "É essencial aproveitarmos a oportunidade – enquanto podemos – para desenvolver a sustentabilidade e criar um futuro no qual as pessoas possam viver e prosperar em harmonia com a natureza", afirmou o diretor-geral internacional da WWF, Marco Lambertini.
América Latina — A investigação sobre as populações de vertebrados revelou que os maiores declínios aconteceram nas regiões tropicais, especialmente na América Latina. O Índice Planeta Vivo da WWF se baseia em tendências nas 10 380 populações de 3 038 espécies de peixes, pássaros, mamíferos, anfíbios e répteis. A pior queda foi entre populações de espécies de água doce, que diminuíram em 76% ao longo de quatro décadas até 2010, enquanto as cifras de animais marinhos e terrestres sofreram uma queda de 39%.
Veja.com

Cientistas holandeses descobrem como os egípcios moveram as pedras das pirâmides

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Aparentemente, um antigo mistério parece ter sido resolvido após séculos de teorias e conclusões antecipadas. Uma equipe da Universidade de Amsterdã acredita ter solucionado a pergunta que não queria calar: como, numa época de poucos recursos e nenhum acesso à tecnologia, os egípcios conseguiram erguer pedras de 2,5 toneladas para formar as pirâmides?
A resposta deles se resume à física, mais especificamente ao atrito causado entre as enormes placas rochosas e a areia. Tudo indica que a areia foi molhada para empurrar as tais plataformas com o material até o local da construção. Por conta da umidade, microgotas d’água se formam, fazendo com que os grãos de areia de juntem, dobrando a rigidez relativa do material, o que acaba por excluir as chances de acúmulo de areia na frente da plataforma e ainda reduz pela metade a força aplicada pelos trabalhadores.
A Universidade não perdeu tempo e tratou de enviar a grande descoberta à imprensa, por meio da Physical Review Letters. “Os físicos colocaram, em uma bandeja de areia, uma versão de laboratório do trenó egípcio. Eles determinaram tanto a força de tração necessária e a rigidez da areia como uma função da quantidade de água na areia. Para determinar a rigidez, eles usaram um reômetro, que mostra quanta força é necessária para deformar um certo volume de areia”, apontou o documento.
Além disso, os egípcios, que de bobos não tinham nada, deixaram de presente para nós pinturas bem ilustrativas de como tudo acontecia na época. Dentro do túmulo de Djehutihotep, descoberto na Era Vitoriana, foi encontrada uma imagem, de cerca de 1900 a.C, que mostra um homem à frente do trenó, derramando água sobre a areia – que também era escaldante. Olha só:
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Nasa revela fotos do 4º maior lago do mundo quase seco


 
O chamado Mar de Aral, ou Mar das Ilhas em português, está praticamente seco depois de já ter sido considerado o quarto maior lago de águas salgadas de todo o mundo. A Nasa revelou fotos surpreendentes que mostram como ocorreu a evolução do processo de desertificação do lugar ao longo de mais de 40 anos. As informações são do The Independent.
O Mar de Aral fica no deserto de Caracalpaquistão, entre as províncias cazaques de Aqtöbe e Qyzylorda (ao norte), na Ásia Central. A seca – quase completa do lago – se deve a um projeto de irrigação construído na década de 1960 pela União Soviética, que transformou o deserto em fazendas de plantação de algodão. Anteriormente, o lago era abastecido pelos rios Syr Darya e Amu Darya que vinham das montanhas e desaguavam no local.
As imagens feitas pelo satélite da Nasa começaram a ser feitas no começo dos anos 2000, quando parte da água já havia desaparecido. Entre os anos de 2009 e 2014 houve variações entre anos secos e mais chuvosos, mas as últimas imagens demonstram que menos de 10% de todo o Mar de Aral sobreviveu  e que, no futuro muito próximo, a água restante irá desaparecer.
As alterações também trouxeram consequências terríveis para as pessoas ao redor do lago, já que muitas comunidades dependiam do lago para sobreviver e, com a seca, entraram em colapso. Além da pouca água restante, especialistas destacam que o lago ficou completamente poluído com fertilizantes e pesticidas, causando um perigo para a saúde pública.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Chile torna-se primeiro sul-americano a taxar carbono

Poluição

 
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, promulgou nova legislação fiscal ambiental nesta sexta-feira, tornando o país o primeiro na América do Sul a taxar a emissão de dióxido de carbono (CO2).
Como parte de uma ampla reforma fiscal, o imposto sobre o carbono no Chile tem como alvo o setor de energia, particularmente geradoras que operam usinas térmicas com capacidade instalada igual ou superior a 50 megawatts.
Serão cobrados destas instalações 5 dólares por tonelada de dióxido de carbono (CO2) liberado. As usinas térmicas a biomassa e pequenas instalações serão isentas.
O novo imposto destina-se a obrigar os produtores de energia a mover-se gradualmente para fontes mais limpas para ajudar a reduzir as emissões de gases do efeito estufa no país.
Neste ano, o México impôs um imposto sobre a venda de vários combustíveis fósseis, com base no seu teor de carbono, com média de 3 dólares por tonelada de CO2.
No México, as empresas podem usar os créditos de carbono para deduzir seus impostos, algo não considerado no Chile.
Exame.com

sábado, 27 de setembro de 2014

Frase

Foto

Uruguai poderá alimentar 50 milhões de pessoas

 
Um médico de Nova York entra em um supermercado, vai até o setor de carnes, vê um corte de que gosta, pega o telefone celular, escaneia o código QR na embalagem e o aplicativo mostra quando o animal foi abatido, onde cresceu, que tipo de alimentação teve e até oferece um link caso queira conhecer o local onde o gado foi criado.
Esta tecnologia ainda não está disponível, mas pode ser uma realidade muito em breve, graças a programas como o Sistema Nacional de Informação de Criação de Gado, implementado pelo Uruguai. Por meio desse método, é possível conhecer com precisão cada um dos períodos de criação e processamento do animal, desde sua fazenda no campo uruguaio até um supermercado em Manhattan. Todos esses dados, incluídos em um rótulo, fazem parte da demanda crescente dos países desenvolvidos por mais conhecimento sobre a origem dos alimentos, a forma como são processados e o tratamento dado aos animais cuja carne é consumida.

50 milhões

Essa é uma oportunidade que o Uruguai quer aproveitar. Esse país, com quase três milhões de habitantes, passou de uma produção de alimentos para nove milhões de pessoas, em 2005, para suprir as necessidades de 28 milhões atualmente, e sua ambição é chegar a 50 milhões de consumidores.
O fato de as 12 milhões de vacas que pastam nos campos uruguaios terem um chip na orelha, que permite coletar todas essas informações, é um dos passos que o país deu para se transformar no que as autoridades chamam de “agrointeligente”. O ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, esteve em Washington para compartilhar esta visão com vários organismos, entre eles o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Aguerre assumiu seu cargo há pouco mais de três anos e se propôs a desenvolver sua gestão sobre três eixos: “Desenvolvimento rural, com políticas diferenciadas para a agricultura familiar, tendo como chave a adaptação à mudança climática e a geração de capacidades para a gestão dos solos”.

Intensificação sustentável

Aumentar a produção explorando mais a terra e desmatando é relativamente fácil e, de fato, é o modelo seguido por outras nações. Mas fazer isso de maneira sustentável, ou seja, com pouco ou nenhum impacto para o meio ambiente, é um autêntico desafio.
“Estamos produzindo 54% mais leite sem aumentar a superfície dedicada à produção de vacas leiteiras”, explicou Aguerre, para exemplificar que é possível alcançar tal meta, fomentar o desenvolvimento e cuidar do meio ambiente, através do que qualifica como “intensificação sustentável”. Segundo explicou o ministro, no Uruguai, 63% dos produtores são “famílias”, mas eles ocupam apenas entre 15% e 20% das terras produtivas. Por isso, sua visão também inclui a participação dessas pessoas nos benefícios de desenvolvimento associados a um país agrointeligente.
“O Uruguai tem uma oportunidade de crescer no mundo, mas tem que gerar oportunidades de inserção competitiva para os produtores familiares, para que a oportunidade que o mundo nos dá seja também uma chance para que esses pequenos produtores se desenvolvam”, acrescentou.
Isso explica por que o Sistema de Informação de Criação de Gado, por exemplo, é gerido pelo Estado, de modo que todos os produtores “desde os que têm 10 vacas até os que têm 2.000 tenham acesso aos mesmos canais de comercialização”, destacou Aguerre.

