sábado, 30 de julho de 2011

Frase

        "Sábio é o homem que tem a coragem de ir
         diante do espelho da alma para reconhecer
                  seus erros e fracassos". (...)


Número de predadores cai e impacta ecossistemas

As populações de espécies no topo da cadeia alimentar estão diminuindo, e muito mais do que era estimado. Segundo um estudo publicado na revista Science, este declínio pode representar um dos maiores impactos da atuação humana sobre a natureza, já que provoca mudanças negativas em vários ecossistemas do planeta.
"Há enormes implicações para todos os aspectos da ecologia, de diversidade das espécies aos efeitos sobre o ar, a água e o solo, além do surgimento de doenças humanas e da prevalência de incêndios florestais", afirma o biólogo Tom Schoener, da Universidade da Califórnia, um dos autores da pesquisa.
O declínio no número das populações foi mais observado entre os grandes predadores, como lobos, e leões, na terra, baleias assassinas e tubarões nos oceanos, e grandes peixes nos ecossistemas de água doce. Porém diminuições dramáticas também ocorreram em populações de grandes herbívoros, como elefantes e búfalos.
Este efeito é chamado pelos cientistas de catastrófica, em que uma perda no topo da cadeia alimentar causa grandes impactos sobre outras espécies, tanto de animais como de plantas, de níveis tróficos inferiores.
Um dos exemplos citados pela pesquisa foi a diminuição de lobos no Parque Nacional Yellowstone, nos EUA. O fato alterou a população de alces, além da de algumas árvores e gramíneas, o que resultou na queda de alimento dos castores, diminuindo também a população destes. Quando os lobos foram recolocados no parque, o ecossistema se recuperou.
A partir deste e de outros exemplos, o estudo busca provar que os grandes predadores exercem ampla influência sobre as espécies que estão abaixo na cadeia alimentar, ao contrário do que a ecologia costumava pregar.

Guia da arte e da cultura no Brasil

Quantos museus existem no Brasil? Por mais simples que seja essa pergunta, até 2006 o Ministério da Cultura não tinha um levantamento completo. Nessa época foi iniciado o Cadastro Nacional de Museus, para identificar e relacionar todas as instituições em atividade no país. O primeiro fruto desse mapeamento saiu agora, com o Guia dos museus brasileiros, disponível para consulta e download no site do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ligado ao Minc.
A publicação relaciona mais de 3.100 museus, sendo 23 virtuais. Traz informações sobre o acervo, a estrutura do museu, endereço, horário de funcionamento e ano de criação, divididos por região, estado e município.
A região Sudeste é a que conta com mais museus, 1.150, e a Norte, menos: 273. O mapeamento relaciona também os museus extintos, como a Casa do Seringueiro, no Acre, e os que foram incorporados a outras instituições, como o Museu do Açúcar, de Pernambuco, que hoje faz parte do Museu do Homem do Nordeste.
O levantamento, o mais completo já publicado no país, foi editado também em versão impressa, com 600 páginas.
Nas imagens - Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Margs - Porto Alegre e Museu de Arte Sacra de Cabo Frio, no Rio de Janeiro,  instituições incluídas na nova publicação do Ibram.

Bósnia lança museu em memória ao cerco de Sarajevo


Após a captura (em 26 de maio), do general - Ratko Mladic - foragido desde 1995, ex-chefe militar sérvio acusado de genocídio durante o cerco à cidade de Sarajevo, na Guerra da Bósnia (1992-1995), o governo bósnio anunciou o lançamento de um museu para lembrar os 20 anos do início do sítio.
O museu se chamará Casa da Sobrevivência e será dedicado a preservar a memória do mais longo cerco registrado na Europa depois da Segunda Guerra Mundial. Durante 44 meses, os 350 mil habitantes da capital bósnia tiveram de viver sem acesso a comida, água, energia elétrica e aquecimento. O sítio deixou cerca de 10 mil civis mortos, sendo 1.500 crianças.
O idealizador e diretor do museu, Dino Mustafic, declarou que a instituição vai funcionar como o testemunho da milagrosa resistência da população. O acervo será constituído por objetos e por 1.400 depoimentos de habitantes da cidade sitiada.
O museu ficará no centro de Sarajevo e a inauguração está prevista para maio de 2012, quando se completam 20 anos do início do cerco. Até o fim deste ano a instituição deve ganhar uma versão virtual na internet.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Me encante...

                  "Me encante...
   Me encare com seus olhos, me olhe profundo,
                  mas por um segundo.
  Depois desvie o seu olhar, como se o meu olhar
     não tivesse conseguido te encantar. E então,
  volte a me fitar tão profundamente, que eu fique
                perdido sem saber o que falar".
                                            (Pablo Neruda)



A Terra está ficando mais "gorda"

