quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Frase

A lei, a ciência e o bom- senso estão do lado do "Houaiss"

De tempos em tempos, alguma autoridade de plantão é vencida pela tentação de tutelar a sociedade. Ela, então, tira do colete uma medida politicamente correta, que, embora nula, não raro descamba para a tentativa de censura. Foi assim em 2010, quando parecer do Conselho Nacional de Educação, órgão do Ministério da Educação, tentou banir das escolas públicas a leitura do livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. Segundo os sábios do MEC, trechos como o seguinte expressariam racismo: "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão." Nesta segunda-feira, foi a vez do procurador federal Cléber Eustáquio Neves cair em tentação, pedindo à Justiça Federal em Uberlândia (MG) que sejam retirados de circulação as cópias do dicionário Houaiss, um dos mais conceituados do mercado. A razão: no verbete cigano, o livro informa que a palavra pode ganhar também o significado – pejorativo, como bem destaca o próprio dicionário – de "trapaceiro, velhaco, burlador". Para o MPF, ao conter tal explicação, o dicionário ajuda a disseminar o preconceito contra os ciganos e a intolerância étnica, que afrontam a Constituição. É um raciocínio tão absurdo quanto achar que, ao explicar o que foi o nazismo, os livros de história referendam seu horror.
O pedido do procurador é, em todos os sentidos, descabido, concordam juristas, dicionaristas e o bom-senso. É, por exemplo, a opinião de Ophir Cavalcanti, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): "A alegação me soa exagerada. Não vejo amparo legal nessa questão", diz. "Abolir determinadas significações do dicionário é uma tentativa de cercear a liberdade intelectual, é privar a sociedade de conhecer a própria língua." O Instituto Antonio Houaiss, responsável pela edição do dicionário (publicado pela editora Objetiva), ainda guarda em segredo quais medidas irá adotar. Espera-se que reaja, que busque a Justiça.
A perplexidade dos dicionaristas – os especialistas que constróem essas obras monumentais – é semelhante. "Os dicionários registram as acepções das palavras, pareçam elas positivas ou negativas, pois esses são os valores que os falantes da língua atribuem a elas. E esses significados precisam estar documentados nos dicionários: esta é a função deles", diz a dicionarista Maria Helena de Moura Neves, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
É exatamente essa função que o Houaiss cumpre ao registrar o uso pejorativo que pode ser dado ao termo cigano. De acordo com o livro, data de 1899 o uso da palavra para qualificar "aquele que trapaceia, velhaco, burlador". Ainda hoje, pode-se encontrar o mesmo emprego. Então, a dicionarista, lança uma pergunta retórica cuja resposta é demolidora para o pleito do MPF: "Se nos empenhássemos em registrar apenas as acepções positivas, teríamos um dicionário cor de rosa. Isso tornaria a sociedade menos preconceituosa ou injusta?" É quase desnecessário responder: não.
O procurador Cléber Eustáquio Neves poder perder sua batalha contra o Houaiss – a vitória da lei, da ciência e do bom-senso é o que se espera da Justiça, que ainda não tem data para julgar o caso. Mas o procurador já fez vítimas. Instada pelo MPF, a editora Melhoramentos já suprimiu das páginas de seu dicionário a acepção pejorativa do verbete cigano. "Fomos informados por meio da Justiça de que havia pessoas ofendidas com alguns dos nossos verbetes", diz Breno Lermer, superintendente da Melhoramentos. "Avaliamos que algumas definições pejorativas relativas a cigano eram antigas e já não correspondiam à realidade. Acabaram suprimidas."
A decisão abre precedente. Se surgirem mais reclamações, é possível que mais acepções sejam retiradas do dicionário? Sim, confirma Lermer. "Se entendermos que eles já não encontram correspondência com a realidade, serão retirados." Estão, portanto, em risco as definições que informam, por exemplo, que o adjetivo judeu, em sua acepção insultuosa, designa a "pessoa usurária, avarenta", ou que baiano, em situação idêntica, é o "tolo, fanfarrão". São todos usos ofensivos, preconceitusos, não há dúvida. Mas tirá-los das páginas dos dicionários seria um desserviço: melhor deixá-los ali, prestando o precioso serviço de ensinar àqueles que recorrem ao livro que o mundo não é, como lembra Maria Helena de Moura Neves, cor de rosa.
As alterações almejadas pelo procurador são, já está claro, equívocos terríveis. "Hoje, a tendência é advogar em prol do politicamente correto. É uma patrulha sem fundamento linguístico", sentencia o dicionarista Francisco Borba, da Unesp. "Dicionários não são instrumentos ideológicos ou políticos. São obras objetivas, que registram a língua. Preconceito comete aquele que faz uso de acepções pejorativas em seu cotidiano, não o dicionário."
A decisão abre precedente. Se surgirem mais reclamações, é possível que mais acepções sejam retiradas do dicionário? Sim, confirma Lermer. "Se entendermos que eles já não encontram correspondência com a realidade, serão retirados." Estão, portanto, em risco as definições que informam, por exemplo, que o adjetivo judeu, em sua acepção insultuosa, designa a "pessoa usurária, avarenta", ou que baiano, em situação idêntica, é o "tolo, fanfarrão". São todos usos ofensivos, preconceitusos, não há dúvida. Mas tirá-los das páginas dos dicionários seria um desserviço: melhor deixá-los ali, prestando o precioso serviço de ensinar àqueles que recorrem ao livro que o mundo não é, como lembra Maria Helena de Moura Neves, cor de rosa.
 Cigano, segundo o Houaiss
Confira as definições do verbete no dicionário:
Cigano
adjetivo
1) relativo ao ou próprio do povo cigano; zíngaro
Ex.: música c.; vida c.; esperteza c.
adjetivo e substantivo masculino
2) relativo a ou indivíduo dos ciganos, povo itinerante que emigrou do Norte da Índia para o oeste (antiga Pérsia, Egito), de onde se espalhou pelos países do Ocidente; calom, zíngaro
3) Derivação: por extensão de sentido
que ou aquele que tem vida incerta e errante; boêmio
Ex.: meus parentes c. não pensam no dia de amanhã; viver como c.
4) Derivação: por analogia.
vendedor ambulante de quinquilharias; mascate
5) (1899) Uso: pejorativo.
que ou aquele que trapaceia; velhaco, burlador
6) Uso: pejorativo.
que ou aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina
7) que ou o que serve de guia ao rebanho (diz-se de carneiro)
Veja.com

Cientistas usam a Terra para descobrir vida alienígena

Astrônomos usaram a própria Terra para aumentar a precisão dos modelos que procuram pela vida em outros planetas. Os cientistas analisaram a radiação terrestre refletida pela Lua como se estivessem estudando um planeta fora do Sistema Solar e concluíram... que existe vida na Terra. A "descoberta" mostra que a técnica poderá ser usada na procura por ambientes semelhantes fora do Sistema Solar. O trabalho será publicado em março na revista britânica Nature.
Lâmpada brilhante — A técnica tira vantagem do bate-rebate da luz entre estrelas, planetas e satélites naturais. No Sistema Solar, o Sol ilumina a Terra e essa radiação é refletida para a superfície da Lua. Por sua vez, a superfície lunar atua como um espelho gigante e reflete a radiação terrestre de volta à Terra. Os métodos tradicionais analisam apenas o quão brilhante é a radiação ao ser rebatida pelos corpos celestes. Ao ser refletida inúmeras vezes, a luz vai perdendo intensidade. Contudo, é muito difícil dizer se a luz observada vem da estrela ou foi refletida pelo planeta, daí a imprecisão. "A radiação emitida por um planeta distante é muito fraca em relação ao brilho da sua estrela, por isso ela é muito difícil de analisar. É um pouco como estudar um grão de poeira que se encontre ao lado de uma lâmpada muito brilhante", diz Stefano Bagnulo, do Observatório Armagh, na Irlanda do  Norte, e coautor do estudo.
Ao rebater em diferentes astros, a radiação é capaz de absorver informações específicas que denunciam as características dos lugares onde passou. No caso da Terra, essas informações se traduzem na presença de água, nuvens, vegetação e moléculas necessárias à vida. Para identificar com grande precisão a diferença entre a radiação que sai da estrela e a que é rebatida pela Lua, em vez de analisar apenas quão brilhante é a radiação refletida, os cientistas agora estudaram sua polarização.

