domingo, 31 de março de 2013

Frase


Estudante holandês desenvolve máquina para remover plásticos dos oceanos

O estudante holandês de engenharia Boyan Slat desenvolveu um conceito de máqu...ina que pode ser capaz de remover mais de 7 milhões de toneladas de plásticos dos oceanos, e talvez de forma lucrativa — ainda em avaliação.

A estrutura desenvolvida por Boyan, chamada de Ocean Cleanup Array, funcionaria como um gigantesco filtro, posicionado estrategicamente nos pontos de maior acúmulo de lixo, em ângulos que fariam os plásticos boiarem diretamente pra dentro dela. Ali, o lixo seria separado dos plânctons e guardado para reciclagem.

De acordo com o site do jovem, levaria cinco anos para que o Ocean Cleanup Array limpasse os oceanos do lixo plástico, o que salvaria a vida de milhares de animais marinhos anualmente e diminuiria os níveis de poluição que acabam chegando ao nosso prato, no topo da cadeia. Ele acredita que o trabalho também pode aumentar a conscientização sobre o problema do lixo plástico nos oceanos e sobre a necessidade de reduzirmos o uso de embalagens plásticas.

O jovem promissor ganhou seu primeiro prêmio aos 14 anos, o de ‘Melhor Ideia do Sul da Holanda’, e entrou para o livro dos recordes na ocasião.

Estudo diz que aquecimento global gera mais bancos de gelo na Antártica

O aquecimento global está aumentando a área de bancos de gelo em volta da Antártica durante o inverno, segundo um estudo divulgado neste domingo (31). A mudança é resultado do efeito da água que derrete do gelo durante o verão e que volta a se congelar rapidamente quando a temperatura cai.
Um derretimento de gelo crescente nos limites da Antártica durante o verão, associado com menos nevascas do que o esperado no continente, está aumentando levemente o nível do mar, diz o estudo.
Cientistas têm se esforçado para explicar porque, por exemplo, os bancos de gelo em volta da Antártica alcançaram uma extensão recorde no inverno de 2010, quando o gelo no Oceano Ártico, no outro limite do planeta, diminuiu e chegou a uma baixa recorde em 2012.
"Os bancos de gelo em volta da Antártida aumentam apesar do clima global esquentar", disse Richard Bintanja, do Instituto Real Meteorológico da Holanda, líder do estudo publicado no jornal "Nature Geoscience". "Isso é causado pelo derretimento das camadas de gelo."
Quando o gelo da costa da Antártica derrete no verão por causa do aumento da temperatura do mar, a água produzida flutua sobre a mais densa e quente água salgada. No inverno, a água do derretimento do gelo sobre o mar volta a se congelar.
No pico do inverno, o gelo sobre o mar em volta da Antártica cobre uma área de cerca de 19 milhões de quilômetros quadrados, maior do que a extensão terrestre do continente. À medida que o verão se aproxima, ele derrete no oceano.
VENTOS
Paul Holland, da organização britânica British Antarctic Survey, defende as conclusões da sua pesquisa feita no ano passado.
Segundo o estudo, uma mudança nos ventos, relacionada às transformações no clima, está levando para mais distante a camada de água derretida sobre mar e aumentando o volume de gelo no inverno.
"A possibilidade é que o aumento real se deve ao vento e aos efeitos da água derretida. Essa seria a minha hipótese, com o efeito da água derretida sendo o menor entre os dois", afirmou ele.
O estudo de Bintanja também afirma que a camada mais fria de água sobre o mar pode limitar a quantidade de água que sai do oceano e volta como neve sobre a Antártica, já que o ar mais frio é menos úmido.
Folha.com

É possível transportar um iceberg?

A água será o ouro de 2050 e a sua escassez uma provável fonte de conflitos. Há muitos anos os cientistas se propõem a conseguir água potável a um preço razoável e, neste sentido, os pesquisadores da Iceberg Transport International pretendem levar blocos imensos de gelo a áreas com necessidade de água.
Na atualidade cerca de um bilhão de pessoas não têm acesso à água potável e este problema afeta também regiões desenvolvidas como a Europa, onde 20% da população sofre com sua escassez. Perante este problema, o explorador francês, Paul Emile Victor, e o engenheiro da mesma nacionalidade, Georges Mougin, encorajados pelo príncipe saudita Mohammed al Faisal al Saud, começaram a estudar a viabilidade de levar um iceberg até o deserto e, em 1976, fundaram a empresa Iceberg Transport International.
Esta ideia, que muitos consideram maluca, parte do princípio que as geleiras que existem nas áreas mais frias do planeta, próximas dos polos, são de água potável e todas se fundem no mar, todos os anos, derretendo uma quantidade de água doce equivalente à que é consumida no mundo nesse mesmo período. A cada temporada, 40 mil icebergs flutuam no mar. Além disso, estes blocos de gelo guardam muita energia.
O problema principal era como transportar de forma eficiente uma imensa massa de gelo, como reagir perante sua fratura, qual seria o tamanho ideal e como evitar que se derreta durante o transporte.
Tudo isso devia ser calculado sob condições meteorológicas específicas, chegando à conclusão que testá-la seria muito custoso e, por isso, a ideia foi deixada de lado durante muitos anos.
Novas tecnologias resgatam o projeto
Porém, a tecnologia evoluiu de forma vertiginosa e a simulação em três dimensões (3D), que está plenamente vigente, resultou ser um grande apoio para esta ideia "maluca".
Com esta ajuda, a iniciativa deixou de ser um projeto com necessidade de testes reais, com um custo que fontes da Iceberg Transport International taxavam em 8 milhões de euros, e hoje pode sair do papel através da simulação 3D, com um custo insignificante.
Foi a multinacional de software Dessault Systemes que decidiu retomar a ideia em 2009, contando com um dos pais do projeto, Georges Mougin, e com o especialista em navegação, François Mauvel.
 
Mougin já sabia que a fusão de um metro cúbico de gelo pode produzir cinco quilowatts/hora de eletricidade. Seu calor latente atua como fonte de frio de uma usina de energia térmica oceânica e a água extremamente fria obtida pode fornecer um sistema de ar condicionado. Desta forma, a energia guardada representa um valor 20 vezes superior à energia consumida em sua transferência.
 
Mauvel decidiu, após os estudos preliminares, que seria preciso transferir um iceberg de sete milhões de toneladas e com forma de tubo, já que é mais estável e regular, e apresenta um mínimo risco de fratura durante o transporte, mas seria necessário protegê-lo com um material geotêxtil para isolá-lo e evitar uma fusão rápida.
Optou-se então por estudar o transporte da massa de gelo de Terranova (na costa do Canadá) às Ilhas Canárias (sudoeste da Espanha, em frente ao litoral ocidental da África), onde há necessidade de água potável e que é utilizada normalmente como dessalinizadora.
As simulações foram realizadas com dados reais utilizando fotos, vídeos, estudos econômicos e instalando um radar para os icebergs em frente à costa de Terranova. O iceberg 3D eleito pesava sete milhões de toneladas, tinha 163 metros de altura, 236 de comprimento e 189 de largura.
Foram utilizados dados meteorológicos e oceanográficos gravados durante um ano para o teste, que, por sua vez, foi somada a simulações hidráulicas e térmicas.
Dessa forma, observou-se que a fusão de gelo mais rápida ocorre nas esquinas e nas zonas das paredes verticais com cavidades profundas, o que permitiu refinar o projeto de construção do sistema de proteção do iceberg.
Com poucos cliques puderam escolher as melhores datas para fazer o transporte, o número de rebocadores que seriam necessários, e a estratégia geral. O resultado é que na transferência se perderia 38% da massa do iceberg e que a viagem durará 141 dias, a uma velocidade de 1,8 km/h.
Para otimizar a economia de energia será preciso recorrer à indústria barqueira para construir duas embarcações que possam mover o iceberg, ou seja que tenham a potência suficiente, mas que não desenvolvam muita velocidade.
A experiência virtual mostrou aos analistas que usar mais navios só contribuiria para um maior consumo energético e se ganharia pouco tempo, já que neste tipo de transporte o efeito inércia é muito importante na hora de movimentar a grande massa de gelo.
Esta simulação permitiu estudar todos os desafios da viagem, da mesma forma como na atualidade se desenvolve um carro ou uma máquina e se testa virtualmente antes de levá-la à prática.
Georges Mougin está agora muito perto de ver realizado seu sonho, embora ainda nenhum governo tenha pedido informação adicional sobre o projeto e sejam necessários novos estudos econômicos nesta época de crise.

