quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Desertificação" na pauta mundial

Na semana passada, aconteceu a "2ª Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas" (o nome do evento é tão longo que foi abreviado para ICID).
Com mais de 200 trabalhos apresentados e a participação de 2 mil pessoas (Cientistas, Sociedade Civil e tomadores de decisão), trouxeram as terras secas para o centro das atenções!
Cientistas de renome afirmaram, mais uma vez, na ocasião, que serão as terras semiáridas e áridas que sofrerão mais - e que já estão sofrendo - com as mudanças climáticas. Como o estresse híbrido já existe, uma leve modificação no sistema de chuvas é catastrófica.
Um em cada três seres humanos vivem em terras secas. Isso significa que mais de 2 bilhões de pessoas convivem diariamente com esse estresse, numa escala planetária!!! e terão sua condição de vida prejudicada apenas pela desertificação. A menos que a sustentabilidade das terras secas seja assegurada, todo o planeta estará ameaçado! A Conferência pretende unir o conhecimento científico ao poder de decisão política, conforme a direção do evento.
Áreas onde a existência do ser humano é marcada por um tênue fio que divide o possível do impossível: A região ao norte do Quênia, ao sul da Etiópia, situada a uma altura média de 500m, é uma delas. As etnias que "escolheram" essas terras áridas como morada - Chalbi ou Kaisut - foram na maioria das vezes empurradas por pressões externas. O solo é por demais seco e pedregoso, a água rara e o calor extenuante.
Os camelos são os únicos animais que podem sobreviver em condições extremas de aridez, como no Quênia. Além de fornecer alimento, eles são também o único meio de transporte.
A Namíbia também sofre com o clima árido. Apenas 1% de suas terras é considerada como cultivável. Mas a baixa densidade populacional consegue atenuar o problema.
Mudanças climáticas tem tudo a ver com o avanço da desertificação. Os impactos provocados na biodiversidade também se refletem nas regiões semiáridas. E, por sua vez, os processos de desertificação impactam a biodiversidade e o aquecimento global.
O documento oficial gerado na Conferência - "A Declaração de Fortaleza" - apresenta 33 recomendações e a última frase resume a urgência da situação: "Faz-se necessária ação decisiva da comunidade internacional. E o momento dessa ação é já"!!!
Desejamos que as ações  saiam logo "do papel"!
Fonte: Época online 

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