domingo, 13 de novembro de 2011

Cientistas chineses querem estudar Marte de maneira independente

A comunidade científica chinesa se mostrou disposta a estudar Marte de maneira independente após a decepção causada pelo fracasso do lançamento da sonda interplanetária russa Phobos-Grunt, na qual a China colaborava com o minisatélite Yinghuo-1.
Esta ideia, segundo informou neste sábado o jornal oficial China Daily, retoma o projeto criado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia chinês em 2007 para conseguir a tecnologia necessária para uma missão no Planeta Vermelho.
De acordo com Jiao Weixin, cientista da Universidade de Pequim, o fracasso da missão russa "foi uma autêntica decepção", mas este fato "pode acelerar os esforços do país para desenvolver sua capacidade de pesquisa independente".
Para conseguir seu objetivo, a China deverá desenvolver um sistema efetivo de controle remoto assim como fabricar foguetes mais potentes que possam cobrir a distância entre a Terra e Marte, entre 55 milhões e 350 milhões de quilômetros, de acordo com suas órbitas.
O fracasso da sonda russa levou a comunidade científica chinesa a pedir ao Executivo que agilize os processos de aceitação dos projetos apresentados já que, segundo o plano atual, a tecnologia necessária demorará ainda cinco anos para ser desenvolvida.
O interesse dos cientistas de todo o mundo por Marte não é novo e já em 1971 a União Soviética posou um aparelho, o Mars-3, no solo deste planeta.
Na atual corrida pela "conquista" de Marte, além de Rússia e Estados Unidos, a China aparece com força após desenvolver sua indústria e tecnologia espacial de maneira notável nos últimos anos.

RÚSSIA: Sem contato...
Especialistas no setor espacial consideram mínimas as chances da sonda interplanetária Fobos-Grunt, lançada de uma base do Cazaquistão, ser recuperada, e por isso ela provavelmente cairá sobre a Terra.O programa espacial russo não conseguiu estabelecer contato com a espaçonave. Em suas estações nas Ilhas Canárias, Austrália e na Guiana Francesa, a Agência Espacial Europeia (ESA) também não conseguiu respostas da sonda, que permanece perdida.
De acordo com especialistas russos, o aparelho pode cair sobre a Terra a partir de 3 de dezembro, data do fim da operação de salvamento da Fobos-Grunt, que deveria chegar à órbita marciana no final de 2012. A Sonda poderia cair, segundo os analistas, sobre os territórios dos Estados Unidos, China, África, Austrália, sul da Europa ou Japão.
A missão da sonda demoraria 34 meses. No final dela, a espaçonave retornaria à Terra com uma amostra de 200 gramas do solo de Marte. O projeto custou US$ 170 milhões e tinha como objetivo estudar a matéria inicial do sistema solar e explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua de Marte, e de outros satélites naturais do sistema solar.
Fonte: Estadão.com

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