domingo, 13 de abril de 2014

ONU pede revolução energética contra o aquecimento climático

Fumaça emana das chaminés de maior usina termelétrica a carvão da Europa, na Polônia; climatologistas alertaram neste domingo sobre os perigos do aquecimento global Foto: Peter Andrews / Reuters

Um grupo de especialistas das Organizações da Nações Unidas (ONU) afirmou neste domingo que o mundo pode alcançar o objetivo de limitar a dois graus celsius o aquecimento antes de 2050, se reduzir entre 40% e 70% suas emissões de gases de efeito estufa, especialmente no setor energético.
Os especialistas da ONU apontam que esta revolução energética requer o abandono de combustíveis fósseis poluentes e a utilização de fontes mais limpas para evitar o efeito estufa, que poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC antes de 2100, um nível catastrófico, segundo os cientistas.
"Há uma clara mensagem da ciência: para evitar uma interferência perigosa com o sistema climático, temos que deixar de continuar operando igual", explicou Ottmae Edenhofer, copresidente do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, que elaborou o documento.
Segundo o relatório do IPCC divulgado em 31 de março, o aumento das emissões de CO2 elevará durante este século os riscos de conflitos, fome, enchentes e migrações. "O aumento de temperaturas aumenta a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis", em todo o mundo, alertou o informe do IPCC.
Problemas regionais
Na América do Sul, a Amazônia é um dos ecossistemas que mais poderão ser prejudicados. Os polos, os pequenos Estados insulares no Pacífico e os litorais marítimos de todos os continentes também podem sofrer com a mudança, acrescenta o texto.
A alta das temperaturas reduzirá o crescimento econômico mundial entre 0,2% e 2% ao ano - calculam os cientistas. Nesse sentido, o IPCC reivindica um pacto mundial até o final de 2015 para limitar esse aumento a até 2ºC no século atual.
A mudança climática pode provocar mais conflitos regionais, devido às migrações (em êxodo) das populações afetadas pelas enchentes e à competição pelo monopólio de água e comida, além de diversos prejuízo financeiros em bilhões de dólares.

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