Uma nova análise da Terra revelou que nosso planeta está perdendo a "cinturinha". O aumento das medidas terrestres na região equatorial é causado principalmente pelo derretimento do gelo na Groenlândia e na Antárdida, de acordo com cientistas da Universidade do Colorado, nos EUA. As duas regiões polares perdem juntas ao ano 382 bilhões de toneladas de gelo, que, derretido, segue em direção às áreas equatoriais e modifica a distribuição de massa na Terra, aumentando o "pneuzinho" do planeta. A conclusão dos pesquisadores americanos coloca fim a um mistério que já durava duas décadas.
Há muitos anos, os cientistas perceberam que o formato da Terra, achatado nos polos, vinha sofrendo alterações, tornando-se mais arredondado. A forma achatada se deve ao fato de que, há cerca de 22.000 anos, vários quilômetros de gelo cobriam boa parte do hemisfério norte, pressionando a superfície para baixo. Com o derretimento do gelo ao longo dos séculos, a pressão sobre a superfície diminuiu e o solo voltou a se expandir nos polos, fazendo com que o planeta ficasse mais esférico.
A partir da década de 1990, contudo, os cientistas voltaram a observar novo achatamento. Para investigar o fenômeno, passaram a observar dados de dois satélites que medem a gravidade da Terra para monitorar mudanças na quantidade de gelo da superfície e também imagens do planeta feitas a cada 30 dias.
Com dados e fotos em mãos, os especialistas puderam comparar as mudanças no campo gravitacional frente às alterações na massa de gelo ao redor do globo. Com o derretimento do gelo polar, e a consequente migração de água em grandes volumes, houve uma redistribuição de massa pelo planeta, que, por sua vez, provocou alteração no campo gravitacional da Terra.
Os dados permitiram, então, encontrar as duas principais regiões que estão alterando a forma do planeta: Groenlândia e Antártida. A quantidade colossal de gelo derretido a partir dessas áreas, que migra para o Equador, está fazendo com que o "pneuzinho" da Terra aumente 71 centímetros por década.
Contudo, os especialistas garantem que, com o tempo, a massa do planeta vai se readequar. "Demora um tempo até que tudo se acomode", conforme publicado no periódico Geophysical Research Letters, em entrevista com Steve Nerem, engenheiro espacial da Universidade do Colorado.
Atualmente, a distância até o centro da Terra (o raio terrestre) a partir do Equador é 21 quilômetros maior do que nos polos. Isso significa que o ponto na superfície do planeta mais distante do centro não é o topo do Everest, a montanha mais alta do mundo, localizada no Himalaia, mas o pico de um vulcão equatoriano.
Fonte: Veja.com  

Mosaico com deus grego Apolo é encontrado na Itália

Um mosaico contendo a imagem do deus grego Apolo, acompanhado por musas, foi encontrado em um sítio arqueológico no centro de Roma, Itália.
O Departamento de Relações Culturais divulgou a foto da peça nesta sexta-feira.
A descoberta surgiu durante um trabalho de restauração de uma antiga vila romana localizada na área conhecida como Casa Dourada, construída por ordem do Imperador Nero.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Engolir sapos...

Por que toleramos ou ficamos calados diante de algo ou alguma coisa que nos desagrada?
"Posso ter sido qualquer coisa, menos blasfemador" -, o teólogo e filósofo italiano Giordano Bruno teria pronunciado essas palavras no dia de sua execução, 17 de fevereiro de 1600, em Roma. Ele se recusou a negar suas opiniões religiosas e a teoria do astrônomo alemão Johannes Kepler de que a Terra girava em torno do Sol. Por isso foi condenado, preso e ainda queimado vivo.
Dezesseis anos mais tarde, foi a vez de o astrônomo Galileu Galilei ser perseguido pela igreja Católica. Depois de construir um telescópio para observar o céu, Galileu confirmou a teoria heliocêntrica e foi parar diante do tribunal do Santo Ofício. Para escapar das acusações de heresias e da fogueira da Inquisição, negou suas descobertas. Apesar de muito longe na História, o dilema enfrentado por Giordano Bruno e Galileu se mantém atual.
Mesmo sem correr o risco de acabar na fogueira, continuamos a enfrentar a questão: defender nossas posições com unhas e dentes, sem temer as consequências, ou... engolir sapo (que significa tolerar coisas ou situações desagradáveis sem responder, por capacidade ou conveniência), segundo o professor Ari Riboli - autor do livro O Bode Expiatório.
Pois, quem vive engolindo sapos sofre muito: tem dificuldade de dizer não, fica calado ou concorda com o outro em situações polêmicas só para evitar conflitos, ignora os próprios desejos para não magoar. Depois vem aquela sensação de impotência e frustração por não conseguir expressar os sentimentos. E lá ficamos nós, nos sentindo incompreendidos e manipulados, remoendo uma mistura de raiva e culpa enquanto pensamos no que deveríamos ter dito naquele momento que já passou. Como consequência, nossa autoestima e confiança despencam no mesmo ritmo com que perdemos o respeito dos outros, que passam a não nos levar mais em conta.
Muitas vezes o engolidor de sapos se esconde atrás da figura de bonzinho, aquele sujeito sempre preocupado em agradar - para ser aceito e querido (o perfeito "puxa-saco").
Na verdade, as atitudes do bonzinho são alimentadas por uma expectativa de reciprocidade: ele se posiciona passivamente na situação, sendo agradável e condescendente, esperando que o outro faça o mesmo. Quando isso não acontece, a raiva aparece.
Se engolir sapos pode ser considerado uma estratégia de proteção, precisamos saber que sofremos consequências por não defendermos nossas posições.
Engolir sapo é o mesmo que engolir a raiva, uma emoção protetora, ela estimula uma ação. O estrago físico, emocional e mental de quem não põe isso para fora é arrasador com o passar do tempo, favorecendo diversas doenças físicas.
Às vezes você sai de uma reunião com uma enorme dor de cabeça, termina um almoço com dor de estômago e não percebe que isso está associado ao fato de não ter se posicionado como gostaria. Quando chega em casa, pensa em tudo que poderia ter falado e não teve coragem naquele momento. E se sente muito mal por isso.
De acordo com o psicanalista Ricardo Prado da Universidade Federal de São Paulo, "todo fenômeno que se passa com o ser humano é psicossomático porque a psique está todo o tempo presente".
No entanto, ainda são poucas as pessoas que percebem essa associação.
Existe redenção para um costumaz engolidor de sapos? Adiantaria descontar a raiva contida, reverter a situação de desvalia? Valeria a pena aprender a reagir na mesma moeda? As respostas passam pela compreensão do conceito de assertividade. Quem é assertivo diz o que pensa com confiança e firmeza, consegue se expressar e defender suas posições sem perder a simpatia das pessoas. É alguém que não engole sapos - mas também não faz ninguém engolir.
"O comportamento assertivo é firme, focado na solução do problema, enquanto o não-assertivo é focado no culpado do problema", afirma Vera Martins, especialista em medicina comportamental.
Mas qual o caminho para atingir a assertividade? Como deixar para trás o comportamento passivo? Para começar, é preciso autoconhecimento. Quem tem o hábito de fazer as coisas para os outros e acredita que o que deseja não é relevante, pode ser muito difícil descobrir o que realmente importa.
Ninguém tem a obrigação de ler seus pensamentos se você não se posiciona. Para ser assertivo é preciso, antes de mais nada, reconhecer que muitos sapos já foram engolidos, mas olhando para eles de outra maneira, transformará seu cotidiano. Para cada sim dito contra a vontade, diga um não. Para cada desaforo que levar para casa, exponha suas opiniões. Assim de sapo em sapo, você estará aprendendo a ser assertivo.
Não é fácil, mas certamente é bem menos indigesto!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Destino da ISS será o mar, afirma Rússia

