quarta-feira, 31 de julho de 2013

Frase


Rússia deve construir primeira usina nuclear flutuante

O governo russo anunciou que até 2016 o país deverá ter a primeira usina nuclear flutuante do mundo. Construída em um navio, ela deve usar dois reatores nucleares para produzir 70 megawatt, energia suficiente para abastecer os 200.000 habitantes da cidade de Vilyuchinsk, localizada no frio e isolado leste da Rússia.
Os governantes locais planejam a construção da usina desde 2007, mas seu desenvolvimento enfrentou uma série de contratempos, desde dificuldades técnicas e financeiras até acusações de corrupção contra as empresas construtoras. No começo de julho, Aleksandr Voznesensky, diretor do maior estaleiro do país, anunciou que a usina deve finalmente ficar pronta em três anos.
A embarcação receberá o nome de Akademik Lomonosov — em homenagem ao intelectual russo Mikhail Lomonosov — e será a primeira de uma série de usinas flutuantes que a Rússia deve construir para abastecer cidades de difícil acesso no leste do país, distantes dos principais centros industriais. A construção do navio é comandada pela Rosatom, agência do governo que administra as usinas nucleares. 
Navios nucleares — Segundo os construtores, o navio será abastecido com dois reatores nucleares de 35 megawatt do tipo KLT-40S, parecidos com os usados para fornecer propulsão a navios e porta-aviões russos. A diferença é que a energia gerada não será usada para mover a embarcação, mas sim repassada à rede energética da cidade onde estiver atracada. Os projetistas planejam, na verdade, que o navio não tenha nenhum tipo de propulsão — ele terá de ser rebocado até as cidades onde serão empregados.
Essas usinas irão produzir energia a partir da fissão de elementos radioativos, como urânio e plutônio. O calor gerado por esse tipo de reação será usado para aquecer e mover turbinas instaladas no navio, que irão produzir a energia elétrica. Os pesquisadores também esperam usar esse calor gerado na usina para dessalinizar a água do mar, fornecendo água potável para os habitantes locais.
Os projetistas esperam que a embarcação tenha uma vida útil de 40 anos e precise passar por uma manutenção a cada 12 anos, onde o combustível nuclear será reciclado. Segundo o site World Nuclear News, que pertence à Associação Nuclear Mundial, organização que promove o uso de energia nuclear e reúne empresas do setor, a Akademik Lomonosov deve custar cerca de 525 milhões de dólares. As embarcações seguintes deverão ser um pouco mais baratas.
O governo russo também pretende comercializar a tecnologia com outros países. Ainda segundo o World Nuclear News, os construtores já foram procurados por representantes de países como China, Indonésia, Malásia e Argentina.
Críticas — A adoção de usinas nucleares flutuantes gerou preocupação entre grupos de ambientalistas, que afirmam que a tecnologia é mais vulnerável a acidentes do que as usinas construídas em terra e poderiam representar um risco maior de contaminar a água do mar. Já cientistas lembram que governo russo usa reatores nucleares em navios há mais de 50 anos, sem registrar nenhum tipo de acidente que tenha contaminado os mares. Além disso, eles afirmam que, por estarem em alto-mar, as embarcações estão mais protegidas de terremotos e tsunamis do que outras usinas instaladas em zonas costeiras.
A energia nuclear é utilizada na propulsão naval desde 1955, havendo considerável experiência operacional acumulada no uso de reatores nucleares em submarinos, porta-aviões e navios quebra-gelo. Levando-se em conta as características geográficas, o domínio da tecnologia de reatores nucleares de propulsão naval e a experiência operacional deste tipo de reator que a Rússia possui, a utilização dessas pequenas usinas nucleares flutuantes parece ser uma opção energética viável, importante e segura para o país.
“Sobre o risco de vazamentos e contaminação, este seria, a princípio, da mesma ordem ou menor que o apresentado por reatores nucleares semelhantes que funcionam há décadas na propulsão de submarinos, porta-aviões e navios quebra-gelo — o qual é muito pequeno.
“Um fato que chama a atenção nos reatores que equiparão estas usinas nucleares flutuantes, por contrastar fortemente com a rotina operacional de usinas nucleares comuns, é o tempo de duração muito longo do combustível nuclear. Alega-se que a usina flutuante pode funcionar até 12 anos sem qualquer recarga. Esta característica, também mencionada nos reatores nucleares de propulsão naval, indica que o combustível nuclear a ser utilizado nos reatores possui uma composição diferente da empregada em outras usinas nucleares. A composição exata destes combustíveis nucleares, no entanto, é assunto estratégico que não se encontra disponível na literatura técnica.”
Veja.com

Cientistas testam a "pílula da ginástica"

Dois estudos recém-publicados investigam a possibilidade instigante de que um dia venhamos a desfrutar das vantagens da prática de exercícios com a ajuda de uma pílula, ao invés de suarmos a camisa. Porém, embora alguns pesquisadores acreditem na promessa de uma pílula de exercícios, não se sabe se isso seria prudente.
O mais encorajador dos novos estudos, publicado recentemente pelo períodico Nature Medicine, é a continuação de um estudo de grande proporção do ano passado. Nele, uma equipe do Instituto de Pesquisa Scripps, em Júpiter, Flórida, revelou que um composto criado por eles e injetado em ratos obesos aumentaram a ativação de uma proteína chamada REV-ERB, conhecida por controlar parcialmente o ritmo cardíaco e os relógios biológicos dos animais. Os animais que receberam o composto emagreceram mesmo com uma dieta rica em calorias e melhoraram os níveis de colesterol no sangue.
            
Inesperadamente, os animais também começaram a consumir mais oxigênio durante o dia e gastaram cinco por cento mais energia que os ratos que não receberam o tratamento, muito embora não estivessem se movendo mais que os outros animais. Na verdade, em boa parte dos casos os animais que receberam o medicamento estavam fisicamente mais preguiçosos e inativos do que antes de receberem a droga. Aparentemente, o composto fornecia um exercício sem a necessidade do esforço físico.
Intrigados, os cientistas do Scripps, em parceira com pesquisadores do Instituto Pasteur, da França, e outras instituições, tentaram descobrir o que composto poderia fazer aos músculos para obter esses resultados. Eles sabiam que a droga aumentava a potência da proteína REV-ERB, mas ninguém sabia o que a proteína faria aos músculos diretamente. Por isso, eles começaram a desenvolver uma linhagem de ratos incapazes de expressar um volume muito grande de REV-ERB nas células musculares.

Cooper matinal:
Cientistas estudam furões para descobrir o 'barato" do corredor
Esses animais demonstraram ser verdadeiros antiatletas. Uma das marcas registradas dos exercícios aeróbicos é que os músculos aumentam o número e o vigor das mitocôndrias, as estruturas celulares responsáveis por gerar energia e consumir oxigênio. Porém, nos músculos desses animais o número de mitocôndrias era baixíssimo.
Por consequência, os animais tinham uma capacidade máxima de consumo de oxigênio 60 por cento mais baixa que o normal. Eles chegavam à exaustão na esteira muito antes das cobaias não afetadas.
Porém, quando os cientistas aplicaram o composto em células musculares isoladas dos ratos deficientes em outra parte do experimento, as células começaram a produzir muito mais REV-ERB. Em seguida, essas células passaram a produzir muito mais mitocôndrias e a fortalecer as existentes.