sábado, 30 de março de 2013

Frase



terremoto de 2011 em Oklahoma, EUA, pode ter sido causado pelo homem

O estado de Oklahoma sofreu um terremoto incomum em novembro de 2011. O tremor teve seu epicentro na cidade de Prague e alcançou 5,7 graus de magnitude. Duas pessoas ficaram feridas, 14 casas foram danificadas e abalo se espalhou por centenas de quilômetros, sendo sentido em 14 estados. Um estudo publicado este mês na revista Geology sugere que a causa do terremoto foram atividades de extração de petróleo e gás.
        A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Oklahoma, da Universidade de Columbia e do Serviço Geológico dos EUA. Eles observaram uma relação direta na perfuração de poços e na injeção de água por pressão para fazer a extração do óleo e do gás, o que foi praticado por cerca de 18 anos até o terremoto principal, que foi precedido por pequenos eventos sísmicos. Segundo o co-autor do estudo, professor Geoffrey Abers, "O risco de seres humanos induzirem grandes terremotos por atividades extratoras parece ser maior do que se imaginava".
A equipe passou mais de dois anos coletando evidências para chegar a essa conclusão. Uma das principais indicações para a relação foram os pequenos tremores que precederam o maior e que aconteceram exatamente na região de antigos poços de petróleo. Apesar disso, autoridades estaduais continuam a afirmar que o terremoto foi causado por causas naturais. "Há poucos lugares no estado de Oklahoma em que um terremoto não aconteça próximo a um poço", disse o sismólogo Austin Holland, que trabalha para o Serviço Geológico do estado.
Galileu.com

Cientistas avaliam consequências das tempestades solares


Em 1859 aconteceu uma erupção solar e, na Terra, os fios soltaram faíscas que deram choques nos operadores de telégrafo, botando fogo no papel.
Foi a maior tempestade geomagnética de que há registros históricos. O Sol arremessou bilhões de toneladas de elétrons e prótons sibilantes para a Terra e, quando essas partículas bateram no campo magnético do planeta, criaram auroras espetaculares nas cores vermelho, verde e roxo no céu noturno – além de correntes poderosas de eletricidade que saltaram do chão para os fios, sobrecarregando os circuitos.
Se uma tempestade dessas acontecesse no século XXI, muito mais do que fios e papel estaria em risco. Alguns satélites de telecomunicação muito acima da Terra seriam desligados. Os sinais do GPS ficariam misturados. E o surto de eletricidade vindo do chão ameaçaria as redes elétricas, quem sabe deixando um continente ou dois nas trevas.
Segundo cientistas, é impossível prever quando a próxima tempestade solar monstro vai acontecer – e, igualmente importante, se a Terra estará em seu caminho. O que eles sabem é que com mais manchas solares, acontecem mais tempestades, e no outono do Hemisfério Norte o Sol atingirá o pico do ciclo de 11 anos de manchas solares.
As manchas solares são regiões de campos magnéticos turbulentos onde se originam as explosões solares. O fluxo e refluxo são observados há séculos, mas somente nas últimas décadas os cientistas solares descobriram que os campos magnéticos dentro das manchas podem liberar as rajadas brilhantes de luz chamadas de explosões solares e as erupções gigantes de partículas carregadas conhecidas como ejeções de massa coronal.
Os especialistas estão divididos quanto às consequências na Terra de uma erupção solar cataclísmica, conhecida como evento de Carrington, em homenagem ao astrônomo amador britânico que documentou a tormenta de 1859.
Um apagão continental afetaria milhões de pessoas, "mas é administrável", disse John Moura, da North American Electric Reliability Corp, associação sem fins lucrativos fundada por empresas de energia para ajudar a gerenciar a rede elétrica. Segundo ele, a maior parte da rede poderia ser religada dentro de cerca de uma semana.
Outras pessoas são mais pessimistas, preocupando-se que uma erupção enorme e na direção certa causaria não apenas o apagamento das luzes como também danificaria transformadores e outros componentes críticos da rede.
Alguns lugares poderiam ficar sem eletricidade durante meses e uma "falta crônica de vários anos é possível", de acordo com o Conselho Nacional de Pesquisa, a divisão de pesquisa da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Mesmo assim, o ciclo de manchas solares tem sido mais tranquilo do que a maioria. E mesmo que o Sol libere uma rajada enorme, como aconteceu em julho passado, há uma boa chance de esta ser despachada de forma inofensiva em alguma outra direção do sistema solar. É raro que uma explosão solar gigante voe diretamente para a Terra.
Ainda que uma onda alimentada por furacão chegando à cidade de Nova York na maré alta durante a Lua cheia seja rara, não é impossível.
"Sempre existe a chance de uma grande tempestade e as consequências potenciais de uma grande tormenta deixam todo mundo preocupado", afirmou William Murtagh, coordenador de programa do Centro de Prognósticos Climatológicos Espaciais, integrante da Agência Nacional Atmosférica e Oceânica dos EUA.
Queda gigantesca de energia O exemplo mais estudado e inequívoco da capacidade solar de prejudicar redes elétricas aconteceu em 13 de março de 1989, na província canadense do Quebec. Nas primeiras horas da manhã, uma tempestade solar gerou correntes nos fios de transmissão, desligando disjuntores. Em questão de minutos, um apagão tomou conta da província, fechando empresas, escolas, aeroportos e metrôs até a energia ser religada, no fim daquele dia.
O Canadá foi atingido novamente poucos meses depois, quando outra tormenta solar levou a culpa pelo desligamento de computadores na Bolsa de Valores de Toronto, impedindo as transações.
A organização de Moura divulgou um estudo no ano passado dizendo que as distribuidoras teriam aviso suficiente para desligar a rede e proteger os transformadores; uma força-tarefa de acompanhamento fará um estudo minucioso para determinar o grau de vulnerabilidade dos transformadores.
"Existe a sensação neste campo de que nós não temos todas as respostas", afirmou Antti Pulkkinen, cientista do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, em Greenbelt, Maryland.
Os perigos não vão passar antes do fim da máxima solar – o período de maior atividade do Sol. Mesmo quando tranquilo, com poucas manchas solares, o Sol ainda pode produzir uma erupção gigante.
As explosões solares, que viajam à velocidade da luz, chegam à Terra em menos de oito minutos e meio e podem derrubar parte das comunicações por rádio. Porém, a maior fonte de preocupações são as ejeções de massa coronal, na qual bilhões de toneladas de elétrons e prótons são expelidos do Sol e aceleram a mais de 1,6 milhão de quilômetros por hora.
As partículas, que geralmente demoram de dois a três dias para percorrer os 149 milhões de quilômetros entre o Sol e a Terra, não atingem a superfície; elas são repelidas pelo campo magnético do planeta.
Contudo, elas ficam presas no campo. Esse vaivém contínuo gera novos campos magnéticos, a maioria no lado noturno do planeta, e estes, por sua vez, induzem correntes elétricas no chão. Tais correntes saem do chão e sobem nas linhas de transmissão elétrica.
"De certa forma, estamos jogando roleta russa com o Sol", disse John Kappenman, engenheiro elétrico proprietário da Storm Analysis Consultants que vem alertando quanto a uma catástrofe em potencial.
Até agora, o presente ciclo solar desafiou a compreensão fácil. Ele começou mais tarde – tão tarde que, para alguns, era o começo de um longo período de tranquilidade, como em meados do século XVII, quando quase nenhuma mancha foi vista no Sol durante décadas. O Sol está mais tranquilo do que os peritos esperavam e, por ora, parece ter chegado prematuramente ao ponto máximo.
Os dois hemisférios solares estão fora de sincronia. O hemisfério norte está adiante da curva, tendo produzindo um grande número de manchas no final de 2011 e depois se aquietado; o hemisfério sul permaneceu praticamente em sossego durante esse tempo todo.
Para a maioria dos cientistas solares, o hemisfério solar vai se reanimar e o número de manchas solares voltará a crescer, com a máxima solar ocorrendo no final do ano. Esse padrão de picos duplos já foi avistado em ciclos solares anteriores, como no último.
"Creio ser possível afirmar com forte confiança que haverá um segundo pico em 2013", declarou Douglas Biesecker, físico do Centro de Prognósticos Climatológicos Espaciais e presidente de um painel que fez previsões sobre o ciclo solar.
"Será o segundo pico maior ou menor do que o primeiro? Ainda estamos à espera no hemisfério sul. O hemisfério norte praticamente já terminou."
Se o segundo pico não acontecer e a máxima solar já tiver ocorrido, "então eu diria ser justo qualificá-lo de ciclo incomum", disse Biesecker.
Mesmo com uma máxima solar mais tranquila do que a média, o Sol continua disparando, em média, algumas ejeções de massa coronal por dia, incluindo uma em 15 de março que teve impacto direto na Terra dois dias depois, gerando auroras noturnas pitorescas até no Colorado, mas sem provocar danos perceptíveis.
No ano passado, cerca de 20 delas – todas pequenas ou modestas – atingiram a Terra.
A enorme erupção solar de julho de 2012 partiu na direção errada, para sorte da Terra, mas passou pelo Stereo, equipamento de observação solar da NASA. Os dados do Stereo ajudarão os computadores a prover o que pode acontecer na rede elétrica.
Pego de surpresa Na manhã de 1º de setembro de 1859, o astrônomo amador britânico Richard C. Carrington desenhava um grande grupo de manchas solares quando viu um lampejo branco ofuscante engolfá-las – era uma explosão solar. As correntes magnéticas que geraram a explosão provocaram uma ejeção de massa coronal.
Quando as partículas atingiram a Terra, menos de 18 horas depois, criaram uma corrente elétrica que desarmou os circuitos telegráficos.
Um telegrafista de Washington relatou que a testa tocou um fio-terra e "imediatamente recebi um choque elétrico muito severo" e "um velho que estava sentado de frente para mim, a pouca distância, disse ter visto uma centelha de fogo saltar da minha testa para o vibrador do telégrafo.
Como não aconteceram outros eventos de Carrington desde então, os cientistas sabem que tais distúrbios são raros. Porém, também sabem que essa não foi a única tempestade solar a atingir a Terra em seus 4,5 bilhões de história. Tormentas solares do tamanho de Carrington "têm cem por cento de chance de se repetirem", garantiu Kappenman.
E quando se repetirem, os transformadores e outros componentes importantes da rede elétrica sofrerão danos severos. Os grandes transformadores são caros e as companhias elétricas não dispõem de muitos sobressalentes à mão. Alguns locais poderiam ficar sem energia durante meses. Ainda segundo ele, "pense no furacão Sandy multiplicado por cem".
Em novembro, a agência federal norte-americana responsável pela supervisão da rede elétrica propôs exigir das distribuidoras a instalação de equipamentos para bloquear correntes provindas do chão, além de tomar outras medidas para proteger o sistema. Grupos do setor elétrico se mostraram contrários, argumentando que os sistemas atuais desligariam a rede automaticamente antes de os transformadores serem danificados.
A espaçonave da NASA encarregada de observar o Sol continua registrando as manchas solares, podendo auxiliar a avisar quais regiões parecem propensas a entrar em erupção.
Embora a nave possa contar o tamanho da erupção, é impossível determinar um fator importante: para qual lado o campo magnético está apontando dentro do enxame de partículas.
Caso o campo esteja virado para o norte, o campo magnético da Terra pode absorver o choque razoavelmente bem. Entretanto, caso esteja apontando para o sul, na direção oposta do campo da Terra, os campos magnéticos basicamente desligam e religam – "curtos-circuitos" magnéticos que liberam grandes explosões de energia.
A NASA dispõe de um satélite, o Explorador de Composição Avançado (ACE, sigla em inglês), que pode avisar para qual lado o campo está virado. Porém, o ACE está a apenas 1,5 milhão de quilômetros da Terra, num ponto onde as forças gravitacionais do Sol e da Terra se cancelam.
Quando ele fizer essa medição crucial, uma ejeção de massa coronal gigante em alta velocidade poderia estar a apenas dez minutos de distância. As distribuidoras de energia teriam de tomar rapidamente suas decisões finais – e, quem sabe, provocar deliberadamente um apagão continental – para proteger a rede elétrica de um dano maior.
À medida que os cientistas aprendem mais sobre o Sol, eles descobrem que uma ejeção de massa coronal da amplitude de Carrington pode não ser um evento muito raro – rara é a chance de atingir a Terra. Desde que continuemos tendo sorte.