Em entrevista no site da Roskosmos, o vice-diretor da agência espacial russa, Vitali Davydov, disse hoje que a Estação Espacial Internacional (ISS) voltará para a Terra e deverá afundar no mar quando terminar seu ciclo de operações, após 2020. "Não concordamos com os EUA de fazer explodir a estação, por volta de 2020. Ao mesmo tempo, não podemos deixá-la em órbita: é um objeto muito pesado e complexo que pode produzir muitos dejetos", disse.
A ISS terá, então, o mesmo destino da estação orbital Mir. A estação existiu até o dia 21 de março de 2001. No fim do programa, a Mir foi retirada de órbita e caiu na Terra, queimando durante a reentrada na atmosfera.
Desde 1998, a Rússia junto com outros países, estava construindo a ISS, a maior estrutura jamais colocada no espaço. Suas instalações (módulos, painéis solares) possuem cerca de 108 metros de comprimento por 88 metros de largura. Dezesseis países participaram de sua construção, entre elas a França.
Financiada em grande parte pelos Estados Unidos, a ISS é ocupada permanentemente desde novembro de 2000 por tripulações de várias nacionalidades, essencialmente russos e americanos, que se revezam a cada 4 ou 6 meses.
A ISS está em órbita a 350 km da Terra e realiza uma volta completa ao planeta aos 90 minutos, à velocidade de 28.000 km/h.
A FIFA anunciou nesta quarta-feira as datas da Copa do Mundo de 2014 e, agora, o Brasil tem, oficialmente, menos de três anos para preparar estádios, aeroportos e hoteis para receber o Mundial. A data que vai nortear os trabalhoas de todas as autoridades ligadas ao evento é o dia 12 de junho de 2014, data na qual deverá ocorrer, segundo o jornal O Globo, um grande concerto para abrir a competição. A primeira partida do torneio, que inclui a seleção brasileira, deve ser disputada em 13 de junho.
O local da partida de abertura que deveria também ser anunciada, a divulgação foi adiada pela FIFA.
Antes da Copa do Mundo, o Brasil terá outro compromisso, a Copa das Confederações, que será realizada entre 15 e 30 de junho de 2013, como também foi confirmada hoje, pela FIFA.
Participarão do torneio o Brasil (sede), a Espanha (atual campeã mundial), o Uruguai (campeão da Copa América) e mais cinco seleções campeãs continentais.
A Copa das Confederações será jogada em 4 ou 5 cidades, que só serão divulgadas em 21 de outubro deste ano. Na mesma data, a FIFA anunciará o local de abertura da Copa do Mundo. A entidade espera que, até lá, tenha um retrato mais preciso das condições de cada estádio.

Avanço Científico

O Brasil está prestes a ampliar o monitoramento da Antártica.
Em dezembro, além da Estação Comandante Ferraz, que opera numa ilha, será instalado o primeiro módulo científico no interior do continente antártico. A unidade conterá sensores que enviarão, via satélite, dados metereoloógicos e ambientais.
A estação, em construção por uma empresa sueca, muda o patamar das investigações acadêmicas. Até agora, os pesquisadores utilizam-se da Comandante Ferraz, na chamada Antártica Marítima, na Ilha Rei George, a 130 km do continente. Os dados coletados, sob uma temperatura de -2,8°C, são periféricos. O módulo já tem nome: Criosfera 1, que será colocada na região dos Montes Thiel, onde os termômetros costumam marcar -35°C no verão, pesquisadores farão coletas até hoje inéditas para o Brasil.
Sob o ponto de vista de precisão de monitoramento, o Brasil estará dando um grande passo. A UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul - é a sede do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) da Criosfera 1, responsável pelo módulo. A estrutura enviará dados meteorológicos e climáticos via satélite para o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, em São José dos Campos (SP).
Equipado com sensores que medem velocidade e direção dos ventos, temperatura, radiação solar, pressão atmosférica e emissões de CO2, a Criosfera 1 vai permitir análises mais criteriosas de fenômenos como o El Niño.
Os cientistas brasileiros vão aproveitar a viagem para realizar uma exploração glaciológica: levarão uma sonda para perfurar 100 metros na camada de gelo e assim poder analisar a história climática dos últimos 500 anos.
Por enquanto, o custo torna inviável manter a base habitada dentro do continente. Depois de instalada, a estação deverá receber visitas anuais de manutenção.
A equipe brasileira - composta por 15 cientistas - deverá chegar no dia 20 de dezembro à Antártica e permanecerão lá por 25 dias. 

