segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Consumidor europeu já aposta no carro elétrico

Paris - Depois de anos de desconfiança sobre a viabilidade dos carros elétricos, as montadoras da Europa começam a apostar a sério na nova tecnologia, movidas pela receptividade crescente dos clientes. Em um ano, a venda de automóveis de propulsão elétrica na França cresceu 100%. A base de cálculo ainda é pequena, mas diante de um mercado automotivo em crise, no qual os construtores não param de ter prejuízos e quedas nas vendas, os 4,7 mil novos proprietários do primeiro semestre podem indicar uma tendência.
No mesmo período de 2012, os compradores de carros elétricos na França somavam 2,27 mil - ou menos da metade. E esse crescimento foi registrado em um setor em crise, com vendas gerais em queda de 11%. Em junho, segundo o Comitê de Construtores Franceses de Automóveis (CCFA), a opção por veículos a eletricidade cresceu 10 vezes. A perspectiva das montadoras é de que 2013 represente um novo patamar de comercialização para esse segmento, que deve superar a marca de 15 mil vendas na França.
O avanço ocorre apesar dos preços elevados, entre 13,7 mil euros e 27,9 mil euros, no caso de veículos de série - há ainda supermáquinas elétricas, cujos preços se aproximam dos mais caros automóveis de luxo ou de esporte.
Entre consumidores, a curiosidade, mesmo entre quem ainda não tem um, é crescente. "Eu estou pensando em comprar um carro elétrico, mas tenho dúvidas do ponto de vista prático. Será um veículo apenas para trajetos cotidianos entre o trabalho e nossa casa?", diz o administrador Elio Mercier, que busca mais informações sobre autonomia e tempo de recarga, além da relação custo-benefício, antes de investir na nova tecnologia.
O mercado só não cresce mais porque as limitações de infraestrutura persistem. Em toda a França, por exemplo, há apenas 6,5 mil estações de reabastecimento de carros elétricos, 4 mil delas em Paris, graças ao sistema de veículos públicos de locação Autolib". Há um pouco de frustração porque o que nós queremos é o desenvolvimento das infraestruturas", reconheceu Ghosn. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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