quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Estudo genético mostra que houve evolução humana recente

Quase três quartos das mutações nas partes do DNA humano encarregadas de codificar as proteína ocorreram entre 5 a 10 mil anos, algo considerado muito recente na escala da evolução humana. Pesquisadores dos Estados Unidos analisaram dados genéticos de 6.515 pessoas com ascendência euro-americana ou afro-americana, dataram a ocorrencia de mais de um milhão de mutações e concluíram que eventos “recentes” tiveram forte impacto na evolução humana.
Os pesquisadores acreditam que a intensificação de variação genética está relacionada com o aumento da população na Terra. “As recentes mutação que encontramos em nosso estudo têm ligação direta com no crescimento dramático da população mundial nas últimas 400 gerações. Com mais indivíduos, há mais oportunidade destas mutações ocorrerem”, disse Joshua Akey, autor do estudo publicado no periódico científico Nature e pesquisador da Universidade de Washington em Seattle.
     
Atualmente a Terra abriga 7 bilhões de pessoas, de acordo com as Organizações das Nações Unidas. Este número, mais que dobrou em relação a 1950 quando a população era de 3 milhões. De acordo com previsões, em 2050 serão 9 bilhões de pessoas habitando o mundo. Nunca o crescimento populacional foi tão grande e ocorreram mudanças tão rápidas em relação à questões como alimentação, e exposição a patógenos, afirmam os pesquisadores.

Diferença entre as populações Com o estudo, também foi possível descobrir que as mutações genéticas recentes aparentam ter impactos diferentes conforme cada população. Os pesquisadores observaram que entre os descendentes de europeus a taxa de mutação potencialmente causadora de doenças é maior. De acordo com o estudo, 86% das variações genéticas ou mutações observadas potencialmente prejudiciais.
“Nosso dados sugerem que estas mutações provavelmente trouxeram uma contribuição importante para o surgimento de novas doenças, suscetibilidade a novas enfermidades e efeitos colaterais a medicamentos”, disse.
Os pesquisadores querem agora que o estudo sirva de fonte para o estudo sobre o mapeamento de doenças futuras “Conseguimos mostrar quão profunda e efetiva foi avariação de padrões genéticos nas populações contemporâneas, mas fazer previsões é algo mais difícil”, disse Akey.
IGCiência

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