terça-feira, 26 de julho de 2011

Frase

"Quando a experiência se vangloria de que somente ela,
  por meio de suas descobertas , fez progredir o saber
     humano, é como se a boca quisesse se gabar por
           sustentar sozinha a existência do corpo".   
                         (Schopenhauer)


O Mundo em um grão de areia

Um cientista americano fotografa grãos de areia e amplia as imagens em mais de 250 vezes, revelando estruturas e formatos inusitados e cores vívidas.
"Cada grão de areia é único", afirma Gary Greenberg, diretor do Laboratório de Microscopia e Microanálise do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí (EUA).
Greeenberg é fotógrafo e doutor em pesquisa biomédica pela University College, na capital britânica e fotografa grãos de areia há 10 anos.
O especialista diz que os grãos trazem consigo histórias sobre a geologia, a biologia e a ecologia da região de onde se originam.
Para captar as imagens, ele utiliza microscópios especiais tridimensionais.
Os grãos de areia podem ser confundidos com pedras preciosas! Sequer conhecemos onde estamos pisando...

Submarino tripulado chinês consegue descer a 5 mil metros

Um submarino chinês conseguiu pela primeira vez descer com tripulantes a bordo a mais de 5 mil metros de profundidade, dentro do programa da China para explorar os recursos do fundo dos oceanos, informou a Agência de Assuntos Marítimos - SOA.
O "Jiaolong", nome inspirado num dragão da mitologia local, alcançou os 5.057 metros com três tripulantes e se manteve a esta profundidade durante meia hora. A imersão durou um total de 6 horas, informou a SOA em seu site.
A operação foi realizada sob as águas do nordeste do oceano Pacífico, segundo a Agência Nova China, que indica que a esta profundidade o submarino chinês é capaz de alcançar 70% dos fundos oceânicos do planeta.
Na quinta-feira passada o mesmo submarino havia alcançado 4.027 metros de profundidade.
Nas últimas décadas, a China recuperou frente aos países desenvolvidos uma parte do atraso no campo da exploração marinha, polar e espacial, convertendo-se em 2003 no terceiro país do mundo a enviar um homem ao espaço.
O recorde de descida pertence a um submergível americano que, em 1960, chegou ao final da fossa das Marianas, a 11 mil metros abaixo da superfície do mar das Filipinas.
O "Jiaolong", desenhado para superar os 7 mil metros de profundidade, está destinado à pesquisas científicas e à exploração das riquezas naturais dos fundos marinhos.
os cientistas acham que estes fundos marinhos contém reservas potenciais de valiosos minerais, apesar de a profundidade em que se encontram tornar difícil extraí-las em grandes quantidades.
A parte meridional do Mar da China, que Pequim reivindica total ou parcialmente, possui importantes reservas de petróleo e gás.
Também há quem expresse preocupação pelos possíveis usos militares dos avanços tecnológicos destas pesquisas por Pequim.
A descida a 5 mil metros do submarino chinês aconteceu depois que os meios de comunicação japoneses afirmaram este ano que Tóquio planejava intensificar sua busca de minerais submarinos.
Dessa forma, pesquisadores japoneses afirmaram terem localizado no fundo do Pacífico amplas reservas raras, substâncias utilizadas para eletrônica de alta tecnologia.
É provável que este fato determine o início da "corrida de exploração marítima"... Pós corrida espacial, agora as profundezas do mar são a grande atração. Estima-se que sejam para avanços "apenas" tecnológicos e experiências científicas (?), conforme anunciam os governos das potências envolvidas.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Cientistas querem regulamentar pesquisas que misturam DNA humano com animal

Um grupo de cientistas divulgou na sexta-feira um documento pedindo para que seja formada uma comissão para regulamentar a realização de experiências científicas envolvendo DNA de seres humanos com os de animais. Apesar de experimentos deste tipo serem comuns, há uma possível barreira ética quando se fala em uso de embriões humanos, e etc.
Recentemente, camundongos foram geneticamente modificados para expressar um tipo humano de hemofilia. Além disso, vacas já produzem leite com características do leite humano.
O tema fica mais controverso quando é falado em inserir células do cérebro humano em cérebros de animais, fertilizar óvulos humanos em animais ou dar a eles expressões faciais como as nossas. Segundo o professor de genética da Universidade de Cambridge Martin Bobrow, as pessoas começam a ficar preocupadas quando mexemos com cérebro, células reprodutivas, e características que fazem nós nos reconhecermos como humanos, como a fala, a pele, o rosto.
Ele está à frente dos cientistas que querem o tema regulamentado para terem segurança na hora de fazer seus experimentos. Eles argumentam que mesmo os testes mais controversos podem ser mais úteis - por exemplo, injetar células do cérebro humano em camundongos pode ajudar na pesquisa sobre o AVC (acidente vascular cerebral). O primeiro teste clínico com células tronco em pacientes com AVC só foi possível após as células humanas terem sido injetadas em ratos.
A própria Academia de Ciências médicas da Grã-Bretanha - está pedindo ao governo que estipule regras mais restritas para as pesquisas médicas envolvendo animais. O grupo teme que experimentos envolvendo transplante de células acabem criando anomalias, como macacos com capacidade de pensar e falar como os humanos.
O alerta ressalta o debate da questão dos limites da pesquisa científica . Um dos autores do relatório, o professor Christopher Shaw, do King's College de Londres, diz que tais estudos são extraordinariamente importantes.
A academia ressalta que não é contrária aos experimentos que envolvam, por exemplo implante de células e tecidos humanos em animais. Depende, no entanto, que com o avanço das técnicas estão surgindo novos temas que precisam ser urgentemente regulados.
Se os cientistas estão temerosos, os experimentos devem estar ficando fora de controle e ultrapassando a barreira ética!

