quarta-feira, 23 de junho de 2010

Para entender (e não esquecer) o "apartheid"

O governo da África do Sul comandado pelo "Partido Africânder" passou a adotar medidas cada vez mais duras contra a integração racial, o que só fez recrudescerem os protestos, assim como a repressão. Na década de 50, Nelson Mandela surge como um dos líderes do movimento de resistência, organizou uma campanha de desobediência civil. Devido a sua liderança, foi condenado à prisão perpétua com trabalhos forçados em 1964. Saiu 28 anos depois e se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul na primeira eleição multirracial realizada no país.
Em 1960, a polícia atirou em centenas de manifestantes negros em Sharpeville, matando 67 deles. A violência policial durante outra manifestação, dessa vez em Soweto, matou um menino de 12 anos. Ele e outros jovens pediam que o inglês e não o africânder fosse a língua ensinada nas escolas.
A violência usada em manifestações pacíficas começou a chamar a atenção da comunidade internacional. Em 1973, a Assembléia Geral da ONU considerou o "apartheid" - "crime contra a humanidade". A resistência dos segregados e o embargo econômico decretado pelos Estados Unidos em 1986 finalmente dobrou os nacionalistas. A pressão fez com que o presidente Frederik de Klerk começasse a derrubar as leis de segregação racial no início dos anos 90. Cerca de 70% dos eleitores brancos votaram a favor da continuidade da nova política em um plebiscito. Depois de séculos, a opressão estava com os dias contados na África do Sul.
Fonte: R. Aventuras na História

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