domingo, 30 de junho de 2013

Ondas de choque causadas por meteorito que caiu na Rússia percorreram 85.000 quilômetros

No dia 15 de fevereiro deste ano, um grande meteorito se desintegrou no céu sobre os Montes Urais, na Rússia. A onda de choque feriu cerca de mil pessoas e causou 30 milhões de dólares de prejuízo. Uma nova pesquisa aceita para publicação na revista Geophysical Research Letters descreve o impacto com o maior grau de detalhes até agora. Segundo os dados coletados pelos pesquisadores, a onda de choque provocada pelo meteorito viajou o equivalente a duas voltas no planeta e a quantidade de energia liberada foi a maior medida desde o meteorito que caiu em Tunguska, também na Rússia, em 1908.
A onda de choque foi registrada por equipamentos da Organização do Tratado de Proibição Completa de Ensaios Nucleares, espalhados pelo mundo para detectar testes clandestinos de bombas nucleares. Os equipamentos registram a passagem de ondas de choque por meio da detecção de infrassons, sons de baixa frequência — com menos de 10 hertz — que não podem ser ouvidos pelos seres humanos.
Segundo o estudo, as ondas infrassônicas provocadas pelo meteorito foram gravadas em 20 estações de monitoramento da organização e foram as mais fortes já registradas pelo sistema. O impacto teria causado ondas de choque que percorreram até 85.000 quilômetros, o suficiente para dar duas voltas na Terra.
Os pesquisadores estimam que a explosão liberou uma energia equivalente a 460 quilotons — cerca de 20 vezes mais que a bomba nuclear jogada pelos americanos em Nagasaki, no Japão, na Guerra Mundial II. Por sorte, a explosão aconteceu muito acima da Terra, a uma altitude de 30 a 50 quilômetros. Segundo a pesquisa, essa é o segundo maior impacto de meteorito já registrado, só perdendo para o que caiu em Tunguska, que foi dez vezes mais potente e destruiu 8 milhões de árvores em uma área de 1.200 quilômetros quadrados de floresta.

Qual era o tamanho do meteorito?

Estima-se que o meteorito possuía 15 metros de diâmetro ao entrar na atmosfera da Terra (um terço do tamanho do asteroide DA14 que passou pela Terra nesta sexta-feira) e pesava cerca de 7.000 toneladas. Ele estaria se movendo a 18 quilômetros por segundo, o que equivale a 65.000 quilômetros por hora.

Qual foi a potência da explosão?

A explosão teria atingido uma força de 300 a 600 quilotons. A bomba nuclear que atingiu a cidade japonesa de Hiroshima, por exemplo, tinha potência de aproximadamente 16 quilotons.

Por que as agências espaciais conseguiram prever a chegada do asteroide 2012 DA14, mas não do meteorito russo?

O asteroide 2012 DA14, com 45 metros de diâmetro, é um dos menores objetos cósmicos que podem ser detectados por especialistas. Apesar de não ser impossível detectar um objeto de apenas 15 metros de diâmetro, é algo muito raro, especialmente se o ângulo em que ele se aproxima da Terra não for o ideal – por exemplo, quando ele está contra o Sol. Em 2008, um objeto de cerca de 2 metros de diâmetro foi observado horas antes de atingir a Terra.

Por que o meteoro provocou uma luminosidade tão intensa?

O meteoro deixa atrás de si um rastro de ar ionizado, que provoca a luminosidade. De acordo com a NASA, o meteoro em questão foi mais brilhante do que o Sol. De forma geral, ele não causa danos às pessoas devido à mesma defesa natural que nos impede de olhar diretamente para o Sol.

Por que tantas pessoas ficaram feridas?

As pessoas foram feridas principalmente pelos estilhaços de vidro e outros detritos causados pela onda de choque da desintegração desse meteorito. Objetos celestes se deslocam pelo espaço a uma velocidade muito elevada e, ao encontrar a atmosfera terrestre, que é mais densa do que o espaço, ele é freado e a energia que produz se transforma em calor, o que faz com que ele queime. Quando a superfície do meteoro começa a se aquecer, o ar ao redor dele esquenta também. Por ser aquecido rapidamente, o ar expande de forma muito rápida, criando a chamada onda de choque, que é capaz de quebrar os vidros ao colidir com eles, devido à pressão que exerce.

Qual a probabilidade de um objeto do tamanho deste meteorito atingir a terra novamente?

Especialistas estimam que a queda de um meteorito ocorre anualmente, mas normalmente esse fenômeno passa despercebido porque costuma ocorrer no deserto ou outras áreas não povoadas. Para objetos de 15 metros, a estimativa é que eles atinjam a Terra em intervalos de 50 anos.

sábado, 29 de junho de 2013

Frase


"Meteorito" de 35 toneladas de lixo "cai" em Genebra para denunciar sujeira

UM BOM EXEMPLO:
Mais de 35 toneladas de resíduos entre garrafas de refrigerante, jornais, restos de comida e bitucas recolhidos das ruas de Genebra em apenas três dias "caíram" sobre a cidade em forma de "meteorito" para sensibilizar a população das consequências de não utilizar as lixeiras.
"As campanhas para evitar que as pessoas atirem resíduos no chão nem sempre são eficazes. Com este meteorito de seis metros de diâmetro, buscamos chamar a atenção da população", explicou hoje o responsável do serviço de limpeza de Genebra, Guillaume Barazzone.
Foi o serviço que teve a ideia de criar uma instalação similar a uma grande bola verdadeira de lixo que contém ainda alguns tipos de gases inofensivos, mas capazes de criar fumaça, o que fornece um grande realismo à obra.
Com ela, é possível mostrar aos residentes de Genebra que tirar 500 quilos de lixo por hora nos parques, ruas e lagos não vai somente contra a tradicional imagem de limpeza da cidade, mas além disso danifica seriamente o meio ambiente.
A instalação foi realizada em uma cêntrica e movimentada praça de Genebra conhecida como "Plainpalais", onde chamou a atenção de transeuntes e moradores, que na noite de sua encenação chamaram os serviços de emergência e bombeiros inquietos porque pensavam que era um princípio de incêndio.
Batizada como "meteorito de lixo", a bola gigante de resíduos tem entre suas várias "peças" objetos tão inesperados como pequenos eletrodomésticos abandonados na via pública e uma bicicleta que o serviço de limpeza encontrou no lago da cidade.
O grave impacto de atirar o lixo ao chão, inclusive em cidades consideradas limpas, faz com que das aproximadamente 5 mil toneladas de resíduos recolhidas ao ano das lixeiras e das ruas de Genebra, 85% correspondem à via pública.
Assim, em uma cidade de menos de 200 mil habitantes, do chão são recolhidas 4.310 toneladas de lixo, frente às 680 toneladas das lixeiras postas à disposição dos transeuntes.
"Queremos que o povo mude seus costumes e não atire lixo fora das lixeiras. Nós também adotaremos novos horários para recolher os resíduos, multiplicando esforços nos finais de semana, para limpar melhor os espaços verdes e esvaziar mais rapidamente as lixeiras", disse Barazzone.

Preocupe-se com o que coloca no prato: peixes estão mutantes e radioativos, diz Cousteau

Jean Michel Cousteau, 75 anos, seguiu os passos do pai e é oceanógrafo e ambientalista. E, para quem acha que a proteção dos oceanos é uma questão distante, ele faz um alerta: "Usamos os oceanos como lixo, a poluição e contaminação se acumulam, afetam toda a cadeia alimentar e chegam a seu prato". Segundo Cousteau, em suas incursões pelos mares, já encontrou muitos peixes mutantes, caranguejos sem as características pinças e outros animais afetados pela contaminação humana.
"As pessoas têm que entender que só temos uma fonte de água. Meu pai tinha o sonho de ir ao nordeste do pacífico, um lugar no meio do nada entre os EUA e o Japão, sem contato nenhum com o homem. Mas percebemos que toneladas de peixes vinham de vários países, e o que encontramos lá? Milhares de produtos químicos, que estão na pílula que você toma para dor de cabeça, vão para os oceanos e vimos que eles têm consequências graves. Não só nos oceanos, mas também na água doce. E estamos colocando isso no nosso prato", destacou no Fórum Mundial de Meio Ambiente, em Foz do Iguaçu.
O oceanógrafo também lembrou que traços de radiação da usina de Fukushima no Japão foram encontrados em atuns na costa da Califórnia, nos EUA. "Os japoneses não comunicam direito os alcances do vazamento porque não querem assustar as pessoas, mas assim as pessoas não sabem as consequência da catástrofe", afirma.
Cousteau ressalta que as informações oficiais são de que a contaminação foi pequena, mas a radiação é absorvida por algas, que são comidas por peixes pequenos, que são alimento para peixes maiores e assim por diante. "O atum é o peixe mais rápido do oceano, nada a 64 km/h. Ele nada por todo o pacífico e a radiação vai se acumulando até que ela possa afetar as pessoas".
O vazamento de óleo também é lembrado pelo pesquisador como um fator de grande impacto na vida marinha. "40% da pesca dos EUA vêm do Golfo do México, por isso a contaminação da BP foi tão preocupante". Ele lembra ainda que as orcas, sua criatura favorita nos oceanos, estão com a população em perigo porque o petróleo atrapalha sua reprodução.
Já as focas comem muito plástico que está nos mares, porque confundem com alimento. "Foi encontrada uma foca com 3,5 kg de plástico na barriga. Pássaros que vem do hemisfério sul para por ovos também encontram muito entulho. Temos que parar de usar os oceanos como lixo", conta.
Com fome ninguém aprende
"Quando eu tinha pouco mais de 5 anos, eu comecei a conhecer o que é 65% do mundo, os oceanos. Meu pai falava: como a gente vai proteger o que a gente não conhece? É o que eu chamo de educação", diz Cousteau. Ele lembra ainda que "com fome ninguém aprende nada", então o Brasil deveria investir na erradicação da pobreza para conservar o meio ambiente.
"Vocês têm uma grande oportunidade de ser exemplo para o mundo. Vocês têm todos os recursos que precisam. 20% de toda água doce do mundo está no Brasil, as pessoas querem ajudar", concluiu.