O código de barras da natureza

Mapear a biodiversidade mundial é um dos maiores desafios da ciência. A audaciosa tarefa foi abraçada nos últimos seis anos por uma rede internacional de pesquisadores cujo objetivo é contabilizar e descrever todos os seres vivos do planeta - estima-se que apenas 10% das espécies são conhecidas. A forma como isso é feito parece coisa de cinema: um tipo de código de barras identifica cada ser de acordo com seu grupo, criando uma biblioteca genética digital possível de ser acessada por qualquer pessoa pela internet (http://www.boldsystem.org/). O Brasil, detentor de uma das maiores biodiversidades do planeta, entrou na empreitada em dezembro de 2010, com Índia e China.
O projeto internacional Barcode of Life (Código de Barras da Vida - iBol, na sigla em inglês) iniciou em 2005 com o objetivo de fornecer um sistema de bioidentificação global. O trabalho é relativamente simples e bastante engenhoso. Em vez de sequenciar o genoma completo de cada espécie, os pesquisadores decifram as letras de um único gene (no caso de animais e plantas, são dois ou três) compartilhado pelas diferentes espécies. Desse modo, é possível compará-las e identificar quando se trata de alguma descoberta. As sequências são enviadas para um banco de dados alimentado por pesquisadores de todo mundo. Atualizado diariamente, o arquivo tinha mais de 1,7 milhão de registros até o ano passado.
Nem sequer sabemos de grandeza e de quantas espécies existem no planeta. As estimativas variam de 5 milhões a 100 milhões - salienta um dos pesquisadores canadense e um dos gerentes da iniciativa - Robert Hanner.
O grupo nacional tem como meta catalogar, em três anos, 120 mil exemplares de 24 mil espécies. A tarefa está repartida entre 10 grupos, compostos por especialistas de diversas instituições.
Acredita-se que o Brasil abrigue mais espécies de animais e plantas do que qualquer outra nação, e muitas delas, como o mico-leão-de-cara-preta e o mico-leão-dourado, só existem no Brasil.
Essa é uma iniciativa audaciosa e muito importante. Catalogar as espécies existentes no planeta e ter um código acessível do mundo inteiro é um grande salto da ciência!!!

domingo, 24 de julho de 2011

Frase

"Não te irrites, por mais que te fizerem...
           Estuda a frio, o coração alheio,
           farás, assim, do mal que eles te querem,
                Teu mais amável e sutil recreio...
                                             (Mario Quintana)


Quem certifica o Instituto de Certificação ISO 9000

Curiosidade: Quem certifica o Instituto de Certificação ISO 9000? O selinho que as empresas adoram mostrar nas propagandas são dados não por um, mas por centenas de organizações. No Brasil todas elas prestam contas ao famoso Inmetro, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. É ele quem diz se a organização está apta ou não a emitir o certificado.
Agora, é justo que perguntemos: quem fiscaliza o Inmetro?
Recebemos como resposta que o instituto não tem apenas um chefe para responder. Há uma série de grupos de certificação em todo o mundo que se reúnem e avaliam a qualidade uns dos outros. Ou seja, o selinho do Inmetro é dado para certificadores de outros países e eles dão o aval deles. Há uma troca!

A escrita à mão ganhou seu ponto final?

Se depender de algumas autoridades americanas, o lápis e o papel poderão cair no ostracismo. O Estado de Indiana tornou opcional o ensino da escrita cursiva em suas escolas e pretende bani-la no futuro. A proposta é manter apenas a letra de forma.
Outros 40 Estados do país avaliam tomar a mesma decisão. Argumentam que a letra cursiva não é mais útil devido aos computadores. A lei preocupa educadores. Segundo eles, as crianças precisam usar a letra cursiva na alfabetização para desenvolver a coordenação motora, a grafia e o uso dos símbolos. As mudanças educacionais ainda estão em disputa, mas poderão ir adiante. Há precedentes. Nas últimas décadas, a tecnologia digital vem acabando com outras práticas e outros objetos tradicionais. Entre eles:

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Nasa anuncia local de pouso do robô Curiosity em Marte

Foi anunciado nesta sexta-feira, pela Nasa, o local onde o robô Curiosity aterrissará em Marte em agosto de 2012, com a missão de analisar as condições ambientais do planeta vermelho para determinar se é possível que exista, ou tenha existido, vida.
O local fica dentro da cratera Gale, de 154 km de diâmetro. Dentro dela, há uma grande montanha , e ao pé da qual o robô pousará.
O Laboratório Científico Marciano (MSL, sigla em inglês) - composto por instrumentos de análise para examinar o solo, rochas e a atmosfera de Marte - está sendo montado sobre um robô Rover de seis rodas, de quase uma tonelada de peso, denominado Curiosity.
Ao contrário das primeiras pesquisas feitas pelas naves Viking I e II e posteriormente pelos robôs Spirit e Opportnity, que se concentram na busca de água -, o objetivo agora é buscar rastros de vida no planeta.
Nesta missão o Curiosity examinará as rochas, o solo e a atmosfera do planeta vermelho com uma série de ferramentas que transportará, incluindo um laser para pulverizar fragmentos de rochas que possam obstaculizar e um instrumento elaborado para detectar compostos orgânicos.
Durante sua prospecção, o robô analisará se o ambiente na região escolhida para aterrissagem tem ou já teve condições de abrigar vida. Além disso, buscará minerais formados na presença de água e vários blocos químicos e formação de vida.
A Nasa prevê o lançamento do veículo do cabo Canaveral, na Flórida, entre 25 de novembro e 18 de dezembro de 2011. Percorrerá 200milhões de anos-luz antes de aterrisar em solo marciano em agosto de 2012.
A prospecção no solo de Marte começou em 1997 com a missão Pathfinder, que levou ao planeta o veículo Sojourner.  

