quarta-feira, 30 de abril de 2014

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O Futuro da Comida: Cinco passos para alimentar o mundo

NG - Embora as pequenas propriedades sejam menos produtivas que as do agronegócio, elas geram maior proporção de alimentos para o consumo humano
por Jonathan Foley
Onde encontrar comida para 9 milhões de pessoas?

Ameaças ao meio ambiente costumam ser logo associadas à fumaça emitida por carros e chaminés – jamais a almoços e jantares. Nossa fome, porém, tem sido um perigo para a natureza.
A agricultura está hoje entre os maiores responsáveis pelo aquecimento global por lançar na atmosfera uma quantidade de gases associados ao efeito estufa maior que a de todos os carros, caminhões, trens e aviões juntos – sobretudo sob a forma de gás metano (produzido na digestão do gado e em plantações de arroz), do óxido nitroso (oriundo dos campos cultivados) e do dióxido de carbono (liberado pelo desmatamento em regiões tropicais com o objetivo de abrir novas plantações e pastagens). O setor agrícola é o maior usuário dos nossos preciosos suprimentos de água doce e um dos maiores poluidores, na medida em que a drenagem de água, mesclada a fertilizantes e excrementos, perturba o frágil equilíbrio de lagos, rios e ecossistemas litorâneos em todo o mundo. A atividade também contribui para a perda de biodiversidade. Sempre que a fronteira agrícola avança sobre campos e florestas, estamos destruindo hábitats cruciais.
Os desafios ambientais postos pela agricultura são imensos e tendem a ficar mais urgentes à medida que nos empenhamos em satisfazer a fome crescente no planeta. Vamos ter mais 2 bilhões de bocas para alimentar até meados deste século – seremos 9 bilhões de pessoas. O mero crescimento demográfico não é o único motivo de necessitarmos de mais comida. A redução da pobreza ao redor do mundo, sobretudo na China e na Índia, levou ao crescimento da demanda por carne, ovos e laticínios, assim como ao aumento da pressão para cultivar mais milho e soja, essenciais na manutenção dos rebanhos de vacas, porcos e galinhas. Confirmando-se tais tendências, até 2050 será preciso nada menos que dobrar a quantidade de alimentos cultivados na Terra.
Infelizmente, a discussão sobre a melhor maneira de enfrentar o desafio global dos alimentos tornou-se polarizada demais. Opõe de um lado a agricultura convencional e o agronegócio global e, de outro, os métodos e os produtores dedicados aos cultivos locais e orgânicos. Modernas técnicas de mecanização e irrigação, fertilizantes e sementes geneticamente modificadas podem aumentar a produção. Se priorizados nas políticas de governos, sitiantes também poderiam produzir mais – sem recorrer a aditivos sintéticos.
Todos os argumentos estão certos. E, no fim das contas, não é preciso decidir entre uma coisa e a outra. Há acertos e erros dos dois lados. O mais sensato seria que explorássemos todas as boas ideias, o melhor de ambas as posições.
Eu tive o privilégio de liderar um grupo de cientistas no exame de uma questão simples: de que maneira o mundo pode duplicar a oferta de alimentos e, ao mesmo tempo, reduzir os danos ambientais? Concluímos que, cumprindo cinco etapas, será viável solucionar o dilema.
PRIMEIRO PASSO Interromper o aumento do impacto ambiental da agricultura
Ao longo de quase toda a história, sempre que se colocava a questão de obter mais comida, derrubavam- se florestas ou semeavam-se campos de pastagens, ampliando assim a área de cultivo. Hoje reservamos no mundo para as plantações uma área mais ou menos equivalente à de toda a América do Sul. Para criar animais, usamos uma quantidade de terras ainda maior – uma área similar à da África. O impacto da agricultura já resultou na perda de ecossistemas de uma extremidade a outra do planeta, entre os quais as pradarias na América do Norte e a Mata Atlântica no Brasil. Não temos mais condições de aumentar a área de cultivo. Substituir a floresta tropical por áreas agrícolas é uma das coisas mais destrutivas que podemos fazer em relação ao ambiente – e raras vezes isso ocorre em benefício dos 850 milhões de pessoas que ainda passam fome no mundo. A maior parte da terra desmatada nos trópicos não contribui para a segurança alimentar global: em vez disso, acaba sendo destinada à criação de gado, ao cultivo de soja para a produção de rações animais, assim como para o aproveitamento da madeira e do óleo de palma. Impedir o desmatamento deveria ser uma prioridade absoluta no mundo atual.
SEGUNDO PASSO Aumentar a produtividade das plantações existentes
A partir da década de 1960, a “revolução verde” ampliou a produtividade agrícola na Ásia e na América Latina graças a variedades aperfeiçoadas de sementes e ao uso intensivo de fertilizantes, irrigação e mecanização – ainda que com altos custos ambientais. Hoje o mundo pode se concentrar em obter melhores resultados em terrenos menos produtivos – sobretudo na África, na América Latina e no Leste Europeu –, onde ainda há “hiatos de produtividade” entre os níveis atuais e o que daria para obter com melhores técnicas agrícolas. Com uso de métodos de cultivo de tecnologia avançada e de grande precisão, assim como de abordagens desenvolvidas na agricultura orgânica, seria possível multiplicar várias vezes a produtividade nessas regiões.
TERCEIRO PASSO Uso eficiente dos recursos
A revolução verde dependia do uso intensivo – e insustentável – da água e de produtos químicos obtidos de combustíveis fósseis. No entanto, a agricultura comercial vem passando por avan­ços enormes, encontrando maneiras inovadoras de aplicar fertilizantes e pesticidas de forma mais precisa graças a tratores dotados de equipa­mentos computadorizados, sensores avançados e aparelhos de GPS. Muitos cultivadores aplicam misturas de fertilizantes exatamente apropriadas às condições peculiares do terreno, o que ajuda a minimizar a contaminação por substâncias químicas das vias fluviais próximas.
O cultivo orgânico também reduz o uso de água e produtos químicos, ao fazer uso de cultu­ras de cobertura, de acolchoados e de composta­gem para melhorar a qualidade do solo, diminuir a perda da água e assegurar a contenção de nu­trientes. Sitiantes passaram a ter mais cuidado com a água, substituindo sistemas de irrigação pouco eficientes por outros mais precisos, como a irrigação por gotejamento sob a superfície.
QUARTO PASSO Mudanças na dieta
Vai ser mais fácil alimentar 9 bilhões de pessoas se uma proporção maior das safras hoje cultiva­das servir para a nutrição humana. Apenas 55% das calorias presentes em safras agrícolas atuais seguem para a mesa das pessoas. O restante vira ração para animais (cerca de 36%) ou então se converte em biocombustíveis e produtos indus­triais (por volta de 9%). Embora muitos de nós consumamos carne, laticínios e ovos de animais criados em estábulos fechados, apenas uma fra­ção das calorias existentes nas rações proporcio­nadas aos rebanhos acaba na carne e no leite que chegam à nossa mesa. Para cada 100 calorias, nos grãos, com as quais alimentamos os ani­mais, obtemos apenas 40 novas calorias no leite, 22 nos ovos, 12 na carne de frango, 10 na de por­co e meras 3 calorias na carne bovina. Encontrar formas mais eficientes de criar gado e adotar die­tas com menos carne poderia liberar quantida­des substanciais de comida ao redor do mundo. Uma vez que, nos países em desenvolvimento, é improvável que as pessoas passem a comer menos carne no futuro próximo, dada a recente melhoria em seu nível de vida, poderíamos nos concentrar antes nos países já habituados a essa dieta. A redução do cultivo de safras para a pro­dução de biocombustíveis também seria um jeito eficaz de ampliar a disponibilidade de alimentos.
QUINTO PASSO Diminuir o desperdício
Estima-se que um quarto de todas as calorias nos alimentos do mundo e até metade do peso total dos alimentos sejam perdidos ou desperdiçados antes mesmo de chegar aos consumidores. Nos países ricos, boa parte desse desperdício ocorre em residências, restaurantes e supermercados. Nos países mais pobres, o alimento em geral se perde no caminho entre o produtor e o mercado devido à precariedade do armazenamento e do transporte. No mundo desenvolvido, os consu­midores poderiam reduzir o desperdício por meio de iniciativas simples e fáceis, como servir porções menores, reaproveitar as sobras e incen­tivar lanchonetes, restaurantes e supermercados a tomar medidas contra o desperdício.
EM CONJUNTO, essas cinco etapas poderiam mais do que duplicar o suprimento de comida e redu­zir o impacto da agricultura sobre o ambiente em todo o mundo. Mas não vai ser fácil. Essas iniciativas requerem uma grande mudança de mentalidade e de comportamento. Ao longo de quase toda a história, ficamos ofuscados pelo im­pulso desenfreado de sempre extrair mais da ter­ra – desmatando cada vez mais, cultivando áreas maiores, consumindo recursos sem parar. Temos de achar uma forma de conciliar a necessidade de produzir mais alimentos com a preservação do planeta para as gerações futuras.
Este é um momento crucial, no qual enfrenta­mos ameaças sem precedentes para a segurança alimentar e a preservação do ambiente. A boa notícia é que sabemos o que nos cabe fazer. Pre­cisamos agora achar uma maneira de realizar isso. Enfrentar os desafios alimentares globais vai exi­gir de todos um maior cuidado com a comida que colocamos no prato. Teremos de estabelecer a ligação entre o alimento e aqueles que o pro­duzem e também entre o alimento e a terra, as bacias fluviais e o clima, que nos garantem a vida. Enquanto empurramos os carrinhos por entre as gôndolas dos supermercados, as escolhas que fi­zermos vão ajudar a definir o nosso futuro.
National Geographic