Termômetros se aproximam dos 50°C no sudoeste americano

Washington - Temperaturas recordes, que se aproximavam dos 50 graus Celsius, foram registradas em algumas áreas do sudoeste dos Estados Unidos e da Califórnia, onde deverão continuar no fim de semana.
O Serviço Meteorológico Nacional alertou a população para "um episódio de canícula que poderia colocar vidas em risco". Os estados afetados são Califórnia, Arizona e Nevada.
Autoridades previam que, na tarde deste sábado, as temperaturas cercassem os 47 graus em Phoenix (Arizona) e Las Vegas (Nevada), 48 em Palm Springs, Califórnia, e 53 no Vale da Morte, um dos parques nacionais mais extensos do país, localizado no leste da Califórnia e em Nevada.
O recorde mundial de temperatura foi de 57 graus em 10 de julho de 1913, no Vale da Morte, segundo o serviço de parques nacionais.
Exame.com

Brasil perde 40% da água por ineficiência operacional

 
A ineficiência operacional das concessionárias de saneamento brasileiras provoca uma perda média de cerca de 40 % na oferta de água no Brasil, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira pela consultoria GO Associados a pedido da International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial.
Os prejuízos são provocados apenas por perdas de água, causadas em sua maior parte por fraudes, furos na tubulação e deficiências operacionais. A ineficiência energética também causa prejuízos, apontou o estudo, uma vez que a energia é o principal insumo nos custos das empresas de saneamento.
Caso houvesse um "esforço nacional" para reduzir as perdas de água e aumentar a eficiência energética, os ganhos potenciais poderiam chegar a 37 bilhões de reais até 2025, com redução de 50 % das perdas correntes, informou.
Mesmo com uma diminuição menor das perdas, de 25 % até 2025, os ganhos chegariam a quase 21 bilhões de reais, afirmou o estudo.
Na visão do IFC, os modelos atuais de contratação de programas de redução de perdas não têm se mostrado eficientes.
"É preciso desenvolver modelos que auxiliem as concessionárias a financiar seus investimentos em redução de perdas", afirmou por meio de nota o executivo sênior da IFC, Rogerio Pilotto.
Exame.com
 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Frase


Materiais nucleares desaparecidos são ameaça, diz agência da ONU

Materiais nucleares e radiativos continuam desaparecendo, e as informações que a agência nuclear da ONU recebe sobre esses incidentes podem ser apenas a ponta do iceberg, disse um alto funcionário da ONU.
Qualquer perda ou furto de plutônio ou urânio altamente enriquecido ou de diferentes tipos de fontes radiativas pode ser sério, já que militantes como os da rede terrorista da Al-Qaeda podem tentar usá-los para produzir um dispositivo nuclear rudimentar ou uma chamada "bomba suja", segundo especialistas.
Khammar Mrabit, um dos diretores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), disse que houve progressos nos últimos anos no sentido de evitar que isso aconteça, mas que ainda é preciso fazer mais para garantir a segurança nuclear.
"Você precisa melhorar continuamente, porque também no outro lado, os caras maus, estão tentando encontrar formas de evadir tal detecção", disse Mrabit em entrevista.
"A ameaça é global, porque essa gente opera sem fronteiras", afirmou ele na quinta-feira, antes de uma reunião da AIEA com mais de cem Estados em Viena, na semana que vem, para discutirem como impedir os materiais nucleares de caírem em mãos erradas.
A agência da ONU está ajudando os Estados a combaterem o contrabando de urânio, plutônio e outros itens que podem ser usados para uma arma nuclear ou uma bomba suja, dispositivo que usa explosivos convencionais para espalhar materiais radiativos em uma ampla área, acarretando riscos à saúde e enormes gastos de recuperação.
Todos os anos, o Banco de Dados de Incidentes e Tráfico, mantido pela AIEA, recebe cerca de 150 a 200 novos casos. Mais de 120 países participam desse projeto de intercâmbio de informações, que abrange furtos, sabotagens, acesso não autorizado e transferências ilegais.
Embora tenha deixado claro que a maioria desses casos não é grave, Mrabit disse que já houve alguns incidentes envolvendo materiais como urânio ou plutônio. "Talvez essa seja a ponta do iceberg, não sabemos, é isso que os países nos informam", disse ele.
Num caso relatado, a polícia da Moldova (ex-URSS) apreendeu há dois anos uma carga de urânio altamente enriquecido, trazido por contrabandistas em um contêiner blindado para evitar sua detecção -- um sinal da crescente sofisticação dessas quadrilhas.
Mas, ao contrário da década de 1990, quando o colapso da União Soviética enfraqueceu o controle sobre seu arsenal nuclear, os poucos casos relatados envolvem gramas de material atômico enriquecido, e não quilos.
"Muita coisa já melhorou", disse Mrabit.
G1

Plástico no mar vira "habitat" para vários tipos de bactérias, diz estudo

Cientistas descobriram uma vasta gama de bactérias e outros micro-organismos se proliferando em pedaços de plástico que poluem os oceanos em vários lugares do mundo, aponta um estudo publicado na revista científica "Environmental Science & Technology" nesta semana.
Comunidades microbióticas estão crescendo no plástico e no lixo espalhados nos mares, que têm se tornado um novo habitat ecológico para bactérias, afirmam os cientistas. Eles batizaram os locais onde há acúmulo de plástico de "platisfera".
Usando técnicas de sequenciamento genético e microscópios eletrônicos, os cientistas encontraram ao menos mil tipos diferentes de bactérias em amostras de plástico, além de muitas espécies de organismos unicelulares e pluricelulares ainda não identificados.
Há algas e bactérias que produzem o próprio alimento; animais microscópicos que se alimentam delas; pequenos predadores e inclusive organismos que produzem relações de simbiose entre si.
Os pesquisadores do Instituto Oceanográfico de Woods Hole, um dos maiores centros de pesquisa independente na área, nos EUA, afirmam estar preocupados com a função e atividade bioquímica que esses micro-organismos estão realizando nos oceanos.
"Queremos saber como eles estão agindo e alterando o ecossistema marinho. Como estão alterando outros micróbios, como afetam organismos maiores?", questionou Linda Amaral Zettler, uma das responsáveis pela pesquisa, ao site da instituição.
"Os organismos habitando os pedaços de plástico são diferentes dos que estão no oceano, indicando que os restos de plástico estão funcionando como 'recifes de micróbios', afirmou a pesquisadora Tracy Mincer, também ao site da universidade.
G1

Dá para ancorar a Estação Espacial Internacional na Terra?

Essas obras são impossíveis de serem executadas. O principal é que a Estação Espacial Internacional (ISS) não é um satélite geoestacionário. Isto é, ela não se mantém sempre sobre o mesmo ponto da superfície terrestre. Também não gira na mesma velocidade angular que o nosso planeta: move-se a cerca de 8 km/s, e não necessariamente na mesma direção que a Terra.
Portanto, se alguma mente brilhante resolver fazer essa obra, o cabo de aço preso em algum ponto da Terra acabaria dando uma volta no planeta, enrolando-o, literalmente. É um enredo tão estapafúrdio quanto um filme tosco do Superman.
O problema se repetiria com o seu superelevador, que precisaria ter um caminho feito de borracha para acompanhar as mudanças de trajetória da estação, como explica o físico Renato Las Casas, coordenador do Grupo de Astronomia da UFMG. Outro grande impedimento é o peso que teriam centenas de metros de cabos de aço – a ISS está a 400km de distância daqui. “Seria necessária uma energia descomunal, não atingida por nenhum foguete construído no mundo para sermos capazes de colocar em órbita ou tirar da superfície da Terra uma massa tão grande”, diz Las Casas.
Superinteressante.com