Mulher irá de Cuba aos EUA nadando, sem se preocupar com os tubarões

A nadadora Diana Nyad irá tentar realizar um grande feito. Ela pretende percorrer a distância entre Cuba e Flórida, nos Estados Unidos, a nado. Sem sair da água e sem jaula de proteção em volta de seu corpo. São 165 km que devem levar 60 horas para serem vencidos. Tudo isso já seria admirável, mas essa admiração aumenta em muitas vezes quando se sabe que a idade dela é: 61 anos.
Nyad não é novata no ramo. Em 1979, nadou sem jaula, da cidade de Bimini, nas Bahamas, até Júpiter - cidade da Flórida. Foram 164 km e esse é até hoje o recorde mundial de percurso nadado em oceano.
O desafio de ir de Cuba até os EUA não é de agora: ela já tentou realizar a façanha, em 1978. Protegida pela jaula, a corrente oceânica estava muito forte naquele dia, o que obrigava a fazer muito mais força para nadar - ela desistiu depois de 80 km completados.
O que Diana Nyad tentará fazer agora em agosto, uma nadadora australiana já o fez em 1997. Mas um grande detalhe: com a jaula. A jaula de proteção contra tubarões é puxada por um barco o que torna o ato de nadar muito mais fácil e rápido. A australiana completou o percurso em 24 horas e Nyad espera demorar três vezes mais.
Se com 33 anos a menos e ajudada por uma jaula ela não conseguiu, por que agora seria bem sucedida? Em entrevista ao The New York Times ela garante que é isso mesmo que irá ocorrer. "Hoje me sinto mais forte do que antes, apesar de que aos 20 anos eu era mais rápida. Hoje me sinto forte, poderosa e com sabedoria. Estou em forma".
Que lição! Tomara que consiga realizar a façanha.

Se amanhã...

                "Se amanhã o que eu sonhei
                    não for bem aquilo,
          eu tiro um arco-íris da cartola.
          E refaço. E colo. Pinto e bordo.
          Porque a força de dentro é maior.
   Maior que todo mal que existe no mundo.
          Maior que todos os ventos contrários.
               É maior porque é do bem.
               E nisso, sim, acredito até o fim".
                                 Caio Fernando Abreu


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Bilionário árabe escreve nome no deserto, para ser lido até do espaço

Um sheik excêntrico, ou talvez apenas egocêntrico, mandou escrever o nome dele no deserto de uma ilha de sua propriedade nos Emirados Árabes Unidos. As letras são tão grandes que o H, o primeiro A e parte do M viraram canais para o mar. Elas têm mil metros de altura, enquanto o nome tem três mil metros de comprimento e pode ser lido do espaço.
De acordo com o jornal britânico The Sun, o nome gigantesco foi comissionado pelo Xeque Hamad Bin Hamdan Al Nahyan, que mandou seus criados escreverem o nome na areia. Ele também é o segundo homem mais rico da região, e não se importa que o nome dele não está alinhado às nossas convenções terrenas de norte - sul - leste - oeste. São preocupações menores quando seu nome pode ser lido até no Google Maps.

Fotos inéditas dos Beatles são vendidas em leilão

Fotos inéditas da primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos, em 1964, foram vendidas em leilão na Casa Christie's de Nova York.
As 46 fotos em preto e branco batidas pelo fotógrafo Mike Mitchell quando tinha apenas 18 anos receberam um valor de venda três vezes maior do que a  avaliação.
O leilão chamado de "The Beatles iluminados: obras descobertas de Mike Mitchell", foi realizado no Rockefeller Plaza.
A fotografia mais concorrida é a que mostra os Beatles de costas com suas silhuetas marcadas pela luz de fundo.
As fotos captam o momento exato da explosão da "Beatlemania" nos Estados Unidos, que teve seu primeiro show em 11 de fevereiro de 1964, no Washington Coliseum, e que fez parte de um momento de definição na carreira dos Beatles e permanece com um acontecimento importante de sua história.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Frase

                    "Triste não é mudar de ideia.
                Triste é não ter ideia para mudar".
                                   (Francis Bacon)

Para refletir

Pesquisa desenvolvida pelo Centro Médico Monte Sinai, nos Estados Unidos, mostra que 30% das crianças com alergia alimentar sofrem bullying ou provocações por causa do problema. Os resultados indicam que mais da metade das crianças foram tocadas ou provocadas com o alimento que causa a alergia. Mais: em 80% dos casos, os colegas de aula são os praticantes do bullying, e, surpreendentemente, 20% desses agentes são professores e funcionários das escolas.
Uma reflexão para pais e educadores.