OVNIs: por que o sigilo sobre os documentos?

Há três anos, Defesa descumpre decisão do governo de tornar público os documentos sobre objetos voadores não identificados.
Em 1986, o Brasil viveu um episódio que ficou conhecido como “a noite oficial dos ovnis”. Objetos luminosos não identificados foram detectados por vários radares.
Em 2009, o governo iniciou um movimento para tornar públicos relatórios e documentos sigilosos sobre a aparição de objetos voadores não identificados no País. Encaminhou ao Arquivo Nacional mais de cinco mil páginas desses relatos, cujo prazo de 50 anos para manutenção do sigilo havia expirado. Em 2010, a Casa Civil baixou um decreto determinando que arquivos sobre o tema espalhados em diferentes órgãos fossem reunidos para posterior divulgação. Ainda há, porém, uma lista enorme de inquéritos, fotos, filmagens e depoimentos mantida em total segredo. Apesar de conhecida e informada nos anos 50 e 60, a existência de parte desta papelada é negada pela Marinha, pelo Exército e pelas Forças Armadas.
Essa situação inclui casos notórios. Um deles envolve a Operação Prato, que reuniu trinta militares para investigar as constantes aparições de objetos estranhos no céu da Amazônia entre 1977 e 1978. Os depoimentos armazenados em quatro fitas ainda não vieram a público. O mesmo ocorre com a documentação sobre a Ilha de Trindade, no Espírito Santo, cenário de uma suposta sequência de aparições de discos voadores em 1958. À época, a Câmara pediu à Marinha acesso a todos os relatórios e fotografias. O então parlamentar Sergio Magalhães (PDT-DF) chegou a avisar publicamente que estava com o inquérito em mãos. Os relatórios, entretanto, não constam entre os que foram entregues ao Arquivo Nacional. “A Marinha não possibilitou o acesso. Sequer fazem referência ao que foi entregue. Cobramos respostas sobre o que temos certeza que existe”, desabafa o pesquisador Marco Antonio Petit. O Ministério da Defesa afirma não ter em seu poder os documentos que especialistas dizem que estão sendo omitidos.
Autor de pelo menos dois requerimentos enviados ao ministério pedindo acesso aos dados omitidos, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) resume o cenário: “Ainda persiste a nebulosa situação sobre o real tamanho dos arquivos e até onde o Comando está disposto a abri-los”. Mas qual seria a preocupação da Defesa? Militares ouvidos dizem que não existe interesse do governo em promover novas discussões sobre a existência ou não de extraterrestres. A não divulgação de documentos envolvendo o assunto seria uma maneira de garantir a ordem pública e evitar a instauração desnecessária de pânico, revelam as mesmas fontes. As explicações são rasas e não justificam o descumprimento de uma decisão já tomada pelo próprio governo. Embora questionável, esse controle procura imitar padrões já estabelecidos por países como Estados Unidos e Grã-Bretanha. “Nenhum governo ganha divulgando detalhes sobre operações desse tipo. Há muita coisa em jogo”, diz um militar de alta patente. No próximo mês, haverá um encontro entre ufólogos e os três comandos da Defesa. O debate será uma oportunidade de esclarecer de uma vez por todas à população a necessidade da manutenção do sigilo das informações sobre os Óvnis no País.
 
IstoÉ.com

sexta-feira, 29 de março de 2013

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Pesquisadores criam rede que opera a 99,7% da velocidade da luz

Pesquisadores da universidade de Southampton, na Ingalterra, produziram uma fibra ótica capaz de transferir dados a 99,7% da velocidade da luz. Foram transferidos 73,7 terabits por segundo, conforme o site Extremetech.
Segundo o site, trata-se de uma velocidade 1 mil vezes superior às redes 40 gigabits mais avançadas, e com uma latência bem mais baixa.
A velocidade da luz, por definição, é de 299.792.458 metros por segundo, no vávuo. Em outros ambientes, geralmente é mais lenta. No caso da fibra ótica, a queda na velocidade é de 31%.
Na pesquisa, no entanto, os cientistas produziram uma fibra ótica que usa ar, permitindo aumetar o aproveitamento da velocidade.
Esta não é a primeira tentativa de utilizar o ar, no entanto, é a que teve mais sucesso recentemente graças à tecnologia utilizada.
Os pesquisadores melhoraram o design do núcleo oco, usando um aro fotônico ultrafino. Este novo desenho permite uma perda baixa (3,5 dB / km) e banda larga (160 nm). Para alcançar a taxa de transmissão de 73,7 terabits por segundo, os pesquisadores usaram uma técnica para transmitir três modos de 96 canais de 256 Gbps.
JB 

Nave Soyuz se acopla à ISS em tempo recorde


A nave russa Soyuz TMA-08M, que decolou na noite nesta quinta-feira com três tripulantes a bordo, se acoplou na madrugada desta sexta com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.
Pela primeira vez na história dos acoplamentos de naves tripuladas russas à ISS, a manobra aconteceu de acordo com o chamado "esquema rápido", seis horas depois do lançamento da Soyuz a partir da base de Baikonur. Até agora, a viagem até a estação espacial tinha duração de dois dias.
"O acoplamento aconteceu em regime automático e na hora prevista", disse um porta-voz da Roscosmos, a agência espacial russa, citado pela agência oficial RIA Novosti. A nave levou à plataforma orbital os cosmonautas russos Pavel Vinogradov e Aleksandr Misurkin e o astronauta americano Christopher Cassidy. Os recém-chegados serão recebidos pelos atuais tripulantes da ISS: o canadense Chris Hadfield, o russo Roman Romanenko e o americano Tom Marshburn.