NASA lança telescópio para estudar atmosfera solar

Washington - A NASA lançou na madrugada desta sexta-feira um telescópio espacial para começar a desvendar os segredos da baixa atmosfera do Sol, região desconhecida onde se formam os ventos solares que castigam a Terra regularmente.
O satélite IRIS ("Interface Region Imaging Spectrograph") decolou no foguete Pegasus XL, da empresa americana Orbital Sciences. O lançamento ocorreu na base base militar de Vandenberg, na Califórnia, às 2h27 GMT desta sexta (23h27 de quinta em Brasília).
O IRIS ficará em uma órbita a 643 km da Terra antes de abrir seus painéis solares. O custo da missão é de US$ 182 milhões.
Esse telescópio ultravioleta pode captar imagens de alta resolução a poucos segundos de intervalo nessa região pouco explorada do Sol situada em sua superfície e sua coroa. A coroa se estende por vários milhões de quilômetros, diluindo-se no espaço.
O objetivo dessa missão de pelo menos dois anos é entender como são gerados os ventos solares carregados de partículas magnéticas nessa misteriosa zona.
Assim, será possível melhorar a previsão sobre as tempestades magnéticas que se dirigem para a Terra e que são um fator de perturbação para a rede elétrica.
Essa região do Sol é também uma fonte de emissões de raios ultravioletas que têm um impacto na base da atmosfera e no clima terrestre, de acordo com a NASA.
"O IRIS vai ampliar nossas observações do Sol para uma região até o momento difícil de estudar", explicou Joe Davila, do Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA e responsável científico da missão IRIS.
 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

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A paisagem na Grécia antiga era colorida: veja como eram as estátuas

As estátuas gregas, ao contrário do que a gente imaginava, não tinham esse visual branco do mármore que as compõem. Se você lembrar bem das aulas de história, com certeza em algum momento seu professor mencionou que as esculturas gregas eram todas pintadas.
E apesar de as cores terem erodido com o tempo (e o sol, a água, a areia e o vento), técnicas que usam luz infravermelha, espectroscopia de raio X e luz ultravioleta ajudaram cientistas a reconstituir algumas esculturas gregas famosas como elas costumavam ser quando foram colocadas de pé. Através das luzes, é possível reconstituir o trajeto do pincel, padrões, texturas, compostos orgânicos e minerais, o que dá uma indicação dos pigmentos usados para colorir as estátuas. É que diferentes materiais refletem e absorvem tipos diferentes de luz. E identificando quais tipos de onda são absorvidas e refletidas, os cientistas podem entender que tipo de material está na superfície da estátua e então, a partir daí, rastrear a cor usada naquele lugar.
Desse jeito, é possível reconstituir as cores das esculturas e reproduzi-las em gesso pra gente ter certeza: a Grécia antiga era bem menos pálida. Alguns diriam que tantas cores tornariam a paisagem até meio cafona. A gente achou que dá um ar muito mais alegre à imagem mental que tínhamos das ágoras gregas.
Galileu.com

Voyager 1 em território desconhecido

A cerca de 18 bilhões de quilômetros de distância da Terra, a sonda Voyager 1 encontrou anomalias inesperadas na heliopausa, a fronteira da zona de influência do Sol, a heliosfera, e o espaço interestelar. Com base em dados coletados pelos poucos instrumentos da nave ainda ligados depois de mais de 35 anos de seu lançamento pela Nasa em 1977, cientistas descobriram que a heliopausa é cortada por “autoestradas” magnéticas onde a quantidade de partículas carregadas provenientes do Sol desaparecem enquanto há um forte aumento no número de raios cósmicos altamente energéticos vindos de fora da heliosfera.
Embora estes sejam dois dos três sinais esperados pelos especialistas para determinar que a Voyager 1 chegou ao espaço interestelar, a expectativa deles era que este processo de queda de partículas do Sol e alta dos raios cósmicos fosse mais gradual e contínuo, e não marcado pelas fortes variações encontradas e divulgadas em três artigos publicados na edição desta semana da revista “Science”. Já o terceiro sinal é uma mudança abrupta na direção do campo magnético, indicando estar sob a influência campo interestelar.

- Esta estranha e última região antes do espaço interestelar está entrando em foco graças à Voyager 1, a mais distante emissária da Humanidade – comentou Ed Stone, cientista da missão Voyager do Instituto de Tecnologia da Califórnia. - Se olhássemos para os dados sobre os raios cósmicos e das partículas carregadas de forma isolada, poderíamos achar que a Voyager tinha chegado ao espaço interestelar, mas nossa equipe acredita que ela ainda não chegou lá porque ainda está sob o domínio do campo magnético do Sol.
Os cientistas não sabem exatamente quando a Voyager 1 deixará a heliopausa, onde chegou em 2004, e finalmente entrará no espaço interestelar. Segundo eles, isso pode levar ainda alguns meses ou até anos. A heliosfera se estende por pelo menos 13 bilhões de quilômetros além da órbita dos planetas do Sistema Solar, formando uma “bolha” ao redor dele sob o domínio do campo magnético da nossa estrela onde viajam as partículas do vento solar, mas o tamanho da sua zona de fronteira é desconhecido.



Achada no Peru tumba de 1300 anos com corpos de 63 nobres

Arqueólogos no Peru anunciaram nesta quinta-feira a descoberta de uma enorme tumba real com 63 esqueletos ou corpos mumificados, na maioria de mulheres nobres, o que deve oferecer inúmeras pistas sobre o enigmático império Wari, que dominava os Andes há cerca de 1.300 anos, bem antes da ascensão dos incas.
O mausoléu, descoberto na localidade de El Castillo de Huarmey, 300 quilômetros ao norte de Lima, também abrigava um enxoval com 1.200 peças de ouro, prata e cerâmicas.
A maioria dos corpos estava em posição vertical, o que indica realeza e sugere que as mulheres waris tinham mais importância do que se pensava, segundo o arqueólogo polonês Miloszc Giersz.
Os historiadores acreditam que os Wari, que governaram entre os anos 600 e 1.100 depois de Cristo, foram os primeiros a unir diversas tribos em uma sofisticada rede na maior parte dos Andes e na costa do centro do Peru.
"O fato de a maioria dos esqueletos ser de mulheres, e pela riqueza do enxoval funerário, nos leva à interpretação de que essa foi uma tumba da elite real, e isso nos altera a perspectiva que tínhamos sobre o papel das mulheres na cultura wari", disse o bioarqueologista Wieslaw Wieckowski.
Arqueólogos disseram que a descoberta é a primeira escavação de um túmulo real Wari e ajudará a reconstruir a vida nos Andes antes de que o Império Inca fosse conquistado pelos espanhóis há 500 anos.
Exame.com

A Amazônia pode mesmo virar cerrado?

As teorias sobre os feitos das mudanças climáticas e o aquecimento global na Amazônia são muitas. Em 2000, o meteorologista Peter Cox lançou um estudo de grande repercussão, que previa que a Amazônia poderia secar até 2050. A possibilidade foi reforçada anos depois por estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Ong conservacionista WWF.
Em 2007, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) também considerou que uma área entre 10% e 25% da maior floresta tropical do mundo poderia virar cerrado até 2080.
Segundo Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), membro do IPCC e do Experimento de Larga Escala da Biosfera e Atmosfera da Amazônia (LBA), o primeiro estudo de Peter Cox baseou suas previsões em um único modelo climático que, se considerasse a taxa de precipitação da Amazônia atual, chegaria a um índice 30% abaixo do real.
“Se você propaga essa diferença para um aumento de temperatura de 3 a 4 graus nos próximos 50 anos, você não precisa nem ser modelador climático pra prever o resultado: a floresta morre”, afirma o cientista.
Floresta é mais resistente do que se esperava
Em fevereiro deste ano, outro estudo publicado pela Nature, assinado pelo próprio Peter Cox e por cientistas como o espanhol José Marengo, pesquisador do Inpe, trouxe a tona uma teoria conhecida como “Resilience” (“resiliência”, no portugûes).
A pesquisa se baseia em 17 modelos climáticos e explica que os danos originados pelo aumento de CO2 na atmosfera - causado pelo desmatamento e queima de combustível de fósseis – serão minimizados pelo poder fertilizante do dióxido de carbono nas plantas.
Artaxo explica que a Amazônia atua hoje como um sumidouro de CO2 e absorve cerca de 0,9 toneladas de carbono por hectare ao ano.
Não quer dizer que a floresta está imune. O grande risco estudado pelos especialistas é que com as mudanças climáticas e a seca, as plantas entrem em estresse hídrico, deixem de fazer fotossíntese e percam biomassa, liberando carbono. Isso, além de causar um enorme dano à camada de ozônio, faria com que a floresta secasse.
O LBA, durante oito anos, realizou experimentos de exclusão de chuva nas regiões de Caxiuanã e Santarém, na floresta amazônica. Imensos painéis de plásticos foram colocados sobre as copas das árvores para coletar a água que cairia no ecossistema.
A descoberta foi que as florestas dessas regiões são resistentes a uma seca sazonal por um ou dois anos, mas começam a morrer depois de quatro anos. “Elas tem uma resistência natural. Conforme tem uma seca, a planta aprofunda suas raízes e tira água de lugares profundos, mas tem um limite pra elas fazerem isso”, afirma o físico.
E quando chega ao seu limite, a floresta começa a perder biomassa. Isso também pode ser comprovado nas secas de 2005 e 2010, onde houve redução significativa na absorção de carbono pelas plantas, o que prejudica seu crescimento. Pior, com a morte das árvores, além de se reduzir a absorção de CO2, uma quantidade extra do gás é liberada na atmosfera pela decomposição.
Até quando a floresta aguenta?
O que a teoria da resiliência vem mostrar é que, ainda que os efeitos nocivos das mudanças climáticas levem à liberação de bilhões de toneladas de carbono acumulados em terras tropicais, o dióxido de carbono estimularia o crescimento da floresta, levando a um aumento de até 319 bilhões de toneladas de carbono armazenado até o fim do século. Ou seja, as plantas continuariam acumulando CO2.
O pesquisador José Marengo explica que, dessa maneira, mesmo que a floresta fosse afetada, ela não entraria em colapso a ponto de secar. “Há possibilidades dela se transformar em outro tipo de vegetação”, explica.
Mas o cientista deixa claro que a fertilização por CO2 tem limites. “A partir de um certo ponto, o CO2 não ajuda mais no crescimento da floresta”, explica. Por isso, o que pode acontecer depois que o nível de dióxido de carbono chegar à sua saturação, ainda é imprevisível. O estudo se baseia em modelos climáticos com cenários até 2100.
Além disso, o estudo tem outras ressalvas. Marengo explica que a pesquisa não levou em conta outros gases do efeito estufa - como o metano -, e a capacidade de absorção de nutrientes do solo pelas plantas, um fator primordial para o crescimento da floresta.
O pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) Paulo Brando também aponta algumas incertezas. “Mesmo com o aumento na concentração de CO2 na atmosfera, o crescimento que árvores pode ser restringido por outros nutrientes, principalmente o fósforo, que é escasso nos trópicos”, alerta. Segundo ele, estudos mostraram que o nitrogênio teve esse efeito em florestas temperadas, e o composto é abundante em florestas tropicais.
Ele também conta que não há estudos sobre os efeitos de fertilização de CO2 na dinâmica de florestas tropicais, e que todo o conhecimento sobre esse assunto vem de experimentos teóricos ou realizados em laboratórios. “Os resultados da pesquisa devem ser interpretados como hipóteses interessantes e importantes, mas que devem ser testadas com a utilização de diferentes técnicas”, ressalta.
Exame.com