Para OMS, resistência de bactérias a antibióticos é 'ameaça global'

Antibióticos (BBC)

A resistência a antibióticos é uma "ameaça global" à saúde publica, segundo um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O órgão analisou dados de 114 países e afirmou que essa resistência está ocorrendo "em todas as regiões do mundo".
A OMS disse que caminhamos rumo a uma "era pós-antibiótico", em que pessoas morrem de infecções simples que são tratáveis há décadas.
Ainda acrescentou que provavelmente haverão consequências "devastadoras" a não ser que medidas sejam tomadas com urgência.
Doenças comuns

O relatório trata de sete bactérias que causam doenças comuns, ainda assim sérias, como pneumonia, diarreia e infecções sanguíneas.
O documento indica que dois antibióticos-chave não funcionam em mais da metade dos pacientes, em vários países.
Um deles, o carbapedem, é usado como um "último recurso" para tratar infecções potencialmente mortais, como pneumonia, infecções sanguíneas e infecções em recém-nascidos, causadas pela bactéria K.pneumoniae.
Bactérias normalmente sofrem mutações até se tornarem imunes a antibióticos, mas o mal uso desses medicamentos - como sua prescrição desnecessária por médicos ou pacientes que não terminam seus tratamentos - faz com que isso ocorra mais rápido.
A OMS diz que novos antibióticos devem ser desenvolvidos, enquanto governos e indivíduos devem tomar medidas para retardar o processo de resistência das bactérias.
No relatório, o órgão diz que a resistência a antibióticos como o usado para combater a bactéria E.coli em infecções urinárias aumentou de "praticamente zero" nos anos 1980 para mais da metade dos casos atuais.
Em alguns países, o antibiótico usado para tratar essa infecção não funcionaria em "mais da metade das pessoas tratadas com o medicamento".
"Sem uma ação urgente e coordenada entre as diferentes partes envolvidas nessa questão, o mundo caminha rumo a uma era pós-antibiótico, em que infecções comuns e ferimentos simples que são tratáveis há décadas podem matar novamente", afirma Keiji Fukuda, diretor-geral assistente da OMS.
Fukuda diz que os antibióticos têm sido um dos "pilares" que levaram as pessoas a viver por mais tempo e de forma mais saudável.
"A não ser que medidas sejam tomadas para melhorar os esforços de prevenir infecções e mudar a forma como produzimos, prescrevemos e usamos antibióticos, o mundo perderá uma das armas da saúde pública", afirma Fukuda. "As implicações disso serão devastadoras."
Falha

O relatório também identificou que um tratamento usado como último recurso para combater a gonorréia, infecção transmitida sexualmente e que pode levar à infertilidade, "havia falhado" no Reino Unido, na Áustria, na Austrália, no Canadá, na França, no Japão, na Noruega, na África do Sul, na Eslovênia e na Suécia.
Mais de um milhão de pessoas no mundo contraem gonorréia diariamente, segundo a OMS.
O relatório lista medidas como melhores práticas de higiene, acesso a água limpa, controle de infecções em centros de saúde e vacinação como formas de reduzir a necessidade de antibióticos.
"Nós encontramos taxas altíssimas de resistência a antibióticos em nossas operações de campo", diz a Jennifer Cohn, diretora médica da organização Médicos Sem Fronteiras, para quem o relatório da OMS deve servir como um alerta.
"Governos devem incentivar o desenvolvimento de novos antibióticos de baixo custo que não dependam de patentes e que sejam adaptados às necessidades de países em desenvolvimento."
Plano global


Cohn acrescenta que um plano de ação global deve ser criado para o "uso racional de antibióticos" e para que "medicamentos de qualidade cheguem a quem precisa deles, mas sem serem usados em demasia ou vendidos a um preço que os tornem inviáveis".
Nigel Brown, presidente da Sociedade de Microbiologia Geral do Reino Unido, diz ser vital que microbiológos e outros pesquisadores trabalhem juntos para desenvolver novas abordagens para lidar com essa resistência de bactérias.
"Isso inclui novos antibióticos, mas também estudos que levem à criação de formas mais ágeis de diagnóstico, que ajudem a entendem como os micróbios se tornam resistentes a medicamentos e sobre como o comportamento humano influencia essa resistência."
No Brasil


Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), medidas vêm sendo tomadas desde 2011 no Brasil para reverter esse quadro.
"Havia no Brasil uma venda indiscriminada de antibióticos, assim como em outros países", diz Maria Eugênia Carvalhaes Cury, do Núcleode Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária.
"Por ter sido uma grande inovação tecnológica nos anos 1940, responsável por salvar muitas vidas e ampliar a expectativa de vida, esse tipo de medicamento não era visto como um vilão, mas como um herói. Mas, por muitos anos, sabia-se pouco sobre a possibilidade de haver resistência. Isso levou ao uso indiscriminado e suas consequências, o que fez a OMS indicar a restrição do seu uso."
Há três anos, a agência estabeleceu por meio de uma resolução a obrigatoriedade de apresentação de receita médica na venda deste tipo de medicamento e a retenção do documento, que passou a ter de apresentar uma data de validade para impedir a venda do antibiótico após esse prazo.
A Anvisa também estabeleceu que, em casos de uso prolongado do medicamento, o paciente não poderia levar para casa toda a quantidade necessária de uma só vez. Deveria voltar à farmácia mensalmente para obter o medicamento e, ao fim do prazo de validade, passar por uma nova consulta.
"Assim, o paciente avalia com o médico a necessidade de continuar o tratamento. Não queremos coibir o acesso, mas promover o uso racional", afirma Cury.
A partir de janeiro deste ano, as farmácias também passaram a ser obrigadas a alimentar uma base de dados única com detalhes da receita e do tratamento, além do nome do médico e do paciente.
"Em alguns anos, teremos uma série histórica que nos permitirá avaliar o uso de antibióticos no país e avaliar se a prescrição vem sendo feita de forma adequada e atacar outras causas do aumento da resistência de bactérias, como o uso inadequado do medicamento", diz Cury.
BBC.com

Erosão é ameaça maior para cidades costeiras do que elevação do mar, dizem cientistas


Inundação em Bangkok (Reuters)
A erosão do solo é uma ameaça mais imediata para as cidades costeiras do mundo do que a elevação do nível do mar, segundo cientistas.
Em algumas partes do globo, o solo está cedendo dez vezes mais rápido que a elevação do nível da água. As causas geralmente estão relacionadas a intervenções humanas na natureza.
Décadas de extração de água fizeram, por exemplo, o solo da cidade de Tóquio ceder dois metros antes da prática ser abolida.
Discursando na Assembleia geral do Sindicato Europeu de Geociência, pesquisadores disseram que outras cidades devem seguir o exemplo japonês.

Abaixo do nível do mar

Gilles Erkens, do Instituto de Pesquisas Deltares (IPD), em Utrecht, na Holanda disse que partes de Jakarta, na Indonésia, Ho Chi Minh, no Vietnã, Bangcoc, na Tailândia, e uma série de outras cidades costeiras podem chegar a patamares abaixo do nível do mar ao menos que medidas sejam tomadas.
"A erosão do solo e a elevação do nível do mar estão ocorrendo ao mesmo tempo e contribuindo para um problema em comum: inundações cada vez mais graves", disse Erkens à BBC.
O grupo de cientistas do IPD analisou as soluções criadas por essas cidades para o problema e identificou as melhores iniciativas.
"A melhor solução é também a mais rigorosa: parar de extrair água potável do subsolo. Mas, é claro, estas cidades precisarão de novas fontes de água potável. Tóquio fez isso, e a erosão praticamente parou. Veneza, na Itália, também fez isso."