Satélites contra a erosão

Em relação ao manejo dos solos, o Uruguai criou um sistema totalmente informatizado que obriga os produtores a apresentarem um plano de rotação de cultivos para manter a qualidade dos nutrientes e evitar a erosão. Por meio de imagens de satélite, os especialistas do Ministério podem detectar os lugares com maior risco de erosão e entrar em contato com o produtor responsável para que ele explique os motivos de não ter cumprido seu plano de rotação de cultivos.
Esse aspecto é fundamental no caminho rumo a um Uruguai “agrointeligente”, porque, embora chova muito no país, a maior parte da água escorre e gera erosão. A rotação de cultivos ajuda, precisamente, a diminuir esse risco e a melhorar a qualidade do solo.
Com todos esses componentes e o apoio de parceiros internacionais como o Banco Mundial, a aspiração das autoridades é que a produção agrícola se transforme em uma opção real de crescimento econômico para todos os uruguaios.
“A tecnologia de ponta a serviço dos agricultores uruguaios não beneficia só o campo, mas, além disso, cria oportunidades econômicas sustentáveis para toda a sociedade, tratando-se de consumidores ou produtores, já que de uma maneira ou de outra dependem da agricultura”, disse Jesko Hentschel, diretor do Banco Mundial no Uruguai. Para Aguerre, o objetivo em longo prazo é claro: “Que a pessoa seja produtor agropecuário porque quer e porque lhe convém economicamente, não porque nasceu no campo”, afirmou o ministro.
El País.com

ESA define que a sonda Rosetta vai pousar no cometa no dia 12 de novembro

Cometa 67P Churyumov-Gerasimenko e a sonda Rosetta
 
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) definiu o dia 12 de novembro como data para o primeiro pouso da história em um cometa, que será feito pela sonda Rosetta. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, em um comunicado.
Na semana passada, a agência anunciou duas opções de pouso na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Se a primeira opção for confirmada — local chamado de "ponto J" — o módulo Philae se separará da sonda às 5h35 do horário de Brasília e aterrissará no cometa sete horas mais tarde. Como um sinal emitido por Rosetta demora 28 minutos e 20 segundos para chegar à Terra, por volta das 13h as estações terrestres terão a confirmação do pouso. 
Caso a equipe escolha a segunda opção — o denominado "ponto C" —, a separação do módulo acontecerá às 10h04, a uma altitude de 12,5 quilômetros do cometa, e o pouso acontecerá quatro horas depois, de modo que o sinal chegará à Terra às 14h30.
Energia — A ESA confirmará o local escolhido em 14 de outubro, após uma série de avaliações dos dois pontos de aterrissagem. Uma vez que se tenha separado de Rosetta, o módulo Philae terá autonomia de energia por dois dias e meio. Quando esse tempo se esgotar, Philae usará a energia gerada por painéis solares.
Com onze instrumentos científicos, o módulo estudará o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, enquanto Rosetta fará uma observação à distância com uma série de sobrevoos nas proximidades do núcleo. A sonda está há dez anos viajando pelo espaço para tentar obter respostas sobre a origem do Sistema Solar. Os pesquisadores centraram sua atenção nos cometas, aos quais consideram "cápsulas do tempo", porque se formaram na origem do Sistema Solar, há cerca de 4,5 bilhões de anos.
Veja.com

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Curiosity fotografa "esfera" estranha em Marte

   (Foto: Caltech / Nasa)
Colocada no arquivo de fotos da Curiosity no dia 11 de setembro, a imagem acima retrata uma esfera rochosa em seu canto superior direito. Estima-se que ela tenha cerca de 1cm de raio. Olhando rapidamente, a 'bola' é tão perfeita que até parece uma bolinha de tênis. No entanto, como ninguém deve ter jogado uma partidinha no planeta vermelho (nem mesmo aliens), cientistas acreditam que se trate simplesmente de uma pedra com um formato inusitado.
Mas o que explica o formato da pedra? Um fenômeno chamado "concreção": um acúmulo de material rochoso transportado por líquidos que é considerado responsável pela forma diferente de outras rochas encontradas em Marte. A água arrasta a rocha que vai se desgastando, criando formas de acordo com o fluxo do líquido. Afinal, vale lembrar, há milhões de anos, o planeta era mais úmido - e, quando encontrou a esfera, a Curiosity estava em uma região que, provavelmente, era um antigo lago.
Galileu.com

Ondas eletromagnéticas: Prejudiciais à saúde?

 
A radiação eletromagnética artificial gerada pela fiação elétrica e por celulares, telefones sem fio ou eletrodomésticos envolve nossa vida diária. Durante a última década, sua presença aumentou de maneira exponencial nos centros urbanos e também dentro de casa. Seus efeitos são cumulativos e podem prejudicar a saúde, especialmente em crianças e jovens. Mas não é preciso se alarmar nem renunciar às comodidades e vantagens que as novas tecnologias oferecem. Convém manter-se informado, reclamar quando necessário, conhecer as características dos aparelhos e dispositivos domésticos e fazer bom uso deles.
Coloque os eletrodomésticos contra paredes que deem para o exterior. Isso ajudará a expulsar a radiação e evitará contagiar outras estâncias
Os efeitos induzidos pelas radiações eletromagnéticas podem ser térmicos ou atérmicos, que são os que geram maior risco ao produzir alterações biológicas. Calcula-se que entre 5 e 10% da população seja eletrossensível. Alguns dos sintomas mais frequentes são dores de cabeça, insônia, irritabilidade, depressão e maior risco de câncer, segundo reconhece a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Conselho Europeu recomenda em sua Resolução 1815 a aplicação do Princípio de ALARA, que aconselha uma exposição mínima a essas ondas, e o Princípio de Precaução, que orienta a evitar exposições desnecessárias enquanto existir incerteza científica e proteger especialmente as crianças e os jovens. Além disso, estabelece níveis máximos de exposição para a telefonia sem fio em ambientes fechados de 0,6 volt por metro quadrado (0,1 microwatt por centímetro quadrado ou µW/cm² ) e que a localização das novas antenas seja determinada levando em conta não apenas os interesses dos operadores.
Como conseguir boas ondas em seu lar...

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Caldeira a gás e geladeira

É melhor colocá-las junto a paredes voltadas para o exterior, a fim de evitar que afetem outros cômodos.
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Secador

Como os utensílios elétricos que usamos no banheiro ficam ligados por pouco tempo, em princípio não é necessário tomar nenhuma precaução especial.
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Televisão e computadores

As televisões de tela plana (plasma ou led) quase não emitem radiação. Os computadores também não, se não estiverem ligados na tomada (utilizando a bateria).

Rádio-relógio despertador

É melhor usar um modelo a pilha. O transformador que serve para conectá-lo à eletricidade emite ondas eletromagnéticas.

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Fogão

Prefira vitrocerâmica a indução. Esta gera campos dez vezes mais potentes.

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O celular: melhor longe

Ligado: deveria ficar em outro cômodo ou a mais de três metros de distância. As gavetas reduzem a radiação, mas não a bloqueiam.
Deve ficar afastado do corpo, especialmente da cabeça e dos genitais. Opte por fones de ouvido, mas não utilize os que vêm com o aparelho. Dê preferência aos de tubo de ar.
Opte pelo modo viva-voz ao falar.
Mande mensagens de texto: emite menos radiação.
Instale um filme protetor para reduzir danos pela luz da tela.

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Telefone sem fio

“É a maior fonte de irradiação por tecnologias sem fio em casa. Os de tecnologia dect emitem radiação o tempo todo. Não convém instalá-los no quarto. Podem ser substituídos pelos de tecnologia eco dect, que emitem menos radiação e só quando se fala ao telefone”, aponta Fernando Pérez, vice-presidente da Fundação para a Saúde Geoambiental.

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Roteador

Se atende a um único computador, melhor que seja com cabo. Se houver necessidade de um sem fio, deve ser instalado o mais longe possível das áreas de descanso e desligado à noite.

