quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Cientistas descobrem origem de meteorito que caiu na Rússia

Quase nove meses após um meteorito atingir a cidade de Tcheliabinsk, na Rússia, os cientistas desvendaram a origem da imensa bola de fogo que espantou o mundo. Três grupos de pesquisadores revelaram suas descobertas nesta quinta-feira (7).
Uma das pesquisas liderada por Jiri Borovicka, da Academia de Ciências da República Tcheca, explica como ninguém viu a aproximação do meteorito com antecedência. Segundo os pesquisadores, o meteorito ficou em uma posição que o impedia de ser observado pelos astrônomos nas seis semanas que antecederam o impacto.
O cálculo da órbita do meteorito coincidia com a do asteroide 1999 NC43. Com 2,2 km de diâmetro, esse objeto celeste se alterna em sua rota entre o cinturão de asteroides e as proximidades da Terra. Portanto, é provável que o meteorito fosse um pedaço que se desprendeu do asteroide.
Outro artigo revelou que o impacto do asteroide e suas consequências foram muito maiores do que o estimado. Peter Brown e seus colegas da University of Western Ontario (Canadá) calcularam que a explosão do meteorito ao entrar na atmosfera teve a força de 500 mil toneladas de TNT (trinitrotolueno), atrás apenas do objeto que caiu em Tunguska, na Sibéria, em 1908.
Os cálculos das propriedades do meteorito e de sua rota apontam que o objeto estava a 19 km por segundo quando alcançou a atmosfera terrestre. Quando chegou à altitude de 45 a 30 quilômetros, explodiu a 27 km do solo, emitindo gás e poeira. Sua massa era de cerca de 10 mil toneladas. Ou seja, maior e quase duas vezes mais pesado do que calculado anteriormente.
Já a pesquisa liderada por Olga Popova, da Academia Russa de Ciências, estudou estragos que foram causados pelo impacto. Os cientistas visitaram as áreas afetadas e recolheram os pedaços de meteorito.
Os cientistas estimam, agora, que o risco de um objeto parecido atingir a Terra de novo pode ser maior do que o calculado antes. Os estudos reafirmam, portanto, que os asteroides realmente são perigosos e exigem toda a atenção dos astrônomos..
Exame.com
 

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