Armadura Medieval exigia alto desempenho físico de soldados

Pesquisadores da Nova Zelândia analisaram a dificuldade que era guerrear usando armaduras no século 15 e constataram que a vida de um soldado medieval era ainda pior do que contam os livros de história. Exames de esforço em uma esteira feitos por voluntários mostraram que o uso da armadura medieval um traje feito de aço que pesava entre 30 e 50 kg, exigiu mais que o dobro de energia para a locomoção que roupas normais.
Além do peso, outro problema está na dificuldade para respirar. De acordo com Alberto Minetti, da Universidade de Milão e um dos autores do estudo, a respiração era afetada por duas coisas:
A primeira é que a ventilação era mais alta que o normal por causa da adição de carga. Eles precisavam de mais energia.
Outro problema estava na restrição da expansão do tórax para respirar. Espremido pelas placas de metal, os soldados eram obrigados a aumentar a frequência respiratória.
"Nós descobrimos que carregar este tipo de peso espalhado pelo corpo requer mais energia que carregar o mesmo peso concentrado em uma mochila", diz Graham Askem, da Universidade de Leeds e um dos autores do estudo  publicado nesta quarta-feira, no periódico científico Proceedings of the Royal Society B. Ele explica que ao vestir a armadura, pernas e braços eram sobrecarregados com o peso, exigindo mais esforço para movimentá-los.
A limitação provocada pelas armaduras explica a juventude dos exércitos medievais, devido à necessidade de um alto desempenho físico. Os músculos eram muito importantes, mas a capacidade aeróbica deles tinha que ser muito alta, concluíram.

Experimentos realizados no espaço ajudam a vida na Terra

Com a aposentadoria dos ônibus espaciais e mesmo com a contribuição à ciência e tecnologia, os experimentos feitos nos ônibus vão ter fim no pouso do Atlantis. Com o auxílio de astronautas, experimentos enviados ao espaço resultaram em produtos usados diariamente na Terra.
O programa de ônibus espacial trouxe muitos benefícios ao planeta. Ele ajudou a melhorar o conhecimento sobre o universo e nossos planetas vizinhos, criou um dos mapas topográficos mais detalhados da Terra, está ajudando médicos a entender o processo de envelhecimento humano e até melhorou a qualidade do leite em pó.
Muitos creditam ao programa Apollo a criação de novas tecnologias, como o velcro, revestimentos de teflon mas essas coisas foram usadas pela Nasa, não inventadas pela agência espacial.
Ainda assim, o programa de ônibus espacial não recebe o reconhecimento devido. Existem muitos críticos ao programa, mas os cientistas que trabalham no projeto afirmam que a pesquisa dos ônibus compensou o investimento e muito.
Eles não foram construídos para a pesquisa científica. No entanto, tanto o ônibus quanto a Estação Espacial Internacional (ISS) - que não teria sido construída sem a frota -, são lugares sem precedentes para questões importantes da ciência, segundo o pesquisador Neal Lane, físico da Rice University(EUA).
Para ele, as pessoas tendem a subestimar a crescente compreensão sobre biologia humana provida pela ISS e pelos ônibus espaciais, "aprendemos muito sobre o corpo humano que não teríamos como, a não ser operando no espaço e por longos períodos".
O pesquisador diz estar bastante animado com o acelerador de partículas instalado durante a última missão do Endeavour, em maio.
Astronautas perdem força óssea, têm problemas de equilíbrio e deficiências no sistema imunológico que são semelhantes ao envelhecimento. Estudar como combater a perda óssea em astronautas com exercícios e outras atividades físicas pode ajudar quem está na Terra.
Ainda assim, o campo mais beneficiado foi a astronomia. O maior exemplo é o Telescópio Hubble, que mudou nossa visão do espaço e nossa compreensão da idade do Universo. Ele foi lançado por um ônibus espacial, consertado por um ônibus espacial e atualizado quatro vezes por seus tripulantes em caminhadas espaciais. Sem isso, a visão que temos hoje do resto do Universo é que estaria um tanto desfocada.
Os ônibus lançaram três outras Sondas importantes: "Galileo", que permitiu observar Júpiter e suas luas de perto; "Magellon", que mapeou o quente e caótico Vênus, e "Ulysses", que examinou a influência do Sol nas fronteiras do Sistema Solar.
Outro feito subestimado é o de um voo de 2000, que levou à órbita um conjunto de radares especiais que mapeou a maior parte do planeta, incluindo locais inascessíveis, anteriormente, como selvas e picos de montanhas, com as medições topográficas mais precisas até aquele momento. Isso foi muito mais importante para a aviação e planejamento militar.
Outro item pouco conhecido do ônibus espacial é o biorreator. Projetado inicialmente para a cultura de células e tecidos em experiências com gravidade zero, é usada na Terra para vários tipos de pesquisas biomédicas. Biorreatores podem fazer com que culturas biológicas cresçam simulando a gravidade zero por rotação, e com isso, cientistas conseguem direcionar o crescimento de tecidos em formatos pré-estabelecidos. Esta é ainda uma tecnologia em desenvolvimento.
Os pesquisadores estavam procurando jeitos de melhorar a comida dos astronautas e analisando algas, encontraram um nutriente visto apenas em leite humano e o desenvolveram. Agora, a substância está presente em 95% das fórmulas de leite em pó infantil.
Outro item é um material criado para trajes espaciais que controla a temperatura. Esse material que esfria o corpo está agora em meias, roupas para esporte e até mesmo em alguns ternos masculinos.
O cirurgião Michael DeBakey ajudou a desenvolver uma pequena bomba cardíaca, feita para pacientes que precisam de transplantes. A engenhoca é baseada nos fluídos que se movem pelos motores principais dos ônibus espaciais. O dispositivo já foi implantado em algumas centenas de pacientes.
A agência também desenvolveu uma ferramenta para bombeiros que resgata vítimas de acidentes sem o uso de energia elétrica e um dispositivo que desativa minas terrestres com segurança.
Muitas vezes os próprios astronautas dos ônibus espaciais eram coautores dos estudos publicados por terem se familiarizado com os experimentos que precisavam conduzir.  

