sexta-feira, 30 de maio de 2014

O "asteroide" que causará a próxima grande extinção

 O mico-leão-dourado, exemplo de espécie que foi salva da extinção (Foto: Stuart Pimm, Duke University/AP)
Terra já passou, ao longo de sua história, por vários eventos catastróficos. Cientistas calculam que houve pelo menos cinco grandes extinções em massa. A última aconteceu há 65 milhões de anos, quando o impacto de um asteroide causou a extinção de 75% das espécies vivas - entre elas os dinossauros. Um estudo publicado na revista Science nesta sexta-feira (30) mostra que nós podemos ter entrado em uma nova era de extinção em massa de espécies. A diferença é que o "asteroide" da vez é a própria humanidade.
Segundo o estudo, liderado por Stuart Pimm, da Universidade de Duke, e com a participação do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE), de Nazaré Paulista (SP), a ação humana acelera o ritmo de extinções de espécies. Isso ocorre pela destruição do habitat dos animais, com o desmatamento, e pelo aquecimento global causado por emissões de gases de efeito estufa.
Os pesquisadores usaram dados fósseis cara calcular o ritmo de extinções no passado, e compararam com os dados atuais. Os cálculos mostraram que uma espécie em cada dez milhões era extinta por ano antes do surgimento dos humanos. Essa taxa é minúscula comparada aos dados atuais - o estudo defende que, atualmente, 100 espécies em cada milhão entram em extinção a cada ano. Ou seja, o ritmo de extinções é mil vezes maior hoje do que antes do surgimento da humanidade.
Apesar dos resultados, o estudo não é todo pessimista. Segundo Primm, novas tecnologias de comunicação, como bancos de dados online e aplicativos de celular, estão permitindo identificar espécies com mais facilidade e velocidade hoje do que no passado. A informação disponível ajuda a determinar se uma espécie está ameaçada ou não, e é crucial na proteção das espécies.
Apesar de difícil, esforços de governos, ONGs e empresas mostram que é possível proteger espécies ameaçadas. O Brasil tem alguns casos positivos para mostrar, como o sucesso na reabilitação do mico-leão-preto e da baleia jubarte.
Época.com

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