Mesmo pouco exercício já ajuda:
Pesquisa mostra como a atividade física ajuda na prevenção de doenças
Por fim, os cientistas injetaram o componente em ratos sedentários para estimular a produção de REV-ERB além dos níveis considerados normais. Quando soltaram os ratos sedentários em pequenas esteiras, eles correram "significativamente mais tanto no quesito tempo, quanto no quesito distância", se comparados a animais que não receberam o composto, afirmaram os autores, mesmo que não estivessem treinando anteriormente.
O medicamento "certamente parece agir como uma mímica do exercício", afirmou o coautor Thomas Burris, atual diretor do departamento de Ciência Farmacológica e Fisiológica da Faculdade de Medicina da Universidade de St. Louis. Ele acrescentou que não é difícil imaginar um medicamento que permita que as pessoas, especialmente com deficiências físicas ou incapacitadas de se exercitarem, de tirar proveito dos benefícios da resistência física, sem precisarem se cansar para isso.           
        
Porém, ainda estamos longe disso e muitas perguntas precisam ser respondidas. Ainda não se sabe, por exemplo, se é possível aumentar os níveis de REV-ERB em pessoas saudáveis, nem se atletas poderiam usar a droga para se doparem. Burris afirmou que outros cientistas que publicaram dados sobre as possíveis pílulas de exercícios o alertaram para "esperar alguns telefonemas estranhos" de atletas e equipes de apoio.
A maior preocupação é saber se uma pílula seria capaz de replicar os efeitos fisiológicos complexos dos exercícios físicos, nem se haveriam consequências inesperadas caso recriássemos os efeitos.
Essa questão serviu de pano de fundo para outro estudo, publicado este mês pelo periódico PLoS Biology. Nele, cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, tentaram replicar estudos anteriores que demonstram que grandes doses de resveratrol, a substância química encontrada em abundância nas cascas de uva, aumenta a produção de novas mitocôndrias em células musculares isoladas, imitando o efeito de exercícios aeróbicos. Depois desses primeiros estudos, o resveratrol também passou a ser visto como uma alternativa farmacológica à prática de exercícios.

Tudo na cabeça: Motivo do fracasso no regime está nos neurônios
Entretanto, o novo estudo acaba com essa esperança. Quando os cientistas alimentaram ratos e camundongos com níveis toleráveis de resveratrol na ração, os animais não produziram mais mitocôndrias nas células musculares. Somente doses extremamente altas de resveratrol levaram à produção de mais mitocôndrias.
Infelizmente, doses exageradas dessa substância têm um efeito tóxico, afirmou o Dr. John O. Holloszy, coautor do estudo e professor de medicina da Universidade de Washington. Ela "envenena dois dos passos" envolvidos na função mitocondrial saudável, afirmou Holloszy.
Ainda assim, o sonho de saúde sem esforço continua a encantar.
"Eu sei que há muita gente que iria preferir tomar uma pílula, ao invés de correr alguns quilômetros", afirmou Burris.
Entretanto, ele acrescenta que o principal objetivo de sua pesquisa e de outras similares é o de ajudar quem não pode se exercitar, não quem se nega a fazê-lo, e que até mesmo os beneficiários seriam enganados.
"O exercício traz tantos benefícios" e "nenhuma droga" é capaz de recriar todos, concluiu.
Isso significa que uma boa pedalada ou algumas horas na piscina jamais serão reduzidas a uma pílula.
     
 
                                                               

                                                           


 
 
 
 
 
 

NY, Boston e Miami podem virar "Venezas"?

E se ao invés de alugar um carro, você tivesse que pagar por um barco para visitar cidades turísticas como Nova York, Boston e Miami? Seus bisnetos correm risco de passar por isso. Um novo estudo indica que os Estados Unidos possuem 1700 lugares vulneráveis à elevação do nível do mar.
De acordo com a pesquisa, publicada esta semana no periódico científico Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, em 2100, a vida nesses lugares não será a mesma por conta do aquecimento global.
Os cientistas dizem que o futuro dessas regiões está selado, porque ainda que o mundo reduza as emissões de gases efeito estufa, vai demorar um bom tempo até que a concentração atual desses gases na atmosfera diminua. Já que nem uma coisa nem outra acontecem, os riscos se acumulam.
Um estudo recente, também publicado na PNAS pelo cientista do clima Anders Levermann estima que o aumento de 1º C no aquecimento da atmosfera levaria, eventualmente, a um aumento de 2 a 3 metros no nível do mar.
Cerca de metade da população de Cambridge e Massachusetts poderia ser presa a um futuro abaixo do nível do mar no início de 2060, segundo o estudo, divulgado pelo britânico Guardian. Várias cidades costeiras no Texas também são vulneráveis.
Mas o estado americano mais exposto, segundo o estudo, é a Flórida. Até o final do século, os efeitos da elevação do nível do mar e das ressacas e enchentes cada vez mais fortes provocadas por furacões e tempestades tropicais poderão fazer a segunda maior cidade do estado, Miami, submergir.
Outro estudo, feito pelo grupo Climate Central, prevê que se a elevação do nível do mar chegar a 1,2 metros até 2030, a maior parte das praias de Miami serão varridas do mapa.

 

 
 
 

