sábado, 1 de outubro de 2011

Físicos brasileiros tentam explicar as variações nos recortes litorâneos

A erosão marítima é uma preocupação cada vez maior para os habitantes das cidades do litoral mundial. O avanço do mar sobre o continente causa transtornos nos trechos urbanos e tem efeitos imprevisíveis na paisagem beira-mar. Até então, não havia um modelo capaz de simular em computador uma variedade considerável de contornos possíveis que podem ser assumidos pelas linhas costeiras.
Mas uma parceria entre físicos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH) parece ter dado um primeiro passo para que essa lacuna seja preenchida. Embora admitam que se trate de um enfoque simplificado, os autores do estudo acreditam que o modelo que estão desenvolvendo vai auxiliar no monitoramento da erosão marítima.
O modelo explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, que são estruturas geométricas complexas, tomadas por reentrâncias. O termo surgiu na matemática em 1975, quando o francês Bernoit Mandelbrot destacou a incapacidade da geometria convencional em retratar as formas da natureza.
De acordo com o novo modelo, os litorais assumem formas fractais quando a força do mar é equilibrada ou superior à dureza das rochas. Os próximos passos serão identificar essas diferentes geometrias costeiras em imagens reais de satélite e, com o auxílio de geólogos do Instituto de Ciências do Mar (UFC), verificar se a dinâmica da erosão ocorre como previsto pelo modelo.
Dessa forma, caso algum processo acelerado de erosão seja detectado, medidas de proteção poderão ser tomadas em tempo. 
Fonte: National Geographic.com

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