domingo, 9 de janeiro de 2011

Bactérias já consumiram quase todo metano causado por vazamento da BP

Bactérias já consumiram quase todo gás metano, potencial causador do aquecimento global, liberado no Golfo do México durante o vazamento de 700 milhões de litros de óleo da empresa British Petroleum (BP) no ano passado.
Cerca de 200 mil toneladas de metano - mais que qualquer outro hidrocarboneto emitido no acidente - saíram do poço, e quase tudo foi para o oceano, disse o pesquisador da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, cujo estudo foi publicado na revista Science.
As bactérias conseguiram destruir o gás antes que ele subisse à superfície e fosse liberado na atmosfera, mas o processo contribuiu para uma perda de 1 milhão de toneladas de oxigênio dissolvido nas áreas ao sudoeste do poço.
Isso poderia representar uma enorme perda de oxigênio, mas ele foi amplamente espalhado, de modo que o processo bacteriano não contribuiu para uma condição de baixa oxigenação conhecida como hipoxia.
O que acontece com o metano tem sido uma questão-chave para cientistas especializados em clima, porque o gás é vinte vezes mais potente na retenção de calor na atmosfera que o dióxido de carbono. Assim como o CO2, ele provém de fontes naturais e artificiais, incluindo a indústria petrolífera.
Durante 2 meses após a explosão da plataforma Deepwater Horizon e a ruptura do poço, em 20 de abril de 2010, o metano não foi consumido em torno da abertura, o que levou alguns cientistas a suspeitar de que o gás pudesse permanecer na água e, então, chegar ao ar, onde poderia potencialmente reter calor e contribuir para a mudança climática.
Fonte: Estadão.com

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