O vilarejo no Alasca que desaparecerá sob a água

Quase ninguém nos Estados Unidos ouviu falar da vila de Kivalina, no Alasca. Ela fica presa em uma pequena faixa de areia na beira do mar de Bering, pequena demais para aparecer nos mapas do país.
O que talvez não seja tão ruim, porque dentro de uma década Kivalina deverá ficar embaixo d'água. Será lembrada ─ caso seja ─ como o local de onde vieram os primeiros refugiados climáticos dos Esatos Unidos.
Atualmente, 400 indígenas Inuit vivem nas cabines de apenas um cômodo de Kivalina. Sua sobrevivência depende da caça e da pesca.
O mar os sustentou por incontáveis gerações, mas nas últimas duas décadas o recuo dramático do gelo do Ártico os deixou vulneráveis à erosão da costa.
A camada grossa de gelo não protege mais a costa do poder destrutivo das tempestades do outono e do inverno. A faixa de areia de Kivalina foi dramaticamente reduzida.
Engenheiros do Exército americano construíram um muro ao longo da praia em 2008 para deter o avanço da água, mas a medida acabou sendo somente um paliativo
Uma tempestade feroz há dois anos forçou os moradores locais a uma evacuação de emergência. Agora, os engenheiros prevêem que Kivalina será inabitável até 2025.
Estilo de vida ocidental
A história de Kivalina não é a única. Registros de temperatura mostram que a região do Ártico no Alasca está esquentando duas vezes mais rápido do que o resto dos Estados Unidos.
O recuo do gelo, o aumento do nível da água do mar e o aumento da erosão costeira fizeram com que três assentamentos Inuit enfrentem a destruição iminente e outros oito corram sérios riscos.
O problema também tem um custo alto. O governo americano diz que levar os habitantes de Kivalina para outro local custar até US$ 400 milhões (R$ 904 mil) ─ construir uma estrada, casas e uma escola não sai barato em uma região tão inacessível. E não há sinais de que o dinheiro virá de fundos públicos.
A líder da assembleia de Kivalina, Colleen Swan, diz que as tribos indígenas do Alasca estão pagando o preço por um problema que não criaram.
"Se ainda estivermos aqui em 10 anos, ou esperamos pela enchente e morremos ou saímos e vamos para outro lugar", disse.
"O governo americano impôs esse estilo de vida ocidental a nós, nos deu seus fardos para carregar e agora espera que nós recolhamos tudo e carreguemos para outro lugar. Que tipo de governo faz isso?"
Ao norte de Kivalina não há estradas, só a vasta tundra ártica do Alasca. E no ponto mais ao norte do território americano fica a cidade de Barrow ─ mais perto do Pólo Norte do que de Washington. É a fronteira da mudança climática.
Os moradores de Barrow são predominanetemente da tribo Inupiat ─ eles caçam baleias-da-groenlândia e focas para comer, mas tiveram uma série de problemas esse ano.
O gelo começou a derreter e quebrar em março. Depois ele congelou novamente, mas estava tão fino e instável que os caçadores de baleias e focas não conseguiram colocar seus barcos nele. A estação de caça foi arruinada.
Pela primeira vez em décadas, nenhuma baleia-da-groenlândia foi capturada em Barrow. Um dos capitais baleeiros mais experientes da cidade, Herman Ahsoak, diz que o gelo costumava ter 3 metros de espessura no inverno e agora tem pouco mais de um metro.
"Temos que nos adaptar ao que está acontecendo, se vamos continuar comendo e sobrevivendo através do mar. Mas a falta de baleias esse ano significa que o inverno será longo", diz.
Economia do petróleo
Ao mesmo tempo em que o território ártico americano esquenta, ele continua a ser uma fonte vital dos combustíveis fósseis que são vistos pela maioria dos cientistas como um dos principais motivos da mudança climática.
A Encosta Norte do Alasca é o maior campo de petróleo dos Estados Unidos e o oleoduto Trans Alasca é um dos principais projetos do plano de segurança energética do país. E na medida em que a produção do campo atual diminui, aumenta a pressão para explorar reservas intocadas na região.
A empresa Shell fez um lance ambicioso para começar a explorar petróleo no oceano Ártico, apesar de um coro de desaprovação de grupos ambientais. A preocupação aumentou quando uma perfuradora de petróleo se soltou do barco ao qual estava presa na costa do Alasca no início do ano.
As operações estão suspensas, mas o valor do produto é muito alto para ser ignorado.
Kate Moriarty, diretora executiva da Federação de Petróleo e Gás do Alasca, acredita que o Estado tem cerca de 50 bilhões de barris de petróleo ainda não explorados.
"A realidade é que o Ártico vai se desenvolver. E quem queremos que lidere isso? Eu acho que queremos que sejam os Estados Unidos, porque a realidade é que a demanda mundial por petróleo e gás não vai acabar", diz.
Quando o presidente Barack Obama prometeu redobrar seus esforços para diminuir as emissões de carbono nos Estados Unidos, suas palavras foram recebidas com um mero dar de ombros no Alasca.
O Estado deve sua existência ao petróleo e os lucros da indústria de petróleo equivalem a mais de 90% do orçamento estatal. O lucro significa que não há imposto sobre a renda e que parte do dinheiro é distribuída para cada um dos moradores locais anualmente.
E quando se trata de equilibrar duas pressões conflitantes ─ a rápida mudança climática de um lado e a demanda para expandir a economia movida a combustíveis do outro ─ não há dúvidas sobre qual é a prioridade.
O vice-diretor do departamento de Recursos Naturais do Alasca, Ed Fogels, não se desculpa pela estratégia do governo. "Quando todo o mundo ataca o Alasca e diz: Ah, o clima está mudando, o Ártico está mudando, as coisas estão fora de controle', nós dizemos: 'Espere um minuto. Nós estamos desenvolvendo nossos recursos naturais há 50 anos. As coisas estão muito bem, obrigado'."
Mas dentro de uma geração, o oceano Ártico pode não ter mais gelo no verão. O ritmo do aquecimento no norte não tem paralelo em nenhum lugar do planeta.
BBC.com

terça-feira, 30 de julho de 2013

Frase


Quanto petróleo o Brasil tem em terra e mar por estado

As reservas brasileiras de petróleo comprovadas e possíveis de serem exploradas somaram 15,3 bilhões de barris em 2012, quase 50% a mais que há 10 anos. Os números são do Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2013, feito pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), com dados referentes ao desempenho da indústria e do sistema de abastecimento nacionais no período de 2003 a 2012. Confira  quanto petróleo o Brasil tem em terra e mar por estado.

1º Rio de Janeiro

Fatia da reserva nacional: 79,7%
Volume total em 2012: 12.211,5 milhões de barris
Onde estão: em mar
Reservas em 2003: 8.854,1 milhões de barris
Variação em 10 anos: 37,9%

2º Espírito Santo.

Fatia da reserva nacional: 8,94%
Volume total em 2012: 1.369,2 milhões de barris
Onde estão: em terra (34.9 milhões) e mar (1.334,3 milhões de barris)
Reservas em 2003: 724.6 milhões de barris
Variação em 10 anos: 89%

3º São Paulo

Fatia da reserva nacional: 3,6%
Volume total em 2012: 545,9 milhões de barris
Onde estão: em mar
Reservas em 2003: 4 milhões de barris
Variação em 10 anos: 13.500%

4º Rio Grande do Norte

Fatia da reserva nacional: 2,6%
Volume total em 2012: 394.9 milhões de barris
Onde estão: em terra (277.8 milhões de barris) e mar (117,1 milhões de barris)
Reservas em 2003: 331.9 milhões de barris
Variação em 10 anos: 19%

5º Bahia

Fatia da reserva nacional: 2%
Volume total em 2012: 309,3 milhões de barris
Onde estão: em terra (239,9 milhões de barris) e mar (69,4 milhões de barris)
Reservas em 2003: 213.8 milhões de barris
Variação em 10 anos: 44,7%

6º Sergipe

Fatia da reserva nacional: 1,77%
Volume total em 2012: 272.4 milhões de barris
Onde estão: em terra (240.1 milhões de barris) e mar (32.3 milhões de barris)
Reservas em 2003: 241,1 milhões de barris
Variação em 10 anos: 13%

7º Amazonas

Fatia da reserva nacional: 0,7%
Volume total em 2012: 104,8 milhões de barris
Onde estão: em terra
Reservas em 2003: 110,6 milhões de barris
Variação em 10 anos: - 5,2%

8º Ceará

Fatia da reserva nacional: 0,41%
Volume total em 2012: 62.9 milhões de barris
Onde estão: em terra (16,6 milhões de barris) e mar (46,3 milhões de barris)
Reservas em 2003: 72.8 milhões de barris
Variação em 10 anos: - 13,6%

9º Paraná

Fatia da reserva nacional: 0,2%
Volume total em 2012: 31,3 milhões de barris
Onde estão: em mar
Reservas em 2003: 23,7 milhões de barris
Variação em 10 anos: 32,1%

10º Alagoas

Fatia da reserva nacional: 0,05%
Volume total em 2012: 6.9 milhões de barris
Onde estão: em terra (6,3 milhões de barris) e mar (0,6 milhões de barris)
Reservas em 2003: 12.8 milhões de barris
Variação em 10 anos: - 46,1%

11º Santa Catarina

Fatia da reserva nacional: 0,03%
Volume total em 2012: 5,3 milhões de barris
Onde estão: em mar
Reservas em 2003: 12,5 milhões de barris
Variação em 10 anos: - 57,6%
Exame.com

Divulgadas novas imagens do meteorito que atingiu a Rússia

Imagens que mostram o rastro do meteorito que atingiu a região de Tcheliabinsk, na Rússia, em fevereiro deste ano foram publicadas na edição de 16 de julho do periódico Geophysical Research Letters. As imagens foram captadas por satélites e localizadas pelo engenheiro espacial e geofísico Simon R. Proud, da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca. 
O meteorito que caiu em Tcheliabinsk deixou mais de 900 feridos e chamou atenção para o fato de que colisões com esses corpos celestes são frequentes, mas costumam ocorrer em regiões desabitadas, onde causam menos danos. De acordo com Proud, o mesmo método que o ajudou a encontrar as imagens do meteorito russo poderá ser usado no futuro para encontrar imagens de outros corpos celestes.
Veja.com

