sábado, 6 de fevereiro de 2010

Dalai Lama - encontro com presidente americano

Confirmado o encontro do presidente americano, Barack Obama, com o líder espiritual tibetano no exílio, Tenzin Gyatso - o Dalai Lama. O anúncio foi feito nesta terça-feira por um porta-voz da Casa Branca, num momento em que as relações entre Pequim e Washington passam por sérias tensões. Mas, o presidente disse aos dirigentes chineses na viagem que fez a Pequim no ano passado que se encontraria com o Dalai Lama - "É uma figura religiosa e cultural respeitada no mundo inteiro, por isso o presidente vai se reunir com ele", indicou o porta-voz, algumas horas depois de a China ter advertido os Estados Unidos sobre as consequências deste encontro, considerando que "minaria seriamente" as relações entre os dois países.
A Casa Branca está preocupada no que se refere aos Direitos Humanos, com a forma como os tibetanos são tratados. Exortará o governo chinês a proteger as tradições culturais e religiosas únicas do Tibete e consideram que o Tibete faz parte da China.
A presença do Dalai Lama é aguardada no dia 21 de fevereiro, em Los Angeles.

Para relembrar a crise entre China e Tibete, que culminou com o exílio do Dalai Lama, e constantes perseguições aos tibetanos que lutam pela autonomia da região:
7 de outubro/ 1950
Tropas chinesas ocupam o Tibete, um ano depois da proclamação da República Popular da China por Mao Zedong (Mao Tsé).
Março/1959
A China derruba uma insurreição tibetana, milhares de pessoas são mortas e o Dalai Lama foge do Tibete.
29/abril/1959
O Dalai Lama fixa um governo no exílio, em Dharamshala, nordeste da Índia.
1965
O Tibete ganha autonomia parcial.
1966 - 1976
Durante a Revolução Cultural Chinesa, monges tibetanos são presos e centenas de monastérios e textos sagrados são destruídos.
Março/1989
Insurreição em Lhasa é esmagada e a China impõe Lei Marcial.
1997
Pequim pede diálogo com Dalai Lama se ele admitir que o Tibete é uma "parte alienável da China". O Dalai Lama se recusa e acusa a China de "genocídio cultural".
14/março/2008
Grandes protestos contra a China começam em Lhasa e se espalham para áreas vizinhas do oeste da China onde há população tibetana. O governo do Tibete no exílio diz que mais de 200 tibetanos foram mortos na resposta chinesa aos protestos. A China diz ter matado apenas um tibetano "insurgente" e acusa os "manifestantes" pela morte de 21 pessoas.
Junho/2008
A China liberta 1157 pessoas detidas nos protestos de Lhasa e as fronteiras tibetanas são reabertas.
9/março/2009
Tibetanos lembram o 50º aniversário da tentativa frustrada de insurreição contra a opressão chinesa.
Fevereiro/2010
O presidente Barack Obama mantém firme seu plano de encontrar o Dalai Lama, apesar da pressão da China.

O Tibete quer sua independência e os conflitos ocorrem por uma questão histórica: A China diz que o Tibete faz parte de seu território desde os meados do século XIII e deve ficar sob o comando de Pequim. Muitos tibetanos afirmam que a região do Himalaia ficou independente durante vários séculos e o domínio chinês nem sempre foi uma constante.
A China acusa os tibetanos no exílio de querer separar o Tibete da terra-mãe. O Dalai Lama diz querer nada mais do que a autonomia da região, onde política e religião fundiram-se em um Estado teocrático e que entre 1911 e 1950, chegou a manter o status de país independente, até Mao Tsé chegar ao poder, na China.
(Fonte-Internet e Veja online)

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