Extração de água

A cidade italiana registrou uma intensa erosão no último século por causa da constante extração de água do subsolo.
Quando isso parou, a erosão foi interrompida, segundo análises feitas nos anos 2000.
Um estudo do pesquisador Pietro Teatini, da Universidade de Padova, mostrou que a erosão agora está restrita a certas áreas e associada a determinadas práticas.
"Quando um edifício é reformado, seu peso aumenta. Isso pode fazer o solo ceder até cinco milímetros por ano", afirma Teatini.
A intensidade da erosão depende de quão compacto é o solo abaixo dos edifícios, de acordo com a pesquisa.
Erosão natural

Como todas as cidades Veneza ainda tem que lidar com a erosão natural do solo.
Processos geológico fazem o solo da cidade ceder cerca de um milímetro por ano. Mas, de forma geral, o impacto gerado por intervenções humanas é maior do que a erosão natural.
Agora, cientistas têm uma ferramenta poderosa para analisar essa questão. Um equipamento conhecido como Interferometric Synthetic Aperture Radar sobrepõe imagens de satélite captadas ao longo do tempo para identificar as deformações do solo.
O banco de imagens tem registros feitos a partir dos anos 1990.
Enquanto isso, a Agência Espacial Européia acaba de lançar um novo satélite para ajudar neste tipo de estudo.
BBC.com

Equipe vai 'desbravar' continente de plástico do Atlântico Norte


Uma nova expedição científica partirá no início de maio em direção ao "7º continente", uma das gigantescas regiões onde se acumulam os resíduos de plástico nos oceanos, neste caso no Atlântico Norte.
No ano passado, no Pacífico, "pudemos constatar que este 7º continente existe", explica Patrick Deixonne, de 49 anos, que lançou o projeto depois de se deparar com esta ilha de poluição em uma competição de remo, realizada em 2009.
"Desta vez sabemos o que vamos encontrar, vamos tentar colocar em andamento coisas que nunca haviam sido feitas para estudar o fenômeno", acrescenta este ex-bombeiro da Guiana.
Uma equipe de nove pessoas partirá da Martinica, nas Antilhas, no dia 5 de maio a bordo de um catamarã de 18 metros. A expedição – organizada com o CNES, a agência espacial francesa, a ESA, a agência espacial europeia, o centro de pesquisa francês CNRS e a instituição científica Mercator Ocean – durará três semanas. "Vamos tentar alcançar o coração do giro oceânico no centro do mar dos Sargaços", no Atlântico norte, disse.
Milhares de toneladas de lixo proveniente da costa e dos rios flutuam nos cinco principais giros oceânicos, os turbilhões gigantes que criam as correntes marítimas em todos os oceanos, onde a força centrípeta leva os detritos ao centro.
O explorador se propõe a estudar os cinco giros e no próximo ano partirá ao Atlântico sul, com o objetivo de cartografar as zonas poluídas utilizando sistemas de radar.
G1

domingo, 27 de abril de 2014

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China conquista espaço na ciência global

Proteína tubo de ensaio

Os países emergentes — entre eles o Brasil — estão conquistando cada vez mais espaço no cenário global de produção científica, enquanto que os países mais desenvolvidos e tradicionalmente líderes nessa área perdem um pouco de terreno — em especial, os Estados Unidos e o Japão.
É o que mostra o relatório sobre Desempenho em Ciência e Tecnologia do G20, divulgado no início deste mês pela empresa Thomson Reuters, assim como os mais recentes indicadores do setor publicados pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA.
O país de maior destaque nos dois relatórios é a China, que num prazo de dez anos passou de oitava para segunda maior produtora de trabalhos científicos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (e da União Europeia, se o bloco for considerado como um todo).
Pelos dados da Thomson Reuters, que levam em conta todos os trabalhos publicados em revistas indexadas na base de dados Web of Science, a produção científica da China saltou de aproximadamente 48 mil artigos, em 2003, para 179 mil, em 2012 — um aumento de 273%.
Os Indicadores de Ciência e Engenharia da Fundação Nacional de Ciência dos EUA trazem números menores, por usarem critérios mais restritivos e uma base de dados diferente (o Science Citation Index), porém igualmente impressionantes: aumento de 21 mil para 90 mil trabalhos publicados pela China entre 2001 e 2011.
Ambos os relatórios mostram um declínio da produção científica do Japão e uma certa estagnação dos Estados Unidos e da Europa. Segundo a Thomson Reuters, o mundo da ciência deixou de ser "bipolar" (dividido entre Europa e América do Norte) e passou a ser "tripolar" (com a inclusão da Ásia e com países como Brasil, África do Sul e Turquia despontando no horizonte).
A participação da China na produção global de conhecimento científico passou de 5,6% para 14%, enquanto que a dos EUA encolheu ligeiramente, de 33% para 27,8%. Já a do Brasil passou de 1,7%, em 2003, para 2,7% em 2012. "Em mais uma década, a geografia da ciência será certamente muito diferente do que é hoje", diz o relatório da empresa.
Impacto - Em termos qualitativos, porém, a ciência brasileira não está assim tão longe da chinesa. Segundo a Thomson Reuters, o impacto relativo da ciência produzida na China é 0,9 (um pouco abaixo da média mundial, 1) e o da ciência brasileira, 0,74.
"O número de publicações da China é muito maior, mas o impacto das duas ciências é semelhante; ambas abaixo da média mundial", avalia o diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz.
Nesse aspecto, o principal desafio dos dois países é essencialmente o mesmo: tirar o foco da quantidade e começar a crescer também em qualidade. 
Veja.com

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Iceberg seis vezes o tamanho de Manhattan está à solta


Iceberg B-31


Um iceberg gigantesco, cerca de seis vezes o tamanho de Manhattan, nos EUA, se separou de uma geleira da Antártica e segue flutuando em direção ao mar aberto.
O iceberg é chamado B-31 e possui perto de 660 quilômetros quadrados. Sua espessura máxima é estimada em 487 metros.
Em novembro de 2013, ele se separou da geleira de Pine Island e, desde então, pesquisadores acompanham sua “fuga” via satélite.
Por suas dimensões, o B-31 pode se tornar uma ameaça caso entre em rotas de navegação no oceano.
Os cientistas estão especialmente interessados neste iceberg, não apenas pelo seu tamanho, mas pela sua origem.
O glaciar de Pine Island foi cuidadosamente estudado ao longo das últimas duas décadas e pode ser um importante contribuinte para a elevação do nível do mar, disseram cientistas à Reuters.
O vídeo abaixo, feito pela NASA, mostra o deslocamento do B-31 entre novembro de 2013 e março de 2014.
Em breve, com a chegada do inverno, que mergulha o Polo Sul na escuridão, vai ser mais difícil de rastreá-lo visualmente.
Exame.com

Tempestade de areia atormenta China e deixa cidades laranjas

 Mulher trabalha no campo durante tempestade de areia em Hami, China

Uma tempestade de areia, que deixa o céu e praticamente tudo que está sob ele alaranjado, está tirando o sossego da cidade chinesa de Hami, em Xinjiang, e de outras províncias no noroeste da China.
A população faz o possível para se proteger. Quem está na rua cobre o rosto e quem está em casa de lá não sai.
Vindas do deserto de Gobi, as tempestades de areia chegam sempre que o tempo está árido, com baixa precipitação.
Mas as condições naturais não são o único culpado pelo fenômeno.
A ação do homem, através do desmatamento e da urbanização intensa, ajuda a aumentar as zonas desérticas do país, o que agrava ainda mais a ventania.
Imagens de satélite da NASA, captadas ontem, mostram as espessa camada de poeira do deserto sobre o país.

Tempestade de areia vinda do deserto Gobi cobre a China, em 23.04.2014
Tempestade de areia vinda do deserto de Gobi, cobre a China

Segundo a mídia chinesa, esta é uma das piores tempestades de areia a atingir a região em mais de uma década.
 Cidades e vilas inteiras têm condição de visivilidade reduzdias, de menos de 20 metros. Em alguns lugares, o transporte foi paralisado, as estradas fechadas e as aulas nas escolas supensas.
Imagens na província de Gansu, feitas ontem pelo canal Euronews, mostram o quão insuportável pode ser a tempestade de areia.
Exame.com

Eclipse vai transformar o Sol em um "anel de fogo"

FENÔMENO FORMA CÍRCULO DE FOGO NO CÉU FOTO: JAMES JORDAN

 Na próxima terça-feira, 29, o sol vai parecer um anel de fogo em  regiões remotas do mundo. O motivo do fenômeno é um eclipse solar, que a maioria das pessoas não vai ter a chance de assistir.
O evento raro é classificado como "eclipse anular" (em vez de total), em razão do efeito visual que causa. Como a lua, na ocasião, está prestes a alçancar sua maior distância da Terra, é pequena demais para cobrir o sol completamente — o que faz com que a estrela pareça um círculo de fogo quando o satélite passa por ela.
Enquanto metade do mundo pôde ver o eclipse lunar da semana passada, o solar — que ocorre somente durante a lua nova — será visível apenas em uma pequena área na Antártida. Fases parciais do evento também poderão ser assistidas em ilhas da Oceania.
Galileu.com

A ciência responde: a arca de Noé poderia flutuar?