FAO pede que países parem de usar agrotóxicos perigosos

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) alertou hoje (30) os países em desenvolvimento na América Latina, na Ásia e na África para que proíbam o uso de determinados tipos de agrotóxicos considerados “altamente perigosos”. Entre as recomendações, está o não uso do monocrotofós, o mesmo produto que causou a morte de 23 estudantes em Bihar, na Índia, em consequência de alimentos contaminados com pesticidas.
De acordo com especialistas, o monocrotofós, se manipulado de forma incorreta, pode causar envenenamento. A inalação causa problemas musculares, salivação excessiva e perda de consciência. A ingestão provoca dores de cabeça, náusea, convulsões e dor de barriga. O monocrotofós está proibido na Austrália, na China, nos países da União Europeia, nos Estados Unidos e em vários países da África, da Ásia e da América Latina.
Para a FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS), o monocrotofós é um agrotóxico de “grande periculosidade”. Segundo as duas organizações, o uso do produto pode causar danos à saúde humana e também ao meio ambiente. “A FAO recomenda que os governos dos países em desenvolvimento acelerem a retirada de pesticidas altamente perigosos do mercado”, diz o texto.
O Código Internacional de Conduta faz uma série de determinações sobre o uso de agrotóxicos, estabelece normas para entidades públicas e privadas e é a principal referência sobre o tema. O código define uma proposta de proibição para a importação, distribuição, venda e compra de pesticidas considerados perigosos.
Exame.com

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Frase


Nasa captura "buraco" gigante na atmosfera do Sol

Uma sonda da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) registrou um buraco gigante na atmosfera solar, na área do polo norte do Sol.
A sonda Observatório Solar e Helioscópico (SOHO, na sigla em inglês) capturou a imagem do buraco gigantesco no dia 18 de julho.
A Nasa afirma que os buracos, chamados de coronais, são regiões escuras de baixa densidade da camada mais externa da atmosfera solar, chamada de corona.
Estes buracos têm pouco material solar, temperaturas mais baixas e, por isso, aparecem mais escuros nas imagens.
Os buracos coronais são ocorrências típicas do Sol, mas costumam aparecer em outros lugares e com mais frequência em momentos diferentes do ciclo de atividade solar, que dura cerca de 11 anos.
O ciclo de atividade solar atualmente está se encaminhando para o chamado máximo solar, um pico na atividade que deve ocorrer no final de 2013.
Durante esta parte do ciclo, o número de buracos coronais diminui. No pico da atividade solar, os campos magnéticos no Sol mudam e novos buracos coronais aparecem perto dos polos.
O número destes buracos então aumenta e eles crescem de tamanho, se estendendo para além dos polos, enquanto o ciclo solar volta para o mínimo de atividade novamente.
Os buracos são importantes para a compreensão do clima no espaço, pois eles são a fonte de ventos de alta velocidade com partículas solares, que são expelidos do Sol três vezes mais rápido do que os ventos solares vindos de outros lugares.
Ainda não se sabe a causa dos buracos coronais, mas eles estão correlacionados a áreas do Sol onde os campos magnéticos aumentam e sobem, não conseguindo cair de volta para a superfície do Sol, como fazem em outros lugares.
 

O "Cometa do século" pode ser destruído pelo Sol, diz estudo

As últimas observações feitas do Ison, chamado de "cometa do século", indicam que ele pode ser uma grande decepção. Análise de Ignacio Ferrin, astrônomo da Universidade de Antióquia (Colômbia), conclui que a pedra de gelo tem um "peculiar comportamento" e pode acabar destruída ao se aproximar do Sol.
Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos russos, o Ison foi chamado de "cometa do século" após algumas previsões que indicavam que ele poderia aparecer tão grande como a Lua Cheia para quem vê da superfície da Terra. Contudo, isso depende de sua passagem pelo Sol.
Ferrin, ao analisar as últimas observações do Ison, descobriu que o brilho do cometa se manteve constante por 132 dias, apesar de ele se aproximar cada vez mais da estrela. Esse dado peculiar pode ser explicado pela falta de água ou se uma superfície de rocha ou outro material esteja impedindo a sublimação da água ou outro volátil para o espaço.
Caso parecido foi o do cometa C/2002 O4 Hönig, que manteve o mesmo brilho durante 52 dias. Após esse período, ele se desintegrou, sem deixar resíduos observáveis.
Os astrônomos não sabem qual é a situação atual do Ison, já que ele está escondido pelo brilho do Sol. Contudo, eles sabem de duas dificuldades que o cometa vai enfrentar. A primeira, a temperatura de 2,7 mil °C ao passar perto da estrela, o suficiente para derreter ferro e chumbo. Além disso, ele entrará no chamado limite de Roche, quando a força gravitacional do Sol poderá partir o núcleo do cometa. 
Esses dados indicam que o Ison pode não sobreviver ao encontro. Uma breve janela de observações, entre 7 de outubro e 4 de novembro, pode indicar a situação da pedra de gelo. Contudo, segundo o cientista, as condições de observação serão muito ruins para determinar o destino do cometa. "O futuro do cometa Ison não parece muito brilhante", conclui Ferrin.

Degelo na Antártida dá origem a ilha com metade da cidade de SP

O degelo em algumas das maiores geleiras da Antártica muda a geografia da região. Uma imagem de satélite captada pela Nasa, agência espacial americana, mostra como uma rachadura na maior geleira da Antártica Ocidental, a Pine Island, criou um iceberg do tamanho de metade do município de São Paulo. O iceberg é a porção superior da foto ao lado. A rachadura (crack, em inglês) está no meio, separando do blogo da Geleira Pine Island (Pine Island Glacier, em inglês).
A rachadura foi descoberta em outubro de 2011. Na ocasião, ela inha 24 quilômetros de extensão e 50 metros de largura. Desde então foi alargando e ganhando extensão até separar um blogo de gelo flutuante da massa da geleira. "É interessante que o iceberg não flutuou à deriva para longe da geleira", diz Robert Bindschadler, pesquisador da Nasa que acompanha a Pine Island. Segundo ele, blocos de gelo flutuantes na costa podem reter o afastamento do novo iceberg.  
Pode ser um dos sinais do aquecimento no continente.

Terremoto pode ter liberado gás que contirbui para aquecimento global

Os terremotos podem estar contribuindo para o aquecimento do planeta através da liberação de gases do efeito estufa provenientes do subsolo dos oceanos, diz um estudo publicado neste domingo (28) na revista "Nature Geoscience".
Os autores desse estudo, da universidade de Brêmen na Alemanha, comprovaram que um grande terremoto ocorrido em 1945 liberou mais de 7 milhões de metros cúbicos de metano no mar de Arábia.
Essa descoberta revela uma fonte natural de emissão de gases do efeito estufa que até o momento não era considerada, disse a revista britânica.
O efeito do metano no meio ambiente é 20 vezes mais potente que o do dióxido de carbono, apesar de o primeiro gás ser menos abundante na atmosfera. Segundo os cientistas, há enormes quantidades de metano armazenadas em estruturas chamadas de hidratos congelados no subsolo das plataformas continentais que circundam as massas de terra do planeta.
Calcula-se que os hidratos de metano contêm entre mil e 5 mil gigatoneladas de carbono, mais que a quantidade total emitida todos os anos pela combustão de combustíveis fósseis.
Testes em sedimentos
Testes realizados com sedimentos recolhidos da parte norte do mar arábico em 2007 revelaram indícios químicos de emissões de metano em grande escala, afirmaram os especialistas. Uma análise dos registros históricos permitiu confirmar que em 1945 aconteceu nessa região um terremoto de magnitude de 8,1 pontos.
"De acordo com vários indicadores, acreditamos que o terremoto levou a um rompimento dos sedimentos, o que permitiu a liberação do gás que estava retido sob a plataforma", disse o diretor do estudo, David Fischer. Ele afirmou que 'provavelmente existem mais regiões na área que foram afetadas pelo terremoto', o que poderia permitir um aprofundamento da pesquisa.
Os hidratos de metano são vistos como uma fonte de energia promissora, mas sua extração é cara e arriscada. Além disso, segundo os especialistas, eles ajudam a estabilizar o solo do oceano, por isso existe a possibilidade que terremotos e tsunamis possam ser gerados, caso aconteçam intervenções e alterações na estrutura desses hidratos.
G1

domingo, 28 de julho de 2013

Frase


Será que utilizamos apenas 10% de nosso cérebro?

