segunda-feira, 26 de julho de 2010

"Código de Hamurabi" - encontrados fragmentos semelhantes...

Uma equipe da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriu em escavações realizadas em Tel Hazor, no norte de Israel, o fragmento de uma tábua cuneiforme que apresenta semelhanças com o conteúdo e o momento da criação do Código de Hamurabi, um dos mais antigos conjuntos de leis escritas.
O fragmento está escrito na língua acádia, atualmente extinta e usada na antiga Mesopotâmia, principalmente por assírios e babilônios no segundo milênio a.C. Os arqueólogos dataram a tábua entre os séculos XVIII a.C. e XVII a.C., o mesmo período do Código de Hamurabi, comunicou nesta segunda-feira a Universidade.
El Hazor, onde foi achada a tábua, é um dos sítios arquitetônicos mais importantes de Israel, declarado Patrimônio da Humanidade em 2005. "Leis similares às do Código de Hamurabi são conhecidas pela Torá (correspondente ao Antigo Testamento), mas a diferença de tempo entre as duas escrituras é de mil anos".
Os fragmentos encontrados se referem a questões relacionadas com legislação sobre danos pessoais e relações entre amos e escravos, que guardam similaridades com a peça de Hamurabi descoberta há mais de 1 século no que hoje é o Irã.
A tabuleta achada em Israel também contém diretrizes relacionadas com a legislação bíblica. Durante anos, estudiosos da Bíblia e acadêmicos tentaram desvendar as relações existentes entre a lei mosaica e a babilônia.
O Código de Hamurabi é um conjunto de leis criadas na Mesopotâmia, pelo rei da segunda dinastia babilônica - Hamurabi. O Código é baseado na lei de talião "olho por olho, dente por dente".
As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso, Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.
O monólito (foto acima) com o Código de Hamurabi foi encontrado no ano de 1901, por uma expedição francesa, no atual Irã.
Fonte: Folha Online

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