terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nasa observa tempestade de poeira em Marte

A agência espacial americana (Nasa) revelou ter observado, por meio dos robôs exploradores Opportunity e Curiosity e da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), uma enorme tempestade de poeira na superfície de Marte, que produziu mudanças atmosféricas no planeta. É a primeira vez desde a década de 70 que a Nasa estuda esse tipo de fenômeno por meio de uma sonda orbital e de aparelhos na superfície de Marte.
No dia 16 de novembro, a sonda Mars Reconnaissance detectou um aquecimento da atmosfera cerca de 25 quilômetros acima da tormenta. Desde então, a temperatura já aumentou 25 graus Celsius. Tal aquecimento se deve à poeira levantada pela tormenta, que absorve mais luz solar.
As setas brancas indicam a área na qual a poeira da tempestade é aparente na atmosfera. O mapa de 18 de novembro, produzido com imagens do Mars Reconnaissance Orbiter, mostra também a distância dos robôs exploradores Curiosity e Opportunity do fenômeno.
 
A estação meteorológica do Curiosity também detectou mudanças atmosféricas ligadas à tormenta. Seus sensores registraram uma queda na pressão e um leve aumento nas temperaturas noturnas.
Já o Opportunity registrou uma redução da claridade causada pela poeira. Esse robô está a cerca de 1.300 quilômetros de distância da tempestade e poderá ter seu funcionamento afetado, já que seu abastecimento depende da energia solar. Não é o caso do veículo robótico Curiosity, que chegou ao equador marciano no dia 6 de agosto e é abastecido por um gerador nuclear.
"A tempestade cobre uma região bastante ampla", diz Rich Zurek, chefe científico para Marte do Jet Propulsion Laboratory (JPL), em Pasadena, Califórnia. Em 2001 e 2007, nessa mesma região, tormentas regionais viraram tempestades de alcance global, segundo Zureck.
"Queremos entender por que algumas tempestades chegam a este tamanho e depois deixam de crescer, enquanto outras continuam aumentando e se transformam em fenômenos globais", afirmou Zurek.
Depois de décadas de observação, os especialistas sabem que há um fator sazonal ligado às maiores tormentas de poeira marcianas. A mais recente delas começou há apenas algumas semanas, com o início da primavera no hemisfério sul marciano.
 

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