Infelizmente, isso não é verdade.
Não é bem claro a que se referem esses tais 10% de utilização.
Se a afirmação se refere a 10% de regiões cerebrais, é fácil de ser refutada.
Usando uma técnica chamada imagem de ressonância magnética funcional, neurocientistas podem identificar as partes to cérebro que são ativadas quando uma pessoa faz ou pensa em algo.
Uma simples ação, como abrir e fechar a mão ou dizer algumas poucas palavras, requer uma atividade de muito mais de uma décima parte do cérebro. Mesmo quando se supõe que a pessoa não está fazendo nada, o cérebro está trabalhando bastante, controlando funções como respiração, atividade cardíaca ou memória.
Nada ocioso
Se os 10% mencionados se referirem ao número de células do cérebro, ainda assim a afirmação não procede.
Quando qualquer célula nervosa deixa de ser utilizada ela se degenera e morre ou é colonizada por outras áreas vizinhas. Não permitimos que as células de nosso cérebro fiquem ociosas. Elas são valiosas demais.
Segundo o neurocientista Sergio Della Sala, o cérebro necessita de muitos recursos. Manter o tecido cerebral consome 20% de todo o oxigênio que respiramos.
Como pode então uma ideia sem fundamento biológico ou fisiológico ter conseguido se espalhar desse jeito?
É difícil rastrear a fonte original do mito.
O psicólogo e filósofo norte-americano William James escreveu no livro As energias do homem que "utilizamos somente uma pequena parte de nossos possíveis recursos mentais e físicos".
Ele pensava que as pessoas podiam progredir mais, porém não se referia ao volume do cérebro nem à quantidade de células, tampouco a uma porcentagem específica.
O caso, sem dúvida, demonstra que todos nós podemos usar nossos cérebros para fazer mais coisas do que sabemos, já que é sabido que as pessoas se adaptam a circunstâncias extraordinárias.
É certo, claro, que se nos propusermos, podemos aprender coisas novas. E cada vez há mais evidência que mostra que nosso cérebro muda. Porém, não é que estejamos explorando uma nova área do cérebro. Acredita-se que quando novas conexões entre as células nervosas são feitas, perdemos velhas conexões quando já não as necessitamos.
O que mais intriga neste mito é que ele pode ter nascido e se cristalizado com base em informação que não é correta.
Talvez falar em 10% seja uma forma atrativa porque oferece um potencial enorme para se melhorar.
Todos queremos ser melhores. E podemos, se nos cuidarmos.
Porém nunca vai acontecer de encontramos uma porção de nosso cérebro em desuso.
A referência aos 10% é feita em um prólogo da edição de 1936 do popular livro de Dale Carnegie Como ganhar amigos e influenciar pessoas. Algumas pessoas dizem que Albert Einstein foi a fonte da afirmação.
Della Sala tem tentado encontrar essa citação, mas ninguém que trabalha no arquivo Albert Einstein pôde sequer confirmar que tenha existido. Parece mais um outro mito.
Zona duvidosa
Existem dois fenômenos que talvez possam explicar o mal-entendido.
 
Nove de cada dez células do cérebro são do tipo neuróglias ou células gliais, que são células de apoio, que provêm assistência física e nutricional. Os outros 10% das células são os neurônios, que se encarregam de "pensar".
Assim, talvez as pessoas tenham interpretado que os 10% das células que se ocupam do trabalho duro de pensar poderiam aproveitar também as neuróglias para aumentar a capacidade cerebral pensante. Só que essas células são totalmente distintas e não podem se transformar em neurônios                                              
para nos dar mais potência mental.                                                               
Existem os 10% que pensam, e os 90% que ajudam a pensar.
Há no entanto, um grupo de pacientes, cujas imagens do cérebro revelaram algo extraordinário.
Em 1980, um pediatra britânico chamado John Lorber mencionou na revista Science que alguns dos pacientes com hidrocefalia, que tinham muito pouco tecido cerebral, ainda assim tinham um cérebro que podia funcionar.
O caso, sem dúvida, demonstra que todos nós podemos usar nossos cérebros para fazer mais coisas do que sabemos, já que é sabido que as pessoas se adaptam a circunstâncias extraordinárias.
É certo, claro, que se nos propusermos, podemos aprender coisas novas. E cada vez há mais evidência que mostra que nosso cérebro muda. Porém, não é que estejamos explorando uma nova área do cérebro. Acredita-se que quando novas conexões entre as células nervosas são feitas, perdemos velhas conexões quando já não as necessitamos.
O que mais intriga neste mito é que ele pode ter nascido e se cristalizado com base em informação que não é correta.
Talvez falar em 10% seja uma forma atrativa porque oferece um potencial enorme para se melhorar.
Todos queremos ser melhores. E podemos, se nos cuidarmos.
Porém nunca vai acontecer de encontramos uma porção de nosso cérebro em desuso.
 
 

Cientista discute vida fora da Terra

O cinema e a literatura já retrataram extraterrestres das mais diversas formas — de humanoides a seres gosmentos de cor esverdeada. A ciência, por outro lado, tem o olhar voltado para um outro tipo de vida fora da Terra: a vida microscópica. “Existem indicativos de que um asteroide que veio de Marte e caiu na Terra poderia conter fósseis de micro-organismos. Essa ideia ainda não é muito aceita pelos pesquisadores”, explica Douglas Galante, especialista em astrobiologia, área da ciência que estuda a origem, evolução, dispersão e futuro da vida, tanto na Terra quanto fora dela.
Há ainda quem diga que a vida na Terra teve origem no espaço e só depois chegou ao nosso planeta. De acordo com Galante, já se sabe que diversas moléculas podem ter se formado no espaço e chegado ao planeta azul pelo impacto de asteroides e meteoros.  Isso teria acontecido com moléculas orgânicas, que podem ter participado do surgimento da vida. Um exemplo de “moléculas extraterrestes”, mais concreto do que a vinda de matéria orgânica do espaço, é a água. “É provável que metade da água do nosso planeta tenha sido trazida do espaço. Então, metade da água que a gente bebe pode ser extraterrestre”, afirma.
Douglas Galante é pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP.
Veja.com

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Frase


Medalhas de ouro dos jogos de inverno terão pedaço de meteorito russo

Ganhar uma medalha de ouro é uma das maiores conquistas possíveis nos esportes. O belo medalhão redondo recompensa anos de trabalho duro e confirma o status do atleta como o melhor de todos. A Rússia vai colocar um ingrediente extra nas medalhas dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em Sóchi, e algumas delas terão pedaços do meteorito que caiu no país no começo deste ano.
Uma medalha com um pedaço de algo que veio do ESPAÇO. Não é demais? Elas serão entregues aos atletas que vencerem eventos no dia 15 de fevereiro de 2014, aniversário de um ano do meteorito que atingiu Chelyabinsk. De acordo com o R-Sport, os eventos serão os 1500 metros de patinação de velocidade no gelo masculino, os 1000 metros e 1500 metros masculinos de patinação de velocidade no gelo de trajeto curto, o salto de esqui masculino, o  esqui cross-country feminino, o super giant slalom feminino e skeleton masculino.
O ministro de cultura regional de Chelyabinsk, Alexei Betekhtin, explicou:
"Vamos entregar nossas medalhas a todos os atletas que ganharem um ouro neste dia, já que tanto a queda do meteorito quanto os Jogos Olímpicos são eventos globais."