quarta-feira, 26 de junho de 2013

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Foto espacial do Alasca pode indicar efeitos das mudanças climáticas?

Desde o dia 17 de Junho, o estado americano do Alasca está apresentando temperaturas mais altas do que sua média - aliás, mais altas do que as da Flórida, alcançando a marca histórica de 36 graus Celsius.
Sem mencionar possíveis efeitos das mudanças climáticas, a Nasa divulgou a foto acima, que retrata o estado de forma mais 'verde' do que o normal - normalmente, ele é coberto por nuvens. A descrição da foto diz que o mesmo pico de pressão que limpou os céus do Alasca também trouxe temperaturas mais quentes para áreas acostumadas com dias frios em Junho. As altas temperaturas também teriam ajudado a espalhar incêncios florestais e apressaram o degelo do mar em Chukchi.
De acordo com o astrônomo Phil Plait, autor do blog "Bad Astronomy", esses são sinais, 'como se precisássemos de mais sinais, de que o clima está mudando'. Segundo Plait, o curioso é que nenhum meteorologista conseguiu prever o fenômeno - segundo ele, isso se deve ao fato de que o aquecimento global é subestimado pelos modelos de previsão do tempo. Afinal, em uma média global, 2012 foi um dos anos mais quentes da história. O primeiro lugar fica com 2010.
Meteorologistas prevêem que as temperaturas irão continuar altas durante as próximas semanas, apesar de dificilmente alcançarem os recordes apresentados durante os últimos dias.
Galileu.com

Pesquisa britânica quer decifrar manuscrito secreto

Trinta e cinco mil palavras, 170 mil caracteres e 204 páginas compõem o Manuscrito Voynich, conhecido como o "mais misterioso manuscrito do mundo". Seu nome vem do colecionador de livros Wilfrid Voynich, que encontrou o texto em uma pilha de livros históricos guardados em uma vila da Itália em 1912. Desde então, diversos pesquisadores - inclusive criptógrafos que trabalharam nas duas guerras mundiais do século passado - tentam descobrir sua mensagem. Em vão. Foram tantas as iniciativas frustradas que cogita-se que o livro não seria mais do que uma "brincadeira", um idioma inventado. Agora, um estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido, propõe um pontapé inicial para a interpretação do texto.
Coautor da pesquisa, o físico Marcelo Montemurro ressalta que a única certeza relacionada ao manuscrito é que seu pergaminho é do início do século XV. Montemurro observou que palavras relacionadas teriam estrutura semelhante, algo que normalmente ocorre em idiomas reais.
O manuscrito é repleto de ilustrações de plantas não identificadas, símbolos astrológicos e mulheres dentro de vasos - haveria a possibilidade de que elas estariam tomando banho.
- Fizemos estatísticas relacionadas às palavras e vimos como elas são relacionadas a outras fontes linguísticas, como o latim - explica Montemurro. - Há uma coerência na linguagem de cada seção do texto com suas respectivas ilustrações.
Ao contrário das mensagens codificadas das guerras, há um espaço entre as palavras. E o tamanho destas também é semelhante ao visto nos idiomas latinos.
- Haveria uma mensagem genuína no livro, e isso pode provocar repercussão tanto para a criptografia quanto para a linguística - ressalta o pesquisador.



Miami pode tornar-se a "Atlântida americana"?

 
Com uma população de mais de 5 milhões de habitantes vivendo cerca de dois metros acima do nível do mar, Miami é forte candidata a ser uma das primeiras cidades dos Estados Unidos a sentir pra valer o impacto das mudanças climáticas. E num futuro não tão distante.
Até o final do século, os efeitos da elevação do nível do mar e das ressacas e enchentes cada vez mais fortes provocadas por furacões e tempestades tropicais poderão fazer a segunda maior cidade da Flórida submergir.
Os riscos de Miami virar a “Atlântida americana” já foram avaliados por uma série de estudos científicos realizados na última década. Um relatório da OCDE de cidades mais ameaçadas do país pelas mudanças climáticas coloca a cidade no topo.
Outro estudo, feito pelo grupo Climate Central, prevê que se a elevação do nível do mar chegar a 1,2 metros até 2030, a maior parte das praias de Miami serão varridas do mapa. Os dados podem ser checados na plataforma online e dinâmica chamada "Surging Seas", que projeta possíveis efeitos da elevação do nível do mar sobre as cidades americanas.
Segundo as pesquisas, o fato de Miami repousar sobre uma base de pedra calcária muito porosa torna a cidade mais vulnerável à alta da maré. Isso porque a água do mar fluiria desimpedida sob qualquer dique ou barreira contruídos que tentassem barrar o avanço de uma enchente provocada por fortes tempestades, por exemplo.
Uma reportagem publicada na semana passada pela revista Rolling Stone reacendeu o debate sobre a necessidade da cidade se preparar pra valer para o pior cenário. Com o sugestivo título “Goodbye, Miami”, a reportagem destaca como algumas áreas da cidade já estão com o subsolo comprometido.
Quando chove forte ou quando a maré sobe na lua cheia, o sistema de esgoto sucumbe à pressão. “Até o final do século 21, Miami pode tornar-se algo completamente diferente", diz a reportagem. "Um ponto turístico de mergulho onde as pessoas podem nadar com tubarões e tartarugas marinhas e explorar os destroços de uma grande cidade americana".
Exame.com