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Paredes e janelas

As radiações podem ser transmitidas através das paredes, mas sobretudo pelos vidros das janelas. Existem pinturas, cortinas e telas que nos blindam.

El País.com
 
 

Empresas querem transformar asteroides em 'postos de combustível'

Asteroide (Thinkstock)
 
Chris Lewicki é o presidente da Planetary Resources, uma empresa de mineração que já participou de missões à Marte realizadas pela Nasa, a agência espacial americana. Agora, Lewicki aposta alto em asteroides.
Esses pedaços de rocha que vagam pelo espaço são ricos em minerais valiosos, diz o executivo, mas encontrar água em algum deles pode ser equivalente a achar ouro.
"A partir de observações feitas com telescópios, vemos que certos tipos de asteroides podem ter água em relativa abundância, além de outros minerais contidos nela", afirma ele.

Alto custo

Mas por que a água, que cobre a maior parte de nosso planeta, é tão valiosa no espaço?
O custo atual de enviar água suficiente para seis astronautas da Estação Espacial Internacional gira em torno de US$ 2 bilhões (R$ 4,4 bilhões), segundo Lewicki.
Além disso, a água pode ser transformada em ar e combustível - hidrogênio líquido e oxigênio formam o tipo mais eficiente de combustível para foguetes conhecido pelo homem.
Atualmente, as naves espaciais precisam carregar todo o combustível necessário para uma missão, o que aumenta seu peso e os custos de cruzar a atmosfera terrestre. Uma vez no espaço, equipamentos caros precisam ser abandonados, porque o custo para trazê-los de volta seria muito alto.
Mas "imagine se fosse possível reabastecer a espaçonave no espaço", questiona Lewicki?

Ideia lucrativa

A Planetary Resources não está sozinha nessa nova missão. Outras empresas também querem extrair combustível de asteroides e transformá-los em estações de reabastecimento no espaço.
Como asteroides têm pouca gravidade, pousar e decolar deles não exige muita energia. Esses corpos rochosos existem em grande número e estão próximos da Terra, o que os tornam uma potencial e valiosa estação de reabastecimento para missões mais longas.
Michael López-Alegría, um ex-astronauta da Nasa e atual presidente da Federação de Voos Espaciais Comerciais, diz que empresas estão interessadas nestas ideia "muito lucrativa" de mineração espacial, que vai além dos asteroides.
"Há uma grande quantidade de água congelada nas regiões polares da Lua", acrescenta ele. "É mais fácil chegar à Lua do que a um asteroide também é mais simples nos comunicarmos com um robô ou pessoa que esteja lá."

Quem é o dono

Um projeto de lei no Congresso americano pode ajudá-las nessa iniciativa, ao conferir a essas companhias direitos de propriedade sobre o que encontrarem nos asteroides. No entanto, se aprovada, pode enfrentar resistência internacional.
Um tratado de 1966 da ONU proíbe a apropriação de recursos espaciais. Assim, explorar a Lua estaria fora dos limites legais.
Mas especialistas dizem que há dúvidas sobre o fazer com asteroides, particularmente em relação a recursos que permaneceriam no espaço, algo que não foi previsto quando a legislação foi criada.
Na medida em que a indústria espacial comercial cresce, com bilhões de dólares já investidos no setor, empreendedores argumentam que deveriam se tornar donos do que encontrarem.
Os custos são muito altos, afirmam eles, para correr o risco de que suas descobertas sejam apropriadas por governos ou concorrentes.
Lewicki diz que a incerteza quanto à legalidade da apropriação desses recursos por empresas gera desconfiança nos investidores e já está afetando o crescimento de sua empresa.
Não são apenas outras companhias que fazem parte da concorrência. Lewicki diz que a China lançou missões não-tripuladas para explorar asteroides e a Lua, e a Nasa trabalha em uma missão tripulada para coletar amostras de asteroides próximos à Terra na década de 2020.
Se os Estados Unidos querem que sua indústria espacial privada faça parte dessa movimentação, diz López-Alegría, legisladores precisam criar um "ambiente mais previsível" no qual empresas possam "ter direitos à exploração sem interferência".

Projeto de lei

Em julho, o congressista Bill Posey, do Partido Republicano, apresentou o chamado Ato de Tecnologia Espacial para Exploração de Oportunidades de Recursos no Espaço Profundo (ASTEROIDS, na sigla em inglês)
O documento, de apenas cinco páginas, propõe permitir que empresas detenham a propriedade sobre "qualquer recurso obtido de um asteroide no espaço".
Lewicki foi um dos especialistas ouvidos na elaboração do projeto de lei. Apesar de algumas pessoas o considerarem vago demais, ele argumenta que a resolução estabelece linhas gerais para uma nova indústria.
A congressista Donna Edwards, do Partido Democrata, discorda. Na sua visão, é arriscado aprovar de forma apressada uma lei tão ampla e duradoura.
"Nosso trabalho não é criar leis para atender os interesses de certos negócios", afirma ela. "Nosso trabalho é elaborar um plano e um protocolo para o programa espacial americano e para a forma como interagimos internacionalmente."

Riscos

Em uma recente audiência no Congresso sobre o assunto, Joanne Irene Gabrynowicz, professora de Direito espacial da Universidade do Mississippi, alertou que o projeto pode ter um impacto político "considerável" em tratados internacionais.
"Se for transformado em lei, devemos esperar que esse projeto seja questionado legal e politicamente", acrescentou ela.
Edwards diz que parceiros internacionais, como a Agência Espacial Europeia e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, além de China e Rússia, precisam estar envolvidos no debate sobre a propriedade de recursos espaciais desde o início.
"Não estamos sozinhos neste jogo", afirma ele. "Temos a obrigação de entender como será esse novo cenário e garantir que estejamos todos seguindo as mesmas regras."
"Não começaremos a minerar asteroides amanhã, então, temos tempo para estabelecer este contexto", acrescenta.
Mas Lewicki diz que a Planetary Resources lançará sua primeira nave espacial no início de 2015 e já tem planos para muitas outras.
"Se o Congresso encontrar uma forma de colocar a mineração espacial nos termos da lei, isso nos permitirá acelerar nossos esforços e buscar essa estratégia de forma mais agressiva do que fazemos hoje", afirma ele.
"Isso vai se tornar realidade muito antes do que as pessoas imaginam. Não será daqui a décadas. Há empresas prontas para fazer isso agora", conclui.
BBC Brasil

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Frase

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EUA anunciam criação do maior santuário marinho do planeta


 Corais cor-de-rosa que habitam o Atol Palmyra, no Oceano Pacífico. Área será protegida pelo santuário
 
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, firmará nesta quinta-feira (25) um projeto que cria o maior santuário marinho do planeta, no qual será proibido qualquer extração de recursos e pesca comercial, informou o site da Casa Branca.
A decisão amplia o Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico - um dos ambientes tropicais marinhos mais imaculados do planeta - em seis vezes sobre sua atual dimensão.
Com a medida, a reserva natural terá uma superfície de 1,2 milhão de km² de zonas protegidas em torno de ilhas e pequenos atóis no oceano Pacífico, destacou a Casa Branca.
A pesca comercial e qualquer atividade de extração de recursos, incluindo a mineração submarina, serão proibidas na área. Apenas a pesca artesanal e recreativa seguirão autorizadas.
"Ampliar o Monumento protegerá ainda mais os recifes de coral profundos, os montes submarinos e os ecossistemas marinhos únicos desta parte do mundo, que se encontra entre as mais vulneráveis ao impacto da mudança climática e da acidificação dos oceanos", destacou a Casa Branca.
A nota recorda que os últimos estudos nacionais oficiais confirmam que a mudança climática implica em uma elevação do nível dos mares e no aumento da temperatura dos oceanos, que "podem afetar os recifes de coral e obrigar certas espécies a migrar".
 