Sem dúvidas — Dizer que a radiação é polarizada significa dizer que seus campos elétrico e magnético têm uma mesma orientação, ao contrário da radiação não polarizada. Ao fazer essa diferenciação, os cientistas conseguem dizer exatamente de onde a radiação vem — da estrela, planeta ou refletida pelo satélite natural. "A radiação refletida pelo planeta é polarizada enquanto que a radiação emitida pela estrela não é", explica Bagnulo. O método, segundo os autores, não deixa margem de dúvidas sobre as informações que apontam para a presença de vida na Terra.


Bate-rebate: Analisar a polarização da luz solar refletida pela Terra permite mais precisão na busca por sinais de vida. O modelo será utilizado para analizar a luz refletida por outros planetas fora do Sistema Solar.

A equipe utilizou o Very Large Telescope, o maior telescópio ótico do mundo, do Observatório Europeu do Sul, para estudar a radiação emitida pela Terra após a reflexão pela Lua, tal como se a luz viesse de um exoplaneta. Eles conseguiram deduzir que a atmosfera terrestre é parcialmente nublada, que parte da superfície se encontra coberta por oceanos e — mais importante ainda — que existe vegetação. A equipe conseguiu inclusive detectar variações na cobertura de nuvens e na quantidade de vegetação em épocas diferentes, correspondentes a diferentes regiões da Terra. Como a técnica identificou com sucesso a vida na Terra, os especialistas esperam que ela tenha o mesmo sucesso ao analisar a luz refletida por mundos fora do Sistema Solar.

Vida simples — "Este trabalho é um passo importante para atingirmos a capacidade de detectar vida fora da Terra", diz o coautor Enric Palle, do Instituto de Astrofisica de Canarias, na Espanha. A nova técnica poderá dizer se há vida vegetal — baseada em processos de fotossíntese — em outras partes do universo. Contudo, "não estamos à procura de homenzinhos verdes ou evidências de vida inteligente", diz. É que a técnica permite apenas a procura por formas mais simples de vida.
Veja.com

Coreia do Norte concorda em suspender programa nuclear

A Coreia do Norte concordou em suspender seu programa de testes nucleares e o enriquecimento de urânio e permitir a entrada de inspetores internacionais para verificar as atividades de seu principal reator. Pyongyang cedeu à pressão do governo dos Estados Unidos, que ofereceu 240 mil toneladas de alimentos ao país.
O acordo foi anunciado nesta quarta-feira (29) pelo Departamento de Estado americano e confirmado por um escritório da agência estatal norte-coreana KCNA. Essa é a primeira decisão do governo norte-coreano no cenário internacional desde que Kim Jong-Un assumiu o lugar do pai, o ditador Kim Jong-Il, morto em dezembro.
As negociações que levaram ao acordo ocorreram em Pequim, na semana passada. O objetivo da reunião era fazer Pyongyang voltar ao diálogo sobre o desarmamento do regime comunista. Além dos Estados Unidos, as conversas envolvem Coreia do Sul, Japão, China e Rússia. Os resultados do encontro, que inicialmente foi visto como pouco frutífero, só vieram à tona nesta quarta-feira, depois que as propostas foram levadas pelos negociadores norte-coreanos a Pyongyang e analisadas pelo governo de Kim Jong-Un.Desde a morte de Kim Jong-Il autoridades internacionais, agências de inteligência e especialistas especulam sobre como um jovem de menos de 30 anos (ele teria 28 ou 29 anos), do qual até então pouco se sabia, comandaria o país mais fechado do mundo. Dias depois da morte de Kim Jong-Il, o governo da Coreia do Norte soltou um comunicado afirmando que o regime não mudaria. O anúncio desta quarta-feira, porém, destoa da posição do país nos últimos anos (os inspetores nucleares internacionais foram expulsos em 2006). Apesar de não terem sido divulgados prazos para a suspensão do programa nuclear norte-coreano nem para a visita dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o acordo é um passo importante para a redução da tensão gerada pelas manobras militares de Pyongyang na região, que vive sob o temor de uma guerra que não acabou. "Os Estados Unidos ainda têm grandes preocupações sobre a postura da Coreia do Norte em relação a diversos assuntos, mas o anúncio de hoje reflete um importante, ainda que limitado, progresso em solucionar alguns deles", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.A exigência da Coreia do Norte para que as 240 mil toneladas, que o governo de Barack Obama insistia que fossem entregues apenas com o selo de ajuda humanitária, fossem incluídas no acordo dá um sinal de que os norte-coreanos não vão apenas ceder sem suas condições. No âmbito interno, certamente, os alimentos chegarão como uma conquista de Kim Jong-Un para seu povo. No cenário internacional, a decisão mostra que a Coreia do Norte está de volta à mesa para negociar.
Época.com

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Frase

Um memorial do Holocausto no Brasil

Curitiba entrou na lista das cidades do mundo que contam com uma instituição dedicada ao tema das perseguições aos judeus no século XX. Este mês o Museu do Holocausto será aberto à visitação e conta com uma exposição de longa duração que abrange um período que vai da década de 1920 até os dias de hoje. A mostra aborda desde a época pré-nazista na Europa até as consequências do Holocausto para a comunidade mundial, incluindo os fluxos migratórios para vários países, entre os quais o Brasil.
O acervo inclui documentos, objetos pessoais e simbólicos relacionados ao tema, graças às parcerias com instituições museológicas nacionais e internacionais, além de doações feitas pela comunidade judaica. Um dos exemplos é um fragmento da Torá, o livro sagrado do judaísmo, doado pelo Museu do Holocausto de Jerusalém, e um cartão de racionamento alimentar usado no campo de Buchenwald, na Alemanha.
Outro objeto curioso é uma réplica da boneca de Zofia Burowska, que viveu nos guetos de Wolbrum e Cracóvia, na Polônia. Depois de passar por vários campos de concentração, ela acabou libertada na Alemanha e recuperou a boneca, que havia sido guardada por amigos não judeus em Cracóvia.
Durante a visita, as histórias contadas são tristes e há imagens duras, porém não faltam elementos curiosos como o violino exposto em uma das salas do museu. Ele pertenceu ao garoto Mordechai Schlein, que aos 12 anos encantou nazistas com o som do instrumento. Eles não sabiam, porém, que Mordechai, ou Motele como era chamado, roubava explosivos e guardava no estojo do violino. Foi convidado para divertir os oficiais durante semanas e, um dia, depois de tocar acabou explodindo o local com os nazistas dentro, em 1941. O garoto morreu dois anos depois em uma batalha.
“São cenas difíceis de serem vistas. Mas foram atos cometidos por seres humanos. Então, a ideia é lutar contra a intolerância e fazer com que a gente consiga viver em um mundo melhor”, diz Miguel Krigsner, idealizador do museu. A família do pai do empresário, de origem polonesa, conseguiu escapar do nazismo. Miguel vive no Brasil desde 1961.
Além de colocar à disposição do público material audiovisual, o museu abre espaço para a discussão e reflexão sobre o preconceito e a violência, tomando a questão judaica como exemplo e abordando também outros exemplos de genocídios ocorridos ao longo do século XX. A coordenação da instituição conseguiu reunir depoimentos de 14 judeus sobreviventes da Segunda Guerra Mundial, que mais tarde se estabeleceram em Curitiba. Entre elas está a polonesa Bunia Finkel, que passou 495 dias dentro de um buraco cavado em um celeiro. “Meu pai marcava cada dia com um risco”, conta.
História Viva.com