Desmatamento na Amazônia aumenta 437% em junho

Dias depois do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgar que o desmatamento na Amazônia Legal quase quintuplicou em maio de 2013, levantamento feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon) revela que a situação na região continuou crítica em junho.
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) da instituição detectou o desmatamento de 184 km² de floresta na Amazônia Legal no mês passado. Em junho de 2012, o número registrado foi de 34 km², o que revela um aumento de 437%.
Dessa vez, o estado do Pará levou o título de maior devastador da região, sendo responsável por 42% do desmatamento detectado. O Amazonas aparece em segundo lugar no ranking (32%), seguido por Mato Grosso e Rondônia.
A degradação florestal - provocada, entre outras atividades, pela intensa exploração madeireira - também cresceu na Amazônia Legal em junho: foram detectados 169 km² de destruição, contra 15 km² em 2012, o que representa um aumento de mais de 1000%.
De acordo com o Imazon, devido a baixa cobertura de nuvens, foi possível monitorar 88% da área total da Amazônia Legal no período. Em 2012, 73% do território foi monitorado pelo SAD.
National Geographic

Fitoplâncton se destaca nas águas do Atlântico Norte em imagens de satélite

Uma imagem feita esta semana pelo satélite Aqua, da agência espacial americana (Nasa), mostra o florescimento de fitoplâncton no Atlântico Norte, cujas águas concentram a pesca mais produtiva do mundo.
Esses organismos microscópicos brilhantes – compostos principalmente por algas que fazem fotossíntese e flutuam na coluna d’água – são os responsáveis pela abundância de peixes e outros seres marinhos na região, pois formam a base da cadeia alimentar.
O fitoplâncton cobre centenas e até milhares de quilômetros no Atlântico Norte e no Oceano Ártico todos os anos. Muitas espécies, inclusive, acabam prosperando mais nessas águas frias, que tendem a concentrar mais nutrientes e plantas que as águas tropicais.
Apesar de ser essencial para a manutenção da vida no mar, o fitoplâncton também é responsável por alguns problemas ecológicos, quando se reproduz demais. Isso ocorre quando há um excesso de nutrientes e temperatura favorável. Aí a água fica verde ou marrom, o oxigênio acaba e esses organismos começam a morrer – causando uma reação em cadeia.
Além disso, o fitoplâncton também provoca a maré vermelha, que acontece quando os micro-organismos liberam toxinas na água, destruindo várias culturas.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Por que parece mais frio do que os termômetros indicam?

O Brasil viveu algumas das mais baixas temperaturas da sua história nesta quarta-feira, 24, mas foi a sensação térmica o que realmente assustou: durante a madrugada, na Avenida Paulista, a sensação era de temperatura negativa (-1). Já na Serra Gaúcha, os habitantes teriam vivido a experiência de passar por nada menos que -16 graus.
        Tudo isso leva a uma questão: como se calcula a sensação térmica? Pode parecer fruto de achismo ou algo baseado meramente na percepção sensorial, mas existe uma ciência por trás do número, que leva em conta dois fatores principais: a temperatura real e a velocidade do vento.
        Para chegar ao número para a Avenida Paulista, por exemplo, o cálculo mais básico pesou o que marcava o termômetro (5,3 º) e o vento no local (4,3 m/s). De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a sensação térmica tende a diminuir 1 grau a cada vez que os ventos passam os 7 km/h.
        Porém, existe um teorema mais complexo para medir a sensação com ainda mais exatidão: ST = 33 + (10 √v + 10,45 – v). T – 33 / 22, onde v é a velocidade do vento em km/h e T são os graus em Celsius.
        Por fim, fora do cálculo dos principais institutos de meteorologia do Brasil, outro fator importante para medirmos a sensação é a umidade do ar – o frio úmido tende a afetar mais o nosso corpo que o seco.

Tamanho de homídeo " hobbit" não era provocado por doença, diz estudo

Muita coisa a respeito dos hominídeos extintos apelidados de hobbits permanece uma grande polêmica dez anos depois que os fósseis foram descobertos na ilha indonésia de Flores. Porém, um novo estudo oferece uma contribuição forte à hipótese original a seu respeito: são os remanescentes de uma espécie distinta até então desconhecida que viveu até aproximadamente 17 mil anos atrás.
Comparações detalhadas mostram que o único crânio entre os restos de esqueletos é "claramente distinto" dos crânios de humanos modernos saudáveis, garante o estudo. Assim, o espécime fóssil pode muito bem merecer a designação de representante de uma espécie extinta, que os cientistas batizaram Homo floresiensis .
Boa parte do debate se concentrou em argumentos de céticos segundo os quais esses hominídeos de cérebro e corpo pequenos não passavam de um Homo sapiens  moderno com uma entre várias desordens de crescimento, possivelmente microcefalia, síndrome de Laron ou hipotireoidismo endêmico, conhecido como cretinismo.
Em estudo publicado no periódico científico PLoS One , os pesquisadores afirmaram que seus achados "rebatem as hipóteses de condições patológicas".
A principal autora, Karen L. Baab, antropóloga da Universidade Stony Brook, Long Island, disse que o estudo gerou as medidas mais precisas e abrangentes até agora do formato externo – cada crista e sulco, cada caroço e saliência – do crânio do Homo floresiensis .
As mensurações foram comparadas com crânios de hominídeos fósseis extintos, incluindo o Homo erectus , neandertais e outras espécies arcaicas de hominídeos, com crânios de humanos modernos normais, além de humanos com cada uma dessas condições patológicas.
Os pesquisadores, incluindo Kieran P. McNulty, da Universidade de Minnesota, e Katerina Harvati, da Universidade de Tübingen, Alemanha, concluíram que o crânio do H. floresiensis era mais parecido com os vários hominídeos fósseis do que com os humanos modernos normais ou com aqueles com as patologias. Durante entrevista, Baab contou que eles "tentaram testar praticamente todas as hipóteses" e oferecer "uma visão muito mais completa" do formato do crânio do hobbit, comparado aos estudos anteriores.
De acordo com ela, os achados completaram a pesquisa anterior conduzida por Dean Falk, antropólogo da Universidade Estadual da Flórida, especializado em evolução cerebral. Eles utilizaram tomografias computadorizadas para criar moldes internos mostrando o formato do cérebro a partir da impressão deixada por ele na superfície interna do crânio. Os estudiosos chegaram à conclusão que o hobbit era uma espécie nova relacionada estreitamente com o H. erectus e não um humano com microcefalia.
Os fósseis do H. floresiensis foram encontrados em 2003, enterrados em sedimentos da entrada de uma grande caverna conhecida como Liang Bua. Desse nome veio o rótulo LB1 para o único crânio, que não é maior do que uma toranja. O tamanho sugere que o cérebro tinha menos de um terço do de um humano. A partir de outros pedaços do esqueleto de oito indivíduos, os hobbits mediam cerca de 90 centímetros, caminhavam eretos e, em termos anatômicos, eram mais primitivos do que o H. sapiens .
Entretanto, os antropólogos lamentam o fato de só terem a amostra de um crânio para estudar.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Frase