  

Metade da água do planeta pode ser mais antiga que o Sol

Um visitante observa as Cataratas do Iguaçu em março de 2008
 
Um estudo apresentado nesta quinta-feira indica que metade da água do planeta talvez seja mais antiga do que o Sistema Solar, o que aumenta a possibilidade de existir vida fora de nossa galáxia, a Via Láctea.
Utilizando um sofisticado modelo que permite simular as fórmulas químicas entre as moléculas de água formadas no Sistema Solar e as que existiam antes, os pesquisadores da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha, descobriram que entre 30 e 50% da água consumida hoje em dia é cerca de um milhão de anos mais antiga do que o Sol.
O trabalho, divulgado na revista americana Science, vai alimentar o debate sobre se as moléculas de gelo de água nos cometas e nos oceanos se formaram no disco de gás e poeira ao redor do jovem Sol há 4,6 bilhões de anos, ou se provêm de uma nuvem interestelar mais antiga.
"Determinando agora a parte antiga da procedência da água na Terra, podemos ver que o processo de formação de nosso Sistema Solar não foi único e que, portanto, os exoplanetas podem se formar nesses ambientes onde a água é abundante", explicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica e um dos autores da pesquisa.
Levando-se em consideração que a água é um elemento crucial para o desenvolvimento da vida na Terra, os resultados deste estudo podem sugerir que a vida existe em outro lugar mais além da nossa galáxia, ressaltaram os cientistas.
Trata-se de um passo importante em nossa busca para saber se a vida existe em outros planetas", afirmou Harries.
Os resultados "aumentam a possibilidade de que alguns planetas fora de nosso Sistema Solar (exoplanetas) contem com as condições propícias e recursos de água que permitam a existência de vida e sua evolução", afirmou.
Exame.com

Insetos continuam sofrendo com a radiação do desastre de Fukushima

Área afetada pela radiação no desastre de Fukushima (Foto: Reprodução)

Apesar de ocorrido em 2011, o desastre nuclear de Fukushima, no Japão, continua gerando consequências. Um novo estudo realizado por pesquisadores do país sugere que a radiação expelida na estação três anos atrás ainda está contaminando gerações de insetos.
Durante a pesquisa da Universidade de Ryukyus, larvas de borboletas que se alimentaram com folhas contaminadas pela radiação se mostraram mais suscetíveis a anomalias físicas do que animais criados em ambientes normais. O estudo sugere que as regiões próximas à Fukushima se manterão perigosas para a vida selvagem por mais um bom tempo.
O caso ficou marcado pela grande quantidade de radiação jogada ao mar, mas a vida animal terrestre tamém foi afetada: externamente pelo ambiente e internamente pela alimentação. Por isso, Joji Otaki e sua equipe decidiram pesquisar os efeitos do desastre na espécie Zizeeria maha, um tipo de borboleta muito comum no Japão.
Durante o primeiro teste, as larvas se alimentaram de folhas encontradas na região de Fukushima, que possuíam milhares de becquerel (medida de radioatividade) por quilo – no Japão, o máximo permitido atinge os 100 bq/kg. O resultado mostrou que a grande maioria dos animais não sobreviveu, e as borboletas que resistiram tiveram mutações físicas notáveis.
Mas os pesquisadores já esperavam essa resposta, dada a quantidade grande de radiação nas plantas. Na segunda etapa do experimento, a equipe recolheu plantas de até 20 meses depois do incidente. Com isso, os níveis de contaminação caíram de até 161 bq/kg para 0.2.
“O nosso estudo mostra que doses pequenas, aquelas abaixo de 100 bq/kg, podem ser muito tóxicas para certos organismos”, escreveu o grupo na publicação da BMC Evolutionary Biology.
Em outro teste, a equipe analisou os filhos das borboletas sobreviventes dos primeiros experimentos. O resultado mostrou que nesses descendentes a taxa de sobrevivência é ainda menor e a de anomalias ainda maior. Para Timothy Mousseau, biólogo americano especializado nos efeitos da radiação, isso não pode ser necessariamente comparado aos humanos: “Eu acredito que as borboletas são um grupo muito mais sensível à radiação do que os seres humanos“.
Galileu.com

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Fundo Verde do clima terá financiamento até 2015

Aquecimento global
 
Durante a Cúpula do Clima, realizada na terça-feira, na sede da ONU, em Nova York, governos e instituições financeiras anunciaram que mobilizarão US$ 200 bilhões até o fim de 2015 para o Fundo Verde para o Clima, criado para incentivar programas de baixa emissão de carbono dos países em desenvolvimento.
"É um passo importante para catalisar um acordo em 2015. Mas não basta se comprometer a financiar, apenas. É como dar esmola: você desembolsa um valor para poder dar as costas ao problema real. Seria mais importante estabelecer políticas reais de sustentabilidade", afirma o coordenador do Núcleo de Apoio a Pesquisa em Mudanças Climáticas da USP, Tercio Ambrizzi.
Durante o encontro, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, divulgou uma ordem executiva com o objetivo de reduzir as emissões de carbono e combater as alterações climáticas. Ela exige que as agências federais incorporem a "resiliência climática" em seus planos de ação no exterior. Além disso, convida as entidades privadas dos Estados Unidos a ajudar as nações mais pobres a resolver seus problemas de emissões: "Ninguém pode ficar de fora, nem países desenvolvidos nem países em desenvolvimento", disse Obama.
Entrave — Um dos maiores entraves aos avanços nas discussões climáticas, segundo Ambrizzi, é o embate em relação às responsabilidades. "Não podemos ficar eternamente discutindo se os países desenvolvidos devem assumir mais responsabilidades por serem historicamente os maiores poluidores. É preciso inovar nos métodos e pensar em algo como um mecanismo de desenvolvimento limpo global."
Na opinião do especialista, a Cúpula do Clima não pode ser considerada um fracasso, mesmo com a participação pouco comprometida de alguns dos principais países envolvidos com as mudanças climáticas (como Brasil, Estados Unidos, China e Índia).
O evento, que reuniu mais de 120 chefes de Estado, foi convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para subsidiar a 21ª Conferência do Clima (COP-21), em Paris, na França, em janeiro de 2015, onde será definido o novo acordo do clima, que substituirá o Protocolo de Kyoto.
De acordo com Ambrizzi, a realização do encontro em Nova York pode trazer impactos positivos para a COP-21 que acontecerá em 2015 em Paris. "Embora nenhum dos principais países tenha se comprometido com metas e projetos concretos, a participação da maior parte dos governos e de empresas mostrou que há uma disposição muito maior que anos atrás para discutir os temas. Tudo indica que a reunião de Paris ao menos não será tão desastrosa como a de Copenhague (na Dinamarca, em 2009)."
Veja.com

Cientistas americanos detectam água na atmosfera de exoplaneta

Concepção artística do exoplaneta HAT-P-11b que orbita sua estrela 122 anos-luz da Terra (Foto: David A. Aguilar/CfA/Divulgação)

Cientistas americanos detectaram pela primeira vez vapor de água na atmosfera de um exoplaneta do tamanho de Netuno, um achado publicado nesta quarta-feira (24) na revista 'Nature' que permite avançar rumo à identificação de mundos além de nosso Sistema Solar com condições similares às da Terra.
Até o momento, só era possível analisar a composição atmosférica de grandes exoplanetas gasosos, similares a Júpiter, enquanto agora foi medida a presença de água em um corpo com um raio quatro vezes maior que o da Terra.
O pesquisador da Universidade de Maryland Jonathan Fraine e seus colegas utilizaram uma técnica chamada espectrometria de transmissão para obter a composição atmosférica do planeta HAT-P-11b, a uma distância de cerca de 122 anos luz.
O planeta extrasolar, na constelação de Cisne, orbita ao redor da estrela HAT-P-11.
Trata-se do menor planeta e mais frio no qual foram detectados até agora sinais de presença de água, um dos elementos essenciais para que a vida possa se desenvolver.
A partir de imagens obtidas pelos telescópios Hubble e Spitzer, os cientistas encontraram pela primeira vez um planeta de tamanho médio no qual uma grossa camada de nuvens não impede a medição da composição de sua atmosfera.
Na maioria de ocasiões, densas nuvens compostas por todos os tipos de elementos impedem a análise das camadas mais profundas da atmosfera dessa classe de corpos.
Esse mesmo obstáculo virou um problema há décadas para estudar planetas do sistema solar como Júpiter, coberto de nuvens estratificadas de amoníaco, e Vênus, onde se estendem grossas nuvens de ácido sulfúrico.
Dada a impossibilidade de enviar sondas espaciais para estudar distantes exoplanetas, os cientistas tratam de estabelecer sua composição atmosférica a partir da informação do espectro electromagnético que chega à Terra.
Até agora, os cientistas tinham tratado sem sucesso de analisar a atmosfera de outros quatro planetas extrasolares de um tamanho similar ou menor ao de Netuno.
No caso do HAT-P-11b, por outro lado, foi possível apreciar claras marcas no espectro que delatam a presença de moléculas de vapor de água, assim como de hidrogênio e vestígios de átomos pesados.
O achado é considerado chave para compreender a formação e a evolução dessa classe de exoplanetas, segundo aponta o estudo da 'Nature'. 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Metade das florestas tropicais desapareceram, diz estudo