Estudo revela novos indícios sobre ressureição de Jesus

Um grupo de arqueólogos e especialistas em assuntos religiosos apresentou em Nova York as conclusões de uma pesquisa que apresenta indícios da ressurreição de Jesus a partir de um túmulo localizado em Jerusalém há três décadas.    
"Até agora me parecia impossível que tivessem aparecido túmulos desse tempo com provas confiáveis da ressurreição de Jesus ou com imagens do profeta Jonas, mas essas evidências são claras", afirmou nesta terça-feira (28) o professor James Tabor, diretor do departamento de estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte, um dos responsáveis pela pesquisa.    
O túmulo em questão foi descoberto em 1981 durante as obras de construção de um prédio no bairro de Talpiot, situado a menos de quatro quilômetros da Cidade Antiga de Jerusalém. Um ano antes, neste mesmo lugar, foi encontrado um túmulo que muitos acreditam ser de Jesus e sua família.    
Ao lado do professor de Arqueologia Rami Arav, da Universidade de Nebraska, e do cineasta canadense de origem judaica Simcha Jacobovici, Tabor conseguiu uma permissão da Autoridade de Antiguidades de Israel para escavar o local entre 2009 e 2010.
     Em um dos ossuários encontrados, que os especialistas situam em torno do ano 60 d.C., é possível ver a imagem de um grande peixe com uma figura humana na boca, que, segundo os pesquisadores, seria uma representação que evoca a passagem bíblica do profeta Jonas.
A pesquisa, realizada com uma equipe de câmeras de alta tecnologia, também descobriu uma inscrição grega que faz referência à ressurreição de Jesus, detalhou o professor Tabor, que acrescentou que essa prova pode ter sido realizada "por alguns dos primeiros seguidores de Jesus".
"Nossa equipe se aproximou do túmulo com certa incredulidade, mas os indícios que encontramos são tão evidentes que nos obrigaram a revisar todas as nossas presunções anteriores", acrescentou o especialista, que acaba de publicar um livro com todas as conclusões de sua pesquisa, "The Jesus Discovery".     O professor reconhece que suas conclusões são "controversas" e que vão causar certo repúdio entre os "fundamentalistas religiosos", enquanto outros acadêmicos seguirão duvidando das evidências arqueológicas da cristandade.    
Anteriormente, essa mesma equipe de pesquisadores participou do documentário "O Túmulo Secreto de Jesus", produzido pelo cineasta James Cameron. Na obra, os arqueólogos encontraram dez caixões que asseguram pertencer a Jesus e sua família, incluindo Virgem Maria, Maria Madalena e um suposto filho de Jesus.    
Segundo o documentário, as ossadas encontradas supostamente apresentavam inscrições correspondentes às identidades de Jesus e sua família, o que acaba reforçando a versão apresentada no livro "O Código da Vinci", de Dan Brown, o mesmo que indica que Jesus foi casado com Maria Madalena e que ambos teriam tido um filho juntos.
Estadão.com

Derretimento de gelo no Ártico causa invernos com mais neve

O Hemisfério Norte viveu nos últimos dois invernos a segunda e a terceira maiores quedas de neve desde que se começou a registrar as ocorrências climáticas na região. Pesquisa realizada pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, sugere uma possível causa para o fenômeno: o derretimento do gelo na região do Oceano Ártico, maior nas últimas décadas.
Desde que o nível de gelo do mar Ártico atingiu um novo recorde de baixa em 2007, uma quantidade de neve acima do normal tem sido vista nos invernos de grande parte do norte dos Estados Unidos, noroeste e centro da Europa e norte e centro da China. Para estabelecer a relação, o estudo observou dados coletados entre 1979 e 2010.
A análise revelou dois fatores importantes que podem estar contribuindo para nevascas recentes: as mudanças na circulação atmosférica e as alterações na quantidade de vapor d’água na atmosfera. Os pesquisadores acreditam que o derretimento do gelo aumenta a quantidade de vapor d’água na região do Ártico, aumentando a umidade e interferindo nas correntes atmosféricas.
 Segundo os especialistas, essas mudanças no padrão das correntes teriam causado um movimento mais frequente de ar frio em direção ao sul, varrendo a neve para outras regiões. A pesquisa, publicado na edição desta semana da Proceedings of the National Academy of Sciences, contou ainda com o apoio da NASA e da National Science Foundation (NSF).
Veja.com

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Frase

Iluminação de LED no Cristo Redentor gerou economia

A iluminação feita por projetores de LED - diodo emissor de luz no Cristo Redentor, cartão-postal do Rio de Janeiro, economizou aproximadamente 403,2 kW/h em relação à tecnologia anterior, desde que foi instalada, no dia 1º de março do ano passado. Há quase um ano iluminando o monumento, a iluminação LED representou economia média de R$ 43 mil, considerando-se que a luz é ligada uma vez ao dia.
A diferença ocorre porque os LEDs têm baixo gasto energético. O novo equipamento de iluminação é composto por 288 projetores, cada um de 50 watts. De acordo com a Traxon Technologies, empresa responsável pela tecnologia, antes iluminavam o Cristo apenas 32 projetores, de 1500 watts cada um.
Os LEDs também têm a vantagem de durar, em média, 50 mil horas, o que seria gasto em cerca de 10 anos. Segundo a empresa, sua vida útil é 25 vezes maior do que tecnologias mais antigas, de cerca de duas mil horas de duração. A nova tecnologia ainda não emite calor em seus fachos de iluminação, portanto não mata insetos atraídos pela luz.
National Geographic.com

Banco Mundial cria associação para proteger oceanos

O Banco Mundial anunciou a criação da Associação Global para os Oceanos, que visa arrecadar US$ 1,5 bilhão, nos próximos cinco anos, para o combate à sobrepesca e à degradação do ambiente marinho.
O anúncio foi feito na última sexta-feira (24), durante a Cúpula dos Oceanos do Mundo, pelo atual presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Segundo ele, a Associação reunirá representantes de governos, ONGs, centros científicos e setor privado, que devem unir forças para alcançar o objetivo da organização.
A ideia é reunir conhecimento e dinheiro, nos próximos cinco anos, para concretizar todas as metas da Associação em, no máximo, uma década. Entre elas, está a duplicação das zonas marinhas protegidas em todo o mundo. Atualmente, apenas 2% da superfície dos oceanos está sob proteção.
A primeira reunião da Associação Global para os Oceanos já foi marcada pelo Banco Mundial para o mês de abril e acontecerá no Estado de Washington, nos EUA.
National Geographic.com

Estudo mostra que as nuvens estão cada vez mais perto da Terra

Se algum dia você reparar que o céu está especialmente opressor e carregado, como se fosse “cair”, não se desespere. Segundo um novo estudo científico, as nuvens estão se aproximando da Terra, o que pode sugerir um mecanismo natural de reação contra o aquecimento global.
A pesquisa realizada pela Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, analisou a variação da altura das nuvens na última década, a partir de imagens captadas por satélites da agência espacial americana, Nasa. A altura média global das nuvens diminuiu de 30 a 40 metros entre março de 2000 e fevereiro de 2010, o que equivale a 1% de sua altura tradicional.
Segundo o estudo, publicado recentemente na revista Geophysical Research Letters, a diferença é resultado de uma redução na formação de nuvens em altitudes elevadas. Os cientistas não sabem ao certo quais são as causas dessa baixa, mas especulam que a mudança seja uma reposta ao aquecimento do planeta.
De acordo com o pesquisador-chefe Roger Davies, uma redução na altura das nuvens ajudaria a reduzir a temperatura da superfície terrestre e retardar os efeitos potenciais do aquecimento global. No entanto, diz o cientista, mais estudos serão necessários para se chegar a uma conclusão, incluindo observações no comportamento das nuvens no longo prazo.
 É a primeira vez que conseguimos verificar a variação da altura das nuvens, mas ainda se trata de um registro curto para ser considerado definitivo e que fornece apenas um indício de que algo muito importante pode estar acontecendo", diz Davies. O satélite de pesquisa da Nasa vai continuar a coleta de dados na próxima década, o que ajudará a determinar se a redução das nuvens é uma tendência consistente.
De acordo com o pesquisador, se as nuvens voltarem à sua altura normal, será possível concluir que a diferença verificada não está retardando as mudanças climáticas. Do contrário, se as nuvens continuarem se aproximando da Terra, será a prova de que um mecanismo de resfriamento está em jogo.
Exame.com