Cenas do filme Noé

Na história bíblica de Noé, recém-adaptada para o cinema, uma arca gigantesca é construída para abrigar dois animais de cada uma das espeícies existentes no planeta e salvá-los de um dilúvio. Do ponto de vista científico, essa proeza seria possível? A resposta é sim — mas com ressalvas.
As especificações bíblicas para o tamanho da arca — respeitadas no filme Noé — são precisas: 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura. O côvado é uma unidade de medida arcaica que se baseia no comprimento do antebraço, da ponta do dedo médio até o cotovelo, e cada uma das civilizações antigas adotava uma medida diferente para representá-la.
 Um grupo de estudantes da Universidade de Leicester, na Inglaterra, que realizou um estudo sobre a arca de Noé, estabeleceu um padrão ao fazer uma média entre o menor valor (44,5 centímetros, adotado pelos hebreus) e o maior (52,3 centímetros, dos egípcios), chegando a 48,2 centímetros.
Com base nessa medida, a arca teria 144,6 metros de comprimento (o equivalente a cerca de um quarteirão e meio), 24,1 metros de largura (aproximadamente dez carros, lado a lado) e 14,4 metros de altura (um prédio de quase cinco andares). Curiosamente, as medidas são parecidas com as de um navio de carga atual, e as dimensões ainda correspondem à proporção adotada no presente. "O fato de a arca ter essas dimensões é surpreendente, porque são os parâmetros de um navio da atualidade", afirma Ricardo Pinto, professor de engenharia naval da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Para saber se a arca flutuaria, é preciso analisar também o material usado na sua fabricação. O texto bíblico menciona a "madeira de gofer", que, hoje, seria semelhante ao pinheiro ou ao cipreste. Como a densidade dos dois materiais é parecida, os estudiosos ingleses escolheram o cipreste como exemplo.
Com essas informações, e assumindo que Noé teria seguido as instruções o mais literalmente possível, construindo uma embarcação retangular, em forma de caixa, é possível concluir que a arca não afundaria na água. "Qualquer objeto, ao ser colocado na água, provoca o deslocamento de certo volume. Para flutuar, o peso do volume da água deslocada pelo corpo deve ser igual ao peso do próprio corpo", explica Pinto. "Esse tipo de madeira leve faria com que a embarcação flutuasse facilmente."
Contando ovelhas — Essas estimativas referem-se à arca vazia. Para descobrir o peso que a embarcação teria de suportar, é preciso saber quantos animais seriam colocados dentro. Pesquisadores que estudaram a história de Noé, como John C. Whitcomb e Henry M. Morris, autores do livro The Genesis Flood (O dilúvio de gêneses, em tradução livre), chegaram à conclusão de que cerca de 35 000 animais precisariam entrar na arca para que o Reino Animal fosse salvo. Existe uma discussão sobre o fato de que a expressão "dois animais de cada tipo", contida da Bíblia, pode não significar exatamente cada espécie, o que reduziria ainda mais o número de eleitos. Whitcomb e Morris estimaram, também, que a ovelha representaria a média de tamanho dos animais. 
A partir desses números, os cientistas da Universidade de Leicester calcularam que a arca suportaria o peso correspondente a 2,15 milhões de ovelhas. "Nós observamos que a arca aguentaria o peso, não como os animais caberiam dentro dela, ou como seriam armazenados alimentos e água fresca", diz o estudante de física Oliver Youle, principal autor do estudo, publicado em 2013 no periódico Journal of Physics Special Topics, da Universidade de Leicester.
Além da capacidade do barco de suportar o peso, mais fatores precisam ser levados em consideração. "Podemos até assumir que a arca teria flutuabilidade, mas não sabemos sobre sua estabilidade", afirma Pinto. A estabilidade depende da geometria, ou seja, do formato da embarcação, e da condição em que a carga foi dividida nela. "Se todos os animais pesados, como elefantes e leões, fossem colocados de um lado só, ela provavelmente ficaria desequilibrada." 
Seria necessária uma distribuição de peso cuidadosa para manter a embarcação estável, principalmente devido a seu tamanho. "Quanto mais comprida uma viga, mais fraca ela é. Um navio funciona como uma viga em termos técnicos, então quanto mais comprido, mais bem-estruturado precisa ser", explica o professor. Para ele, a arca seria um navio "muito arrojado" para os padrões da época — uma construção tão surpreendente quanto as pirâmides do Egito.
Veja.com

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Crise de água potável

 
Em um mundo com aproximadamente 75% de sua superfície coberta por oceanos, o que justifica a crise de abastecimento de água presente no noticiário de várias regiões e, neste momento, intimamente relacionada à megalópole de São Paulo?
Do 1,3 bilhão de km³ de água do planeta, pouco mais de 1% é representado pela água doce e isso já reduz significativamente a oferta potável, aquela utilizada para consumo humano, atividades industriais e consumo pela agropecuária mundial.
É verdade que os oceanos têm participação majoritária no chamado ciclo hidrológico, o processo que regula a circulação da água na superfície e atmosfera do planeta, responsável pela purificação de aproximadamente 11 mil km³ de água a cada ano.
E a carência de água potável está intimamente ligada a esse volume de água purificada pelo ciclo hidrológico, que só foi desvendado ao longo de séculos de investigação.
Aristóteles, que se ocupou de quase tudo que diz respeito ao conhecimento, especulou que as profundezas da Terra eram responsáveis por uma espécie de geração espontânea da água. 
Ao longo do século 20 uma interação de campos que foi da hidrologia à cosmologia, passando pela evolução estelar, revelou que a água teve existência precoce no Universo.
Como nas demais áreas, também para a água, tudo começou com o Big Bang, a explosão da criação do Universo, segundo a cosmologia que tem esse nome.
Quase 400 mil anos após a explosão primordial, com a expansão e resfriamento do Universo, as partículas se acoplaram para formar os primeiros átomos e o volume maior desses elementos foi e ainda é representado pelo hidrogênio.
As primeiras estrelas foram bolas gigantescas de hidrogênio comprimidas gravitacionalmente para entrar em ignição nuclear e produzir o que hoje os astrofísicos chamam de síntese dos elementos químicos.
Numa fase relativamente curta, estrelas que “queimaram” hidrogênio e hélio deram origem ao oxigênio que, com o hidrogênio, forma a molécula H20, ou seja, uma molécula de água.
Assim, a água surgiu precocemente no Cosmos e ainda hoje fontes d´água estão localizadas em regiões como a enorme nebulosa de Órion, na constelação desse mesmo nome.
A nebulosa que há 5 bilhões de anos deu origem ao Sistema Solar era rica em água, segundo cientistas planetários consideram hoje. Dessa forma não seria surpreendente que a Terra reunisse parte desse estoque, ainda que o processo de formação de mundos seja complexo o suficiente para não permitir relações tão lineares.
Ainda no século passado ficou mais ou menos evidenciado que parte da água disponível na Terra chegou aqui no corpo de cometas que se chocaram com o planeta num bombardeio que há mais de 2 bilhões de anos foi intenso no Sistema Solar e que marcou, por exemplo, a superfície da Lua.
Na Terra, situada na chamada zona de habitabilidade do Sol, a água manifesta-se em seus três estados graças à chamada “ponte do hidrogênio”, que dá a esse elemento fundamental para a vida como conhecida, a capacidade de ser tanto vapor na atmosfera, líquida nas chuvas que se precipitam sobre a superfície e sólida, por exemplo, nas regiões polares.
Na Terra, a água está distribuída de forma bastante irregular, o que significa que algumas regiões são beneficiadas com esses recursos, enquanto outras se ressentem profundamente da escassez deles.
O Brasil dispõe de algo como 14% dos estoques de água doce do planeta, uma riqueza natural cada vez mais valorizada. A questão é que a maior parte deste volume está na região amazônica, distante da principal área de consumo, no Sudeste do país.
Estratégias nem sempre bem articuladas, perdas nas redes de distribuição e ausência de recuperação adequada de águas já utilizadas comprometem boa parte da oferta disponível neste momento em uma megalópole como São Paulo.
Assim, o equilíbrio entre oferta e demanda de água passa por um complexo sistema interativo, exigindo cuidados frequentes em termos de infraestrutura, previsões a mais longo prazo, educação para consumo equilibrado e outras questões estratégicas que nem sempre são devidamente consideradas.
Em 10 de novembro de 1980 as Nações Unidas criaram a década da água potável para sensibilizar administradores públicos em particular, e a sociedade humana em seu conjunto, para a importância de cuidados essenciais com a água.
Mas há um quarto de século atrás questões como essa pareciam, a muitos, apenas previsões pessimistas para o futuro.
Mas na nova década da água, de 2005 a 2015, o que parecia pura ficção é perturbadoramente real.
Scientific American.com
 