Floresta tropical
A humanidade conquistou um progresso impressionante nas últimas gerações: as pessoas vivem mais, menos crianças morrem, a extrema pobreza está dimuindo e o ensino e a educação estão pouco a pouco, se tornando direitos universais.
Todavia, na área ambiental, não há motivo para celebração. Estamos emitindo cada vez mais gases de efeito estufa e com isso o planeta está mais e mais quente.
O resultado direto deste comportamento é a perda irreparável de espécies da fauna e da flora e da degradação de diversos biomas.
O texto acima está no prefácio do relatório State of the Rainforest 2014, divulgado agora em setembro, na Noruega.
Esta é a terceira edição do documento, publicado pela Rainforest Foundation Norway, e que utiliza informações de organizações e comunidades locais do mundo todo para analisar as condições das florestas tropicais do planeta.
O relatório norueguês aponta, entretanto, divergências entre os números calculados por suas duas principais fontes, que utilizaram diferentes metodologias e tecnologias: o Global Forest Resources Assessment, elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), de 2010, e o levantamento da Universidade de Maryland, de 2013.
De acordo com o primeiro, 130 mil km² de florestas são perdidas por ano no planeta, a maior parte delas nos trópicos. Já a universidade americana afirma que seriam 92 mil km².
Mesmo não havendo consenso sobre o número exato, ambas instituições concordam que a destruição atingiu um nível alarmante.
Segundo os pesquisadores de Maryland, somente 1,1 milhão de km2 desapareceu entre os anos de 2000 e 2012.
Para efeito de comparação, seria o mesmo que três Noruegas tivessem simplesmente sumido do mapa.
Apesar de ocuparem apenas 6% da superfície terrrestre, em regiões equatoriais da América, África, Sudeste da Ásia e Oceania, as florestas tropicais têm papel importantíssimo para a regulação do clima, o equilíbrio ambiental de biomas e a sobrevivência de muitas comunidades.
Mas a crescente destruição destas áreas continua, apesar do tema ter se tornado foco principal em várias discussões e encontros globais, e da ciência já ter provado a importância destes ecossistemas para a mitigação do aquecimento global.
No passado, as florestas tropicais cobriram cerca de 18 milhões de km² da superfície terrestre.
Atualmente, esta extensão foi reduzida à metade. Estes biomas são como um termômetro da saúde do planeta.
Estima-se que mais de 50% das plantas e animais terrestres vivam nestas regiões, ou seja, quase 1 milhão de espécies identificadas que têm as florestas tropicais como habitat.
Mas os cientistas acreditam que este número possa chegar a 5 ou 10 milhões - só na Amazônia foram descobertos 441 novos animais e plantas desde 2010.
"É a biblioteca biológica da Terra. A maior parte da informação dela ainda nem é conhecida pela ciência", afirmou Dag Hareide, diretor executivo da Rainforest Foundation Norway. "Estamos queimando esta biblioteca".
Além da perda de biodiversidade, as florestas contêm uma quantidade enorme de carbono armazenada.
A destruição delas gera emissões de CO2 iguais àquelas provocadas por todos os automóveis do mundo.
O relatório europeu afirma ainda que, a maior parte das perdas das florestas tropicais ocorreu nos últimos 50 e 60 anos.
O Brasil recebeu elogios, por ter sido o único a reduzir o desmatamento de forma significativa globalmente.
Nosso país e a Indonésia têm as duas maiores áreas de florestas tropicais do planeta, mas também aparecem entre os principais emissores de gases de efeito estufa no mundo.
Fazem parte do State of the Rainforest 2014 artigos de especialistas internacionais, entre eles, um assinado pelo engenheiro florestal brasileiro Tasso de Azevedo, curador do Blog do Clima, aqui no site Planeta Sustentável.
"Herói florestal, mas ainda campeão em desmatamento" é o título do texto de Azevedo, que afirma que a atual redução na taxa de destruição das florestas brasileiras se deve, entre outros fatores, ao retrocesso provocado pela aprovação do novo Código Florestal.
Segundo ele, há necessidade de demarcar mais áreas e reservas de proteção ambiental e incrementar políticas inovadoras, como foi feito no início dos anos 2000.
Por fim, o documento internacional enfatiza a urgência na redução dos indíces de desmatamento. Entre as ações sugeridas estão fazer da proteção florestal uma das prioridades dos novos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem estabelecidos pelas Nações Unidas, em 2015, e proporcionar recompensas e estímulos reais aos países com florestas tropicais que investirem na proteção destes ecossistemas.
Exame.com

Reunião sobre o clima pede mudança de rumo no planeta

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, discursa na sessão de abertura da reunião

Nova York - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira uma mudança do rumo do planeta diante dos riscos do aquecimento global, em uma cúpula sobre o clima que conta com a participação de mais de 120 chefes de Estado e governo.

"A mudança climática é a questão crucial de nossa era. Está definindo nosso presente. Nossa resposta definirá nosso futuro", afirmou Ban em um discurso de abertura da cúpula em Nova York, no qual pediu liderança para avançar em direção a um acordo no próximo ano.
"Peço a todos os governos a comprometer-se em um acordo universal e significativo sobre o clima em Paris em 2015, e a cumprir com sua parte justa para limitar o aumento da temperatura global a dois graus Celsius", afirmou o secretário-geral das Nações Unidas.
A França foi um dos primeiros atores a formular um anúncio concreto: uma contribuição de 1 bilhão de dólares ao Fundo Verde para o clima, criado na cúpula de Copenhague em 2009 para enfrentar as consequências do aquecimento global.
Ativistas consideram a reunião em Nova York um ponto de inflexão na luta contra o aquecimento global. No domingo, quase 600.000 pessoas saíram às ruas em várias cidades do mundo. Em Nova York, a passeata reuniu 310.000 manifestantes.
"Podemos fazer história ou ser vilipendiados. Agora é nosso momento de agir", declarou ante o plenário o ator Leonardo Di Caprio, designado pela ONU como mensageiro da paz contra o aquecimento global e que participou da manifestação em Nova York.
Muitos cientistas afirmam que, diante dos níveis de emissões de gases de efeito estufa, as temperaturas terão aumentado ao fim do século XXI mais de quatro graus em relação à era pré-industrial. Caso seja alcançado um acordo em Paris, entraria em vigor em 2020.
América Latina olha para o Norte
Entre os países da América Latina, os presidentes que discursaram defenderam as ações da região e exigiram que os países industrializados do Norte cumpram com suas responsabilidades históricas.
"O Brasil não anuncia promessas, mostra resultados. Reduzimos a pobreza e protegemos o meio ambiente", afirmou a presidente Dilma Rousseff, indicando que no Brasil o desmatamento caiu 79% e que o país está cumprindo o compromisso de uma redução de entre 36 e 39% das emissões de gases do efeito estufa até 2020.
Dilma também citou o acúmulo de desastres naturais nos últimos anos, atribuídos por muitos cientistas ao aquecimento global, e recordou que os mesmos afetam em sua maioria os pobres.
"Em um mundo de injustiça ambiental, os pobres são os mais vulneráveis", disse, antes de pedir ações para reduzir a situação, incluindo um acesso melhor a serviços públicos, água potável e saúde.
Já o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusou as "potências poluentes" de quererem se aproveitar do aquecimento global, do qual seriam responsáveis, para aplicar sua fórmula capitalista.
"Querem disfarçar as mesmas fórmulas capitalistas tomando as bandeiras dos movimentos ambientalistas", afirmou.
O presidente boliviano Evo Morales, por sua vez, que falou em nome do G77 e da China, presidido por seu país, afirmou que as nações desenvolvidas devem tomar a iniciativa, em consequência de sua responsabilidade histórica no aquecimento global.
Morales citou as dúvidas sobre a sinceridade e credibilidade de alguns, como por exemplo os países que não ratificaram o abandonaram o Protocolo de Kyoto, como Estados Unidos e Canadá.
Mobilização de dinheiro e mercados
Mas a batalha para chegar a um acordo internacional está longe do fim.
China e Índia, que são ao lado dos Estados Unidos os maiores emissores de gases do efeito estufa, não enviaram seus principais líderes ao encontro e estarão representados apenas por um vice-primeiro-ministro, Zhang Gaoli, no caso de Pequim, e do ministro do Meio Ambiente, no caso indiano.
Pequim e Nova Délhi resistem a reduzir as emissões porque não aceitam desacelerar o crescimento e insistem que os países mais ricos devem pagar a maior parcela da conta.
Antes da reunião, a secretária para o clima da ONU, Christiana Figueres, disse não esperar que muitos países apresentassem metas com números, mas destacou a presença de todos os atores importantes: governos, municípios, empresas, grupos financeiros e ONGs.
"Devemos trabalhar para mobilizar dinheiro e mobilizar os mercados. Vamos investir nas soluções climáticas disponíveis. Precisamos de todas as instituições financeiras públicas para este desafio. E precisamos trazer o setor financeiro privado", disse Ban Ki-moon.
Quase 250 presidentes de empresas participam na reunião de Nova York, que parte com a vantagem, segundo a ONU, de evitar os erros de Copenhague-2009, onde os chefes de Estado e de Governo chegaram apenas no último momento.
Exame.com