Arqueólogos afirmam ter descoberto palácio que pertenceu ao Rei Davi bíblico

Uma equipe de arqueólogos israelenses acredita ter descoberto as ruínas de um palácio pertencente ao bíblico Rei Davi. Outros especialistas israelenses, porém, contestam a descoberta.
Arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém e também da Autoridade de Antiguidades de Israel disseram que a descoberta - um grande complexo fortificado a oeste de Jerusalém, em um local chamado Khirbet Qeiyafa - é o primeiro palácio do rei bíblico a ser descoberto.
"Khirbet Qeiyafa é o melhor exemplo de uma cidade fortificada do tempo do rei Davi", disse Yossi Garfinkel, arqueólogo da Universidade Hebraica, sugerindo que o próprio Davi teria usado o palácio. Garfinkel liderou a escavação de sete anos com Saar Ganor, da Autoridade de Antiguidades de Israel.
Garfinkel disse que sua equipe encontrou objetos de culto tipicamente usados por judeus, súditos do rei Davi, e não viu nenhum vestígio de restos de porcos. A carne de porco é proibida pelas leis judaicas. Indícios como estes, segundo ele, eram "provas sem dúvidas", que David e seus descendentes tinham governado no local.
Críticos disseram que o lugar poderia ter pertencido a outros reinos da região. O consenso entre a maioria dos estudiosos é que até hoje não foi encontrada nenhuma prova física definitiva da existência do rei Davi.
A arqueologia bíblica em si é controversa. Os israelenses frequentemente usam descobertas arqueológicas para confirmar suas afirmações históricas para lugares que também são reivindicados pelos palestinos, como a Cidade Velha de Jerusalém.
Apesar de extensa evidência arqueológica, por exemplo, os palestinos negam que os bíblicos templos judaicos dominaram o topo da colina onde a mesquita Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do Islã, se situa hoje.
Em geral, os pesquisadores estão divididos sobre se histórias bíblicas podem ser comprovadas por relíquias físicas.             
Os escavadores atuais não são os primeiros a reclamarem que encontraram um palácio do Rei Davi. Em 2005, a arqueóloga israelense Eilat Mazar disse que encontrou os restos do palácio do Rei Davi em Jerusalém, datando do século 10 a.C, quando o rei Davi teria reinado. A afirmação dela também atraiu ceticismo, inclusive do próprio Garfinkel.
Usando datação por carbono, os arqueólogos descobriram que a construção do local remeteu àquele período. Garfinkel disse que a equipe também descobriu um depósito de quase 15 metros de comprimento, o que sugere que era um local real usado para cobrar impostos do resto do reino.
Garfinkel acredita que o rei Davi viveu permanentemente em Jerusalém em um local ainda por descobrir, e que só visitava Khirbet Qeiyafa ou outros palácios por pouco tempo. Ele disse que a instalação do palácio em uma colina indica que o governante procurou um local seguro em terreno alto durante a era violenta de frequentes conflitos entre as cidades-estados.
"O tempo de Davi foi a primeira vez em que uma grande parte dessa área estava unida por apenas um monarca", disse Garfinkel. "Não foi uma era pacífica".
O arqueólogo Israel Finkelstein, da Universidade de Tel Aviv concordou que Khirbet Qeiyafa é um "elaborado" e "bem fortificado" lugar do século 10 a.C., mas disse que o lugar poderia ter sido construído por filisteus, cananeus e outros povos da região.
Ele disse que não há nenhuma maneira de verificar quem construiu o palácio sem encontrar um monumento detalhando as realizações do rei que construiu. Na semana passada, por exemplo, os arqueólogos em Israel encontraram pedaços de uma esfinge com o nome do faraó egípcio que reinou quando a estátua foi esculpida.
Garfinkel insistiu que críticos como Finkelstein confia em teorias ultrapassadas.
"Eu acho que as outras pessoas têm uma teoria antiga e nós temos novos dados", disse ele.
IG
 

Vegetação cor-de-rosa surge após incêndio em áreas abaixo do Ártico

Uma flor cor-de-rosa vibrante, da espécie Chamerion angustifolium, costuma crescer em regiões de florestas ao sul do Ártico que foram queimadas anteriormente. A planta, conhecida nos EUA como fireweed, é nativa do Hemisfério Norte e pode se tornar cada vez mais comum, com o aumento da frequência de incêndios nas áreas abaixo do Polo Norte.
Essa é a previsão de um novo estudo feito pelas universidades de Illinois, Idaho, Minnesota e Washington. Os resultados foram publicados na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), na segunda-feira (22).
Segundo os autores, liderados por Ryan Kelly e Feng Sheng Hu, as queimadas nas florestas subárticas têm sido as maiores desde o estabelecimento da vegetação moderna nesses locais, há 3 mil anos.
Os cientistas usaram registros de carvão vegetal e pólen da região de Yukon Flats, no Alasca, para documentar os incêndios florestais ocorridos nos últimos 10 mil anos. Essa área úmida de baixa altitude, florestas e pântanos fica na confluência dos rios Yukon, Porcupine e Chandalar, no centro do estado americano.
Entre 6 mil e 3 mil anos atrás, a frequência de incêndios e áreas atingidas aumentou, e esse período coincidiu com a expansão de uma árvore conífera da espécie Picea mariana, considerada altamente inflamável. Depois disso, de mil a 500 anos atrás, predominou um clima quente e seco, semelhante ao visto nas últimas décadas.
Foi nessa época que incêndios graves promoveram uma abundância de espécies de plantas resistentes ao fogo, que limitaram o potencial das chamas.
O recente aumento dos incêndios florestais também tem convertido grande parte da paisagem de Yukon Flats em um mosaico de vegetação de menor inflamabilidade. A alta frequência de queimadas dos últimos anos, porém, pode sinalizar a transição para um regime de atividade de fogo sem precedentes no local, sugerem os autores.
G1

Derretimento do Ártico pode causar prejuízos de US$ trilhões

As consequências do derretimento do Ártico para a economia local já foram estimados por cientistas. O degelo vai facilitar rotas comerciais ao norte da Europa e abrirá novas áreas de exploração de petróleo e gás, gerando milhões em recursos para a região do Ártico. Mas o que acontece em outras regiões do mundo? Segundo um artigo publicado na revista científica Nature, o derretimento no polo norte é uma "bomba-relógio econômica" que pode causar prejuízos de até US$ 60 trilhões. 
O artigo, assinado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, estima os problemas econômicos que podem ocorrer no caso do descongelamento do permafrost da Sibéria. O permafrost é uma camada de solo permanentemente congelado no Ártico. Os pesquisadores estimam que, debaixo dessa camada, há uma reserva de mais de 50 gigatoneladas de metano, um gás de efeito estufa mais forte do que o CO2.
Os pesquisadores usaram modelos de computador para estimar o impacto da emissão de todo esse metano. Segundo o estudo, essa quantidade de metano tem o potencial de acelerar o aquecimento global e aumentar a média de temperatura em 2 graus em pouco mais de 15 anos.
Depois, os pesquisadores avaliaram o impacto econômico que esse aquecimento acelerado pode causar na economia global. "Se não houver medidas para mitigar as mudanças climáticas, nosso modelo calcula que o descongelamento iria aumentar o impacto global em US$ 60 trihões", disse Chris Hope, um dos autores do estudo, segundo a Nature. A maior parte desse prejuízo cairia nas costas dos mais pobres: Hope estima que 80% dos danos ocorreriam em países em desenvolvimento.
No ano passado, o Ártico quebrou um recorde no derretimento do mar congelado. Em setembro, o polo norte registrou a menor extensão de gelo desde o início do monitoramento. O derretimento do mar congelado contribui diretamente para o descongelamento do permafrost da Sibéria.
Perigo à espreita
Sob a camada de gelo do Ártico, existem reservas gigantes de metano (CH4), um gás efeito estufa 20 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2). O derretimento dos subsolos árticos congelados, o chamado permafrost, por sua vez contribuiria para o aquecimento adicional do planeta, destaca o estudo.
" Fenômenos como inundação de áreas baixas, extremos de calor, secas e tempestades serão ampliados pelas emissões de metano", escrevem os pesquisadores.
No nível mais superficial, o próprio degelo da cobertura da região contribuiria para intensificar o fenômeno. Uma vez que a camada de gelo aumenta a refletividade dos raios solares, na sua ausência, mais calor passará a ser absorvido pela terra.
Nos últimos anos, durante o verão, a redução do gelo no Ártico tem se intensificado de tal maneira que atingiu um mínimo de 3,4 milhões de quilômetros quadrados, em 2012, 18% a menos do que o recuo em 2007 e 50% abaixo da média dos anos oitenta e noventa.
Época.com