Terra foi atingida 26 vezes por asteroides desde 2000


Estima-se que os asteroides atinjam a Terra uma vez a cada 3 mil anos, mas a Fundação B612 afirma que essa taxa pode ser ainda maior: de 1 vez a cada 100 anos, segundo o USA Today. Cientistas acreditam que essa frequência seja bem plausível, e até mesmo que ela poderia ser bem maior. "Pode ser um número alto assim", disse Peter Brown, da Universidade de Western Ohio, "mas é provável que o número real gire em torno de uma vez a cada 500 anos, ou até uma vez em cada mil anos", completou.
 A estimativa é resultado de dados coletados por uma rede mundial de sensores projetados para detectar explosões nucleares. A rede de sensores capta as ondas sonoras ultraprofundas que circundam a Terra depois que uma bomba nuclear é detonada na atmosfera, ou que um asteroide explode no ar.
 Desde 2000, os sensores detectaram 26 explosões de asteroides equivalentes a mil toneladas de TNT. Em quatro desses acidentes, as explosões liberaram mais energia do que a bomba nuclear que arrasou Hiroshima, em 1945. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Conheça o Kingdom Tower, o prédio mais alto do mundo

Ilustração da Kingdom Tower, na Arábia Saudita


O futuro prédio mais alto do mundo já tem nome e rosto. Atende pelo nome de Kingdom Tower.
A localização também já está definida: Jeddah, na Arábia Saudita. A região está sendo planejada para se tornar o ponto dos poderosos no país e se chamará Kingdom City.
Quando estiver terminada, a Kingdom Tower vai tirar o posto de construção mais alta da Burj Khalifa, localizada em Dubai.
O projeto é do escritório Adrian Smith + Gordon Gill Architecture, de Chicago.
Conheça a seguir 10 fatos sobre essa impressionante construção, que deverá ficar pronta em 2020:
O prédio mais alto do mundo ultrapassará o Burj Khalifa em 173 metros.
Ele terá 999,7 metros de altura, faltando pouco para alcançar a impressionante marca de um quilômetro.
Ele terá o observatório mais alto do mundo.
Curiosamente, o projeto inicial era de que a torre teria 1,6 quilômetro. Mas o solo da região não permitia construção tão pesada e alta.
A área total de construção do prédio será de 530 mil metros quadrados.
No total, ele terá 200 andares. 160 deles serão habitáveis.
Os pilares da fundação do edifício têm 3 metros de diâmetro e chegam a 110 metros de comprimento.
A estrutura do edifício terá 80 mil toneladas de aço. Partes do núcleo do edifício terá peça de concetro com vários metros de largura.
O custo total preliminar da Kingdom Tower é de 1,23 bilhão de dólares.
Os vidros usados na construção serão especiais, de baixa condutividade térmica, o que irá reduzir a entrada de calor e, logo, a necessidade de ar condicionado.
Além dos apartamentos residenciais, muito luxuosos, o Kingdom Tower terá um hotel de luxo, espaço para escritórios e lojas e um condomínio.
O prédio terá um balcão externo de 30 metros de diâmetro. A ideia original era que a estrutura servisse de heliponto.
Agora, será uma área de observação e circulação de pessoas.
Ele terá 59 elevadores e 12 escadas. Cinco desses elevadores terão dois andares.
Eles terão uma velocidade diferente dos elevadores convencionais, para evitar que a grande altitude e mudança de pressão cause náusea e tontura nos usuários.
A base do prédio tem uma estrutura formada por três partes, o que estão chamando de "três pétalas".
O formato foi inspirado em folhas dobradas de plantas do deserto durante o seu crescimento.


Relatório aponta que 60% da água subterrânea da China está poluída

A água poluída do rio Yangtzé, na China


Cerca de 60% da água subterrânea da China está muito poluída para ser bebida sem um tratamento prévio, segundo um relatório ministerial sobre a qualidade da água, informou a agência Xinhua, estatal do país.
No ano de 2013, a qualidade da água era "muito pobre" ou "relativamente pobre" nas 203 cidades onde foi testada, indicou o relatório anual do ministério de Terra e Recursos. A porcentagem de água não potável cresceu de 57,4% em 2012 a 60% em 2013, acrescentou.
O boom econômico da China provoca uma preocupação crescente pelas questões do meio ambiente, em um país com partes inteiras cobertas frequentemente por uma espessa névoa e com as águas e terras poluídas. O ministério do Meio Ambiente chinês indicou na semana passada que 16% das terras do país também estavam contaminadas.
As origens dessa poluição são velhas conhecidas, com raízes em práticas que afetam tanto o campo como as cidades.
Desde 1990, a China tornou-se o maior consumidor de fertilizantes nitrogenados do mundo, que, apesar de ajudarem no crescimento rápido do cultivo, aumentando a oferta de alimentos, também deterioram o solo e poluem lençóis freáticos.
Um estudo publicado pela revista Nature mostrou que a poluição por nitrogênio aumentou 60% em 30 anos no país, uma ameaça para os ecossistemas e a saúde humana.
A indústria têxtil chinesa, com seus resíduos da produção (metais pesadas, tóxicos e substâncias cancerígenas) também é uma fonte significativa de poluição no país.
De acordo com o Relatório Estatístico Anual de 2010 sobre o Meio Ambiente na China, publicado pelo Ministério da Proteção Ambiental, a indústria têxtil do país gerou quase 2,5 bilhões de metros cúbicos de esgoto em 2010.
O problema é que nem todo esse esgoto vai parar no lugar certo.
Uma análise feita pela Ong Greenpeace nas cidades de Xintang e Gurao, que concentram boa parte das fábricas de jeans e roupa íntima, revelou altos níveis de metais na água, como cobre, cádmio e chumbo, em níveis até 128 vezes maiores dos limites considerados saudáveis.
G1

Nasa monitora iceberg que "nasceu" na Antártica e segue para mar aberto


Fotos tiradas em 28 de outubro (esquerda) e 13 de novembro de 2013 (direita) mostram o iceberg se soltando do glaciar Pine Island (Foto: Nasa/Reuters)
Fotos tiradas em 28 de outubro (esquerda) e 13 de novembro de 2013 (direita) mostram o iceberg se soltando do glaciar Pine Island.
 
Um satélite da agência espacial americana (Nasa) flagrou o iceberg B-31 se desprendendo do glaciar Pine Island, na Antártica, e está se dirigindo para o oceano aberto. Segundo a Nasa, o iceberg tem seis vezes o tamanho de Manhattan, em Nova York (EUA), e se dirige para uma área que não é muito usada por navios. As fotos foram tiradas em 38 de outubro e 13 de novembro de 2013.

Em outubro de 2013, bloco de gelo começou a se soltar do glaciar na Antártica (Foto: Nasa/Reuters)
Em outubro de 2013, bloco de gelo começou a se soltar do glaciar na Antártica

Duas semanas depois, o iceberg já aparecia mais distante do glaciar, seguido rumo ao oceano (Foto: Nasa/Reuters)

Duas semanas depois, o iceberg já aparecia mais distante do glaciar, seguindo rumo ao oceano

Robô humanoide poderá caminhar pela Estação Espacial

Robonauta poderá ajudar em tarefas domésticas na ISS

O Robonauta 2, humanoide que habita a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), ganhou pernas nesta Páscoa. Com os novos membros, o robô — que durante três anos só se moveu da cintura para cima, preso a um pedestal — poderá realizar tarefas cotidianas de limpeza ou pegar objetos para os astronautas. As pernas chegaram à ISS no último domingo, a bordo da nave de carga da SpaceX que levou à estação equipamentos, material para experimentos científicos, mantimentos e presentes enviados pelos familiares dos astronautas.
Ainda levará uns meses para o Robonauta 2 adquirir autonomia completa, pois as baterias necessárias para sua locomoção só serão enviadas em outra missão de abastecimento. Até lá, o robô vai precisar ficar ligado à tomada para usar suas pernas, o que restringirá sua atuação a uma área de testes na ISS. As pernas são flexíveis e os "pés", equipado com luz, câmeras e um sensor que permite construir mapas 3D. "Imagine pés de macaco com olhos nas palmas", descreve o engenheiro Robert Ambrose, da Nasa.
Mike Suffredini, diretor de programas da agência espacial americana, alertou que, apesar do avanço do humanoide, ainda há um longo caminho a ser percorrido antes que os futuros Robonautas possam realizar sozinhos caminhadas espaciais e reparos na ISS. "Eles nunca vão substituir a tripulação, mas podem fazer muito do seu trabalho", diz Suffredini.
Veja.com

Asteroides causam explosões em escala nuclear na atmosfera terrestre

De acordo com a Fundação B612, a Terra é atingida por um asteroide grande o bastante para destruir uma cidade a cada 100 anos