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

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Estudo diz que mudança climática provocará secas severas

Mulher tenta pegar água em uma represa ressecada em Tianlin, na região autônoma chinesa de Guangxi Zhuang

Roma - As mudanças climáticas vão provocar secas severas nas próximas décadas piores do que qualquer uma já vista nos últimos 2.000 anos, alertou uma nova pesquisa.
Nas regiões semiáridas, como o sudoeste dos Estados Unidos, há uma chance de 80 por cento de que ocorra uma seca que dure mais de uma década, informou um estudo publicado no Journal of Climate.
O artigo escrito por acadêmicos da Universidade de Cornell, do Serviço Geológico dos EUA e da Universidade do Arizona combina dados históricos sobre secas com novos modelos climáticos analisando mudanças nos padrões de ocorrências de chuvas causadas pelo aquecimento global.
Um cenário pessimista coloca a chance de uma seca nos Estados Unidos durar mais de 35 anos entre 20 e 50 por cento.
O fardo da seca também deve pesar sobre países subtropicais em desenvolvimento, inclusive no mar Mediterrâneo, no sul e no oeste da África e na América Latina.
"Os riscos nos subtrópicos parecem ser tão altos quanto ou mais altos que as estimativas para o sudoeste dos Estados Unidos", escreveram os pesquisadores.  Secas ocorridas no passado como a prevista agora são a suposta causa do colapso de civilizações importantes, como o império Khmer no Sudeste da Ásia, que caiu no século 14.
A seca nos EUA nos anos 1930, que durou aproximadamente uma década, forçou um grande movimento migratório e agravou ainda mais a Grande Depressão.  Pesquisadores disseram que a gravidade da seca pode ser ainda pior se o aquecimento global não for revisado.
"A seriedade da seca no futuro será exacerbada por aumentos de temperatura, implicando que os nossos resultados deveriam ser vistos como conservadores", disseram.
"Estes achados enfatizam a necessidade de desenvolver estratégias de alívio à seca que possam lidar com décadas de mudança climática". 
Exame.com

7 tecnologias incríveis para limpar a água


A água pode parecer um recurso natural abundante. Mas está cada vez mais poluída e mais escassa.
Existem muitos lugares no mundo onde há água, mas ainda não é filtrada.
Mais de um bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à água limpa. Isso leva à morte de uma criança com menos de 5 anos a cada minuto no mundo.
Os cientistas estão preocupados com a qualidade da água mundial.
E por isso têm trabalhado em projetos de limpeza e despoluição das águas. Veja algumas dessas ideias a seguir.

17. Território Britânico do Oceano Índico

Ocean Cleanup

O holandês Boyan Slat, de 19 anos, criou a Ocean Cleanup, uma tecnologia capaz de limpar o lixo do Oceano Pacífico em uma década.
O sistema funciona como uma barreira flutuante que aproveita as correntes oceânicas para bloquear os resíduos encontrados no mar Nos testes com um protótipo, a barreira foi capaz de coletar plásticos em até três metros de profundidade.
O sistema também recolheu pouca quantidade de zooplâncton, o que facilita o reaproveitamento e a reciclagem do plástico.
A estimativa é de que o sistema remova 65 metros cúbicos de lixo por dia.

Ocean Cleanup, uma tecnologia capaz de limpar o lixo do Oceano Pacífico em uma década

Piscina flutuante

Uma piscina de tamanho olímpico flutuará sobre o East River da cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
O objetivo é limpar as águas do rio e ao mesmo tempo oferecer um lugar inusitado para a população se refrescar durante o verão.
o sistema de filtração em camadas gradualmente elimina as bactérias e contaminantes, garantindo água limpa segundo as normas municipais e estaduais de qualidade. Sem produtos químicos, sem aditivos, água natural apenas".
Orçado em 15 milhões de dólares, o sistema de filtragem da piscina limpará as águas enquanto flutua sobre elas.
O formato de sinal positivo possibilita que haja diferentes alas na piscina, separadas umas das outras e para diferentes tipos de atividades.


Uma piscina de tamanho olímpico flutuará sobre o East River da cidade de Nova York, nos Estados Unidos

Casca de banana

Cascas de banana trituradas podem funcionar como um remédio eficaz em águas poluídas por pesticidas.
Esse poder de despoluir a água por um custo zero foi descoberto por uma equipe de cientistas liderados pela pesquisadora Claudineia Silva, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba.
Os pesquisadores secaram cascas de banana maduras em um forno a 60ºC por um dia, equivalente ao material exposto ao Sol durante uma semana.

Peixe robótico

Cientistas da Michigan State University (MSU) criaram um peixe robótico, o Grace.
O objetivo da tecnologia é analisar a água e detectar substâncias tóxicas em rios e lagos.
Sensores no aparelho permitem a coleta de dados sobre temperatura e qualidade da água.
Grace pode fazer viagens de longa distância sem que a bateria descarregue graças a uma bomba que empurra a água para dentro e para fora do robô.

Peixe robótico Grace, da Michigan State University

Lente solar

Deshawn Henry, estudante de Engenharia Civil da Universidade de Buffalo, criou uma lente solar capaz de filtrar a água.
O sistema de baixo custo tem potencial para ajudar as comunidades mais carentes.
Para criar a lente, Henry usou materiais baratos de uma loja de hardware.
 O resultado foi um equipamento capaz de filtrar 99,9% das impurezas de um litro de água em cerca de uma hora.
A ideia de Henry tem potencial para ajudar a população de países menos desenvolvidos.
A lente aumenta a luz solar e aquece um litro de água a uma temperatura suficiente para filtrá-la
       À medida que o Sol muda de posição no céu, o recipiente de água precisa ser ajustado a fim de ficar no ponto focal da lente.
O processo de aquecimento elimina os agentes patogênicos presentes na água, deixando-a limpa e potável.

Deshawn Henry, estudante de Engenharia Civil da Universidade de Buffalo, criou uma lente solar capaz de filtrar a água

Filtro inteligente

Cientistas da Universidade de Michigan criaram um filtro inteligente que consegue limpar a água contaminada por óleo sem adição de substâncias químicas ou de alta pressão.
Segundo o estudo, a tecnologia pode ser usada em acidentes petrolíferos.
Os pesquisadores criaram um revestimento feito com um nanomaterial que repele óleo, mas atrai a água.
Esse material é uma mistura de uma borracha de um polímero e uma nova nanopartícula.
Durante os testes, os pesquisadores aplicaram o material em soluções que continham misturas de água e óleo e emulsões.
A eficiência do material chegou a 99,9%, em diferentes situações.