Primeiros raios ascendentes são registrados no Brasil

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) capturou pela primeira vez imagens de raios ascendentes no Brasil. Em apenas vinte minutos, quatro raios desse tipo, que tiveram início a partir de uma das torres situadas sobre o Pico do Jaraguá, na cidade de São Paulo, foram registrados. Segundo os pesquisadores, as observações poderão contribuir para aperfeiçoar as normas de proteção contra raios no país.
"Esta é a primeira comprovação de ocorrência de raios deste tipo no Brasil", diz Marcelo Saba, pesquisador do Elat e responsável pelas observações. Outra coisa que chamou a atenção foi o alto número de raios para o pequeno intervalo de tempo. Para se ter uma ideia, no Empire State Building, que tem mais de 100 metros de altura, ocorrem em média 26 raios ascendentes por ano.
A enorme maioria dos raios (99%) é nuvem solo, ou seja, se originam nas nuvens e chegam ao chão. Apenas 1% é ascendente - partem de algum ponto na superfície. Em construções muito altas, essa proporção varia, e o número de raios ascendentes pode superar os raios nuvem solo.
Os raios ascendentes respondem a alterações ambientais produzidas pela atividade humana e se originam em locais muito altos, como torres de telecomunicação, ou para-raios de edifícios.
Os pesquisadores afirmam que estudos poderão estimar qual a frequência e quais as condições (como a altura das estruturas e os tipos de nuvens e tempestades) para que o fenômeno ocorra. A pesquisa também poderá aprimorar os sistemas de detecção de descargas atmosféricas que monitoram a incidência de raios no Brasil. Em alguns países, como o Japão, raios ascendentes têm trazido grandes prejuízos quando atingem turbinas de geração eólica.
Poucos países possuem imagens deste fenômeno, entre eles os EUA, o Canadá, o Japão e a Áustria. Ainda assim, há pouco conhecimento sobre a física e as características dos raios ascendentes, o que torna este registro ainda mais importante para as pesquisas.
Estadão.com 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A Era dos Homens imortais

O ano será 2045. Ele marcará o início de uma era em que a medicina poderá oferecer à humanidade a possibilidade de viver por um tempo jamais visto na história. Órgãos que não estejam funcionando poderão ser trocados por outros, melhores, criados especialmente para nós. Partes do coração, do pulmão e até o cérebro poderão ser substituídos. Minúsculos circuitos de computador serão implantados no corpo para controlar reações químicas que ocorrem no interior das células. Estaremos a poucos passos da imortalidade.

Esta é a previsão de um grupo muito especial de cientistas conhecidos por ocupar a vanguarda de pesquisas que permeiam temas como a ciência da computação, a biologia e a biotecnologia. Entre eles, estão George Church, professor da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, o gerontologista e biomédico especializado em antienvelhecimento Aubrey de Grey e o engenheiro Raymond Kurzweil, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), que profetizou o surgimento da internet. Eles são os líderes de uma espécie de nova filosofia, batizada de Singularidade.
Na astronomia, singularidade nomeia um lugar no espaço onde um corpo não envelhece. Na medicina, os arautos da imortalidade afirmam que ela nada mais é do que uma consequência real de uma revolução em curso que já faz disparar em velocidade sem precedentes a expectativa de vida humana. “Considerando a rapidez das inovações, uma pessoa nascida em 2050 terá 95% de chance de viver mil anos”, disse o inglês Aubrey de Grey.

Neste momento, o grupo está envolvido no crescimento da Universidade da Singularidade, já instalada no Vale do Silício, nos Estados Unidos, o mesmo que dá sede às principais empresas de inovação na área de informática. É na universidade, por exemplo, que trabalha o professor venezuelano José Luís Cordeiro. “Bactérias unicelulares que viviam há milhões de anos não envelheciam”, disse. “Nossas células germinativas também não envelhecem. Óvulos e espermatozoides vivem indefinidamente quando congelados”, afirma, apontando um dos fatores que levam a ele e a seus companheiros a acreditar no maior prolongamento da vida humana. No Brasil, os pesquisadores acompanham com olhos atentos os movimentos dos colegas internacionais. “A singularidade pode até não ter esse nome, mas o seu advento é certo”, acredita Marcos Formiga, coordenador do Núcleo de Estudos do Futuro da UniTanta certeza está sustentada nos avanços já obtidos e naqueles que certamente virão. Só para se ter uma ideia, a partir do que se tem hoje, acredita-se que uma criança que acaba de nascer tem grandes chances de ultrapassar os 130 anos. “Com base nos recursos que temos atualmente, ela poderá viver pelo menos até os 150 anos”, afirmou Steven Austad, diretor do Instituto Barshop, fundação para estudos de longevidade ligada à Universidade do Texas, nos Estados Unidos. “Isso é perfeitamente factível, basta analisar os recentes progressos.”

Um dos campos nos quais os avanços foram mais notáveis é o das células-tronco, estruturas versáteis capazes de gerar diferentes tecidos do organismo. Há exemplos bem-sucedidos pelo mundo afora. Na área da cardiologia, diversos experimentos têm demonstrado seu poder para regenerar partes do músculo cardíaco. Em um deles, feito na Universidade de Louisville (EUA) com 16 portadores de insuficiência cardíaca, todos tiveram parte do tecido do coração regenerado com células-tronco retiradas do próprio órgão. Em metade deles, o tecido continuava se regenerando um ano após a injeção das estruturas. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pesquisadores as utilizaram para restaurar a função motora em pessoas vítimas de acidente vascular cerebral. Dos 20 pacientes tratados, a maioria recuperou parte dos movimentos. Acredita-se que as células-tronco impeçam o avanço da lesão e até regenere o neurônio”, diz a neurobiologista Rosália Mendes Otero, que comanda o estudo.
A substituição de órgãos inteiros doentes por outros, sadios, é outra das razões apontadas pelos cientistas para justificar a crença em uma vida espetacularmente longa. Nos últimos anos, os avanços na medicina regenerativa – responsável por esse campo – impressionam. Tanto é que, segundo pesquisa realizada pela consultoria OThink, de São Paulo, 59% de cerca de mil entrevistados dizem acreditar que, em 2050, será possível produzir órgãos em laboratórios. De fato, já se conseguiu criar e implantar em seres humanos traqueia, bexiga, uretra e vasos sanguíneos. E há experiências de criação de mais órgãos, entre eles o coração e o fígado.

Um dos fatores mais importantes associados ao tempo de vida de um homem é sua genética. Seu DNA aponta qual será sua vida média e também pode trazer alterações que o predispõe a doenças. Por isso, boa parte dos esforços está concentrada em inventar recursos que interfiram no material genético de cada um. Um dos mais fantásticos é uma máquina que lê e muda a estrutura do DNA. O cientista George Church, de Harvard, por exemplo, criou um DNA artificial com um aparelho feito por ele, chamado Mage. O equipamento fabrica cerca de quatro milhões de genomas por dia. Com o invento, Church diz que é possível mudar a formados genética e os órgãos e tecidos que são constituídos a partir dela, promovendo a cura de enfermidades. “O DNA pode criar qualquer coisa biológica” disse.
Invenções como essa podem fazer com que a terapia gênica, cujo objetivo é corrigir defeitos genéticos, dê um salto e se firme como boa opção para estender a vida. Hoje, existem experimentos interessantes nessa área. Pesquisadores conseguiram, entre outras façanhas, mudar o gene de pacientes com hemofilia do tipo B, distúrbio genético caracterizado por sangramentos prolongados. O feito, realizado pela Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo, em parceria com a Universidade de Filadélfia, foi alcançado inserindo o gene certo – responsável por determinar a fabricação de fator coagulante do sangue – dentro das células de seis pacientes. Quatro não tiveram mais sangramento espontâneo. “Por causa do sucesso, em 2013 teremos mais brasileiros participando do estudo”, diz Margareth Castro Ozelo, coordenadora do trabalho.
Interferir no poder da genética passa também pela identificação de alterações que podem levar ao desenvolvimento de doenças. “Se uma pessoa fuma e tem predisposição genética para o câncer de pulmão, apresenta o dobro de chance de ter a enfermidade em comparação a um indivíduo que só fuma”, explica Renato Veras, coordenador da Universidade da Terceira Idade, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. “Por isso, para viver mais, é preciso conhecer as predisposições.” Para ajudar nessa tarefa, começam a proliferar testes que indicam vulnerabilidades, como a alguns tipos de câncer, e aptidões, como para o desempenho esportivo.

