domingo, 12 de junho de 2011

Complexo turístico ameaça maior jazida de fósseis do Egito

Um complexo turístico de proporções gigantescas ameaça a reserva natural do Lago Qarun, no Oásis de Al Fayoum, localizado ao sul do Cairo, onde vivem milhares de aves e se encontram fósseis e jazidas arqueológicas ainda não estudados.
Os ambientalistas, que defendem o turismo sustentável na região, veem com suspeita o projeto depois que o governo do ex-presidente Hosni Mubarak cedeu, em dezembro do ano passado, 2,8 km² de terreno junto ao lago, à uma construtora.
A chegada da revolução, e a renúncia do presidente ao poder no último dia 11 de fevereiro, lançaram uma nova sombra de dúvida sobre o futuro do Lago Qarun. "Pode acontecer qualquer coisa, há muita incerteza agora no Egito", afirmaram ativistas da organização Conservação da Natureza do Egito, reconhecendo que a revolução "é uma janela aberta de possibilidades".
Eles lamentam ainda a construção de uma estrada que ligará o Cairo ao Lago Qarun e que, no futuro, permitirá o acesso ao gigantesco complexo turístico no qual está prevista a construção de hotéis e outros tantos chalés.
Os arredores do Lago foram pouco explorados e escondem uma jazida com fósseis de até 40 milhões de anos de antiguidade, onde foram descobertos os restos do macaco mais antigo do mundo, assim como os elefantes, pássaros e inclusive tubarões, golfinhos e cavalos-marinhos. Além disso, vários pássaros vivem nos pantanais do lago, além de aves migratórias. Há muita fragilidade do equilíbrio ambiental da região.
Os ecologistas alertam para o estado de deteriorização do lago, e para a proteção de áreas como a floresta petrificada.
Eles querem para a região um tipo de turismo para visitantes que apreciem a natureza e as antiguidades, não apenas as pirâmides e os cruzeiros. Defendem que "Al Fayoum não é um lugar para turismo de massas".
Fonte: Veja.com  

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