Se o Estado é laico, por que é feriado na Sexta-Feira Santa?

Também chamada de Sexta da Paixão para os cristãos, a Sexta-Feira Santa marca a morte de Jesus Cristo e o seu sofrimento ao carregar a cruz e ser crucificado. A data é um feriado móvel no Brasil, assim como em outros países, porque segue o calendário da Páscoa. Assim, é definida como sendo a primeira sexta-feira após a primeira lua cheia de primavera no Hemisfério Norte, ou do outono no Hemisfério Sul. Mas por que essa e outras datas religiosas são feriados se o nosso País é um Estado laico?
De acordo com o advogado especialista em direito religioso Gilberto Garcia, essa tradição ainda existe na sociedade brasileira devido a questões históricas e culturais. Na época do Brasil Colônia, quando o nosso país era dependente de Portugal, a religião oficial era o catolicismo. No Brasil Império, em 1824 uma mudança na legislação permitiu a liberdade de crença, no entanto ela não poderia ser feita em espaços públicos. Foi somente em 1890, após a proclamação da República, que um decreto estabeleceu a liberdade de culto de todas as religiões, no entanto, manteve a Igreja Católica como oficial.
Um ano depois, a Constituição de 1891 instituiu, finalmente, a separação entre a igreja e o Estado, estabelecendo que não existe nenhuma religião oficial. Embora isso tenha ocorrido há mais de 120 anos, Gilberto Garcia afirma que a Igreja Católica foi oficial no Brasil por mais de 400 anos, o que causa reflexos tanto na definição de feriados, como na escolha de nomes religiosos para cidades, bem como na utilização de representações da crença em espaços públicos, como crucifixos em prefeituras, câmaras de vereadores e tribunais.
Outro fator determinante é a predominância da religião católica no Brasil. Embora o número de fiéis tenha caído nas últimas décadas. Segundo dados do Censo, divulgados no ano passado, o percentual de católicos caiu 12,2% entre 2000 e 2010. Mesmo assim, dois em cada três brasileiros declararam ser adeptos da religião no Brasil.
Gilberto Garcia, autor do livro O Novo Código Civil e as Igrejas (editora Vida), lembra que, além da Sexta-Feira Santa existem outros feriados ligados à religião, como o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Corpus Christi e o Natal, além de feriados regionais, como a celebração do dia de São Jorge, em algumas localidades.
O especialista em direito e religião lembra que a Constituição de 1988 reforçou a importância do Estado laico, sem igreja oficial, e ainda o respeito a liberdade de crença. "A constituição permanece dizendo que é laico, mas a tradição vem sendo mantida", afirma. Ainda de acordo com ele, outras religiões possuem suas datas de celebração, como a comemoração do Yon Kippur pelos judeus e o mês sagrado dos muçulmanos, o Ramadã, que não são feriados.
"Se a sociedade quisesse mudar essas datas, deixando de ser um feriado obrigatório para todas as religiões, isso deveria ser feito pelo Congresso Nacional ou pelo Supremo Tribunal Federal, mas não há espaço político para isso", completa.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Alerta de desmatamento na Amazônia Legal sobe 26% em seis meses

 
Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal subiram 26%, entre 1º de agosto de 2012 e 28 fevereiro de 2013, em comparação ao mesmo período do ano passado, informou hoje (28) o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Os dados foram registrados pelo Deter, sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe, que usa imagens de satélite para analisar a perda da floresta amazônica em nove estados. Eles incluem a degradação, referente ao desmatamento parcial da floresta, e o corte raso, quando há desmatamento total da área e o solo fica exposto.
No total, foram registrados alertas de desmatamento ou degradação nos últimos seis meses em 1.695,27 km² da floresta.
Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano de Menezes Evaristo, o índice divulgado hoje ainda não comprova o aumento de desmatamento na região.
“Não se pode dizer que com o aumento de alertas houve o aumento de desmatamento. Isso porque o Deter, que tem um componente de degradação florestal que pode se tornar ou não em desmatamento. Temos que aguardar o período Prodes [Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia] em julho para ser definido se aquela degradação foi realmente corte raso [desmatamento]”, explicou.
Os campeões da lista de alertas de desmatamento são os estados de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia. O Acre teve uma redução de 84% nos alertas - no período analisado em 2012, foram 28, e este ano, apenas quatro.
“Mato Grosso e Pará sempre foram os campeões do desmatamento. Esses alertas podem estar sendo impulsionados pelo boom das commodities, pelo aumento do preço da terra e pode ter havido uma pressão maior no mês de julho. Mas a administração ambiental reagiu, mudou as estratégias e trouxemos de novo sob o controle qualquer ameaça [de degradação da flores]”, disse Evaristo.
As ações da Operação Onda Verde superaram, em apenas um mês de fiscalização no oeste paraense, o volume de madeira em tora ilegal apreendido em 2012 em todo o estado. A operação tem ações em áreas críticas, que respondem a 54% de todo o desmatamento da Amazônia Legal, em Mato Grosso, Amazonas e em Rondônia e já retirou de circulação mais de 65 mil m³ de toras ilegais.
“Para onde o desmatamento caminhar, através dos alertas que o Inpe nos passar pelo Deter, nos encaminharemos para as nossas bases para conter o desmatamento. E o grande alento deste ano, entramos a partir de janeiro e em fevereiro fizemos grandes apreensões de madeira. Só no Pará, quase 22 mil m³ de tora foram apreendidos no mês de fevereiro, pegamos todos os desmatadores que fazem o corte seletivo na floresta de surpresa, na chuva, mais de 100 tratores foram apreendidos”, destacou o diretor.
De acordo com Evaristo, as ações não tem data para terminar.
Exame.com

quarta-feira, 27 de março de 2013

Frase


Detector de partículas europeu observa transformação rara de neutrino do tipo "múon" em "tau"

Físicos do Laboratório Subterrâneo de Gran Sasso, perto de Roma, anunciaram nesta quarta-feira, pela terceira vez em três anos, uma observação extremamente rara: a transformação de um neutrino do tipo "múon" em um neutrino do tipo "tau".
Partícula elementar da matéria, o neutrino é um bilhão de vezes mais presente no universo do que quaisquer dos constituintes dos átomos. Ele intriga os físicos desde os anos 1960, quando o americano Ray Davies (1914-2006), ganhador do prêmio Nobel em 2002, observou que muito menos neutrinos vinham do Sol para a Terra do que calculavam os modelos.
As observações do Laboratório de Gran Sasso dão suporte à teoria segundo a qual os neutrinos denominados de múons poderiam se transformar em outra forma, ao longo de sua trajetória, tornando-se indetectáveis.
A experiência internacional OPERA, da qual participam 140 físicos de 28 institutos de pesquisa em 11 países, foi criada em 2001 para descobrir as "oscilações" ou as transformações dos neutrinos. Para esta experiência, um feixe de neutrinos produzidos no CERN, em Genebra, se desloca para o laboratório subterrâneo de Gran Sasso, na Itália, seguindo uma trajetória de 730 quilômetros.
Na natureza, existem três tipos de neutrinos: o elétron, o múon e o tau. O OPERA busca os neutrinos do tipo tau, sendo que todos aqueles que deixam o CERN são neutrinos do tipo múon.
Terceira observação — O primeiro neutrino tau foi observado pela experiência OPERA em 2010 e o segundo em 2012. De acordo com o encarregado da experiência, o professor Giovanni De Lellis, da Universidade Federico II de Nápoles e do Instituto Italiano de Física Nuclear, a chegada de um terceiro neutrino "é uma confirmação importante das duas observações precedentes".
A equipe OPERA vai realizar suas análises durante dois anos, com o objetivo de pesquisar os outros neutrinos de tau que seriam a prova definitiva deste fenômeno de transformação, afirmou o Instituto Italiano de Física Nuclear em um comunicado.
A observação das "oscilações" de neutrinos é um elemento fundamental para a física, pois, para oscilar, estas partículas devem ter uma massa ou o "modelo padrão", utilizado para explicar o comportamento das partículas fundamentais.
O QUE É UM NEUTRINO? Neutrinos são partículas subatômicas (como o elétron e o próton), sem carga elétrica (como o nêutron), muito pequenas e ainda pouco conhecidas. São gerados em grandes eventos cósmicos, como a explosão de supernovas, em reações nucleares no interior do Sol e também por aceleradores de partículas. Viajam perto da velocidade da luz e conseguem atravessar a matéria praticamente sem interagir com ela. Como não possuem carga, não são afetados pela força eletromagnética. Existem três "sabores" de neutrinos: o neutrino do múon, o neutrino do tau e o do elétron.
Veja.com