terça-feira, 25 de junho de 2013

Frase


Cientistas descobrem super-Terras habitáveis

 
Uma equipe de astrônomos descobriu três super-Terras em torno da estrela numa região onde a água pode existir em forma líquida. Isso torna estes planetas bons candidatos à presença de vida.
Neste caso, a zona habitável situa-se inteiramente dentro duma órbita do tamanho da de Mercúrio, ou seja muito mais próxima da estrela que no nosso Sistema Solar. O sistema Gliese 667C é o primeiro exemplo de um sistema onde uma estrela de baixa massa abriga vários planetas potencialmente rochosos na zona habitável.
Super-Terras são planetas com mais massa do que a Terra e menos do que Urano ou Netuno. Os pesquisadores analisaram observações uma estrela do sistema estelar Gliese 667 com dados obtidos anteriormente pelo instrumento HARPS, montado em telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile.
O sistema tem pelo menos seis planetas, sendo três destes super-Terras. Segundo o ESO, este é o primeiro sistema descoberto onde a zona habitável se encontra repleta de planetas.
Gliese 667 (também referido como GJ 667) está a 22 anos-luz de distância na constelação do Escorpião. Os astrônomos consideram que esse sistema fica muito perto de nós, ou seja, na vizinhança solar. Esse sistema é mais próximo do que os sistemas estelares investigados com o auxílio de telescópios tais como o telescópio espacial caçador de planetas, o Kepler.
Estudos anteriores desse sistema descobriram que a estrela Gliese 667C, que tem cerca de um terço da massa do Sol, acolhe três planetas, sendo um deles na zona habitável. Agora, uma equipe de astrônomos liderados por Guillem Anglada-Escudé, da Universidade de Göttingen, (Alemanha) e Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), encontraram evidências da existência de até sete planetas em torno da estrela.
Estes planetas orbitam a terceira estrela mais tênue desse sistema estelar triplo. Os outros dois sóis seriam visíveis como um par de estrelas brilhante durante o dia, mas que durante a noite dão tanta luz como a Lua Cheia.
Os novos planetas descobertos preenchem a zona habitável de Gliese 667C, uma vez que não existem mais órbitas estáveis onde um planeta poderia existir. As três “super-Terras” se encontram na zona habitável da estrela, uma fina concha em torno da estrela onde a água líquida pode estar presente, se estiverem reunidas as condições certas.
Sistemas em torno de estrelas do tipo do Sol são abundantes na Via Láctea. Em torno dessas estrelas, os planetas que orbitam muito próximo da estrela hospedeira são quentes e dificilmente serão habitáveis. Isso torna a descoberta dessas super-Terras algo surpreendente.
Neste caso, a zona habitável situa-se inteiramente dentro duma órbita do tamanho da de Mercúrio, ou seja muito mais próxima da estrela que no nosso Sistema Solar. O sistema Gliese 667C é o primeiro exemplo de um sistema onde uma estrela de baixa massa abriga vários planetas potencialmente rochosos na zona habitável.
Exame.com

Vênus passa pela última vez pelo Sol (até 2017)

Uma pequena mancha preta no Sol fez a alegria de muitos astrônomos e curiosos ao anoitecer de ontem e durante a manhã desta quarta-feira. Era o planeta Vênus, em sua rara passagem pelo astro, fenômeno que só voltará a acontecer em 2117, daqui a mais de um século.
O fenômeno pôde ser observado na América do Norte, na América Central e na Austrália. O fim da passagem foi visto durante a manhã na Europa, Oriente Médio e Ásia meridional.

NASA exibe superfície derretida de Vênus

A NASA, agência espacial americana, divulgou uma imagem que mostra a superfície derretida de Vênus. A reconstrução do planeta foi feita em computador, criada com dados da espaçonave Magellan.
Cientistas chamam Vênus de planeta-irmão da Terra por suas semelhanças em tamanho, massa, densidade e volume. Acredita-se que ambos partilham uma origem comum e que surgiram há cerca de 4,5 milhões de anos.
Mas a atmosfera de Vênus é menos amigável do que a da Terra. Tem dióxido de carbono, o que gera uma temperatura na superfície quente o suficiente para derreter chumbo e uma pressão 90 vezes maior do que a da Terra.
Magellan orbitou Vênus e usou um radar para mapear a superfície de Vênus entre 1990 e 1994. A sonda encontrou características interessantes na superfície, como domos circulares de 25 quilômetros extensão, como representados na imagem.
Pesquisadores acreditam que o vulcanismo criou esses domos, apesar de o mecanismo de como isso aconteceu ainda seja desconhecido. A superfície do planeta é tão quente e hostil que nenhuma sonda que pousou em sua superfície durou mais do que poucos minutos.
Alguns cientistas acreditam que o planeta ainda pode estar geologicamente ativo – o que o torna um dos únicos corpos no nosso sistema a ter este tipo de atividade nos últimos três milhões de anos. Não são muitos os corpos do nosso sistema que estão vulcanicamente ativos, e entre eles estão a Terra e a lua de Júpiter Io.
Exame.com

Ervas tradicionais da China estariam contaminadas por pesticidas, diz ONG

Ervas da medicina tradicional chinesa estariam contaminadas por um coquetel tóxico de pesticidas, que representam um risco à saúde do consumidor e ao meio ambiente, indicou um estudo realizado pelo grupo ambientalista Greenpeace.
Segundo testes feitos para a pesquisa "Ervas chinesas: elixir da saúde ou coquetel de pesticidas?", a mais recente a abordar os efeitos nocivos da indústria agropecuária chinesa de larga escala, alguns níveis de resíduos superaram em centenas de vezes os padrões de segurança da União Europeia.
"Estes resultados expõem as falhas do atual sistema de agricultura industrial, que é amplamente dependente de produtos químicos às custas da saúde humana e ambiental", informou o ativista de agricultura ecológica do Greenpeace, Jing Wang.
"As ervas chinesas são usadas como ingredientes alimentares para fins curativos por milhões de pessoas em todo o mundo. São parte simbólica do nosso patrimônio que precisamos preservar. As ervas chinesas devem curar e não prejudicar as pessoas e devem ser livres de pesticidas', acrescentou.
Segundo o Greenpeace, a exposição a resíduos de pesticidas faz com que produtos químicos tóxicos se acumulem no organismo, provocando dificuldades de aprendizagem, disfunção hormonal e anomalias reprodutivas.
Contaminação de reservas hídricas A organização coletou amostras de 65 produtos derivados de ervas e encontrou 51 diferentes tipos de resíduos de pesticidas. Vinte e seis amostras continham pesticidas ilegais na China.
Alguns pesticidas foram encontrados em "concentração extremamente alta". Os resíduos na flor de San Qi estavam 500 vezes acima dos limites de segurança e mais de cem vezes superior na madressilva.
A publicação do relatório segue uma pesquisa realizada pelo Greenpeace em abril, que revelou que montanhas de lixo perigoso da enorme indústria de fertilizantes fosfatados da China estão poluindo comunidades e reservas hídricas vizinhas.
A China, maior produtor mundial de fertilizantes fosfatados, viu a produção mais que dobrar na década passada para 20 milhões de toneladas no ano passado, gerando 300 milhões de toneladas de um subproduto denominado fosfogesso, que pode conter substâncias nocivas.
O setor agrícola chinês expandiu-se rapidamente nos últimos anos e métodos "intensivos" de agricultura têm sido responsabilizados pela mídia estatal pelos recentes casos de alerta relacionados à indústria alimentar, incluindo um surto mortal de gripe das aves, no começo deste ano.
G1

segunda-feira, 24 de junho de 2013

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"Novo clima" obriga seguradoras a alterar avaliação de risco, diz estudo

Estrutura de montanha-russa de um parque de diversões na costa de Nova Jersey é vista parcialmente engolida pelo mar, da maneira como ficou desde a passagem da supertempestade Sandy, quase 5 meses atrás. A foto foi tirada na sexta-feira (21)
 
As mudanças climáticas têm tornado mais frequentes e imprevisíveis os eventos climáticos extremos, o que obriga as seguradoras a mudar a forma como avaliam o risco de desastres naturais que afetam uma área específica, alertou esta segunda-feira (24) o centro de pesquisas de políticas públicas Geneva Association.
"As abordagens tradicionais, que são exclusivamente baseadas em dados históricos, falham cada vez mais em estimar as probabilidades de riscos atuais", alertou o grupo especializado em questões de gestão de risco e seguros em áreas estratégicas.
"É necessária uma mudança de paradigma dos métodos de avaliação de risco", reforçou, acrescentando que a indústria de seguros precisa apoiar a pesquisa científica para obter uma compreensão maior de quando e onde ocorrerão os desastres relacionados ao clima.
Segundo um relatório das Nações Unidas divulgado na semana passada, as catástrofes naturais custaram ao mundo US$ 2,5 trilhões até agora neste século, o que é muito mais do que o estimado anteriormente.
O diretor da Geneva Association, John Fitzpatrick, afirmou que o aquecimento dos oceanos do mundo e a elevação do nível do mar foram um gatilho crucial para eventos climáticos extremos.
Olhar no passado e na ciência No relatório de 38 páginas, intitulado "Aquecimento dos Oceanos e Implicações para a Indústria do (re)seguro", a Geneva Association reforçou a necessidade de que as seguradoras não observem apenas dados históricos, mas também compreendam as "mudanças nas dinâmicas dos oceanos e a complexa interação entre o oceano e a atmosfera".
Essa interação, destacou, é "a chave para compreender as mudanças atuais na distribuição, frequência e intensidade dos eventos extremos globais relevantes para a indústria dos seguros, tais como ciclones tropicais, inundações e tempestades de inverno extratropicais".
O estudo, liderado por Falk Niehorster, da Iniciativa de Previsão de Risco do Instituto de Ciência Oceânica das Bermudas, admitiu que o principal gatilho dos custos de seguro em alta está relacionado a fatores sócioeconômicos, como o número crescente de moradias para os mais ricos construídas em áreas costeiras e planícies alagadiças.
Contudo, destacou que a falta de dados históricos para prever catástrofes no futuro, assim como teorias concorrentes entre cientistas sobre quando e onde elas vão ocorrer, também dificulta aos seguradores estimar precisamente os riscos.
A melhor forma de assegurar que "riscos ambíguos" permaneçam assegurados, destacou o estudo, é que a indústria dos seguros ajude a promover a mitigação hoje. Ela também deveria "desempenhar um papel ativo em aumentar a conscientização para os riscos das mudanças climáticas através da educação", concluiu.
 