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dia do Amigo

MEUS AMIGOS VIRTUAIS


Australiano quer atravessar o país andando e vestido como Star Wars

Jacob French se propôs a cumprir uma árdua tarefa: atravessar o enorme território da Austrália andando. Seu objetivo é juntar 50 mil dólares australianos e doá-los para a instituição Starlight Children's Foundation, que fornece atividades de entretenimento e educação para crianças que passam por tratamentos de graves doenças.
Ele saiu da cidade de Perth, no sudoeste do país, e seu objetivo é chegar a Sydney, que fica no sudeste, e quer encerrar a caminhada em dezembro. Para isso, terá que andar 40 km por dia, cinco dias da semana. Ele carrega uma bagagem que pesa 50 kg, que ele transporta num carrinho. Tudo isso vestindo uma fantasia de Stormtrooper, personagem da série Star Wars - que pesa 10 kg e conta com um sufocante capacete.
A indumentária claramente não é confortável: "Fica muito quente dentro dela. O capacete não é muito ventilado, parece que estou usando um balde na cabeça e restringe meus movimentos, por isso tenho que andar lentamente", disse ao jornal "The Sydney Morning Herald".
French começou a odisséia no dia 11 de julho. No dia 17, já havia percorrido 150 km e juntado 3.400 dólares australianos. A Austrália, como o Brasil, está localizada no hemisfério sul. Ou seja, estão também na época mais fria do ano. O calor intenso se inicia a partir de janeiro. Ele não esquece disso e espera terminar a caminhada antes do clima ficar mais quente.

cadeia de vulcões submarinos é descoberto na Antártida

Uma cadeia de vulcões submarinos foi descoberta na Antártida pelo centro de pesquisas British Antartic Survey (BAS).
Os vulcões estão perto das ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, territórios britânicos. Alguns vulcões têm 3 mil metros de altitude - quase dimensão do Monte Fuji, no Japão.
Foram descobertos 12 vulcões submarinos, sendo que 7 deles estão ativos.
Se entrarem em erupção, podem causar tsunamis - mas isso não é tão preocupante, já que não há pessoas que vivem perto da região. Também foram encontradas na área várias crateras, de até 5 km de diâmetro.
A descoberta interessa não tanto pelo risco que os vulcões podem causar, mas pela vida submarina que eles proporcionam. Os vulcões submarinos ativos são fontes hidrotermais, um habitat que existe em outros planetas como Júpiter. De acordo com os cientistas, as rochas submarinas são um ambiente propício para a vida de peixes e outras vidas marinhas.
Os pesquisadores do BAS afirmam que a descoberta da cadeia de vulcões foi uma surpresa, identificada com um equipamento de mapeamento do solo oceânico.
Fonte: National Geographic.com

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Frase

"Precisar de dominar os outros é precisar dos outros.
              O chefe é um dependente".
                                         (Fernando Pessoa)

Um mundo menos "carrocêntrico"

Na Los Angeles do início do século 21, pegar ônibus era o último recurso dos californianos. As linhas eram confusas, as placas de sinalização pouco descritivas, os veículos, velhos. Além disso, no país de Henry Ford e das carteiras de habilitação aos 16 anos, andar de carro é tão natural quanto respirar.
Foi ao perceber que enfrentava não só questões práticas para atrair usuários, mas também a impressão de que o transporte coletivo era muito ruim, que a prefeitura da cidade decidiu reformular todo o sistema. Mesmo antes das caras soluções de engenharia, com corredores exclusivos e linhas rápidas, começou a investir em uma ideia: andar de ônibus não só reduz a poluição e é mais econômico como melhora a vida do usuário.
Decidimos nos posicionar, e não apenas para chegar de um ponto a outro, afirma a vice-diretora da Metro, empresa de transporte de Los Angeles, equivalente à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), daqui da capital.
Campanhas de marketing passaram a mostrar vantagens de escapar dos engarrafamentos sentado confortavelmente em ônibus renovados. Restauraram a confiança no sistema ao garantir o cumprimento de horários. Mostraram ser possível deixar o carro em casa distribuindo mapas simples e fáceis de entender.
Tudo foi iniciado, em 2003, com uma unificação de todas as linhas e meios de transporte comandados pela Los Angeles Conty Metropolitan Transportation Authority.
A reformulação se deu em toda Los Angeles, mas uma área, o Vale de San Francisco, virou a joia da coroa: ali foi instalada, em 2005, uma linha de ônibus exclusiva, um Bus Rapid Transit (BRT), inspirado nos ligeirinhos de Curitiba (PR).
No primeiro ano de operação, o sistema teve 6 milhões de viagens. Um terço desses passageiros deixou seu carro em casa e preferiu o ônibus. A meta de número de passageiros definida para 2020 foi batida já em 2006. "Conseguimos fazer as pessoas acreditarem que o sistema funciona", diz a diretora.
Especialistas afirmam que, o transporte público é uma solução mais sustentável para o trânsito das grandes cidades, é o que emite menos CO2 por pessoa, além de fazer com que menos carros transitem nas vias das cidades.
Nem tão crítico como o de Los Angeles, nos EUA, no início dos anos 2000, nem tão bom que faça com que mais pessoas deixem os carros em casa para ir ao trabalho ou levar os filhos à escola. O transporte público em Porto Alegre está sendo pensado para a implantação dos BRTs até a Copa de 2014 na cidade. A cidade já irá receber um test drive do chamado "ônibus do futuro - BRT" . O projeto, no entanto, só deve entrar em execução no ano que vem.