Mas, para que análises de predisposição genética possam ser feitas em larga escala e mapeiem mais doenças, cientistas alertam para a necessidade de se recolher o maior número de informações genéticas possível de uma população, a exemplo da Islândia, que mapeou o genoma de quase todos os seus habitantes. “No Brasil, ainda estamos começando esse processo”, diz Marcos Barcelos Pinho, coordenador de pesquisa e desenvolvimento do Progenética, laboratório especializado em diagnósticos moleculares, em São Paulo.
No mundo, a construção de bancos de dados de genoma é uma realidade mais próxima. “O importante neste momento é garimpar, associar genomas a diferentes perfis para que seja possível correlacioná-los”, afirmou Thomas Perls, da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. O pesquisador acabou de completar o estudo de dois supercentenários e descobriu que o segredo da longevidade desses idosos não era a ausência de genes ligados a doenças, mas outros, capazes de neutralizá-los. “Eles até ficavam doentes, mas se recuperavam”, explica Perls.
Explicação semelhante para a longevidade foi encontrada no Brasil, na mais antiga pesquisa desse tipo por aqui realizada. O estudo concentra-se na avaliação de 80 idosos de Veranópolis, cidade mais longeva do País, localizada a 150 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Desde 1994, pesquisadores investigam o peso, para a vida longa, de fatores que vão da influência da espiritualidade às informações genéticas. Eles também encontraram fatores protetores que neutralizam a ação de genes para determinadas doenças. “Há genes associados à mortalidade precoce, mas outros que os impedem de atuar”, diz o geriatra Emílio Moriguchi, um dos coordenadores do trabalho.

Evitar os possíveis danos que os alimentos podem causar ao DNA também é um ponto de apoio da ciência que busca a imortalidade. Segundo o principal representante da Singularidade, o engenheiro Raymond Kurzweil, uma dieta de restrição calórica, com apenas os nutrientes necessários para a vida, pode nos levar a viver muito mais. A hipótese é que uma dieta restritiva pode ativar “os genes da sobrevivência”, que ajudariam o organismo a utilizar a energia de maneira mais eficiente, além de estabilizar o DNA, que ficaria menos mutante. “Seguir um regime pobre em calorias e rico em vitaminas realmente prolonga a vida humana”, explica Lucyanna Kalluf, nutricionista e farmacêutica, criadora do Instituto de Nutrição Personalizada, em São Paulo. De fato, um estudo de restrição calórica feito no MIT mostrou que a estratégia foi capaz de elevar a expectativa de vida das cobaias em 30%.
Esses são apenas exemplos dos instrumentos disponíveis atualmente para fazer com que a raça humana ultrapasse limites da longevidade. O futuro também promete soluções interessantes. Na Suíça, o cientista Henry Markram, diretor do Instituto do Cérebro, da Escola Politécnica de Lausanne, tenta recriar as funções do cérebro de um mamífero. Até agora, conseguiu reproduzir o córtex de um rato e intenta fazer o mesmo com o humano. Ele estima que o seu cérebro humano estará pronto em 2024. No meio do caminho, no entanto, é possível que próteses neurais, capazes de estimular eletricamente neurônios, sejam um subproduto desse experimento. Os pesquisadores já identificaram o material ideal, nanotubos de carbono, excelente condutor, assim como as células nervosas.

Na França, cientistas da Universidade de Montpellier orquestraram resultado igualmente ousado: transformaram uma célula de um homem de 74 anos em célula-tronco embrionária. Ou seja, a deixaram em um estado no qual tornou-se novamente capaz de se transformar em qualquer tecido do corpo. Foi a primeira vez que se conseguiu “rejuvenescer” uma célula. No campo das drogas, há também boas promessas. Em uma pesquisa da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a rapamicina – usada para evitar a rejeição de órgãos após transplantes – possibilitou a cobaias viver 30% a mais do que o seu potencial genético permitiria. O próximo passo é testá-la com essa finalidade em humanos.
Na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, cientistas descobriram que a molécula CCL11 acelera o envelhecimento cerebral. Agora, buscam uma forma de impedir sua atuação. E em um trabalho premiado pela fundação dirigida pelo inglês Aubrey de Grey, o pesquisador polonês Andrzej Bartke usou hormônios para estender a vida de ratos por até 1.819 dias. A expectativa de vida desse animal é de 360 dias.
Tudo isso dá ainda mais fôlego a quem acredita que um dia o homem será imortal. “A ideia de viver para sempre pressupõe que nossas moléculas se renovem e, mesmo assim, continuemos com a sensação de sermos a mesma pessoa”, disse o pesquisador George Church. “E posso afirmar que somos capazes de mudar essas moléculas e continuarmos sendo quem somos.”
Isto É. com

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Frase

Movimento "Vá pra Feira" mostra como comprar nas ruas pode melhorar as cidades

Por que ir a uma feira de rua seria melhor do que fazer compras em um supermercado? O Movimento Vá Pra Feira foi criado em 2011 com o intuito de inspirar pessoas a passearam pelas barracas de uma feira de rua, mas faz mais do que isso: argumenta sobre os motivos que levam esse tipo de comércio a melhorar a relação entre pessoas e cidade (e até mesmo entre as pessoas e sua própria comida). É uma parte do que pode ser feito para evitar que elas diminuam em ritmo constante até que não existam mais.
“As feiras se apropriam dos espaços públicos, trazem uma movimentação atraente para as ruas e praças e são lugares onde além de comercialização de produtos em geral (desde comidas – hortifrutigranjeiros – até materiais domésticos, roupas e acessórios) acontecem trocas de cultura e afetividade”, diz o texto do projeto, que é produto de um trabalho de conclusão de graduação em Arquitetura e Urbanismo da Escola da Cidade, em São Paulo – e está disponível na íntegra na internet.
Segundo o trabalho, as feiras:
- Levam vida às ruas;
- As pessoas se falam mais, o contato social é mais rico;
- O preço é negociável;
- A estrutura é adaptável;
- Favorece a economia local, uma vez que valoriza pequenos produtores e comerciantes.

As feiras são uma forma de valorizar questões urbanas comuns em grandes cidades como São Paulo e, diante de tantos espaços públicos fechados (baseados especialmente no consumo, como os shoppings), proporcionam um olhar diferente para o lugar em que se vive. “As feiras são símbolo de ocupação das ruas e trazem vivacidade ao espaço público, atendem a uma demanda local e por isso são periódicas, desmontáveis e adaptáveis”.
“Há quem pense que as feiras são desnecessárias devido à grande oferta de supermercados pela cidade, e que por trazerem alguns transtornos na circulação de automóveis deveriam ser extintas. Porém, acabar com as feiras seria afirmar que os grandes centros comerciais são a melhor opção urbana de organização de comércio nas grandes metrópoles, negando a importância do uso do espaço público, dos pequenos comerciantes na cadeia de produção e das construções de uso variado e adaptáveis”, argumenta o trabalho.
Superinteressante.com

Garrafa com mensagem cruza o Atlântico

Parece até ficção: uma garrafa contendo uma mensagem viajou mais de 3200 km, saindo do Canadá e indo parar no Reino Unido. Quem encontrou o objeto foi Aidan Curtis, de 36 anos, que passeava na praia de Devon com seu cachorro.
        Ao chegar em casa, ele e sua esposa descobriram que a garrafa havia sido enviada por Mataia Warren, uma canadense de 11 anos, que passava suas férias em Newfoundland com seus avós. A mensagem, escrita no dia 27 de agosto de 2011, pedia para que quem encontrasse a garrafa entrasse em contato com ela.
        Quando Curtis ligou para Mataia, no dia 14 de fevereiro deste ano, a menina mal pôde acreditar. Na própria mensagem, Mataia conta que foi inspirada por um tio, que jogou uma mensagem engarrafada no mar e recebeu retorno – mas a carta dele havia chegado apenas a outro ponto da costa canadense, viajando poucos quilômetros.
Galileu.com

