terça-feira, 9 de novembro de 2010

Florestas "feitas à mão"

Merece ser copiado: Egito transforma desertos em florestas utilizando água reaproveitada!
O governo egípcio desafia a natureza ao regar áreas desérticas com água reaproveitada para convertê-las em florestas, cujas superfícies já equivalem ao território do Panamá.
A diferença verificada após a intervenção humana é significativa. Onde antes havia uma paisagem desértica e inóspita, agora há áreas verdes cobertas de árvores de alto valor econômico como álamos, papiros e eucaliptos.
Tudo isso foi possível graças a água que utilizam, poluem e desperdiçam todos os dias os 80 milhões de egípcios. Ironicamente, esta é a melhor opção para as chamadas "florestas feitas à mão".
"A água residual pode transformar o que não é fértil, como o deserto, em algo fértil, já que contém nitrogênio, micronutrientes e substâncias orgânicas ricas para a terra", disse o professor representante do Instituto de Pesquisa de Solo, Água e Ambiente.
A opinião é compartilhada pelo Departamento de Pesquisa de Contaminação da Água, que até ressaltam a superioridade das plantas regadas com água reaproveitada.
"Esse tipo de água tem muito mais nutrientes do que a água tratada e, por isso, é uma fonte extra de nutrição que pode fazer com que as plantas resistentes aos climas hostis cresçam mais rápido e, inclusive, tenham folhas mais verdes", explicam.
A importância de equilibrar a oferta e a demanda em um país que produz 7 milhões de metros cúbicos de água residual ao ano e que, ao mesmo tempo, tem 95% de seu território coberto por desertos estéreis ou com pouca vegetação, é imprescindível!
Ao todo, há 34 florestas ao longo do país, localizadas em cidades como Ismailia e Sinai, no norte, e em regiões turísticas do sul, como Luxor e Assuã, num total de 71,4 mil quilômetros quadrados que equivalem à superfície total do Panamá.
de acordo com o governo egípcio, há outras dez florestas em processo de "construção", em uma área de 18,6 mil metros quadrados.
As florestas plantadas até agora são resultado das análises de solo, clima e água que possibilitaram a escolha das espécies de árvores capazes de sobreviver em condições extremas.
Apesar desta água exigir precauções devido à presença de poluentes e aos impactos da mudança no ecossistema para a biodiversidade sejam desconhecidos, o projeto, implementado pelo Ministério da Agricultura em parceria com o do Meio Ambiente, parece ter obtido sucesso!!!
Fonte: Folha.com  

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