quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Gelo no Ártico canadense recua em tempo recorde




As imagens acima são auto-explicativas. A primeira mostra a camada de gelo que cobria o famoso canal de Perry, no Arquipélago Ártico Canadense, em meados de julho. A segunda é uma atualização da mesma, desta vez com o mar Ártico mais à mostra. O que impressiona, além do desaparecimento quase total da mancha cinza, é o tempo entre a captação de uma e outra foto: só duas semanas.
O gelo recuou rapidamente entre os dias 17 de julho e 3 de agosto de 2012. A cobertura começou a ficar abaixo da média depois de 16 de julho. No dia 26, a área preenchida com gelo era de 67%. Quatro dias depois, estava em 33%. Apesar da perda, o Canal de Parry não está aberto para navegação, segundo o Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo. A camada de gelo, mesmo mais fina, é grossa o suficiente para impedir a passagem dos navios.
Embora os barcos ainda não circulem por ali, pesquisas recentes mostram que organismos marinhos já começam a aproveitar o caminho livre de gelo. Um tipo de plâncton historicamente encontrado no Oceano Pacífico, o Neodenticula seminae, apareceu no Atlântico Norte depois de uma baixa recorde de gelo no Ártico em 2007. Um estudo deste ano indicou a presença de populações de baleias do Pacífico e do Atlântico na Passagem do Noroeste, em agosto de 2010.
O derretimento do Ártico não é ruim só para os ursos polares. Ele também compromete o resto do clima da Terra.
Época.com

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