Cientistas explicam formação de "Cordilheira fantasma" na Antártida

As Gamburstsevs são do tamanho dos Alpes europeus e totalmente cobertas pelo gelo antártico.
Sua descoberta na década de 1950 foi uma grande surpresa. A maioria supunha que o continente fosse plano e sem grandes variações.
Mas dados de estudos recentes sugerem que a cadeia de montanhas formou-se há mais de um bilhão de anos, segundo o trabalho divulgado na publicação científica Nature.
As Gamburtsevs são importantes por serem o local onde sabemos hoje que o gelo iniciou sua expansão pela Antártida.
Estudos climáticos
A descoberta da história das montanhas ajudará portanto em estudos climáticos, auxiliando cientistas a descobrir não apenas mudanças passadas da Terra, mas também possíveis cenários futuros.
"Pesquisar estas montanhas foi um enorme desafio, mas fomos bem-sucedidos e produzimos um trabalho fascinante", disse Fausto Farraccioli, da British Antartic Survey (BAS), à BBC.
A equipe de cientistas de várias nacionalidades viajou algumas vezes durante os anos de 2008 e 2009 ao leste do continente gelado, mapeando o formato da montanha escondida usando um radar capaz de penetrar o gelo.
Outros instrumentos registraram os campos gravitacionais e magnéticos, enquanto sismômetros estudavam as profundezas da Terra.
A equipe AGAP acredita que estes dados podem agora construir uma narrativa consistente para explicar a criação das Gamburtsevs e sua existência através do tempo geológico.
Supercontinente
É uma história que começou pouco antes de um bilhão de anos atrás, muito antes de formas de vida complexas se formarem no planeta, quando os continentes estavam se atraindo para formar um supercontinente conhecido como Rodínia.
A colisão que aconteceu gerou as enormes montanhas.
No decorrer de centenas de milhões de anos, os picos sofreram gradualmente um processo de erosão. Apenas as "raízes", ou bases, das montanhas teriam sido preservadas.
Mas entre 250 e 100 milhões de anos atrás, quando os dinossauros habitavam o planeta, os continentes começaram a se separar em uma série de fissuras próximas à base gelada das montanhas.
Este movimento aqueceu e rejuvenesceu as "raízes", criando as condições necessárias para que a terra se elevasse mais uma vez, fazendo com que as montanhas fossem restabelecidas.
Seus picos cresceram ainda mais na medida em que vales profundos foram sendo cortados por rios e geleiras a seu redor.
E teriam sido as geleiras que escreveram os capítulos finais, há cerca de 35 milhões de anos, quando elas se expandiram e se fundiram para formarem o Manto Antártico Oriental, encobrindo a cadeia de montanhas neste processo.
Mistério solucionado
"Esta pesquisa realmente soluciona o mistério de por que você pode ter montanhas aparentemente jovens em meio a um velho continente", diz a pesquisadora principal do estudo, Robin Bell, da universidade de Columbia.
"As montanhas originais provavelmente foram erodidas, para retornar como uma fênix. Elas tiveram duas vidas", disse ela.
A ideia é agora conseguir financiamento para escavar as montanhas em busca de amostras de solo, que poderiam confirmar o modelo divulgado na Nature.
Os pesquisadores também buscam determinar o local mais adequado para fazer a escavação no gelo.
Ao examinar bolhas de ar presas na neve compactada, os pesquisadores podem determinar detalhes do passado, como condições ambientais, incluindo a temperatura e a concentração de gases na atmosfera, como dióxido de carbono.
Acredita-se que em algum local da região de Gamburtsev seja possível a coleta de amostras de gelo com mais de um milhão de anos. A amostra seria ao menos 200 mil anos mais antiga do que o gelo antártico já analisado por cientistas.
BBC.com

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Frase

Não crie expectativas em relação as pessoas que convivem
ao seu redor.
É melhor você ser surpreendido do que decepcionado".


O desmatamento em pequenas prestações

A imagem acima, feita por satélite da Nasa, mostra pequenas parcelas de desmatamento em uma antiga floresta de pinheiros no norte dos Estados Unidos. Os americanos não desmatam no ritmo agressivo dos brasileiros. Considerando o que eles cortam e o que cresce de novo, o saldo para as florestas dos EUA é neutra ou positiva. Mesmo assim, as madeireiras tiram nacos de florestas antigas, com árvores gigantes de até 40 metros de altura. Nesses lugares, vão administrando os pinheiros que nascem de novo, mantendo uma floresta mais nova.
A foto acima é um detalhe do estado de Washington, na imagem completa abaixo.


A substituição da floresta antiga, com árvores centenárias ou milenares, por uma mata mais jovem mantém a cobertura vegetal. Mas reduz o volume de carbono guardado na floresta. A diferença vai parar na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. Isso fora as consequências para o ecossistema local.
Época.com

Em 2050 o Japão terá um elevador espacial

Parece até coisa de ficção científica, mas a empresa japonesa Obayashi Corp. anunciou a construção de um elevador espacial, que deverá estar funcionando em 2050. A máquina conseguiria transportar 30 pessoas por vez, com uma velocidade de 200 km por hora para uma altura de 36mil km acima do nível do mar. Ou seja: cada viagem até o espaço irá durar sete dias. No topo, haverá uma estação para receber os passageiros.

A Obayashi pretende usar nanotubos de carbono, 20 vezes mais fortes do que aço, para sustentar o elevador. Apesar do projeto estar em andamento, até agora a empresa não sabe estimar os custos do empreendimento. Quem se habilita???
        A companhia japonesa não seria a única a desenvolver essa ideia. No ano passado, o New York Times lançou boatos de que o Google X (laboratório de inovações da gigante da internet) também estaria projetando um elevador espacial.
Galileu.com

Um novo Colosso de Mêmnon já está de pé no Egito

Pesa 250 toneladas e estava submerso na água a três metros de profundidade, mas isso não impediu que um novo colosso de Mêmnon já esteja de pé, como suas duas estátuas irmãs no templo de Amenófis III, no sul do Egito.
Uma equipe de arqueólogos dirigidos pelo espanhol Miguel Ángel López acaba de erguer o corpo desta imponente obra localizada na margem ocidental do Rio Nilo, próxima ao Vale dos Reis.
Em declarações à Agência Efe, López explicou que a estátua representa o faraó Amenófis III e foi derrubada por um terremoto há mais de 3.200 anos em um terreno muito instável, argiloso e coberto de água.
Não era fácil resgatar nesse cenário essa figura de quartzito de 15 metros de altura, e por isso o monumento foi levantado com o auxílio de colchões de ar comprimido.
"É como os que usam os bombeiros nos resgates quando um avião cai no mar ou um trem sai dos trilhos", exemplificou o especialista, narrando como foram introduzindo esses colchões pouco a pouco debaixo da estátua até desclocá-la cerca de 20 metros de seu lugar.
Uma vez localizado o lugar exato onde estava a base da estátua e colocado o suporte adequado, chegou o momento de recolocar o colosso, um trabalho do qual participaram 300 operários, que empregaram polias "ao mais puro estilo faraônico", segundo López.
"O mais complicado foi pôr a escultura no solo, já que estava totalmente gretada, e por isso foi um sucesso total que não tenha quebrado nada com tanta pressão", destacou este especialista em estruturas colossais.
O arqueólogo considerou que seus nove anos de trabalho neste projeto - iniciado em 1998 pela armênia Hourig Sourouzian - representaram um "grande desafio", que pensa em seguir alimentando com as novas peças que estão em processo de recuperação.
"Agora vou restaurar um pé que pesa 14 toneladas", declarou um entusiasmado López, detalhando que depois colocará outras partes da anatomia do colosso como os joelhos, o tronco e a cabeça.
O terceiro colosso de Mêmnon se encontra no segundo pilar dos três que integram o templo fúnebre de Amenófis III, chamado por seus construtores de "A casa de milhões de anos".
Na parte dianteira estão suas duas célebres estátuas irmãs, à vista dos turistas, embora falte recuperar outras três figuras de dimensões menores.
Construído durante a época de maior esplendor da civilização faraônica, este templo estava composto por três pátios, um peristilo, uma sala hipóstila e um santuário, com uma longitude total de 500 metros.
Amenófis III foi filho do rei Tutmés IV e pertenceu à XVIII dinastia, que governou o Egito de 1554 a 1304 antes de Cristo e localizou sua capital em Tebas, onde consolidou a supremacia egípcia na Babilônia e na Assíria.
O nome do colosso faz alusão, no entanto, a quem os gregos chamaram rei Mêmnon, um monarca da Etiópia que lutou na guerra de Tróia para defendê-la.
Conta a lenda que o colosso norte do primeiro pilar cantava e tinha poderes relacionados com o oráculo dos deuses, mas o arqueólogo espanhol já antecipou que a última estátua erguida não conta com esses mesmos "dons".
Segundo López, "o colosso que canta" tinha uma rachadura que fazia com que, com as mudanças bruscas de temperatura, os blocos de pedra chocassem-se entre eles e emitissem um chiado.
"Na estátua que levantamos não há essas fendas", comentou o arqueólogo, que se prepara agora para
a inauguração oficial do monumento no próximo dia 1º de março.
Estadão