Impactos de asteroides na Terra são mais frequentes do que pensamos. Entre os anos 2000 e 2013, 26 deles causaram explosões em escala nuclear na atmosfera terrestre. Para efeito de comparação, alguns foram até mais fortes do que a bomba que atingiu a cidade japonesa de Hiroshima, em 1945, com energia equivalente a 16 mil toneladas de explosivos.
 Na maior parte das vezes, esses impactos ocorrem em partes mais elevadas da atmosfera, não causando nenhum dano. E, quando chegam à superfície, muitos acabam caindo em oceanos ou regiões desabitadas e não são percebidos por nós. Um exemplo que fugiu a essa regra foi o meteorito que caiu na Rússia, em 2013.
A Fundação B612, que pesquisa esses fenômenos, criou um vídeo que ilustra esses impactos, com base em informações coletadas pela Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty Organization (CTBTO), instituição que monitora explosões nucleares ao redor do mundo. A CTBTO conta com uma rede de sensores que buscam identificar explosões clandestinas de bombas caseiras, mas todas as 26 ocorrências captadas nos últimos anos estavam relacionadas aos asteroides. A energia desses impactos variou de 1 a 600 kilotons (medida que corresponde a 1.000 toneladas de explosivos).
De acordo com a B612, a Terra é atingida por um asteroide grande o bastante para destruir uma cidade a cada 100 anos. "É parecido com os terremotos. Em cidades que têm risco elevado, como Tóquio, Los Angeles e São Francisco, eles sabem as chances de um terremoto grande acontecer por meio da observação dos mais fracos, porque conhecem a distribuição desses fenômenos. Assim, se você consegue medir os pequenos, você sabe quantos grandes vão acontecer. É possível fazer o mesmo com asteroides", disse Ed Lu, CEO da Fundação B612, à rede britânica BBC.
Dos 26 eventos registrados, apenas um deles foi detectado com antecedência, e de apenas algumas horas. Com base nessa dificuldade, a fundação projetou o telescópio Sentinela para melhorar a observação dos asteroides e, assim, reduzir os riscos. Com o lançamento previsto para 2018, ele apresenta um custo de 250 milhões de dólares, que está sendo financiado por meio de doações. O telescópio orbitaria a Terra, ajudando a detectar também asteroides que não são vistos da Terra por estarem em oposição à luz do Sol.
Veja.com

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Crescimento de cidades é ponto-chave no controle do clima

 Aquecimento global: gelo derretendo
As áreas urbanas do mundo devem crescer em quase duas vezes o tamanho de Manhattan por dia até 2030, e os projetos de urbanização de futuras cidades da Ásia e da África será crucial para reduzir o aquecimento global, apontou um estudo da ONU divulgado na segunda-feira.
A expansão vertiginosa significa oportunidades de bilhões de dólares para as empresas, que vão desde a construção mais sustentável de casas e escritórios até a melhoria das redes ferroviária e rodoviária, de acordo com um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC).
"Há uma janela de oportunidade" para se associar a arquitetura urbana com a redução do aquecimento global, disse Karen Seto, professora da Universidade de Yale, que participou da elaboração do relatório do IPCC de 2.000 páginas sobre o controle de mudanças climáticas.
Um resumo de 33 páginas com uma foto de Xangai na capa foi divulgado no domingo. O documento informa que cidades ainda a serem construídas podem ajudar o conter o aquecimento, mas a maioria dos detalhes está em um capítulo de 116 páginas obtido pela Reuters antes da publicação na terça-feira.
Em um cenário, a expansão urbana entre 2000 a 2030 irá adicionar 1,2 milhão de quilômetros quadrados para as cidades, principalmente na Ásia e na África.
Essa expansão significa 110 quilômetros quadrados todos os dias durante três décadas, quase duas vezes o tamanho de Manhattan ou 20.000 campos de futebol norte-americano.
"Vinte mil campos de futebol vão passar de fazendas para cidades, de florestas para as cidades, todos os dias", disse Seto à Reuters. As áreas urbanas representam entre 71 e 76 por cento das emissões de dióxido de carbono do mundo de energia.
Projetos de cidades mais compactas, que reduzem trajetos, aquecimento para poupar energia, transporte público melhor, ciclovias e áreas de pedestres podem reduzir as emissões, principalmente de combustíveis fósseis.
Os obstáculos incluem a falta de regulamentação para o planejamento, especialmente em países em desenvolvimento.
"A cada semana, a população urbana mundial aumenta em 1,3 milhão", informa o capítulo. Em 2050, a população urbana deve ser cerca de dois terços de todas as pessoas na Terra.
Exame.com

Nasa: descoberto primeiro exoplaneta habitável do tamanho da Terra

Desenho divulgado pela Nasa mostra o Kepler-186f, o primeiro exoplaneta do tamanho da Terra encontrado na zona habitável de outra estrela.

Cientistas descobriram o primeiro planeta fora do Sistema Solar de tamanho semelhante ao da Terra e onde pode existir água em estado líquido, o que o torna habitável.
A descoberta reforça a possibilidade de encontrar planetas similares à Terra na nossa galáxia, a Via Láctea, segundo uma equipe internacional de astrônomos liderada por um profissional da Nasa. O trabalho foi publicado na edição desta quinta-feira da revista científica americana Science.
"É o primeiro exoplaneta do tamanho da Terra encontrado na zona habitável de outra estrela", destaca Elisa Quintana, astrônoma do centro de pesquisas Ames, da Nasa, que ficou à frente da pesquisa.
"O que torna esta descoberta algo particularmente interessante é que este planeta, batizado de Kepler-186f, tem o tamanho terrestre e está em órbita ao redor de uma estrela classificada como anã, menor e menos quente do que o sol, na zona temperada onde a água pode ser líquida", afirmou.
Considera-se que esta zona seja habitável poque a vida como a conhecemos tem possibilidades de se desenvolver naquele ambiente, segundo os pesquisadores.
Para Fred Adams, professor de Física e Astronomia da Universidade de Michigan, "trata-de de um passo importante na busca para descobrir um exoplaneta idêntico à Terra".
Nos últimos vinte anos foram detectados cerca de 1.800 exoplanetas, dos quais cerca de vinte orbitam ao redor de sua estrela em uma zona habitável. Mas esses planetas são muito maiores do que a Terra e, por isso, é difícil, devido ao seu tamanho, determinar se são de composição gasosa ou rochosa.
A 490 anos-luz do Sol -
Segundo modelos teóricos sobre a formação planetária, estabelecidos a partir de observações, os planetas que têm raio 1,5 vez inferior ao da Terra têm poucas chances, por causa do seu tamanho, de acumular uma atmosfera espessa como os planetas gasosos gigantes do nosso sistema solar.
"Nestes anos aprendemos que há uma transição líquida entre os exoplanetas cujo raio é 1,5 vez o da Terra", explica Stephen Kane, um astronauta da Universidade de San Francisco, co-autor da descoberta.
"Quando o raio é entre 1,5 e 2 vezes o do raio terrestre, os planetas são grandes o suficiente para acumular uma atmosfera espessa de hidrogênio e hélio", acrescentou.
O exoplaneta Kepler-186f tem raio 1,1 vez maior do que o da Terra e entra na categoria de planetas rochosos do nosso Sistema Solar, como Terra, Marte e Vênus.
"Levando em conta o pequeno tamanho do planeta, tem grandes possibilidades de ser rochoso e ter uma atmosfera. Se essa atmosfera oferecer boas condições, a água pode existir em estado líquido na superfície", explica à AFP Emelie Bolmont, pesquisadora da Universidade de Bordeaux, França, que participou da descoberta.
Bolmot acrescentou que, para se ter certeza de que é realmente rochoso, "seria preciso obter a massa do planeta, o que não é possível com os instrumentos atuais".
O Kepler-186f está em um sistema estelar situado a 490 anos-luz do Sol (um ano luz = 9,46 trilhões de quilômetros) e conta com outros cinco planetas, todos de tamanho parecido com o da Terra, mas situados fora da zona habitável.
Em novembro de 2013, os astrônomos consideraram que existem bilhões de planetas de tamanho terrestre potencialmente habitáveis. Essa conclusão se baseia nas observações do telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 para esquadrinhar mais de 100 mil planetas similares ao nosso e situados nas constelações de Cisne e Lira.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Próximo eclipse total da Lua visível no Brasil será em 2015