Cientistas da Universidade de Michigan criaram um filtro inteligente que consegue limpar a água contaminada por óleo

Robô contra o petróleo

O designer coreano Hsu Sean criou um robô capaz de limpar áreas atingidas por vazamento de petróleo. Segundo Sean, a opção é prática e segura.
O Bio-Cleaner funciona como um aspirador de pó marinho. O helicóptero lança o equipamento na área atingida pelo vazamento. Então, ele suga o óleo e começa a limpar a água.
O sistema é composto por um robô amarelo que tem três braços, além de uma bomba embutida.
Assim, a ferramenta consegue se movimentar e separar os resíduos da água. Há também um compartimento com bactérias capazes de degradar o petróleo na água.
O dispositivo também tem um sistema de onda acústica. Ele emite ondas sonoras de alta frequência para manter os animais distantes da região afetada.
Essa funcionalidade é importante porque evita que animais morram ao entrar em contato com o óleo.


O designer coreano Hsu Sean criou um robô capaz de limpar áreas atingidas por vazamento de petróleo, o Bio-Cleaner


Exame.com

Mistério cerca túmulo da época de Alexandre, o Grande, encontrado na Grécia



Duas esfinges guardam a entrada do túmulo em Amphipolis Foto: Ministério da Cultura da Grécia

ANFÍPOLIS, GRÉCIA - A descoberta de uma enorme tumba no Norte da Grécia, que data do tempo de Alexandre, o Grande, da Macedônia, entusiasmou os moradores do país no Mediterrâneo, distraindo-os da terrível crise que a economia local enfrenta há anos. Gregos, assim como arqueólogos do mundo todo, agora se perguntam quem estaria enterrado em um túmulo tão imponente.

A descoberta aconteceu no início de agosto. Segundo o site da BBC, uma equipe de arqueólogos gregos liderados por Katerina Peristeri desenterrou o que, dizem as autoridades, seria o maior cemitério já descoberto no país. O achado está num monte na Anfípolis antiga, uma grande cidade do reino da Macedônia, 100km a leste de Thessaloniki, segunda maior cidade da Grécia.
A estrutura remonta ao final do século IV a.C., e o muro ao redor dele é de 500 metros de circunferência, superando as dimensões do local de enterro do pai de
Alexandre, Filipe II, em Vergina, a oeste de Thessaloniki.
- Estamos observando com admiração e com profunda emoção a escavação em Amphipolis. Este é um monumento enterro de dimensões únicas e impressionante maestria artística. Os mais belos segredos estão escondidos logo abaixo de nossos pés - disse o ministro da Cultura da Grécia, Konstantinos Tasoulas.
Dentro da tumba, foram encontrados dois cariátides(estátuas de mulheres com túnicas) de cerca de 2,7 metros de altura, colocados ali, possivelmente, para afastar instrusos da câmara principal. O novo sítio arqueológico está sob proteção policial 24 horas por dia. A ideia é manter jornalistas e turistas afastados enquanto os cientistas realizam seu trabalho.
Só a equipe de arqueólogos pode dar pistas sobre quem está enterrado ali, mas os envolvidos ainda estão entretidos em medidas para preservar o local (uma das câmaras da tumba corre o risco de desabar). Para a população dos vilarejos ao redor do sítio, entretanto, não há dúvidas de que Alexandre, o Grande, é o dono do túmulo. Mas esta afirmação é tratada como especulação pelo governo grego, já que, até hoje, acredita-se que Alexandre estaria enterrado em algum lugar do Egito.

Rosto de pedra dentro da tumba recém descoberta
O Globo.com




Sonda chega a Marte para estudar atmosfera do planeta

Representação artística da aproximação da sonda Maven de Marte

Depois de uma viagem de dez meses e 700 milhões de quilômetros, a sonda Maven, da Nasa, alcançou com sucesso a órbita de Marte neste domingo. A sonda vai estudar a atmosfera do planeta vermelho, em um dos passos para uma futura missão tripulada.
Durante a aproximação de Marte, os seis foguetes da sonda frearam por 33 minutos em uma manobra que permitiu que a Maven fosse capturada pela órbita do planeta. Agora, a sonda vai iniciar a coleta de dados sobre a composição da atmosfera marciana e o ritmo com que o planeta perde gases devido à falta da proteção de um campo eletromagnético. Os cientistas também pretendem descobrir com a missão se Marte, como se acredita, era um planeta repleto de oceanos que foi perdendo a água pela ação constante dos ventos solares.

Cometa – A primeira missão para testar os instrumentos da sonda será a passagem do cometa Siding Spring perto de Marte em outubro, um evento que não estava previsto inicialmente na missão. Esta coincidência permitirá conhecer como a passagem de um cometa tão perto afeta a atmosfera de um planeta. O Siding Spring passará a menos de 70 mil quilômetros de Marte.
Veja.com

domingo, 21 de setembro de 2014

Marcha contra mudanças climáticas em Nova York

Marcha contra mudanças climáticas
Ativistas de todo o mundo, celebridades e líderes políticos se mobilizaram neste domingo em Nova York em uma grande marcha contra as mudanças climáticas que tenta entrar para a história, com um número recorde de participantes, às vésperas de uma cúpula da ONU sobre o tema.




"Esta marcha marca uma pauta histórica. Para nós, serve para que os governantes entendam que há um povo afetado, organizado e mobilizado em nível mundial. Eles têm que nos ouvir!", disse à AFP Juan Pedro Chang, um peruano de 57 anos que chegou de Paramonga, 220 km ao norte de Lima.
As 1.572 organizações de todo tipo que convocaram a passeata em Nova York esperavam mais de 100.000 pessoas. No total, 2.700 eventos estão previstos em 162 países, entre eles mobilizações simultâneas organizadas em Londres, Paris, Berlim, Rio de Janeiro, Melbourne, Istambul e Bogotá.
O protesto acontece dois dias antes da cúpula do clima em Nova York convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, que terá a participação de mais de 120 chefes de Estado.
O ator Leonardo di Caprio, o ex-vice-presidente americano Al Gore, Ban Ki-moon e o prefeito de Nova York confirmaram presença no protesto em Manhattan.



Com as fachas "Marcha do Clima do Povo" e "Linha de frente da crise e Vanguarda da mudança" à frente, a manifestação começa no Central Park e deve terminar durante a tarde perto do rio Hudson, no oeste de Manhattan.
"Participo da marcha porque quero construir um futuro mais luminoso para minha família", disse Stanley Sturgill, um mineiro aposentado de 69 anos, vindo do Kentucky (centro dos Estados Unidos), que sofre com problemas pulmonares depois de ter passado mais de 40 anos trabalhando na exploração de carvão.
"Acabamos com nossa água, com nossa saúde, e nossa economia está em queda. As mudanças climáticas são algo real. E sei que não precisamos acabar com o nosso planeta e que podemos mudar as coisas", ressaltou Sturgill, um dos oradores na entrevista coletiva à imprensa antes da mobilização.

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,milhares-de-pessoas-vao-as-ruas-de-ny-em-marcha-pelo-clima,1563871O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,milhares-de-pessoas-vao-as-ruas-de-ny-em-marcha-pelo-clima,1563871O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,milhares-de-pessoas-vao-as-ruas-de-ny-em-marcha-pelo-clima,1563871

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O gelo da Groenlândia está ficando cinza

"Neve Negra", um fenômeno que vem acontecendo na Groenlândia (Foto: Reprodução/JasonBox)

Na teoria, as geleiras são brancas. Mas não é isso que está acontecendo com os grandes blocos congelados da Groenlândia. Conhecido como “Neve Negra”, o fenômeno se encontra em seu pior momento e a sua consequência pode ser devastadora.
Assim como uma camiseta preta assimila mais calor, o mesmo acontece com a geleira. O problema, no entanto, é que isso significa um processo de derretimento maior. Em busca de uma resposta para tal fato, Jason Box, professor da Geological Survey of Denmark and Greenland foi até lá estudar a região.