Estudo mostra que indicadores utilizados em políticas de preservação da Amazônia são pouco eficientes

Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no Brasil, estão questionando os indicadores utilizados atualmente para nortear a política de investimentos em áreas de preservação da Amazônia. Em um estudo publicado no periódico Environmental Research Letters, os autores mostram que não há uma associação significativa entre o estado de conservação de áreas e a previsão fornecida pela ferramenta Rapid Assessment and Prioritisation of Protected Area Management (Rappam).
Atualmente presente em mais de 50 países, o Rappam foi desenvolvido pelo World Wide Fund for Nature (WWF) que tem como objetivo ajudar a priorizar intervenções para melhorar o gerenciamento de áreas de preservação. Ele funciona por meio de questionários enviados aos gestores das áreas preservadas, que devem avaliar 90 quesitos.
“Existem duas explicações possíveis para nossos resultados: ou o Rappam não mede corretamente os fatores ou o está medindo fatores que não são importantes para o sucesso da preservação das áreas”, explica Christoph Nolte, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores analisaram 66 áreas de preservação na Amazônia brasileira e as compararam com uma parcela de floresta semelhante, fora da área de preservação. Utilizando imagens de satélites, eles calcularam os níveis de devastação em cada uma dessas áreas e, assim, estimaram a quantidade de devastação que cada uma teria sofrido se não fosse protegida.
Diante disso, os autores verificaram se as pontuações fornecidas pela ferramenta estavam relacionadas ao sucesso em evitar a devastação apresentado pelas diferentes regiões. Os resultados, porém, mostraram que não foram encontradas associações estatisticamente significativas entre o desflorestamento evitado e os indicadores que, de acordo com o Rappam, tornam uma região alvo prioritário de investimentos de conservação, como orçamento, equipe e ferramentas.
Veja.com

Cientistas gregos criam escala de medição de tsunamis

Cientistas gregos criaram uma escala para medir os tsunamis usando dados dos dois últimos desastres provocados por estas ondas gigantescas no Oceano Índico e no Japão, indicou a agência de notícias Ana.
Esta nova escala de intensidade, que vai até 12 graus, foi adotada pela Sociedade Sismológica dos Estados Unidos, um organismo de referência neste campo, afirmou à AFP o sismólogo Efthymios Lekkas.
Para quem elaborou este instrumento chamado Escala Integrada de Intensidade de Tsunami (ITIS, sigla em inglês), os sistemas de medida anteriores são muito antigos. "São sistemas estabelecidos com base em elementos muito limitados, já que não foi computado nenhum tsunami durante 40 anos até o de 2004", explicaram.
A escala ITIS integra o conjunto de dados arrecadados depois dos tsunamis gigantes de 2004 e 2011, ambos considerados de força 12 pelos cientistas gregos.
A equipe da Universidade de Atenas aplicou este novo modelo aos grandes tsunamis históricos, como o que devastou em 1640 antes de nossa era as costas sul-orientais do Mediterrâneo, depois da erupção explosiva do vulcão da ilha grega de Santorini, ou o que afetou Portugal em 1755. Ambos tiveram força 12, segundo Lekkas.
Um terremoto e um tsunami em março de 2011 causaram mais de 20.000 mortos ou desaparecidos no nordeste do Japão e provocaram uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.
Exame.com

terça-feira, 26 de março de 2013

Frase


Biodiversidade do pampa está ameaçada por florestas artificiais

 
Em estados como Mato Grosso e Pará, a Floresta Amazônica está sendo transformada em pasto. No Rio Grande do Sul ocorre o problema inverso: a vegetação campestre dos pampas – que há séculos convive em harmonia com a pecuária – está sendo dizimada para dar lugar a florestas plantadas pelo homem.
O impacto visual da destruição pode ser maior na Amazônia, mas se engana quem pensa que a perda biológica no Bioma Pampa é menor. Segundo levantamento coordenado pela professora Ilsi Boldrini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), os campos sulinos concentram uma diversidade vegetal três vezes maior que a da floresta, quando se leva em conta a proporção da área ocupada por cada bioma.
Os dados foram apresentados no segundo evento do Ciclo de Conferências 2013 do BIOTA Educação, organizado pelo Programa BIOTA-FAPESP, que teve como tema o Pampa.
Com 176 mil km², o bioma era considerado parte da Mata Atlântica até 2004. Originalmente, ocupava 63% do território gaúcho. Hoje, apenas 36% dessa área ainda está coberta pela vegetação original.
“A paisagem campestre poder parecer homogênea e pobre para quem não conhece, mas nesse pequeno remanescente do bioma mapeamos 2.169 táxons – a maioria espécies diferentes, pertencentes a 502 gêneros e 89 famílias. Desses, 990 táxons são exclusivos do Pampa. É um número muito grande para uma área tão pequena. No Cerrado, por exemplo, são 7 mil espécies em 3 milhões de km2”, afirmou Boldrini.
Segundo a pesquisadora, aproximadamente 1 milhão de hectares – ou 25% do Bioma Pampa – foi ocupado nos últimos cinco anos por florestas de eucalipto e de pinus, que visam a abastecer a indústria de papel e celulose.
Poucas plantas nativas sobrevivem debaixo das árvores, pois há pouca luz disponível e as espécies de campo aberto precisam de muito sol. “Quando as árvores forem cortadas, restarão apenas os tocos e um solo descoberto – ambiente propício para espécies invasoras como o capim-annoni ou a grama-paulista, que são muito fibrosas e não servem para pasto”, disse.
Mas, segundo Boldrini, o mais antigo e ainda hoje o principal fator de destruição do Pampa é a agricultura. “As plantações de soja e trigo nas terras mais secas e as plantações de arroz nas áreas úmidas, próximas a rios. O cultivo começou no planalto e está se espalhando para todo o Pampa, embora a vocação da região seja para a pecuária”, argumentou.
Mesmo a criação de gado para corte, introduzida no Rio Grande do Sul pelos jesuítas ainda no século XVI, tem se tornado uma ameaça por falta de manejo adequado.
“Os produtores usam uma carga animal muito alta. Como consequência, o campo fica baixo e falta pasto no inverno. Eles então aplicam herbicidas para eliminar a vegetação nativa e abrir espaço para plantar espécies hibernais exóticas, como azevém, trevo branco e cornichão”, alertou Boldrini.
A prática não só ameaça a biodiversidade local, como contamina o solo e a água e ainda diminui a produtividade dos pecuaristas. O ideal, segundo Boldrini, seria ter uma oferta de forragem de três a quatro vezes maior do que o gado é capaz de consumir. Dessa forma, o animal escolhe as espécies mais adequadas para sua alimentação, desenvolve-se mais rápido e se reproduz de forma mais eficiente.
“A produtividade média do estado hoje é de 70 kg de carne por hectare ao ano. Com o manejo correto, pode passar para 200 kg a 230 kg por hectare ao ano. Além disso, a qualidade da carne também melhora. Basta cuidar para o animal não liquidar com a vegetação”, disse.
SOS Pampa
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Pampa é hoje o segundo bioma mais devastado do país – atrás apenas da Mata Atlântica. Entre as espécies vegetais endêmicas da região já descritas, 151 estão ameaçadas de extinção.
“Algumas plantas, como a Pavonia secreta, existem apenas em uma pequena região do Pampa. No momento em que aquele lugar for devastado, elas vão se extinguir”, disse Boldrini.
O desaparecimento da flora local ameaça não apenas a fauna a ela associada como também os mananciais da região, alertou a pesquisadora.
“As nascentes de todos os afluentes e subafluentes dos grandes rios do estado, como Jacuí, Ibicuí e Uruguai, estão completamente interligadas à vegetação de campo. Se não cuidarmos da periferia dessas nascentes, não adianta plantar pinus (pinehiros) depois”, afirmou a professora.
Desconhecimento
Ainda durante o evento, Márcio Borges Martins, da UFRGS, afirmou que um dos principais obstáculos à preservação do Pampa é o desconhecimento da biodiversidade local. “Há muitas pesquisas sendo feitas, mas quase nada publicado. Isso dificulta a definição de áreas prioritárias para a conservação”, disse.
National Geographic