Eclipse lunar visto em Brasília

O tempo nublado na madrugada desta terça-feira dificultou a observação do eclipse total da Lua na maior parte do Brasil. Uma nova oportunidade de ver esse espetáculo astronômico não está tão distante: o próximo eclipse total lunar visível no país acontecerá em 27 de setembro de 2015.
O evento poderá ser observado em todo o território nacional e em quase toda a América, África e Europa. Dessa vez, a América do Sul tem a vantagem de poder observá-lo por completo, tanto a entrada quanto a saída da Lua na sombra da Terra. Outra boa notícia é o horário mais amigável para quem deseja acompanhar o eclipse — na última madrugada, o auge do fenômeno ocorreu entre 3h e 4h30.
Em 27 de setembro de 2015, às 22h07 (horário de Brasília), a Lua vai começar a adentrar a parte mais escura da sombra da Terra, chamada de umbra, de modo que será possível vê-la "sumir" no céu. A partir das 23h11 ela estará totalmente encoberta, adquirindo o tom avermelhado característico dos eclipses totais. O satélite vai passar pouco mais de uma hora com esse aspecto, e, à 00h23, começa a sair da sombra, em um processo que vai até a 1h27 da madrugada do dia 28. O eclipse só deve chegar ao fim cerca de uma hora mais tarde — essa última fase, quando a Lua está saindo da parte mais clara da sombra, dificilmente é vista a olho nu.
Tétrade — Esse eclipse vai marcar o fim de uma tétrade, conjunto de quatro eclipses totais da Lua que ocorrem em sequência. Trata-se de um evento é especial, porque eclipses normalmente se intercalam entre totais, parciais (quando a Lua fica parcialmente encoberta pela parte mais escura da sombra da Terra) e penumbrais (quando a parte mais clara da sombra da Terra encobre a Lua). A tétrade é relativamente rara: no século XXI haverá oito delas, sendo a que termina no dia 28 de setembro a segunda — a primeira ocorreu de 2003 para 2004, e a terceira será em 2032 e 2033.
O eclipse desta terça-feira foi o primeiro da tétrade. Porém, o segundo (que acontece em 8 de outubro deste ano) e o terceiro (em 4 de abril de 2015) não terão boa visibilidade do Brasil.
Veja.com

Esforços de preservação da camada de ozônio dão resultado, diz estudo

A camada de ozônio protege a superfície da Terra da radiação ultravioleta emitida pelos raios solares

Desde a descoberta do buraco na camada de ozônio na Antártida, ciência e políticas públicas se aliaram para tentar evitar que o mesmo acontecesse no Ártico. Um estudo do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT), publicado nesta segunda-feira no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), indica que os esforços estão sendo recompensados: o ozônio no Ártico ainda não chegou a níveis tão baixos quanto os do outro extremo do planeta, e isso se deve, pelo menos parcialmente, aos esforços de redução na emissão de poluentes.
“Apesar de certamente existir uma redução no ozônio do Ártico, a situação extrema da Antártida é muito diferente, mesmo nos anos mais frios”, afirma Susan Solomon, professora de química atmosférica e ciências do clima no MIT, e principal autora do estudo. Baixas temperaturas podem aumentar a perda de ozônio porque criam condições ideais para a formação de nuvens estratosféricas polares. Quando a luz solar atinge essas nuvens, provoca uma reação química entre o cloro e o clorofluorocarboneto (os famosos CFCs, usados em aerossóis e gases de refrigeração), destruindo a camada de ozônio.
Depois que se descobriu, na década de 1980, que o CFC prejudicava o ozônio, diversos países concordaram em reduzir o uso dessa substância, como parte do acordo do Protocolo de Montreal, de 1987. Ainda assim, as emissões que já tinham ocorrido permaneceram na atmosfera, fazendo a concentração de CFC atingir um ápice, e começar a declinar gradualmente. Muitas décadas serão necessárias para que ele seja totalmente eliminado do meio ambiente – o que significa que a camada de ozônio ainda pode ser afetada.
Porém, para Solomon, trata-se de uma história de sucesso, na qual as medidas certas foram tomadas para evitar um dano ambiental ainda mais amplo. Ela participou das primeiras medições na Antártida que apontaram o CFC como principal causador do buraco na camada de ozônio.
Boas notícias – Os dados do novo estudo foram obtidos por meio de satélites e balões. Os autores descobriram que os níveis de ozônio no Ártico diminuíram significativamente durante um período de frio inesperado na primavera de 2011, mas essa redução não foi tão drástica quanto na Antártida, onde a perda foi quase completa.
Uma das razões para esta diferença é o fato de que a perda do ozônio na Antártida está associada aos níveis reduzidos e ácido nítrico na atmosfera, que torna o ar mais frio do que o do Ártico. “Não podemos ter certeza de que não vão haver perdas extremas de ozônio no Ártico em anos mais frios, mas até agora as notícias são boas”, afirma Solomon.
Veja.com

segunda-feira, 14 de abril de 2014

A pirâmide no meio do nada construída para evitar o fim do mundo

A pirâmide no meio do nada construída para evitar o fim do mundo - 1 (© Biblioteca do Congresso americano)

Uma enorme pirâmide no meio do nada tenta prevenir o fim do mundo usando um radar. Uma forma geométrica abstrata sob o céu, sem uma pessoa à vista. Poderia ser a cena de abertura em um filme apocalíptico de ficção científica, mas na verdade é uma estrutura real do Exército dos EUA.
A Biblioteca do Congresso americano tem um conjunto extraordinário de imagens que documentam o Stanley R. Mickelsen Safeguard Complex – próximo à fronteira dos EUA com o Canadá – mostrando-o em vários estados de construção e conclusão. E as fotos são impressionantes.
Elas foram tiradas pelo fotógrafo Benjamin Halpern, a serviço do governo americano, e mostram a pirâmide central – ou obelisco, monumento, megaestrutura – que servia para monitorar e abater mísseis na área.
A pirâmide fazia parte do sistema antimísseis dos EUA: seu radar ficaria de olho em mísseis vindos da Rússia para derrubá-los no céu. Ela foi construída durante oito anos, porém funcionou por pouquíssimo tempo, até ser desativada.
Devido ao seu custo, e a preocupações com a eficácia e com o risco de detonar uma bomba nuclear no Canadá, o programa foi encerrado. Hoje, ele é um esqueleto militar-industrial no meio do nada, ou, nas palavras de um escritor, “um monumento ao medo e à ignorância do homem”.

Urbanização é chave no controle de mudanças climáticas

As áreas urbanas do mundo devem crescer em quase duas vezes o tamanho de Manhattan por dia até 2030, e os projetos de urbanização de futuras cidades da Ásia e da África será crucial para reduzir o aquecimento global, apontou um estudo da ONU divulgado na segunda-feira (14).
A expansão vertiginosa significa oportunidades de bilhões de dólares para as empresas, que vão desde a construção mais sustentável de casas e escritórios até a melhoria das redes ferroviária e rodoviária, de acordo com um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU (IPCC).
"Há uma janela de oportunidade" para se associar a arquitetura urbana com a redução do aquecimento global, disse Karen Seto, professora da Universidade de Yale, que participou da elaboração do relatório do IPCC de 2.000 páginas sobre o controle de mudanças climáticas.
 Projetos de cidades mais compactas, que reduzem trajetos, aquecimento para poupar energia, transporte público melhor, ciclovias e áreas de pedestres podem reduzir as emissões, principalmente de combustíveis fósseis.m resumo de 33 páginas com uma foto de Xangai na capa foi divulgado no domingo. O documento informa que cidades ainda a serem construídas podem ajudar o conter o aquecimento, mas a maioria dos detalhes está em um capítulo de 116 páginas obtido pela Reuters antes da publicação na terça-feira (15).
Em um cenário, a expansão urbana entre 2000 a 2030 irá adicionar 1,2 milhão de quilômetros quadrados para as cidades, principalmente na Ásia e na África.
Essa expansão significa 110 quilômetros quadrados todos os dias durante três décadas, quase duas vezes o tamanho de Manhattan ou 20 mil campos de futebol norte-americano.
"Vinte mil campos de futebol vão passar de fazendas para cidades, de florestas para as cidades, todos os dias", disse Seto à Reuters. As áreas urbanas representam entre 71 e 76 por cento das emissões de dióxido de carbono do mundo de energia.
Projetos de cidades mais compactas, que reduzem trajetos, aquecimento para poupar energia, transporte público melhor, ciclovias e áreas de pedestres podem reduzir as emissões, principalmente de combustíveis fósseis.
Os obstáculos incluem a falta de regulamentação para o planejamento, especialmente em países em desenvolvimento.
"A cada semana, a população urbana mundial aumenta em 1,3 milhão", informa o capítulo. Em 2050, a população urbana deve ser cerca de dois terços de todas as pessoas na Terra.
G1

Eclipse lunar pode ser observado no Brasil

Para os amantes da astronomia, a madrugada de amanhã é esperada com ansiedade, pois acontece um eclipse total da Lua (© Corbis)