Plantas fazem aritmética para sobreviver, afirma pesquisador

Plantas entendem de matemática, concluem pesquisadores britânicos. Os cientistas descobriram que os vegetais fazem cálculos para controlar a reserva de alimentos que dispõem durante a noite, quando não há fotossíntese.
Modelos matemáticos mostram que a quantidade de amido consumido durante a noite é calculada em um processo que envolve substâncias químicas presentes na folha, informa um trabalho publicado na revista científica e-Life.
A planta estudada é a Arabidopsis, gênero da mesma família da mostarda e da couve. Aves migratórias são capazes de usar o mesmo processo para preservar níveis de gordura durante longas viagens.
Os experimentos científicos no Centro John Innes, na cidade britânica de Norwich, mostraram que o nível de precisão dos cálculos de reserva de amido durante a noite requer, numa simulação feita por humanos, conhecimentos de aritmética, segundo informa o site da rede britânica BBC.
A tese dos pesquisadores é que o processo de reserva de alimentos é mediado pelas concentrações dos dois tipos de moléculas chamadas de "S" de amido e "T" para hora, cuja quantidade é determinada de acordo com o relógio biológico da planta.
Se as moléculas S estimulam a queima do amido, enquanto que as moléculas de T impedem que isto aconteça, então a taxa de consumo de amido é definida pela relação entre S e T. Em outras palavras, S dividido por T.
“É a primeiro exemplo concreto na biologia de uso de um cálculo aritmético sofisticado” disse à BBC o matemático Martin Howard, do Centro John Innes.



domingo, 23 de junho de 2013

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Pesticidas provocam grande perda de biodiversidade

Pesticidas agrícolas foram associadoss à grande perda de biodiversidade de invertebrados em dois novos artigos de pesquisa.
Um estudo publicado em 17 de junho em Proceedings of the National Academy of Sciences descobriu que o uso de pesticidas reduziu muito a biodiversidade regional de invertebrados de córregos, como libélulas e efeméridas, na Europa e na Austrália.
Pesquisas anteriores mostraram reduções em córregos individuais, mas o estudo de Mikhail Beketov, ecologista aquático do Centro Helmholtz para a Pesquisa Ambiental em Leipzig, na Alemanha, e seus colegas analisaram os efeitos de pesticidas em grandes regiões.
A equipe examinou 23 córregos na planície central da Alemanha, 16 na planície oeste da França e 24 no sul de Victoria, na Austrália. Eles classificaram os córregos de acordo com três níveis diferentes de contaminação por pesticidade: não-contaminado, levemente contaminado e altamente contaminado.
Os pesquisadores descobriram que havia até 42% menos espécies em córregos altamente contaminados do que em córregos não-contaminados na Europa. Córregos altamente contaminados da Austrália mostraram uma redução de até 27% no número de famílias de invertebrados quando comparados com córregos não-contaminados.
Além disso, os autores declaram que a diversidade diminuiu com concentrações de pesticidas que as normas europeias consideram proteger o ambiente. “Isso mostra que nossas avaliações de risco não funcionam”, aponta Beketov. “Eu acho que deveríamos nos preocupar com isso, porque invertebrados são uma parte importante da cadeia alimentar”.
Emma Rosi-Marshall, ecóloga aquática do Instituto Cary de Estudos do Ecossistema em Millbrook, Nova York, declara achar os resultados atraentes. “Estamos em um momento de crise, com perdas de espécies em escala global, especialmente em sistemas de água doce. Considerar pesticidas junto a outras ameaças à biodiversidade pode ser crucial para deter o declínio de espécies”, completa ela.
Mas o toxicólogo Keith Solomon, da University of Guelph em Ontario, no Canadá, se preocupa com o tamanho da amostra do estudo. “Isso nos faz perguntar o que está acontecendo em todos os outros córregos do mundo”, observa ele. “Se esses córregos representam o pior caso possível, então os efeitos só podem ser confinados a esses tipos de cenários e não se aplicam ao ambiente como um todo”.

A ameaça dos inseticidas

O segundo artigo, do biólogo Dave Goulson da University of Sussex, no Reino Unido, revê o risco ambiental oferecido por inseticidas neonicotinóides. Sua publicação em 14 de junho em The Journal of Applied Ecology acontece logo após a Comissão Europeia anunciar, em abril, uma proibição de dois anos sobre três neonicotinóides comumente usados. A proibição ocorre devido a preocupações com a morte de abelhas.
O trabalho de Goulson inclui dados de empresas agroquímicas e sugere que neonicotinoides se acumulam no solo a níveis que podem matar invertebrados do solo como a Eisenia foetida, um tipo de minhoca.
“Grande parte desses estudos sugere que a meia-vida desses químicos fica entre um e quatro anos”, declara ele. “Se você aplicar esses químicos uma vez por ano em plantações, eles vão acumular”.
A revisão de Goulson também cita estudos anteriores, sugerindo que aves que se alimentam de grãos, como perdizes, podem morrer após ingerir apenas cinco sementes tratadas com neonicotinoides. O inseticida é mais frequentemente aplicado como tratamento de sementes de plantações como milho e grãos de soja. “Talvez o intenso foco nas abelhas tenha cegado as pessoas para implicações mais vastas”, comenta Goulson.
Os dois artigos demonstram a importância de conduzir avaliações do ecossistema após o uso de pesticidas, explica o ecotoxicologista Ken Drouillard da University of Windsor, em Ontario, no Canadá. “Nós não podemos achar que nosso trabalho está terminado após a pré-aplicação da avaliação de risco”, alerta ele. “Infelizmente, durante uma crise econômica global, cortes de orçamento vêm ao custo do monitoramento da saúde ambiental”.
Este artigo foi reproduzido com permissão da revista Nature. O artigo foi publicado pela primeira vez em 17 de junho de 2013.
Scientific American

Imagens afetam uso de segundo idioma

 
Normalmente, você chamaria um pistache de pistache. Mas se você for, por exemplo, um imigrante da China que acabou de ver um vaso Ming, você pode chamar um pistache de “castanha feliz”. Porque elementos visuais podem afetar o idioma em pessoas com múltiplas experiências culturais. Isso de acordo com um estudo publicado em Proceedings of the National Academy of Sciences. [Shu Zhang et al, Heritage-culture images disrupt immigrants’ second-language processing through triggering first-language interference]

Pesquisadores conduziram vários testes com estudantes que foram da China para os Estados Unidos. Em um deles, os estudantes ouviram conversas gravadas, em inglês, sobre a vida no campus. Mas alguns observaram um rosto chinês enquanto ouviam, e outros observaram um rosto caucasiano.
Os alunos então falaram sobre suas próprias vidas. E os estudantes sino-americanos que ouviram a conversa enquanto observavam um rosto chinês falaram inglês mais lentamente e com menos fluência que os que ouviram a conversa enquanto observavam um rosto caucasiano.
Em outro teste, quando os estudantes foram expostos a ícones chineses, eles tinham uma tendência maior a traduzir do chinês para o inglês literalmente. Assim, pistaches se tornaram ‘castanhas felizes’, como são chamados na China.
Esse fenômeno mostra que imigrantes tendo dificuldades com um novo idioma podem enfrentar desafios incomuns e inesperados. E o que você vê pode afetar o que você diz.
Scientific American

sábado, 22 de junho de 2013

Frase

 
 
 

Monte Fuji, no Japão é reconhecido como patrimônio mundial da Unesco

O Monte Fuji, ao fundo da imagem, localizado no Japão, foi reconhecido neste sábado como um dos patrimônios mundiais da humanidade, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
O Fuji é a montanha mais alta do Japão, com 3.776 metros de altura, e uma das imagens mais conhecidas do país, com sua forma de cone. O pico “inspirou artistas e poetas e têm sido local de peregrinação há séculos”, disse o órgão da ONU.
O comitê da Unesco reconheceu o Monte Fuji durante seu 37º encontro, realizado em Phnom Penh, no Camboja. Ele foi classificado com o um patrimônio cultural, ao invés de natural.
O monte está localizado a cerca de 100 km da capital japonesa, Tóquio, e teve sua última erupção há 300 anos. Ele é o 17º local japonês a ser incluído na lista da Unesco de patrimônios da humanidade.