Diretor de "Avatar" doa equipamento submarino com o qual bateu recorde

O cineasta James Cameron está doando o submarino Deepsea Challenger, que ele usou há um ano para bater um recorde de profundidade, ao Instituto Oceanográfico Woods Hole, com o objetivo de acelerar as pesquisas nas partes mais abissais dos oceanos.
Cameron, atualmente dedicado à pré-produção de uma sequência do seu sucesso "Avatar", disse esperar que a doação à instituição de Massachusetts popularize a tecnologia submarina que ele desenvolveu.
Numa entrevista telefônica por ocasião do primeiro aniversário do seu mergulho de 11 quilômetros no Pacífico, o premiado cineasta disse que os cientistas já identificaram mais de 60 novas espécies, inclusive bactérias, a partir do material visual que ele trouxe.
O cineasta espera que um filme em 3D sobre esse mergulho chegue aos cinemas no segundo semestre.
Eu poderia deixar o submarino no meu barracão, mas isso não fará bem a ninguém enquanto eu estiver fora para fazer os (novos filmes da série) ‘Avatar' nos próximos anos", disse ele.
"Quero que essa tecnologia fique por aí, e que seja dinâmica e adaptativa."
IGCiência

Melhor cidade do mundo para morar agora é neutra em carbono

Melbourne, na Austrália, não está satisfeita em ser apenas a cidade com a melhor qualidade de vida do mundo. Agora, a capital do estado de Vitória quer virar referência em sustentabilidade. Seus esforços já rendem frutos. A cidade aderiu em peso à compensação de emissões e conquistou o selo “carbono neutro”.
Isso significa que as emissões de CO2 provenientes de suas atividades são devidamente quantificadas, através de um inventário de emissões, e uma ação de compensação ambiental é realizada na mesma proporção para neutralizar o que foi emitido. O certificado foi concedido pelo Low Carbon Australia, organismo certificador oficial do governo.
No núcleo de redução de emisões da cidade estão quatro áreas-chave: comércio, residências, transporte público e setor energético. A prefeitura local trabalha com os proprietários de edifícios comerciais e moradores de apartamentos para diminuir seu uso de energia e água e melhorar a gestão e reciclagem de resíduos.
Além disso, a cidade também está ajudando as empresas a melhorar a eficiência energética dos seus edifícios. Não para aí. Os moradores da cidade são estimulados a assumir um estilo de vida mais sustentável através da expansão da rede de ciclovias e incentivo ao uso de transporte público.
"Já somos uma das cidades com mais qualidade de vida do mundo, agora nosso desafio é garantir que sejamos uma das mais sustentáveis", comentou o conselheiro para questões ambientais Arron Wood”. Outras cidades da Austrália já conquistaram o selo, a exemplo de Yarra, também no estado de Vitória, e Sidney.
Exame.com

Cápsula Drágon retorna à Terra depois de abastecer Estação Espacial

Dragon, cápsula não-tripulada, deixou ontem, terça-feira, a Estação Espacial Internacional e pousou hoje no Oceano Pacífico, próximo ao litoral mexicano. A equipe da SpaceX irá retirar a cápsula do mar por meio de uma embarcação equipada com guindaste.
Dragon foi enviada pela empresa SpaceX em 1º de março, visando abastecer a Estação Espacial, levando cerca de 544 kg em suprimentos, entre os quais, materiais para mais de 160 experimentos científicos. Agora, após três semanas aproximadamente, a cápsula retornou ao planeta com cerca de 1210 kg de materiais utilizados pelos astronautas em pesquisas, que incluem células-tronco de camundongos, alguns hardwares e até um lote de brinquedos LEGO que esteve na Estação por dois anos.
Atualmente, Dragon é a única nave de carga em operação que pode retornar à Terra com materiais. Os demais veículos, como o japonês HTV, o europeu ATV e o russo Progress queimam-se quando entram em contato com a atmosfera do planeta.
O regresso da Dragon para o planeta, que estava previsto para segunda-feira, teve de ser atrasado em um dia, devido às condições meteorológicas desfavoráveis. Atualmente, para substituir as viagens de ônibus espaciais, a Nasa tem utilizado os serviços da SpaceX, tanto que o próximo lançamento já está previsto para o final da primavera.
Atualmente, há três astronautas na Estação Espacial, que receberão três novos integrantes nesta quinta-feira.
Galileu.com

segunda-feira, 25 de março de 2013

Frase



Designer cria estufa para plantar vegetais e frutas nas cidades

 
Contêineres marítimos transformados em… estufas para plantar vegetais e frutas nas cidades. O projeto, chamado Urban Farm Units (unidades de fazendas urbanas), foi criado pelo designer Damien Chivialle com o intuito de “repensar as cidades, a produção e o consumo de comida”.
A ideia é promover a produção de alimentos em âmbito local e reduzir as distâncias que os produtos percorrem entre o produtor e o consumidor. As estufas podem ser deslocadas com facilidade e possuem uma estrutura adequada para a entrada de luz solar.
Para as plantas se desenvolverem, as estufas contam com recipientes de dois metros cúbicos de água em que as bactérias transformam resíduos de peixe em minerais para agir como um fertilizante natural.
As unidades estão instaladas em Zurique (Suíça), Bruxelas (Bélgica) e Berlim (Alemanha).
Uma ótima ideia!
Superinteressante.com

Com aquecimento global, Ártico se tornará emissor de carbono, alertam cientistas

Uma equipe internacional de pesquisadores liderada pelo Conselho Nacional de Pesquisa, da Espanha (CSIC, na sigla em espanhol) analisou o equilíbrio metabólico dos plânctons do Ártico e demostrou que o aquecimento global pode transformar essa parte do mundo uma fonte de dióxido de carbono (CO2 ). Os resultados do trabalho, coletados em dois artigos publicados na revista “Biogeosciences”, são o resultado de uma série de oito pesquisas oceanográficas realizadas entre 2007 e junho de 2012.
- Resolver o papel do plâncton no Ártico como uma pia ou a emissão de CO2 na atmosfera é de grande importância para estabelecer o papel dessa região do planeta no balanço de carbono da biosfera. Ele exigiu trabalho em condições adversas, com campanhas em completa escuridão e temperaturas de inverno do Ártico abaixo de - 40 ° C -, explica Carlos Duarte, pesquisador do CSIC, do Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados.
Sob o primeiro destes estudos, com o fim do escuro inverno ártico e o gelo começa a diminuir, e as flores de plâncton fotossintético são capazes de produzir a matéria orgânica suficiente para sustentar a cadeia alimentar no resto do ano. Assim, o Oceano Ártico detém uma reserva anual de CO2.
Já o segundo estudo concluiu que o aquecimento global pode alterar esse equilíbrio. As experiências realizadas em Svalbard (Noruega), indicam que o plâncton torna-se uma fonte de dióxido de carbono para a atmosfera, quando a temperatura excede os 5 ° C, de acordo com estimativas de autoridades europeias para as próximas décadas.
- O aumento da temperatura aumenta a respiração do plâncton, fazendo a respiração superar a fotossíntese e tornar-se um emissor de CO2 - acrescenta a pesquisadora do CSIC Johnna Holding.


sexta-feira, 22 de março de 2013

Vulcões extinguiram metade das espécies da Terra ha 200 milhões de anos

Utilizando um novo processo de datação de rochas, pesquisadores americanos relacionaram com precisão um intenso período de erupção vulcânica à extinção de cerca de metade das espécies existentes na Terra há 200 milhões de anos, a chamada Quarta Grande Extinção. O evento teria aberto o caminho para a evolução dos dinossauros e sua dominação do planeta pelos 135 milhões de anos seguintes, até que estes também foram extintos.
No estudo, publicado online nesta quinta-feira na revista Science, os pesquisadores utilizaram uma nova técnica de análise da decomposição de isótopos de urânio para determinar a idade das rochas formadas a partir do resfriamento do magma das grandes erupções. As análises foram feitas em basaltos coletados nos Estados Unidos e no Marrocos. Essas rochas são provenientes da Província Magmática do Atlântico Central (Camp, na sigla em inglês), resultado de uma série de grandes erupções ocorridas há cerca de 200 milhões de anos, quando todos os continentes se encontravam ligados como um só. Pesquisadores estimam que essas erupções tenham despejado cerca de 10,4 milhões de quilômetros cúbicos de lava durante 600.000 anos.
Os pesquisadores conseguiram determinar com precisão a data da Extinção do Triássico-Jurássico: 201.564.000 anos atrás, exatamente o período da intensa atividade vulcânica da Província Magmática do Atlântico Central. Os gases liberados pelas erupções, em especial o gás carbônico, teriam provocado o aquecimento do planeta e comprometido a sobrevivência de parte das espécies.
Estudos anteriores já haviam sugerido uma ligação entre a Camp e a Quarta Grande Extinção, mas eles trabalhavam com margens de erro de 1 a 3 milhões de anos, enquanto a nova margem é de apenas alguns milhares de anos, um valor baixo do ponto de vista geológico.
Futuro – A extinção dos dinossauros, atribuída à queda de um meteorito, é considerada a quinta e última extinção em massa pela qual a Terra passou. Alguns cientistas sugerem que o planeta esteja passando atualmente por uma sexta extinção, causada pelo homem. A queima de combustíveis fósseis libera quantidades imensas de gás carbônico na atmosfera, causando aumento da temperatura, desequilíbrio dos ecossistemas e aumento a acidez das águas.
"A extinção do Triássico-Jurássico é análoga aos dias de hoje. A partir do estudo dos registros geológicos, é possível saber muito sobre o impacto do aumento da quantidade de gás carbônico na atmosfera sobre a temperatura do planeta, acidez dos oceanos e manutenção da vida na Terra ", afirma Terrence Blackburn, um dos autores do estudo.
Veja.com

quinta-feira, 21 de março de 2013

Frase


Neste dia 22 de março, Dia Mundial da Água, um recado dos Cientistas do Solo aos nossos governantes e gestores públicos:

“NÃO HÁ COMO PRODUZIR ÁGUA SEM CONSERVAR O SOLO”

Como componente importante do ciclo hidrológico, o solo desempenha papel fundamental no processo de produção de água. Solo bem manejado garantE maior armazenamento e infiltração da água no perfil, minimizando os picos de vazão e enchentes decorrentes das chuvas, e mantendo uma vazão mais regular durante o ano inteiro (inclusive na época mais seca do ano).

A água que infiltra no solo na época das chuvas é a que garante a nascente na época da seca. O melhor uso e proteção do solo garante produção de água maior e mais constante.

Pinheiro que sobreviveu ao tsunami no Japão vira monumento de 27 m em homenagem às vítimas

Um pinheiro que sobreviveu ao terremoto seguido de tsunami que atingiu o norte do Japão em 11 de março de 2011 se tornou agora um memorial em homenagem às vítimas da tragédia. A árvore chamada de "pinheiro milagroso" foi artificialmente restaurada e virou um monumento de 27 metros de altura, em um projeto que custou cerca de 150 milhões de ienes (R$ 3,1 milhões).
A ação durou seis meses e foi finalizada no início de março deste ano, quando a tragédia, que deixou aproximadamente 19 mil mortos, completou dois anos.
O pinheiro foi a única de 70 mil plantas da costa de Rikuzentakata, na Prefeitura de Iwate, a sobreviver à catástrofe, mas suas raízes ficaram seriamente deterioradas. A a árvore tornou-se símbolo da reconstrução da cidade.
Partes do pinheiro tem sido reaproveitadas e reutilizadas de formas diferentes e sustentáveis pelo projeto.
 

Como evitar colisão de asteroides?

A boa notícia é que há apenas uma chance em 20 mil que um asteroide entre em colisão com a Terra e acabe com a civilização humana neste ano. A má notícia é que, para prevenir que algo assim aconteça nos próximos anos, serão necessários bilhões de dólares em investimentos. Pelo menos é essa a conclusão apresentada no comitê de Ciência Espaço e Tecnologia dos EUA.
O meteoro que se chocou em território russo em fevereiro deste ano, é considerado um evento consideravelmente pequeno, mas mesmo assim feriu mil pessoas e causou milhões de dólares de prejuízo. E isso teria acontecido porque os astrônomos se concentram em analisar os riscos de uma colisão com uma grande rocha espacial, que poderiam impedir a continuação da civilização humana, e não de pequenos meteoros que, mesmo não comprometendo toda a humanidade, podem ser letais. Apenas 10% dos meteoros com mais de 130 metros foram identificados por cientistas e especialistas acreditam que mais de 10 mil grandes como esses estejam próximos, sem que tenhamos conhecimento de sua localização.
Voltando aos asteroides, se detectássemos uma grande rocha espacial viajando ao nosso encontro, precisaríamos de pelo menos 5 anos para desenvolver uma tecnologia capaz de desviar sua rota ou de destruí-lo. O plano dos EUA, por enquanto, é desenvolver tecnologias de detecção, como um sensor infravermelho capaz de orbitar Vênus (que custaria 500 milhões de dólares), assim como um sistema a laser que poderia afastar as rochas da Terra.
Outro projeto da Nasa envolve mandar um astronauta até um asteroide, para estudar melhor estes corpos celestes. O pouso estaria programado para 2025 e o projeto custaria 2 bilhões de dólares. A exploração da Lua, como dissemos em outra matéria, também ajudaria a estudar o comportamento de asteroides.
Galileu.com

Satélite exibe a imagem mais precisa já feita do Big Bang


Um espetacular novo mapa descrevendo a ''luz mais antiga'' do universo, que indica que o cosmos é mais antigo do que se acreditava até agora e dá força à teoria do Big Bang para explicar sua origem, foi revelado pela Agência Espacial Europeia.
O mapa, montado a partir de dados coletados pelo telescópio espacial Planck, apresenta o universo com pixels em tons de azul e marrom que representam variações de temperatura, que por sua vez são indicações da presença de radiação cósmica de fundo na forma de micro-ondas (uma radiação eletromagnética como a luz, mas que não pode ser enxergada a olho nu).
No mapa, as manchas azuis mostram regiões mais frias que a média e as marrons, mais quentes. Os pontos frios mostram onde a matéria do universo está mais concentrada.
Os dados oferecidos pelo Planck sugerem que o cosmos se formou a 13,82 bilhões de anos - um aumento de cerca de 50 milhões de anos em relação a cálculos anteriores.
O mapa também sugere que o universo conta com mais matéria (31,7%) e menos "energia escura" (68,3%), o misterioso componente que acredita-se estaria provocando a expansão do cosmos a um ritmo acelerado.
Segundo especialistas, algumas imagens presentes no mapa foram inesperadas e exigirão que alguns conceitos adotados pela comunidade científica sejam repensados.

Universo em expansão

O mapa foi montado após a compilação de 15 meses de dados do Planck, um telescópio que custou 600 milhões de euros (cerca de R$ 1,5 bilhão).
A equipe que analisou os dados afirma que o mapa se encaixa bem no modelo clássico de cosmologia, que defende a ideia de que o universo começou em um estado denso, incrivelmente pequeno e de temperatura extremamente elevada e que então, após a explosão conhecida como big bang, se expandiu e foi esfriando.
A radiação cósmica de fundo é a luz que pôde se espalhar pelo espaço assim que o universo desaqueceu o suficiente para permitir a formação de átomos de hidrogênio, cerca de 380 mil anos após o nascimento do cosmos.
Essa radiação de micro-ondas ainda banha a Terra com um brilho quase uniforme, mas é possível detectar variações em seu sinal, e essas flutuações - vistas nas pigmentações no mapa - refletiriam as diferenças na densidade da matéria quando a luz partiu em sua jornada há bilhões de anos.
Cientistas submeteram as oscilações de temperatura a uma série de análises estatísticas, que podem agora ser confrontadas com expectativas teóricas – confirmando algumas e descartando outras.

Surpresas

O mapa também dá força à chamada teoria de inflação cósmica, que afirma que, nos seus primeiros momentos de existência, o universo se expandiu com imensa velocidade.
Mas, como o mapa é bem mais detalhado do que qualquer análise anterior, também é possível encontrar algumas anomalias.
Uma delas é que as oscilações de temperatura, quando analisadas em grande escala, não se encaixam nas previsões do modelo padrão. O sinal é um pouco mais fraco do que o esperado.
O mapa também indica uma assimetria nas temperaturas médias em todo o cosmos e mostra que o “hemisfério sul” mostrado no mapa é ligeiramente mais quente do que o “norte”.
Outra anomalia significativa é um ''ponto frio'' no mapa, centrado na constelação de Eridano, que é muito maior do que se esperava.