Sua justificativa do fenômeno é um combinado de fatores: tempestades de verão, ventos de areia, atividade de micróbios e fuligem de incêndios florestais. Outra resposta é que isso é mais uma consequência desconhecida do aquecimento global. O pesquisador usou de exemplo os buracos da Sibéria e as bolhas de metano para reforçar sua segunda probabilidade.
“Eu fiquei simplesmente assustado”, afirma o geólogo ao site Slate. No ano de 2014, as geleiras se encontram mais negras do que nunca. “O lençol escuro ficou 5,6% mais negro, produzindo uma absorção de energia equivalente ao dobro do consumo elétrico norte-americano anual”, contou Box.
 2014 também foi o ano de maior número de incêndios florestais dos últimos no Ártico. O geólogo calculou que isso vem acontecendo duas vezes mais do que na última década. Somente no Canadá, mais de 3.3 milhões de hectares pegaram fogo este ano. Para Box, isso “está indo para as geleiras da Groenlândia”.
Segundo o cientista da Nasa Douglas Morton, isso é um grande problema: “Ter tantos casos de incêndios assim é um grande evento na vida do nosso planeta”. O desafio de Jason Box, no entanto, é descobrir o que é poeira das queimadas e o que é oriundo de fábricas.
Com um uma mensagem postada em sua rede social com a seguinte frase: “Se apenas uma pequena fração do carbono do Oceano Ártico for liberado para a atmosfera, nós estaremos "fritos".
Depois disso, inspirada em seu post, uma petição online conseguiu mais de dois milhões de assinaturas para a organização ativista Avaaz. A intenção da comoção é conseguir enviar seus “líderes” para o encontro sobre aquecimento global que acontecerá no dia 21 de setembro, em Nova York.
Galileu.com

Saiba como avistar a Estação Espacial Internacional a olho nu

Nos dias certos, a ISS é o terceiro objeto mais brilhante do céu noturno (Foto: Travis Wohlrab/Facebook)

Três astronautas estão a mais de 400 quilômetros do chão, girando ao redor de nosso planeta a incríveis 27 mil quilômetros por hora. A esta velocidade, eles completam 15 órbitas por dia em volta da Terra (e pensar que há pouco tempo já chegamos a achar uma façanha dar uma única volta ao mundo em 80 dias). A mega-obra de engenharia que abriga esta tripulação é a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), fruto de um esforço multinacional que resultou na conclusão do projeto em 2000. Desde então, o satélite habitável jamais ficou sem seres humanos – são 14 anos ininterruptos no espaço, um recorde absoluto na história da exploração espacial.
O mais legal de tudo é que você pode ver por alguns minutos uma passagem da ISS a olho nu, mesmo morando em uma grande metrópole! Por ser uma estrutura enorme feita de metal, ela acaba refletindo muita luz do sol. Nos dias de melhor visibilidade, a estação é o terceiro objeto mais brilhante do céu noturno. Agora nos últimos dias de setembro, várias cidades brasileiras vão poder observá-la. Mas o que você precisa fazer para conseguir? Primeiramente, é necessário viver na região clara do mapa abaixo
A área clara pode avistar a ISS a olho nu (Foto: NASA)

Agora, o próximo passo é saber quando o satélite passará pela sua cidade. A própria NASA oferece um serviço muito bacana para conseguir achar com exatidão a ISS: o site Spot The Station (Detecte a Estação) tem um catálogo de milhares de cidades pelo mundo, basta procurar pela sua localidade para ter acesso a uma lista detalhada com todas as próximas oportunidades de observação, incluindo dia, hora e o local do céu para onde se deve olhar. Confira um exemplo para São Paulo. Outro ótimo recurso disponibilizado é o de alertas, que te avisa por e-mail ou SMS quando a estação passará por cima de onde você mora.
O site ISS Astro Viewer oferece algumas ferramentas bem interessantes em tempo real: ele mostra o que os astronautas da tripulação estão vendo quando olham para baixo, além de determinar em um mapa a localização exata do satélite em relação à superfície e de sua rota. O serviço também conta com um localizador de cidades e oportunidades, mas com um diferencial – ele inclui em barrinhas verdes o quão brilhante a ISS estará na ocasião. Conseguimos saber, por exemplo, que em São Paulo a estação estará mais visível no dia 26 de setembro, com brilho máximo.
A última dica é baixar um dos vários aplicativos existentes que ajudam a achar a ISS. Se você tem um aparelho Android, recomendamos o ISS Detector, que indica por GPS para onde olhar e também emite alertas e monitora até as condições climáticas. Para sistemas iOS, o ISS Spotter é uma boa opção, com funções bastante parecidas.
Galileu.com

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

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Planeta pode ter 11 bi de habitantes em 2100, diz estudo

 Executivos atravessam uma rua de Tóquio

Ao contrário do que previam os especialistas em demografia, a população mundial deverá crescer sem parar até o fim do século 21.
Com a aplicação de ferramentas estatísticas sofisticadas, um novo estudo indica que o planeta tem alta probabilidade de chegar ao ano de 2100 com 11 bilhões de habitantes - dois bilhões a mais do que as estimativas anteriores.
De acordo com a pesquisa, publicada nesta quinta-feira, 18, na revista Science, a maior parte da explosão populacional ocorrerá na África, que poderá quadruplicar sua população e chegar ao fim do século com 4 bilhões de pessoas.
O estudo também prevê que, em 2100, a população do Brasil estará mais envelhecida que a população atual do Japão.
Originalmente, esperava-se que a população do planeta - com 7,2 bilhões de habitantes atualmente - atingiria um pico de 9 bilhões em 2050, para depois se estabilizar, ou até mesmo declinar.
Mas o novo estudo coordenado pela Universidade de Washington e pela Organização das Nações Unidas (ONU), revela uma probabilidade de 80% de que a população mundial aumente para um número entre 9,6 e 12,3 bilhões de habitantes até 2100.
De acordo com um dos autores do estudo, Adrian Raftery, da Universidade de Washington, o artigo analisa os dados mais recentes da ONU sobre população mundial, publicados em julho.
"Aquele foi o primeiro relatório populacional oficial da ONU a empregar a metodologia conhecida como probabilidade bayesiana, que combina todo tipo de informação disponível para gerar previsões com margens de erro muito menores", disse Raftery.
Segundo Raftery, antes os relatórios se baseavam em cenários, que não permitiam considerar tantas nuances.
"Sem considerar probabilidades, os cenários tinham 50% de chance de levar a conclusões erradas. Usando inferências estatísticas, pudemos estreitar a gama de resultados possíveis - o que será útil para a discussão de políticas públicas", explicou.
O estudo indica uma probabilidade de 70% de que a população mundial não se estabilize neste século.
"Isso coloca a questão populacional de volta como prioridade na agenda internacional", declarou.
O estudo mostrou que a África, hoje com um bilhão de habitantes, tem 80% de chances de chegar ao fim do século com população entre 3,5 e 5,1 bilhões de pessoas.
"A principal razão para isso é que as taxas de natalidade na África Subsaariana não têm caído tão rápido quanto se previa", disse Raftery.
As mudanças nos outros continentes são menores, de acordo com as novas estimativas. A Ásia, hoje com 4,4 bilhões, deverá ter um pico de 5 bilhões em 2050, para começar a declinar depois disso.
A América do Norte e a Europa deverão ficar com menos de um bilhão de habitantes cada.
A população da América do Sul deverá chegar a 467 milhões de habitantes em 2100, de acordo com o estudo. No conjunto da América Latina e Caribe, a previsão é de 736 milhões de habitantes até o fim do século.
Envelhecimento
Outro aspecto considerado no estudo foi o provável nível de envelhecimento da população em diferentes países.
A medida usada para isso é a taxa PSR (Potential Support Ratio), que consiste na razão entre a população economicamente ativa - de 20 a 64 anos - e o número de pessoas com mais de 65 anos. Quanto mais baixa a taxa PSR, mais envelhecida a população.
O estudo prevê que a população brasileira, em 2100, estará mais envelhecida que a população atual do Japão. A taxa PSR do Brasil, que atualmente é de 8,6, cairá até o fim do século para 1,5.
Atualmente, a taxa PSR mais baixa do mundo é a japonesa, com 2,6. De acordo com o artigo, o único país que terá taxa PSR acima de 3 no fim do século é a Nigéria, que passará do índice atual de 15,8 para 5,4.
Exame.com