sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Oásis dos animais em risco de extinção

A Coreia do Sul apresentou um pedido à Unesco para transformar uma parte da Zona Desmilitarizada (DMZ) entre a Coreia do Sul e a do Norte em “Reserva da Biosfera”, um sítio de conservação reconhecido internacionalmente pelo foco no desenvolvimento sustentável. Neste momento, existem 580 “Reservas da Biosfera”da Unesco em 114 países.
A DMZ se estende por 250 km de costa a costa e mede cerca de 4 km de largura, dois quilômetros em cada lado da fronteira entre os dois países. A aplicação da Unesco visa proteger os 425 km2 da DMZ mais próxima à Coreia do Sul, bem como um adicional de 2.554 km2 de território sul-coreano.
Embora a área esteja repleta de minas terrestres, tornou-se um refúgio para muitas espécies raras. Segundo um comunicado do Ministério do Meio Ambiente da República da Coreia, 2.716 espécies vivem dentro da DMZ, muitas delas ameaçadas de extinção. Uma pesquisa divulgada no início de 2010 revelou que muitas espécies encontradas na DMZ então quase extintas em outras partes da Coreia do Sul, e entre essas espécies está o leopardo-asiatico (Prionailurus bengalensis euptilura), o Grus japonensis e o veado Moschus moschiferus. Alguns cientistas suspeitam que até pode haver alguns tigres-siberianos (Panthera tigris altaica) na DMZ, mas nenhuma evidência conclusiva jamais foi encontrada.
Transformar o DMZ em uma área protegida para a vida selvagem não é uma ideia nova. Foi proposta pela primeira vez na década de 1990, quando cientistas manifestaram receio de que qualquer eventual reunificação das Coreias pudesse levar a problemas para os animais na zona, que não conhecera a interferência humana durante décadas. Em 2005, o magnata da mídia Ted Turner propôs transformar a DMZ em um "parque da paz" e em Sítio do Patrimônio Mundial das Nações Unidas.
Fonte: Scientific American.com

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