sábado, 2 de outubro de 2010

Índia comemora aniversário de nascimento de "Gandhi"

A Índia celebrou hoje o 141º aniversário de nascimento do pai da nação, Mohandas Karamchand Gandhi.
"Gandhiji" (o sufixo indica respeito na Índia) nos mostrou como enfrentar de forma resolvida o medo, a compreender a importância da verdade e a trabalhar para a erradicação da pobreza, o analfabetismo e a discriminação", disse a presidente Pratibha Patil, em mensagem divulgada à véspera da comemoração.
Nascido em 2 de outubro de 1869 no atual estado de Gujarat (oeste da Índia), Gandhi estudou Direito na Inglaterra e viveu na África do Sul antes de liderar a luta pacífica pela independência indiana do Império Britânico, obtida em 1947.
Gandhi fez da "não violência" ou desobediência civil uma estratégia de luta contra os britânicos -, defendeu acabar com a injustiça de castas e foi firme defensor da harmonia interreligiosa. Morreu assassinado em janeiro de 1948.
A comemoração ocorre neste ano depois da esperada sentença do Tribunal Superior de Allahabad, que ordenou a divisão da terra sagrada de Ayodhya a partir do dia 30 de setembro: um terço para os muçulmanos e dois terços para os hindus.
Em 1992, um grupo derrubou a mesquita de Babril (século XVI) em Ayodhya, erguida pelos hindus, que agora estão satisfeitos com a decisão judicial, sobre o lugar sagrado.
Os distúrbios que seguiram à destruição da mesquita causaram a morte de 2 mil pessoas, em um dos piores episódios de violência religiosa das últimas décadas, também frequentes durante a traumática partilha do subcontinente e que "Mahatma" combatia com suas célebres greves de fome.
Por coincidência, o aniversário de nascimento de Gandhi, feriado nacional, ocorre um dia antes da abertura dos Jogos da Commonwealth, em Délhi - acontecem de 4 em 4 anos sem data e sem local fixo. É uma competição multi-nacional e multi-desportiva que reúne a elite dos atletas da Commonwealth inglesa, disputados por cerca de 5000 atletas de vários países. Isso fez com que  as forças de segurança fossem reforçadas para evitar novos atentados.
Fonte: Estadão

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