"Pulsação" do planeta pode causar extinção periódica

Os fósseis marinhos mostram que a biodiversidade dos oceanos do planeta cai a cada 60 milhões de anos. É um ciclo que vem acontecendo a pelo menos 500 milhões de anos e sua razão era um grande mistério – até agora. Uma teoria formulada pelo físico e astrônomo Adrian Melott, da Universidade do Kansas, diz que essas extinções são causadas por uma “pulsação” na Terra, que acontece com a mesma periodicidade. Os pulsos elevariam os continentes, deixariam os mares mais rasos e matariam inúmeras espécies.
Sua conclusão veio de um estudo sobre a quantidade de estrôncio-87 encontrada em fósseis marinho. A substância é um dos 4 isótopos estáveis do estrôncio, embora menos comum que os outros – ele representa apenas 7% do total encontrado no planeta. No entanto, Adrian Melott descobriu que a concentração do estrôncio-87 em relação ao estrôncio-86 em fósseis marinhos sobe a cada 60 milhões de anos, coincidindo com os períodos de extinção nos oceanos.
O modo mais comum de se produzir o estrôncio-87 é pelo decaimento radioativo de outra substância química: o rubídio, material comum em rochas da crosta continental. A conclusão do cientista foi que algo deveria acontecer com essas rochas a cada 60 milhões de anos, para liberar a substância nos mares.
Foi a partir daqui que o Melott desenvolveu sua tese: os continentes deveriam estar passando por uma espécie de elevação, uma vez que esse tipo de rocha fica mais ao fundo das camadas de terra. Na nova altura, elas poderiam sofrer erosão e se misturar com a água. O cientista encarou a elevação periódica dos continentes como evidência de uma “pulsação” do planeta, possivelmente causada por movimentações no núcleo da Terra. O estudo que apresenta a conclusão será publicado em Março na revista Journal of Geology.
Galileu.com

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Frase

Floresta de 300 milhões de anos é descoberta

Em Wuda, no norte da China, uma floresta de mais de 300 milhões de anos, com 900 metros quadrados foi descoberta sob uma mina de carvão. A estrutura do local foi preservada por cinzas após uma erupção vulcânica e, agora, os cientistas a definem como uma “imagem fossilizada de plantas antigas”.
Até o momento, foram encontrados seis grupos diferentes de plantas, desde pequenos arbustos até árvores com mais de 24 metros de altura. E isso porque os cientistas ainda não puderam examinar a floresta inteira, por causa das atividades de extração de carvão no local.
        De acordo com os pesquisadores, a descoberta mais interessante foi um grupo de árvores extintas com esporos, chamadas Noeggerathiales. Restos deste tipo de planta foram encontrados anteriormente na Europa e na América do Norte, mas com esses novos dados, pode se provar que elas eram comuns na Ásia.
Galileu.com

Suiça ganha teleférico movido a energia solar

A estação de esqui Tenna, na Suíça, construiu um teleférico movido a energia solar. Ela foi uma das primeiras do mundo a investir nesse tipo de projeto.
O teleférico, que começou a operar há dois meses, é capaz de levar os visitantes ao topo da montanha. Ele foi equipado com painéis solares fotovoltaicos, ou seja, capazes de converter a luz do Sol em energia elétrica. Portanto, funciona como uma pequena usina solar.
A estrutura foi adaptada a partir da necessidade de reformar um antigo teleférico. Como ele precisava ser restaurado, as autoridades locais resolveram investir em algo sustentável, já que a estação tinha painéis instalados nos telhados dos estábulos.
Para superar a falta de espaço na instalação dos novos painéis, foi criada uma ponte suspensa. Então, ela pode ser equipada com painéis solares. A estrutura acima do teleférico possui cerca de 500 metros de comprimento. As placas acompanham o Sol a fim de garantir aproveitamento total da energia.
Nos dias mais ensolarados, o teleférico consegue produzir o dobro da energia necessária para o seu consumo. Em alta temporada ele carrega 800 esquiadores por hora.
Os custos da obra foram de aproximadamente 1,5 milhões de dólares. Apesar de caro, os benefícios podem ser grandes em longo prazo, já que a tecnologia permite a produção de 90 mil quilowatts-hora por ano.
Exame.com

Neutrinos podem ter viajado ainda mais rápido que a luz

Cientistas vão realizar novos testes em maio para verificar dois possíveis erros no experimento que descreveu neutrinos viajando mais rápido do que a luz. A correção de um deles pode significar que os neutrinos viajam ainda mais rápido que a velocidade previamente anunciada em 2011. A correção do segundo vai na direção oposta: significa que a partícula viaja a velocidades menores. A informação foi divulgada pelo CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), em Genebra, Suíça.
De acordo com o comunicado, a equipe do OPERA identificou dois efeitos que possivelmente influenciaram a medição do tempo de viagem dos neutrinos entre os laboratórios do CERN, na Suíça, até as instalações do experimento OPERA, em Gran Sasso, na Itália. Se confirmados, um dos efeitos aumentaria o tempo de viagem dos neutrinos e o outro o diminuiria.

O primeiro efeito está relacionado ao oscilador usado para registrar os horários de sincronização do GPS. De acordo com o CERN, este efeito pode ter gravado uma viagem com um tempo maior do que se esperava. Corrigi-lo faria com que o tempo total de viagem dos neutrinos seja menor, como se eles tivessem sido ainda mais rápidos que a luz.
 O segundo efeito tem a ver com o cabo de fibra ótica que traz o sinal externo do GPS para o relógio mestre do OPERA. Este cabo pode não ter funcionado corretamente durante o experimento. Se isso tiver acontecido, "é possível que o tempo de viagem dos neutrinos tenha sido subestimado", diz o comunicado. Isso quer dizer que se o erro for corrigido, os cálculos mostrariam um tempo maior de viagem dos neutrinos entre a Suíça e a Itália.
A revista americana Science já havia adiantado que o experimento teria produzido resultados equivocados por causa de um "mau contato" no cabo de fibra ótica do OPERA. O CERN agendou para maio o teste para verificar as duas hipóteses.
Segundo o físico Rogério Rosenfeld, professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e pesquisador no CERN, "os dois possíveis erros detectados vão em direções opostas. No entanto, ainda não sabemos a grandeza de cada um deles." Por enquanto, a velocidade real do neutrino permanece indefinida.
Veja.com

Gelo derretido nos últimos 7 anos poderia cobrir o Brasil com meio metro de água

Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA, fizeram o primeiro grande levantamento do derretimento de gelo no mundo. Eles calcularam a variação do gelo sobre terra firme, aquele que provoca elevação do nível do mar, entre 2003 e 2010. Usaram dados de satélite fornecidos pela Nasa, agência espacial americana.
O saldo final do derretimento na Groenlândia, na Antártica, nas geleiras e nos picos gelados do mundo foi de 4,3 trilhões de toneladas de gelo. Isso acrescentou 12 milímetros ao nível do mar no mundo. Essa água poderia cobrir com mais de meio metro toda a superfície do Brasil.
A perda de gelo não é homogênea, como mostra o mapa acima. As áreas em azul indicam onde houve perda de gelo. O azul mais escuro mostra onde a média chegou a 4 centímetros por ano. As áreas em vermelho mostram ganho de gelo, até 4 centímetros por ano também. Algumas áreas como os fiordes da Noruega e o Himalaia andaram acumulando mais gelo. Em compensação, as perdas foram bem maiores no norte do Canadá, no Alasca e na Patagônia.
O levantamento será publicado na revista científica Nature.
Época .com

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Frase

"O pensamento positivo pode vir naturalmente para alguns,
mas também pode ser aprendido e cultivado, mude seus
pensamentos e você mudará o seu mundo". (Norman Peale)



PARABÉNS UNIDOS DA TIJUCA - Campeã 2012!!!