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Produção de energia nos EUA faz a terra tremer - pra valer

A edição desta semana da revista Nature estabelece uma ligação entre a produção de energia e os terremotos de grande escala nos Estados Unidos. As causas? Métodos para extrair gás natural, a produção de energia geotérmica e outros processos de geração que demandam a injeção de fluidos subterrâneos. Na lista entra a produção de gás de xisto, fonte de energia polêmica que está revolucionando a matriz americana.
Estudos recentes corroboram a relação. Um deles, realizado pelo Serviço Geológico dos EUA (USGS ) indica que o número de terremotos aumentou dramaticamente ao longo dos últimos anos, na região e central e leste dos Estados Unidos.
Mais de 300 terremotos acima de magnitude 3,0 ocorreram a cada três anos entre 2010-2012, em comparação com uma taxa média de 21 eventos por ano, observadas entre 1967 e 2000.
Os cientistas da USGS descobriram que em alguns locais o aumento da atividade sísmica coincide com a injeção de efluentes em poços de descarte. Subproduto da produção de óleo e gás, a água que é salgada ou contaminada por produtos químicos deve ser eliminada de uma forma que impeça a contaminação de fontes de água doce.
Muitas vezes, o caminho de injetá-los no subsolo, bem abaixo de quaisquer aquíferos que fornecem água potável, é o mais econômico para “sequestrar” geologicamente tais efluentes.
A maioria desses tremores foram pequenos, mas alguns já ultrapassaram a magnitude 5.0, diz o estudo, que cita um evento de magnitude 5,6 que atingiu Oklahoma em 6 de novembro de 2011, danificando 14 casas e ferindo duas pessoas.
Um segundo estudo, feito pelo Earth Observatory da Universidade de Columbia, em Nova York, indica que pelo menos metade dos terremotos de magnitude superior a 4,5 que atingiram o interior Estados Unidos na última década ocorreram perto dos locais de injeção de fluídos.
A suspeita é de que o aumento da atividade em poços de gás natural alterou tensões em áreas suscetíveis a terremotos, aumentando a pressão de poros fluidos nas rochas subterrâneas, lubrificando falhas pré-existentes e deixando-as mais propensas à ruptura.
Exame.com

China e Esatdos Unidos concordam em diminuir emissões

A China e os Estados Unidos - que concentram 40% do dióxido de carbono despejado na atmosfera do planeta - chegaram a um acordo para diminuir emissões de gases do efeito estufa. Eles devem eliminar gradualmente os hidrofluorcarbonos (HFC), utilizados em aerosóis e refrigeradores, com potencial de aquecimento global, assim como melhorar os padrões de emissões de veículos.
Segundo especialistas, o maior avanço do grupo de trabalho de mudança climática dos EUA e China foi o acordo de agir conjuntamente para encontrar usos comerciais para o CO2 capturado a partir de usinas de energia - ao invés de deixá-lo solto ou armazenado. O pacto inclui a promessa de projetos de demonstração em larga escala.
- O foco na captura e utilização de carbono é importante - disse à “New Scientist” Durwood Zaelke, presidente do Instituto para a Governança e Desenvolvimento Sustentável, em Washington. - Armazenar CO2 em nossas estradas e edifícios é uma tecnologia inteligente e de negócio inteligente.
Os dois países também se comprometeram a colaborar com redes elétricas inteligentes que possam fazer um maior uso de fontes de energia renováveis, como eólica e solar, além de identificar as dez melhores tecnologias de eficiência energética antes de sua próxima reunião, em outubro.

Colisão de estrelas trouxe ouro à Terra

Um brilho estranho no espaço trouxe novas provas de que todo o ouro da Terra foi forjado a partir de colisões antigas de estrelas mortas,  de acordo com um estudo anunciado nesta quarta-feira (17).
Os astrônomos sabem há muito tempo que as reações de fusão dentro dos núcleos de estrelas criaram elementos mais leves como carbono e oxigênio, mas estas reações não podem produzir elementos mais pesados, como o ouro.
Por causa disso, sempre se imaginou que o ouro foi criado em um tipo de explosão estelar conhecida como supernova. Mas isso não explica totalmente a quantidade valor do metal precioso no Sistema Solar.
Há cerca de uma década, um grupo de cientistas europeus sugeriu, com o uso de supercomputadores, que ouro, platina e outros metais pesados ​​poderiam ser formados quando duas estrelas de nêutrons se colidem e se fundem. Estrelas de nêutrons são relíquias estelares - núcleos colapsados ​​de estrelas massivas.        
Agora, telescópios detectaram uma explosão deste tipo, e a observação reforça a ideia de que o ouro terrestre foi produzido nesse tipo de colisão rara e violenta, muito tempo antes do nascimento do Sistema Solar, cerca de 4,5 bilhões de anos atrás.
As pessoas "andam por aí com um pequeno pedaço do universo", disse o líder do estudo Edo Berger, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.
O telescópio Swift da NASA detectou no mês passado uma explosão de raios gama derivada da colisão de estrelas de nêutrons. A explosão conteceu em uma galáxia distante a 3,9 bilhões de anos-luz de distância. Cada ano-luz tem cerca de 10 trilhões de quilômetros.    
A explosão durou apenas uma fração de segundo. Mas, usando telescópios terrestres e dados do telescópio espacial Hubble, a equipe de Berger notou um brilho estranho que durou dias. A luz infravermelha deste brilho poderia ser uma evidência de que elementos pesados ​​como o ouro haviam sido produzidos pela colisão cósmica, disseram os pesquisadores.
O novo estudo, que será publicado em uma edição futura do periódico Astrophysical Journal Letters, sugere que o ouro da Via Láctea foi produzido de forma semelhante. No entanto, ele não chega a explicar como o metal chegou à Terra. Estudos anteriores sugeriram que o planeta pode ter recebido seu ouro e outros metais preciosos por meio de chuvas de meteoros .       
Se a interpretação do novo estudo for correta, "esta notícia é realmente importante", disse o astrofísico da Universidade de Estocolmo Stephan Rosswog, que liderou a pesquisa que usou supercomputadores, mas não esteve envolvido neste novo estudo.
São necessárias mais observações de rajadas de raios gama, mas é provável que fusões de estrelas de nêutrons sejam "um grande caldeirão em que elementos como o ouro são forjados", disse Rosswog.
Imagina-se que estas explosões acontecem na Via Láctea uma vez a cada 100 mil anos. Berger disse que é improvável que outra aconteça na nossa galáxia no próximo século. Mas telescópios podem detectar esse tipo de erupção em galáxias distantes uma vez por mês.