Florestas urbanas reduzem efeito da poluição e salvam vidas, diz estudo

As árvores urbanas e florestas salvam, em média, uma vida por cidade a cada ano ao ajudar a retirar do ar partículas finas de poluição. As informações são de um estudo feito pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos em parceria com o Instituto Davey.
Os pesquisadores ressaltaram que em Nova York, por exemplo, as árvores chegam a "economizar" uma média de oito vidas a cada ano. A pesquisa tem o objetivo de estimar e se aprofundar no impacto global que as florestas urbanas têm sobre as concentrações de partículas finas de poluição.
Em uma pesquisa publicada no periódico "Environmental Pollution", os cientistas estimaram quanto de material particulado fino é removido por árvores em dez cidades, seu impacto sobre as concentrações de PM2.5 (que mede partículas com um diâmetro de 2,5 micrômetros) e valores associados aos impactos sobre a saúde humana.
Essas partículas têm efeitos graves para a saúde e podem causar mortes prematuras, inflamações pulmonares, além de alterações cardíacas.
As cidades incluídas no estudo foram Atlanta, Baltimore, Boston, Chicago, Los Angeles, Minneapolis, Nova York, Filadélfia, San Francisco e Nova York.
"As árvores podem tornar as cidades mais saudáveis. Enquanto nós precisamos de mais pesquisas para gerar melhores estimativas, este estudo sugere que as árvores são uma ferramenta eficaz na redução da poluição do ar e criação de ambientes urbanos saudáveis", ressaltou David Nowak, um dos autores da investigação científica.

Satélite da Nasa consegue captar vegetação existente em todo planeta

A agência espacial americana (Nasa) divulgou esta semana uma imagem feita pelo satélite Suomi NPP que descreve a vegetação existente atualmente no mundo. As imagens representam o período de abril de 2012 a abril de 2013.
O equipamento é operado graças a uma parceria da Nasa com o órgão americano responsável pelos mares e pela atmosfera, o NOAA.
 As imagens mostram a diferença entre as áreas verdes e áridas da Terra e são captadas com um equipamento que detecta alterações a partir da luz visível e do infravermelho refletido na vegetação. Com isso, é possível verificar por imagens de satélite o crescimento de plantas, a cobertura vegetal e a produção de biomassa.
Tais dados são incorporados aos índices de monitoramento ambiental, modelos numéricos de previsão do tempo e monitoramento da seca nos Estados Unidos.
G1

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para lembrar: Superlua no fim de semana!!!

 
Quem olhar para o céu noturno tanto no sábado (22) quanto no domingo (23) estará diante de um fenômeno que faz a Lua ficar mais perto da terra. A chamada Superlua – também conhecida como Lua cheia do perigeu – acontece anualmente e faz o único satélite natural da Terra parecer 14% maior em relação ao nosso planeta.
A órbita da lua em torno da Terra não é como um círculo, mas sim uma elipse. Isso faz com que existam variações de momentos em que a Lua está mais distante da terra (apogeu) e aqueles quando ela está próxima de nós (perigeu). Quando o perigeu coincide com a Lua cheia, o fenômeno ganha o nome de Superlua. A lua cheia deve acontecer às 8h32 (horário de Brasília) do domingo, mas ela já estará praticamente cheia na noite de sábado.              
“Ela fica mais brilhante também. Se houver uma maneira de medir o diâmetro, vai parecer um pouquinho maior do que o normal, 14%, para ser mais exato”, explica Roberto Costa, professor do departamento de astronomia do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).
Mas e nos dias em que a Lua está subindo no horizonte e parece maior? O astrônomo explica que esse “fenômeno” é pura ilusão de ótica e não tem relação com o fenômeno da Lua cheia do perigeu. “É curioso, mas é mera ilusão. Ela parece estar maior, mas não está”.
Apesar de ninguém conseguir distinguir o aumento de tamanho da Superlua a olho nu, ela influencia muito nas marés. “As marés dependem fortemente da distância Terra-Lua. Quem trabalha com o oceano – com pesca, navegação ou outras coisas – sabe disso. A maré da superlua é bem maior do que da Lua cheia normal”, explica o professor de astronomia.

Reino Unido libera último lote de documentos secretos

Imagem mostra o que seria um Óvni em Stonehenge
Os Arquivos Nacionais do Reino Unido divulgaram nesta sexta-feira o décimo e último lote de documentos da secretaria de óvnis do Ministério da Defesa que haviam permanecido secretos. São 4,4 mil páginas com registros feitos entre o final de 2007 e novembro de 2009 (quando o órgão foi fechado). Entre os registros curiosos estão o de um homem que reclama que seu cão foi abduzido, outro que disse ter morado com um alienígena e até de uma pessoa que reclamou à rainha que o governo não divulgava a verdade sobre os objetos voadores não identificados. Com informações do site do jornal britânico The Guardian.
Segundo os Arquivos Nacionais, a secretaria de óvnis recebeu, somente em 2009, 600 relatos. O tempo e o dinheiro gasto no órgão eram cada vez maiores e ele "não servia a propósitos de defesa e apenas encorajava a produção de correspondência". Em 2009, o ministro Bob Ainsworth recebeu a informação de que a secretaria, em mais de 50 anos de funcionamento, não recebeu nenhum dado que sugerisse uma presença extraterrestre ou ameaça militar ao Reino Unido.
Entre os documentos, estão cartas curiosas. À rainha, uma pessoa escreve que o governo "continua a se recusar a revelar a verdade por trás dos arquivos e relatos de objetos voadores não identificados". Outra correspondência, endereçada ao primeiro ministro Gordon Brown em 2008, perguntava: "Você acredita que o povo britânico tem o direito de saber se o mundo foi contatado por civilizações alienígenas?". Uma criança de 5 anos perguntou ao governo se há vida fora do planeta - "eu tenho o direito de saber".
Militar que viu Óvni diz que ETs controlam arsenal dos EUA
 
Os arquivos ainda têm reportagens de jornais, como uma de junho de 2009 no The Sun, intitulada "Exército alienígena", que relata que soldados teriam visto luzes no céu e fizeram um vídeo para o tabloide. Segundo a BBC, o texto na verdade descreveria balões chineses que teriam sido lançadas por um hotel próximo. O gerente do estabelecimento achou o caso hilário, descreve o arquivo oficial.
Os casos de pessoas que afirmam ter visto óvnis também são numerosos. Em janeiro de 2008, um homem reclamou que um objeto voador levou seu cachorro, carro e barraca enquanto acampava com seus amigos em 2007. O ministério respondeu ao homem que esse assunto deveria ser tratado pela polícia civil, já que a ele interessava a defesa do Reino Unido.
Em um dos relatos, um homem chega a dizer que teve contato com um alienígena. Não apenas isso, ele diz ter morado com o extraterrestre. O homem diz ter visto o ser embaixo de sua casa, mas não dá data para o "encontro".

quinta-feira, 20 de junho de 2013

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O permafrost, solo congelado do Ártico pode derreter em até 30 anos, diz estudo

O permafrost, solo permanentemente congelado do Ártico, pode começar a derreter entre 10 e 30 anos, liberando gases de efeito estufa na atmosfera e agravando o aquecimento global, indicou um estudo divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Departamento de Ciências da Terra na Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha.
O permafrost poderia começar a derreter a partir de uma elevação das temperaturas globais de 1,5 °C, em comparação com níveis pré-industriais, antecipa este estudo realizado a partir de estalagmites antigas e que será publicado em 27 de junho na revista "Geological Society".
A temperatura global média já aumentou 0,8 ºC após a Revolução Industrial e se a tendência atual se mantiver, limite poderá ser alcançando de "10 a 30 anos", calcula a equipe chefiada por Gideon Henderson.
"É necessário fazer um esforço urgente para reduzir os gases de efeito estufa", alertaram os cientistas, que realizaram o estudo sobre estalagmites e estalagmites encontradas em uma gruta perto de Lensk, no leste da Sibéria.
Estes espeleotemas se formam quando a água da superfície se infiltra no teto da gruta, onde a temperatura ambiente é a mesma da superfície. Por isso, são testemunhos preciosos de uma época em que a região não era congelada.
Graças a vestígios de urânio e isótopos de chumbo, foi possível estabelecer que eles se formaram, em média, há 945 mil anos, depois novamente há 400 mil anos. Estes períodos de degelo do permafrost coincidem com os períodos em que a superfície da Terra era 1,5 ºC mais quente do que a era pré-industrial, com uma margem de erro de 0,5 ºC.
Estoque de carbono
Também chamado de "pergelissolo", o permafrost representa, em média, um quarto da superfície das terras no hemisfério norte. Em nível mundial, encerra 1,7 trilhão de toneladas de carbono, ou seja, cerca do dobro do CO2 já presente na atmosfera.
Se esta matéria orgânica congelada derreter, ela liberará lentamente todo o carbono acumulado e "neutralizado" com o passar dos séculos. Este excesso de devolvido à atmosfera não foi até agora levado em conta nas projeções sobre o aquecimento global que são objeto de negociações em nível mundial.
A comunidade internacional se colocou como meta limitar o aquecimento a 2 °C e conseguir alcançar um acordo global e ambicioso de limitação dos gases-estufa em 2015 durante a conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) prevista para ser celebrada em Paris. De outra forma, as ações realizadas até o presente colocam o planeta numa trajetória de 3 ºC a 5 ºC.
 