Para os amantes da astronomia, a madrugada de amanhã (15) é esperada com ansiedade, pois acontece um eclipse total da Lua. O fenômeno poderá ser visto em todo Brasil, mas será melhor percebido na fase final, nas localidades mais a oeste do país. A Lua, a Terra e o Sol estarão em perfeito alinhamento, cobrindo a Lua na sombra da Terra.
O astrônomo Jair Barroso, pesquisador do Observatório Nacional, explica que o evento vai começar às 3h, horário de Brasília, quando a Lua já está no lado poente. 'O pico do eclipse total acontece por volta das 4h45 e o final [do fenômenos] não vai ser visto em algumas regiões a leste, porque o dia vai clarear, como no Rio de Janeiro', diz Barroso.
A duração do eclipse total, enquanto a Lua ficar totalmente imersa na sombra da Terra, será de 78 minutos.
O nosso satélite natural estará entre a estrela Espiga, a mais brilhante da Constelação de Virgem, e o planeta Marte e apresentará uma tonalidade avermelhada. 'Os raios do Sol que atingem a atmosfera da Terra serão refratados e atingirão a Lua. A atmosfera, então, retém o azul violeta no nosso espectro e passa a iluminar a Lua com uma coloração alaranjada escura', explica o astrônomo do Observatório Nacional. O fenômeno é chamado de Lua Vermelha ou Lua Sangrenta.
As pessoas nas localidades mais a oeste do continente, como os Estados de Mato Grosso e Amazonas e o Chile poderão acompanhar o eclipse até o final, antes de clarear o dia. As ilhas do Pacífico e a Austrália também terão uma visão privilegiada do fenômeno.
Para Barroso, o desconhecimento sobre o universo é o que desperta essa fascinação pelos eventos astronômicos. 'Apesar de toda tecnologia, de termos conseguido mandar naves para o espaço, conhecemos apenas um pedacinho do que nos cerca. Somos muito pequenos e a astronomia nos permite, a cada dia, uma descoberta nova', conclui o astrônomo.

domingo, 13 de abril de 2014

ONU pede revolução energética contra o aquecimento climático

Fumaça emana das chaminés de maior usina termelétrica a carvão da Europa, na Polônia; climatologistas alertaram neste domingo sobre os perigos do aquecimento global Foto: Peter Andrews / Reuters

Um grupo de especialistas das Organizações da Nações Unidas (ONU) afirmou neste domingo que o mundo pode alcançar o objetivo de limitar a dois graus celsius o aquecimento antes de 2050, se reduzir entre 40% e 70% suas emissões de gases de efeito estufa, especialmente no setor energético.
Os especialistas da ONU apontam que esta revolução energética requer o abandono de combustíveis fósseis poluentes e a utilização de fontes mais limpas para evitar o efeito estufa, que poderá provocar um aumento da temperatura do planeta entre 3,7ºC e 4,8ºC antes de 2100, um nível catastrófico, segundo os cientistas.
"Há uma clara mensagem da ciência: para evitar uma interferência perigosa com o sistema climático, temos que deixar de continuar operando igual", explicou Ottmae Edenhofer, copresidente do Painel Intergovernamental de Especialistas sobre Mudança Climática (IPCC) da ONU, que elaborou o documento.
Segundo o relatório do IPCC divulgado em 31 de março, o aumento das emissões de CO2 elevará durante este século os riscos de conflitos, fome, enchentes e migrações. "O aumento de temperaturas aumenta a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis", em todo o mundo, alertou o informe do IPCC.
Problemas regionais
Na América do Sul, a Amazônia é um dos ecossistemas que mais poderão ser prejudicados. Os polos, os pequenos Estados insulares no Pacífico e os litorais marítimos de todos os continentes também podem sofrer com a mudança, acrescenta o texto.
A alta das temperaturas reduzirá o crescimento econômico mundial entre 0,2% e 2% ao ano - calculam os cientistas. Nesse sentido, o IPCC reivindica um pacto mundial até o final de 2015 para limitar esse aumento a até 2ºC no século atual.
A mudança climática pode provocar mais conflitos regionais, devido às migrações (em êxodo) das populações afetadas pelas enchentes e à competição pelo monopólio de água e comida, além de diversos prejuízo financeiros em bilhões de dólares.

sábado, 12 de abril de 2014

Frase


Menu da Estação Espacial Internacional terá salada fresca?


A cápsula Dragon, que os Estados Unidos devem lançar na próxima segunda-feira (14 de abril), levará aos astronautas da Estação Espacial Internacional (EEI) a esperança de agregar salada fresca às suas dietas. Isso por que ela transportaráuma câmara de cultivo de plantas denominada Experimento Veg-01 ou Veggie, que poderia ampliar a capacidade de produção de alimentos em órbita.
A pesquisa se centrará no cultivo de plantas de viveiro - como o alface - em plena estação, que orbita a  uma distância de 385 quilômetros da Terra e a cerca de 27 mil km/h de velocidade. "A determinação da segurança alimentar é uma de nossas metas primordiais para esta pesquisa" afirmou a encarregada do experimento, Gioia Massa. O experimento serviria para verificar as condições de cultivo de alimentos no espaço, avanço que se faz necessário pelas missões espaciais atuais e futuras serem de longa duração. É importante que, mesmo durante uma visita ao espaço, os astronautas tenham uma alimentação boa. 
O Veggie é um viveiro de baixo custo que usa um painel com LEDs vermelhos, azuis e verdes para o cultivo de plantas e a observação dos astronautas. Com seu design único, o viveiro pode ser submetido para transporte, armazenamento e, inclusive, cultivo, já que se expande em até 45 centímetros à medida que plantas crescem em seu interior.
Massa explicou que a área de crescimento é de 29 centímetros de largo por 37 centímetros de profundidade, medidas pelas quais o Veggie é o maior viveiro para plantas já enviado ao espaço.
O lançamento A missão de reabastecimento que levará o Veggie é a terceira a ser realizada pela empresa SpaceX dentro do programa americano de privatização da exploração espacial. Esse método usar infra estrutura de empresas não-governamentais está em ação nos EUA desde o fim da era dos ônibus espaciais, em 2011.
A nave espacial Dragon, parcialmente reutilizável e que mede 4,4 metros de altura por 3,66 metros de diâmetro, tem capacidade para levar até seis tripulantes, além de três toneladas de carga. No entanto, até o momento, ela foi usada apenas para enviar provisões à EEI e trazer experimentos e lixo desde o posto orbital.
Galileu.com

ONU: mais de mil assassinatos por dia no mundo

Taxa de homicídio por país (Foto: Reprodução)

Cerca de 50 pessoas foram assassinadas a cada hora do ano de 2012. É o que aponta o novo estudo lançado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. O relatório Estudo Global sobre Homicídios 2013, lançado nesta quinta-feira (10), mostra que no ano foram 437 mil homicídios intencionais em todo o mundo. No Brasil, foram 50.108 homicídios, 11% do total mundial.
 Cerca que 750 milhões de pessoas vivem em países com as maiores taxas de homicídio do mundo – nos continentes americano e africano. O que significa que quase metade de todos os homicídios ocorre em países que são lar de apenas 11% da população da Terra.
 A taxa média de homicídios global é de 6,2 por 100 mil habitantes. No Brasil, porém, a taxa está estável em 25,1 homicídios dolosos por 100 mil habitantes. Porém, a ONU alerta que o resultado pode ocultar as disparidades regionais do país.
As taxas de homicídio diminuíram no Rio de Janeiro e São Paulo, mas cresceram no Nordeste. Enquanto os Estados do sudeste tiveram diminuição de 29% e 11% respectivamente, a Paraíba teve crescimento de 150% e a Bahia um aumento de mais da metade, entre 2007 e 2011.  No Nordeste, apenas Pernambuco viu as taxas de homicídio diminuir (38%).

UPPs

As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) ganharam destaque no relatório internacional. Segundo a ONU, a queda na taxa de homicídio no Rio de Janeiro pode ser notada desde as primeiras instalações, em 2009.
Outro dado relevante é o aumento de casos de abusos sexuais nas mesmas áreas. Acredita-se que o número pode ter aumentado por maior número de denúncias graças a uma proximidade maior com a polícia.
Taxa de homicídio na América Central e do Sul (Foto: Reprodução)
Continente
As regiões mais violentas do mundo foram a América Central e o sul da África. Nos continentes, a taxa de assassinatos ultrapassa em muito a mundial. A proporção é de 26 e 30 por cada 100 mil habitantes, respectivamente. Honduras traz o índice para cima com uma taxa da assassinatos de 90,4 a cada 100 mil habitantes.
 Na América do Sul, o Brasil é o terceiro, atrás de Venezuela (53,7/100 mil) e Colômbia (30,8/100 mil). O país de regime bolivarista é o único do continente que manteve um crescimento constante nas taxas de homicídio desde 1995.

  Distribuição de vítimas de homicídio por sexo e idade (Foto: Reprodução)
Homens matam mais
Mundialmente, cerca de 80% das vítimas de homicídio e 95% dos autores de homicídios são do sexo masculino. As maiores vítimas são jovens com idades entre 15 e 29 anos, principalmente na América do Sul e Central. Nessas regiões, a taxa é quatro vezes maior que a média global para essa faixa etária, mais de uma em cada sete vítimas de homicídio no mundo.
 Enquanto são mortos, em geral, por desconhecidos, quase metade das vítimas do sexo feminino são mortas por pessoas próximas. Na Ásia, Europa e Oceania, a maioria das mulheres vítimas de homicídio é morta pelas mãos de seus parceiros ou familiares (na Ásia e na Europa, 55%, e na Oceania, 73%).
Veja.com