Indígenas comemoram o Ano Novo Maia

Comunidades indígenas da Guatemala, descendentes da milenar cultura maia, comemoraram nesta quarta-feira com cerimônias espirituais em diversos centros sagrados do país o início do Ano Novo 1528, Oxlajuj No'j, estabelecido no calendário solar da civilização pré-colombiana.
A principal celebração, que teve a participação do presidente Otto Pérez Molina, foi realizada no centro arqueológico e cerimonial de Iximché, situado a 100 quilômetros da Cidade da Guatemala (capital do país), com uma cerimônia especial ministrada por sacerdotes, anciãos e guias espirituais das diferentes etnias indígenas.
Durante esse ato, o líder destacou como a principal riqueza dos guatemaltecos o multiculturalismo do país, 'berço da cultura maia' que, segundo ele, deixou um legado de ciências e exatidão à humanidade.
Pérez, que esteve acompanhado de seu vice-presidente, Roxana Baldetti, assim como de diplomatas e representantes da comunidade internacional, anunciou que nos dias 21 de cada mês, até chegar ao 21 de dezembro, quando concluirá o 'quinto sol' - o período da Contagem Longa do calendário maia - serão realizadas atividades similares nos diversos centros cerimoniais indígenas.
Para isso, disse o líder, uma comissão presidencial coordenada por Baldetti, e integrada por diferentes instituições do Estado, se encarregará dos preparativos para a celebração do início da 'nova era' anunciada pelos maias séculos atrás.
Segundo a tradição astronômica maia, o dia 21 de dezembro de 2012, quando termina o período de Contagem Longa estabelecido no calendário solar maia, termina o 'quinto sol' e dá início a uma nova era para a humanidade.
As evidências científicas encontradas em códices maias indicam que o 'quinto sol' do calendário de Contagem Longa começou no dia 13 de agosto do ano 3114 antes de Cristo e concluirá em 21 de dezembro de 2012, com a celebração do 13 Baktun.
Exame.com

OSCAR 2012

E o Oscar vem aí! Dia 26/02 o Prêmio máximo da indústria do cinema, o Oscar, será entregue aos respectivos ganhadores, em diversas categorias.
Nunca o Oscar esteve tão francês e reverente ao cinema ao mesmo tempo. Os dois filmes mais indicados de 2012 atestam isso. Com 11 indicações, A Invenção de Hugo Cabret, de Martin Scorsese, é um filme norte-americano passado na França que lembra o início do cinema com os irmãos Lumière. Já O Artista, que concorre a 10 prêmios, é um longa francês que presta homenagem ao cinema mudo.
Ambos são fortes concorrentes, mas se valerem os prêmios predecessores até aqui, O Artista leva vantagem. Jean Dujardin, o protagonista, também é um dos favoritos a melhor ator do ano, ao lado de George Clooney, por Os Descendentes. Dirigido por Alexander Payne, que é um dos fortes concorrentes a melhor diretor, o longa é a aposta "alternativa" a melhor produção do ano.
Meryl Streep manteve o recorde dela mesma e recebeu sua 17ª indicação por A Dama de Ferro. Há muito tempo que ela não chega tão perto de faturar seu terceiro Oscar. Viola Davis pode ser sua pedra no sapato, indicada por Histórias Cruzadas.
O Brasil voltou a ser indicado, desta vez na categoria de canção original. Sérgio Mendes e Carlinhos Brown disputam com a faixa Real in Rio o prêmio de música do ano  pela animação Rio.
Estadão.com

Volume de lixo do Carnval de rua do Rio, diminuiu 59%, neste ano

 O lixo recolhido no primeiro dia oficial de Carnaval de rua na cidade do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (17), alcançou 11,2 toneladas. O resultado é 59% inferior ao lixo recolhido no mesmo dia do ano passado (19 toneladas), de acordo com informação divulgada pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).
Os maiores volumes de resíduos deixados pelos foliões foram retirados pelos garis em Copacabana (4,6 toneladas). Leblon e Ipanema juntos recolheram 3,1 toneladas e a Avenida Rio Branco, no centro da cidade (1,8 tonelada).
Segundo informou a assessoria da Comlurb, embora o número de foliões nos blocos de rua mostre elevação este ano, a quantidade de lixo coletadoper capita, isto é, por pessoa, tem sido menor até agora. A Comlurb reitera aos foliões que “não deixem seu lixo sambando por aí”.
Na Marquês de Sapucaí, na área localizada em seu entorno e no Terreirão do Samba, os resíduos alcançaram 36 toneladas. No carnaval do ano passado, no mesmo dia, foram coletadas 43 toneladas de lixo.
No Sambódromo, durante o desfile das escolas mirins, na sexta-feira (17), a Comlurb recolheu 22 toneladas de lixo, na área interna, e 11,6 toneladas na área externa. No Terreirão do Samba, vizinho ao Sambódromo, foram removidas 2,4 toneladas de resíduos.
Estamos ficando educados e mais conscientes??? Tomara que sim...
National Geographic

Plantas podem ter um único ancestral

Um novo estudo tenta solucionar uma dúvida de décadas na ciência evolutiva: as plantas tiveram ou não um único ancestral?
Formada por cientistas de vários países, uma equipe de pesquisadores chegou a conclusão que sim, houve o adão dos vegetais. De acordo com eles, a planta ancestral se formou da junção simbiótica de um plastídeo e uma cianobactéria.
Uma das principais substâncias encontradas no DNA das plantas e algas, os plastídeos são cloroplastos que produzem a cor verde nos vegetais, pois contém pigmentos de clorofila, responsável pela fotossíntese das plantas.
Através de análises dessa substância, presente até em algas microscópicas, os pesquisadores da Universidade de Rutgers, em Nova Jersey, nos Estados Unidos, foram seguindo os rastros evolutivos e chegaram a Cyanophora paradoxa, como sendo se não a mais antiga, uma das mais.
Resquícios de cianobactérias primitivas ainda estão presentes em sua composição. A análise genética sugere a incorporação da cianobactéria deve ter ocorrido apenas uma vez que exigiu uma cooperação entre a célula hospedeira, sendo uma delas responsável por absorver a luz e a outra por realizar uma forma rudimentar de fotossíntese.
Essa junção pode ter gerado esta nova organela que deu origem a todas as plantas há mais de 1 bilhão de anos. O estudo foi publicado na revista Science.
National Geographic

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Adaptação ao fim do horário de verão deve começar com antecedência

O horário de verão acaba no dia 26 de fevereiro, mas quem tem mais dificuldade em se adaptar à mudança deve começar a preparar o organismo com antecedência, antecipando o horário de dormir cerca de dez minutos a cada dia. A orientação é do coordenador do serviço de neurologia do Hospital Anchieta, Ricardo de Campos. “Ao invés de esperar o dia da virada do horário, o interessante é que a cada dia fosse dormindo dez minutos mais cedo, até estar dormindo uma hora mais cedo, e o corpo não vai padecer”.
O médico explica que as mudanças sentidas pelo organismo com o início ou o fim do horário de verão são por causa de hormônios como o cortisol e a melatonina, que regem o nosso relógio biológico e são secretados de acordo com o tempo de exposição ao sol e à escuridão. “Dessa forma, todo o metabolismo do organismo passa a se pautar de acordo com as taxas de secreção desses hormônios. Quando uma hora do dia é suprimida ou acrescentada, passa a ter alterações nesse metabolismo”.
Os efeitos dessas mudanças, segundo Campos, vão desde alterações no sono, que podem causar irritabilidade, estresse e baixa produtividade, até o aumento da instabilidade vascular. Além dos idosos, as mulheres sentem bastante as mudanças de horário, pois têm diversas oscilações no organismo relacionadas à produção de hormônios. “Mudanças abruptas no nosso relógio biológico trazem malefícios incontestáveis em relação à saúde”, diz o especialista.
O governo federal ainda não tem um balanço da economia de energia proporcionada pelo horário de verão neste ano, mas a expectativa é que a mudança gere uma redução entre 4,5% e 5% na demanda de energia do horário de pico, nas regiões onde o sistema foi adotado (Sul, Sudeste, Centro-Oeste e na Bahia). A redução total de consumo para o país deve ficar em torno de 0,5%, com uma economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o país durante o período.
O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, explica que o principal ganho para a sociedade com a adoção do horário de verão é o aumento da segurança e da qualidade do suprimento de energia. Além disso, com a redução da demanda, não é preciso fazer novos investimentos em usinas hidrelétricas ou acionar energia de usinas termelétricas para complementar o fornecimento de energia.
Segundo ele, a redução do consumo de energia, proporcionada pelo aumento da luminosidade natural, não chega a ser sentida na conta de luz dos consumidores. "O consumidor senntiria se tivesse que fazer investimentos, aí apareceria um acréscimo na conta de luz”, disse Grüdtner.
De acordo com o secretário, existem pesquisas que mostram a aprovação da população ao horário de verão, e a extinção da mudança não está nos planos do governo. “Pode até ser avaliado no futuro, mas em princípio sempre é um ganho. Se a sociedade inteira ganha com a aplicação do horário de verão, por que vou deixar de utilizar?”
Neste ano, o horário de verão começou no dia 16 de outubro, e terá uma semana a mais, porque a data estabelecida para o fim do horário diferenciado, que é o terceiro domingo de fevereiro, em 2012 coincidiu com o feriado do carnaval.