Expedição resgata no fundo do mar motores antigos de nave espacial

 
Uma expedição particular resgatou das profundezas do Oceano Atlântico restos dos motores do foguete que levou uma das naves das missões Apollo ao espaço, informou a agência espacial americana (Nasa). É possível que as peças tenham sido usadas na missão Apollo 11, a primeira a levar o homem à Lua, em julho de 1969, segundo agências internacionais.
A expedição que encontrou as peças, que estavam no fundo do oceano a cerca de 40 anos, durou três semanas e foi capitaneada pelo presidente da empresa de comércio eletrônico Amazon, Jeff Bezos, segundo a agência Associated Press. O anúncio da descoberta foi feito na quarta-feira (20).
Boa parte das missões Apollo foram lançadas ao espaço com o uso de foguetes Saturn V, nas décadas de 1960 e 1970 - é a este modelo de foguete que pertenceram as peças encontradas.
Uma das missões, a Apollo 11, levou os primeiros homens à Lua, em 20 de julho de 1969. A bordo estavam os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin – os primeiros a pisar na Lua – e Michael Collins, que não pôde descer porque ficou no módulo de comando.
"Encontramos muitas coisas. Descobrimos um maravilhoso mundo submarino, um incrível jardim de esculturas de motores F-1", afirmou o presidente da Amazon após a missão, batizada de "Bezos Expeditions". As peças encontradas "servem de prova do programa Apollo", disse ele, segundo a agência AFP.
Apollo 11
No ano passado, Bezos e sua equipe usaram sonares e anunciaram ter localizado as peças a cerca de 4 km no fundo do Oceano Atlântico. Eles disseram se tratar dos motores que levaram ao espaço a famosa nave Apollo 11.
Agora, porém, o presidente da Amazon diz que não é possível dizer em qual missão foram utilizadas as peças, já que os números de série estão corroídos e não podem ser lidos. Podem ter pertencido à Apollo 11 ou a alguma das outras missões, segundo as agências internacionais. A Nasa está ajudando a identificar a origem dos objetos.
Bezos disse que sua equipe irá fazer um trabalho de restauração das peças. "Fotografamos muitos objetos belos no lugar e recuperamos muitas peças de qualidade. Cada peça que trazemos evoca, para mim, milhares de engenheiros que trabalharam de forma conjunta para conseguir o que, naquele momento, se pensava que seria algo impossível", ressaltou.
Ainda não se sabe quando ou onde os objetos vão ser expostos, mas o presidente da Amazon pretende colocá-los em um museu localizado em Washington, nos EUA.
"Este é um achado histórico e parabenizo a equipe por sua determinação na recuperação destes importantes artefatos de nossos primeiros esforços para enviar seres humanos além da órbita da Terra", afirmou o diretor da Nasa, Charles Bolden.
 
 
                          Estrutura do foguete Saturn V encontrada no fundo do mar
G1

Hora do Planeta

Hora do Planeta 2013 - ficar no escuro por 60 minutos
 
No próximo sábado (23), às 20h30: pessoas de todo o mundo apagarão as luzes de suas casas ou locais de trabalho para protestar contra o aquecimento global.Trata-se da campanha global Hora do Planeta, da ONG WWF, que já acontece há seis anos e nos convida a ficar no escuro, por uma hora, para refletir sobre a importância de economizar eletricidade no dia a dia e, consequentemente, evitar o aumento do aquecimento global, que ameaça a vida de todos os seres vivos que habitam o planeta - inclusive a nossa!
No ano passado, mais de um bilhão de pessoas, de 152 países, participaram da iniciativa. O Brasil, claro, não ficou de fora e, além da participação da população, contou com a adesão de empresas e governos. Até monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, o Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foram apagados por 60 minutos. Que tal, em 2013, fazer parte dessa mobilização global? No próximo sábado (23), das 20h30 às 21h30, desligue as luzes da sua casa - e, se possível, os aparelhos eletrônicos, como TV, computador e videogame - e convide sua família, amigos e professores a fazer o mesmo. O planeta agradece!!!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Frase


Contra desmatamento, China quer trocar hashis de madeira por talheres de metal

Cada vez mais popular em várias partes do mundo, o tradicional consumo de comida oriental com hashis de madeira pode estar com os dias contados – pelo menos na China. Em evento nacional, que contou com a presença de diversos líderes chineses, Bai Guangxin, presidente do Grupo de Indústria Florestal da província de Jilin, fez uma declaração chocante: por ano, o país produz 80 bilhões de pares de hashi de madeira, que são descartáveis.
Além de gerar muito lixo, a fabricação impacta as florestas da China: uma árvore com cerca de duas décadas de existência rende, apenas, quatro mil pauzinhos, o que implica na derrubada anual de cerca de 20 milhões de árvores adultas para sustentar o hábito cultural.
A solução proposta por Guangxin? Acabar com a tradição! Ele defende que os chineses parem de utilizar hashis de madeira e optem pelos de plástico, reutilizáveis, ou se rendam de uma vez por todas aos talheres de metal. A segunda opção, mais chocante, seria a melhor, na opinião do ambientalista. Segundo ele, a vida útil dos pauzinhos de plástico é menor do que a dos talheres de metal, além da reciclagem do material ainda deixar muito a desejar.
A luta contra os hashis de madeira não é de hoje. Em 2006, o governo chinês instituiu imposto de 5% sobre a fabricação do produto na tentativa de impactar a indústria. Em 2010, foi a vez do Greenpeace tentar conscientizar a população: a entidade utilizou 80 mil pares de pauzinhos para montar árvores, que ficaram em exposição na área externa de um movimentado shopping de Beijing. A ideia era mostrar aos cidadãos que os objetos não “nascem em árvores”, mas sim derivam delas e, portanto, deveriam ser consumidos com mais consciência. As iniciativas, no entanto, foram em vão e o uso do produto só cresceu no país.
Há quatro anos, o presidente chinês Hu Jintao anunciou que o país pretendia aumentar sua cobertura florestal em 40 milhões de hectares até 2020. Segundo Guangxin, a promessa só terá chance de ser cumprida se a população abrir mão dos hashis de madeira – e, consequentemente, de uma tradição milenar.
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Estudo afirma que sonda espacial Voyager 1 pode ter saído do Sistema Solar, mas Nasa nega

 
Um estudo americano levanta a hipótese de que a sonda espacial Voyager 1, lançada pela Nasa há 35 anos, já tenha deixado os limites do Sistema Solar, mas cientistas da agência espacial americana ligados diretamente ao projeto acreditam que ainda não é possível fazer essa afirmação.
O estudo, publicado online nesta quarta-feira no periódico Geophysical Research Letters, se baseia nos níveis de radiação medidos pela sonda no dia 25 de agosto de 2012, quando a Voyager 1 se encontrava a mais de 17 bilhões de quilômetros do Sol. Nesse dia, a quantidade de raios cósmicos (partículas dotadas de alta energia que se deslocam no espaço) sob influência do Sol diminuiu intensamente, chegando a menos de 1% das medidas anteriores. Ao mesmo tempo, os raios cósmicos galácticos, vindos de fora do Sistema Solar, subiram a níveis nunca antes observados desde o lançamento da sonda, com o dobro das intensidades previamente registradas.
De acordo com a pesquisa, a mudança repentina de intensidade dos raios cósmicos indica que a Voyager 1 cruzou uma barreira de partículas energéticas bem definida, que pode estar relacionada à heliopausa – região na qual o vento solar se une ao espaço interestelar, sendo considerada a fronteira com o resto do universo. "Em um período de poucos dias, a intensidade da radiação heliosférica diminuiu e os raios cósmicos aumentaram de intensidade da maneira que seria esperada ao deixar a heliosfera", disse Bil Webber, professor emérito de astronomia da Universidade Estadual do Novo México, nos Estados Unidos, e um dos autores do estudo.
Incertezas – Webber ressalta que ainda não existe um consenso sobre o fato de a sonda Voyager 1 ter ou não atingido o espaço interestelar ou entrado em uma outra região não definida. "Eu diria que este local fica fora da heliosfera comum. Nós estamos em uma região nova. E tudo o que estamos medindo é diferente e emocionante", disse o autor.
Já os cientistas da equipe responsável pela Voyager 1, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, se mostraram mais céticos: "É consenso para a equipe de cientistas envolvidos no projeto da Voyager que a sonda não deixou o Sistema Solar ou atingiu o espaço interestelar", afirma Edward Stone, pesquisador do projeto Voyager, em comunicado oficinal.
Viajantes espaciais – A Voyager 1 é na verdade a segunda sonda lançada com a missão de explorar além do Sistema Solar. A Voyager 2 foi lançada no espaço no dia 20 de agosto de 1977, enquanto a "primeira" foi lançada no dia 5 de setembro do mesmo ano. As duas sondas passaram por Júpiter e Saturno, mas apenas a Voyager 2 chegou a Urano e Netuno. A Voyager 1, com 722 quilos, já percorreu quase 18 bilhões de quilômetros e dispõe de energia suficiente para operar até 2025.
Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de Júpiter.
Atualmente, as mensagens de rádio da Voyager-1 levam 16 horas para chegar ao nosso planeta.
A Voyager-1 caminha para se aproximar de uma estrela chamada AC +793888, mas só chegará a dois anos luz de distância da estrela.
As Voyagers se tornarão "embaixadores silenciosos" da Terra enquanto se movem pela galáxia.
Ambas transportam discos de cobre banhados a ouro com gravações de saudações em 60 línguas, amostras de música de diferentes culturas e épocas, sons naturais da Terra e outros sons produzidos pelo homem.
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