 

Pólen da Mata Atlântica pode ajudar a prever impacto climático, diz estudo

Pesquisadores das universidades de São Paulo (USP) e de Edimburgo, na Escócia, estudam mais de 140 tipos de pólen de árvores e ervas preservados em sedimentos do fundo de lagos da Mata Atlântica para entender o impacto que as mudanças climáticas do passado tiveram no ambiente.
Eles também querem analisar o que pode vir a ocorrer com a flora da região.
O estudo sugere que, nos últimos 7 mil anos, a região da Mata Atlântica em Linhares, no Espírito Santo, passou a ter verões cada vez mais chuvosos e invernos mais secos, o que tem levado à mudanças nos tipos de planta encontrados nessa região.
Os cientistas chegaram a esta hipótese ao estudar gêneros de pólen que podem sobreviver por milhares de anos.
As mudanças no regime do verão podem ter ocorrido por uma alteração no eixo de rotação da Terra, que acontece a cada 20 mil anos e afeta o clima do planeta, sugerem os pesquisadores. Isso resultou no desenvolvimento de um microlima específico na Mata Atlântica, o que pode ter criado um "refúgio" de floresta antiga, aponta o estudo.
"As descobertas ajudam a explicar a presença de muitas espécies raras na área estudada e poderiam ajudar a prever como as florestas vão mudar no futuro", afirma a instituição de ensino escocesa, em nota oficial.
Os antigos grãos de pólen "nos permitem revelar os segredos do passado e poderiam nos ajudar a prever como esta região vital [próxima a Linhares] vai reagir no futuro. Nosso estudo mostra como as plantas reagiram às mudanças nas condições e eu espero que agora possamos montar uma defesa para a maior proteção destes ecossistemas preciosos", disse o pesquisador Álvaro Buso Júnior, da Universidade de Edimburgo, em entrevista à instituição.
G1

Fumaça de incêndios florestais na Indonésia afeta Cingapura

Incêndios florestais na Indonésia estão levando muita fumaça para Cingapura nesta quinta-feira (20), afetando moradores e turistas.
O governo de Cingapura orientou a população a ficar em casa ou em locais fechados, pois nas ruas muitos têm dificuldade para respirar.
Autoridades na Indonésia informaram que o nível de poluição por causa dos incêndios é o pior em 16 anos. Segundo o governo, o problema costuma atingir a região nessa época do ano, pois fazendeiros limpam seus terrenos com queimadas, mas muitas delas saem do controle.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

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7 descobertas surpreendentes do robô Opportunity

 
O robô Opportunity está em Marte desde janeiro de 2004. Hoje, vive à sombra do Curiosity, considerado o explorador mais avançado já enviado para o planeta vermelho.
Mas, nesses nove anos, o Opportunity fez grandes descobertas e tem superado expectativas.
Opportunity foi lançado ao planeta junto de outro robô, o Spirit, que já não funciona mais.
O veículo já está no local sete anos a mais do que o previsto. Veja a seguir alguns feitos.
                                                                 Rochas metálicas
 
Em 2005, Opportunity encontrou um meteorito de ferro e níquel do tamanho de uma bola de basquete em Marte. O robô encontrou o objeto celeste perto de escombros de escudo térmico do Opportunity na superfície de Meridiani Planum, ao sair da cratera Endurance. Já em 2009, o robô encontrou a rocha Block Island. Com mais de meia tonelada, Block Island tem cerca de dez vezes a massa de Heat Shield. O meteorito foi considerado para os especialistas uma fonte de informações sobre o passado do meio ambiente do planeta. Block Island é grande demais para ter pousado intacto, sem se desintegrar com o choque. Isso levantou a hipótese de que Marte tivesse, na época da colisão, uma atmosfera muito mais densa capaz de frear a queda de meteoros.
                                                                  Blueberries
 
 
Quando o Opportunity começou sua missão descobriu esferas chamadas de blueberries. São ricas em hematita e trazem evidências de um passado do planeta vermelho rico em água.
As blueberries foram formadas pela ação da água dentro das rochas. Serviram de evidência para os cientistas concluírem que Marte havia sido úmido no passado.
 
Outras Esferas Misteriosas
Opportunity voltou a fotografar esferas misteriosas em Marte em setembro de 2012. Nunca vistas antes no planeta vermelho, elas têm intrigado os pesquisadores.
Com 3 milímetros de diâmetro, foram encontradas no afloramento Kirkwood, na borda oeste da Cratera Endeavour. As esferas não possuem a alta concentração de ferro encontrada nas blueberries, mostrando ter outra origem. Segundo Steve Squyres, investigador principal do Opportunity, essa foto é uma das mais extraordinárias feitas em toda a missão do robô. Na imagem, as esferas aparecem erodidas, com uma estrutura interna concêntrica.
Hipóteses sobre essas esferas misteriosas não faltam agora. Mas Squyres diz que não há nenhuma favorita no momento. Ele apenas ressalta que os pesquisadores estão diante de um quebra-cabeça geológico.
 
Afloramentos Rochosos
Logo que alcançou o solo marciano, Opportunity descobriu sinais de antigos oceanos ou lagos em Marte. O robô descobriu na Cratera Eagle extensos afloramentos de hematita, um mineral que só costuma se formar com a presença de água.
Na época, o afloramento rochoso animou os geólogos que tentam descobrir se as condições no Planeta Vermelho permitiram a existência de vida, anunciou a Nasa. As imagens feitas pelo robô mostram que as finas camadas não são sempre paralelas como as linhas de um caderno. Isso indica que uma corrente, como um deslizamento vulcânico, de vento ou de água, formou as rochas.
 
 
Veia Mineral
 
Em 2011, a Nasa anunciou depósitos de mineiras descobertos pelo Opportunity que deram pistas de que Marte teve água líquida em seu passado. A veia brilhante encontrada é, aparentemente, gesso, e teria sido depositado pela água. Apelidada de Homestake, a veia tem entre um e dois centímetros de diâmetro, entre 40 e 50 cm de comprimento e está localizado próximo à cratera Endeavour.
Observações anteriores já haviam identificado gesso em uma duna no norte de Marte. O problema é que o material não se formou lá, e ninguém sabe como ele foi parar na região. Já em Homestake, pela primeira vez, cientistas observam o mineral onde ele se formou. Acredita-se que ele tenha se formado provavelmente pela água dissolvendo o cálcio de rochas vulcânicas.
O mineral, posteriormente, se combinou com o enxofre e foi depositado nas rachaduras. As concentrações de cálcio na amostra indicam que as condições em Marte já foram mais neutras do que hoje, mais amigáveis à presença de vida.
 
Existência de água primitiva
No começo deste mês de junho, os cientistas anunciaram novas descobertas relacionadas à existência de água primitiva em Marte. O veículo analisou uma rocha antiga conhecida como Esperance 6. Por meio da rocha, os pesquisadores descobriram que a água interagiu com a rocha e mudou sua química.
A descoberta já é considerada uma das mais importantes feitas pelo robô. Isso porque demonstra uma química diferente da maior parte das descobertas anteriores sobre água em Marte.
O material estudado contém, portanto, evidências que potencialmente indicam a existência de que a água capaz de sustentar vida fluiu em Marte com abundância. Isso aconteceu por meio de algum tipo de fissura.
O estudo revela um tipo de água provavelmente potável que data do primeiro bilhão de anos da história de Marte. Nesse período, rochas de argila se formavam com um pH mais neutro, antes que as condições se tornassem mais severas e a água, mais ácida.
 
                                                              Tempestade de poeira
Em novembro de 2012, as Nasa revelou ter observado, por meio do robô Opportunity, uma enorme tempestade de poeira na superfície de Marte. O fenômeno produziu mudanças atmosféricas no planeta.
Segundo os cientistas, a tempestade cobria uma região bastante ampla com sua nuvem de poeira, em uma parte do planeta onde tormentas regionais provocaram tempestades de poeira globais no passado. Essas tormentas se expandiram e afetaram grandes áreas do planeta em 2001 e 2007.
Os especialistas querem entender por que algumas tempestades de poeira chegam a este tamanho e deixam de crescer, enquanto outras crescem e se transformam em globais. Depois de décadas de observação, os cientistas sabem que há um fator temporal ligado às maiores tormentas de poeira marcianas.
Recorde
Opportunity faz explorações, coletas de amostras de rochas e manda informações para a Terra. Em maio, a Nasa, agência espacial americana, anunciou que Opportunity bateu um recorde em solo marciano. Percorreu a maior distância já alcançada por um veículo da Nasa fora da Terra.
Após 3309 dias em Marte, Opportunity marcou 35 quilômetros e 760 metros completando seu percurso programa de 80 metros. Ao marcar esta quilometragem, Opportunity bateu o recorde alcançado pelos astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt durante a missão Apollo 17. Em dezembro de 1972, visitaram a Lua por três dias e dirigiram o veículo Lunar por 35 quilômetros e 744 metros.
Mas o recorde de Opportunity é apenas entre os veículos da Nasa. Isso porque o recorde internacional de distância percorrida ainda é da sonda da União Soviética Lunokhod 2, que viajou 37 quilômetros na superfície da Lua, em 1973.
Exame.com